sábado, 3 de julho de 2010




(para o meu livro "grãos de areia")


Tormento, fadas e laser


Eles assistiam silenciosamente a chegada daquela gente triste. O pátio do céu estava cheio nesse dia. Vários grupos se abrigavam como podiam. Sentavam-se ao chão, encostavam-se nas grandes colunas, ou mesmo ficavam ali aguardando do mesmo jeito como tinham chegado da viagem, deitados, pasmos, sem entender nada, e de olho fechado. Um desses grupos eram compostos de cristãos quase ufofieis. Chamavam atenção pela simplicidade franciscana. Recolhidos e abraçados pelo silêncio celestial, aceitavam ficar juntos e quietos ante o que chamavam céu, ou em busca do céu. Percebia-se uma imensidão... e isso produzia a mais estranha vacância. Ainda teríam de vencer o medo, a angústia, a saudade, a inexperiência, a falta de estima, a lembrança dos que ficaram; tudo de concreto era passado. Disto todos tinham leve certeza. Existia, e só existia o tormentoso saber consciente da separação. Mas eles se estreitavam com os seus dizeres misticos. Todos estavam inclinados as reflexões pessoais e a meditação. A indicação era a penitência e a paciência.
Neste instante vem o cansaço e sono pela viagem no sidério, as quais os fizeram dormir, e até sonhar sobre os últimos acontecimentos – a própria morte. Sentiam-se impulsionados a aceitar a realidade e estavam quase convencidos de que um novo momento havia chegado na vida. Percebiam ser pequenos grãos de areia entre milhões de almas ainda num lugar inexplicável. O grande pátio, os alpendres, as portas largas, os quadros dos homenageados, as grandes salas, os labirintos desenhados no chão, o silêncio, eram as únicas testemunhas daquele ambiente.
De repente surge uma deusa, (assessora fiscal), e suspensa no ar, explica que boa parte dos que estavam ali tinham infinitas grandezas. Fez ver através de uma lente virtual, o caminho que, provavelmente, deveriam tomar. A sua delicadeza tinha cerimonial e deixava qualquer um fascinado. Isso era bom para todos. Nesta lente via-se a verdade dos fatos e a lógica das coisas. Relatou que tudo iria acontecer em níveis elevados e originais. Nos preparativos do primeiro julgamento apenas haveria algumas questões antes de atingir os objetivos finais por motivo de classificação. Isto é, o quem é quem, e o local definitivo onde iriam fazer suas reflexões, pelo menos por longo período. A cada momento pensavam na aproximação do chamado céu, mas havia muitas moradas ainda para cumprir. Não se enxergava bem ainda; ao longe vultos, mas um ambiente acolhedor e bem preparado. Todos estavam em uma espécie de anfiteatro ao ar livre, ao lado de uma espécie de mansão cenográfica. Tudo era tênue e predominava o azul celestial, em um tom que os acalmavam e os deixavam cheios de esperança como estivessem prestes a receber algo. Nunca imaginaram acontecer de repente situação tão estranha nas suas vidas.
E eis inusitado acontecimento: uma voz inumana grita meio embargada. Entre frases soltas ouviu-se: “Cheguei”...!, no instante que encostava a mão no portão, onde pensava ser do céu. A voz lhe denunciara. Parece que veio impulsionado, se descontrolou e caiu de vez no chão quase em cima dos outros. Levantou-se cambaleando. Era justamente a imagem do ser contraditório e desconsertado. A voz era forte, mas em tom “delicado”. Vinha de um sujeito vestindo paletó, sapato e gravata pretos, broche turco na lapela, distintivo lua quarto minguante e estrela vermelha, juntos de um pássaro, o albatroz. (?) além de mostrar orgulhosamente no cós o chaveiro de um cavalo; na mão fechada ocultava o símbolo da sua tradição mistica e secreta (?). Estilo estranho para um ambiente cristão. Reclamou com trejeitos suaves e tom duvidoso: “hoje mesmo despediram-se de mim com salva de palmas, agora, aqui, nem lugar para descansar em paz a gente encontra”. Disse. Todos estavam abafados pelas mortes e ainda aparece uma figura inusitada chamando a atenção e indicando censura – alguém susurrou. Todos viram a cena com estranheza. Comentou que tinha tomado uns champanhes pelos nervos a flor da pele, só andava de preto mas estava branco de medo com tudo que tinha lhe acontecido. “Nunca pensei”, retrucou a voz cavernosa. Mordia o lábio inferior, fingia tecer algo entre a língua e os dentes e entrecortava a boca pequena incógnitas palavras por enganar o tom sepulcral. Disseram: “esse baixinho estranho ainda vai nos trazer problemas”. Só para começar o cara tem bruxismo e é anósmico. O morto ainda dizia que dava um jeito em tudo, era puro, e que vai ingressar no céu, custe o que custar.
Mal sabiam da história verdadeira daquela figura. Algumas pessoas o conheciam. Seus predicados eram duvidosos. A criatura sempre foi estranha mas alguém lhe denunciara: “Na terra era rico e integrante de seitas estranhas e lá teria sido um rodopiante dervixe”. Pessoas do seu grupo chegaram a relatar que na terra perdera tudo em jogo. O seu mais forte ideal era querer ser rico a todo custo. Não teve êxitos em nenhuma situação; não lhe restara nada, e a sua abastança restringia-se a um somatório de insucessos, além de trágica vida mundana.
Ele não veio só. Os alicaídos sacripantas, amigos do morto, vieram em seguida, e juravam também ter chegado no céu. O estranho do portão era lider de um grupo e seus “dançadores” trataram logo de se infiltrar sorrateiramente no recinto e procuravam acompanhar a todos para onde quer que fossem. Sua tática era essa, se parecerem simpáticos, e de repente e se instalar em todos os recantos. Os que não tinham pressa, os do outro grupo, estavam com o fardel a tira-colo, eram calmos, liam jaculatórias e levavam o seu santinho já preparado como carteira de identidade. Um deles pensou ter esquecido o seu, (botaram dentro do bolso do paletó). Eram os ufofiéis. "Ufofieis"? Assombro. Resignados, retrucou uma santa mulher. Os que chegaram depois, os chamados estranhos, esses se desesperavam e queriam saber dos objetivos daquele encontro ante o portão do ceu. Até se referiam a um suposto cerimonial heterodoxo com aquele mesmo que chegou ao portão primeiro dizendo que era puro e queria ser entrar. Pareciam dever no cartório. Disconfiavam deles mesmos. De terço na mão, rezavam e choravam, e ainda estavam com medo do que podia lhes acontecer – não entendiam nada, (conversas surgiram). Alguns espíritos possuem aspecto esquisito; preocupados, parece que não sabem dar continuidade a nova vida. O dogma deles, na Terra, segundo dizem, referia-se a “negar” qualquer coisa, e “envolver” tudo em segredo. Sabia-se que todos ainda iam ser julgados mas não reconheciam que ali era o início da verdadeira prova. Em um momento se faziam silenciosos, em outro apelavam para os seus rituais pantagruélicos de cabeça de bode com cenas e ritos numa contraditória reunião meio animada entre eles e até....queriam induzir os outros com danças e ritos medievais que ninguém conhecia.
Distantes estavam da filosofia do ambiente. Na calçada do céu, se o sujeito pensasse uma coisa e fizesse outra, agisse de uma forma e o seu comportamento fosse diferente, ou por “debaixo dos panos”, certamente não saberia explicar nada na hora de ingressar no céu. Valia o seu histórico, o dossiê, a humildade, o modo como você teria agido na terra, e naturalmente, o ambiente a quem pertence o seu comportamento. Valia o seu programa, não a aparência; eles querem ter a certeza do nível em que as coisas eram trabalhadas por você. Procuram-se os mecanismos utilizados na terra, certamente, também, a legitimidade do seu o pensamento espiritual.
O grupo dos quase ufofieis era consciente e tinha outra visão. Preocupavam-se em cumprir a missão e limitavam os passos. “A paz...” falavam e pensavam na paz, no perdão, na meditação. Nada como o belo jardim, ideal para meditações. Viam em sua frente o esplendor, o tom azul claro...; a calmaria..., sentiam o cheiro das flores, silêncio..., além de admitirem o perdão. Viviam volitando surpreendentemente e admiravam as imagens quase fixas de santos, a leve brisa; anjas suaves e serenas; “elas eram soltas no ar cobertas com vestes lindas e longas melenas”; comentavam. Silêncio... sorrisos leves e gentilezas mil, aromas indecifráveis. Admiravam o ambiente e visitavam várias lojinhas de relicários por toda a parte. Usavam os brechós de escambo, e em grupos de duas, tres pessoas ficavam sentadas ou de pé, ao lado uma das outras em cima de pequenos cúmulos. Lápides de mil tamanhos e de milhares de anos, outros santos esticados em cima dos cirros, animais soltos quase imóveis, os primeiros raios de sol ou fachos luminosos em várias direções, longos e curtos. Sorrisos leves, mãos postas em número infinito, explícita concórdia entre os casais, outros de mãos dadas e imóveis, quase olhando um para o outro. Muitas árvores, campos verdes com inúmeros trabalhadores; santos serafins fazendo o diário angélico; anjos próximos da imagem de um mestre; querubins, as crianças; os tronos, os jovens; as dominações, os que trazem o cetro e espada representando a autoridade e poder divinos; as potências, aqueles que com a espada flamejante recebem as influências de Deus; e os representantes das virtudes, aqueles que são capazes de acalmar todas as fúrias; os principados, aqueles que trazem as cruzes nas mãos e até grupos de fadas singelas. E lá vêm mais arcanjos e anjas de verdade, bem juntas; devas glossolálicas sentadas nos recantos mais agradáveis junto a pequeninas quedas de água; águas que não têm pressa em cair, gotas de água que aparecem e desaparecem lentamente suspensas no ar. Rios enormes que correm serenamente e até sugerem lâminas de água corrente; pequenas cachoeiras saem das belas gárgulas encimadas por guirlandas belíssimas nas muretas dos castelórios; tão leves, tão leves que mais parecem espelhos verticais fincados na água. Vê-se suaves resquícios de névoa que passam flutuando quase ao rés do chão.
Dizem que naquele ambiente era visto o verde real da esperança e até plantas pequeninas aos milhares, mostrando humildemente flores, tão pequenas e coloridas misteriosamente. Crisântemos e lírios se espalham pelos caminhos. Por todos os lados velhas árvores amigas, até suas folhas demoram cair no chão. Estátuas de santos importantes, gigantesca catedral em colunas góticas com gárgulas gigantes feitas de arcos imensos; sons inimitáveis ao longe, grandes sombras espalham-se e até nos convidam a acampar, círculos de amigos silenciosos sentados não se sabe onde; cores vivas de cada lado em todos os ambientes; clima agradável e permanente; cheiro amável de vida; viva o dia, que linda manhã. Era possível ver tudo isto, não com olhos, mas pelas janelas de suas próprias almas – revelou uma observadora assessora.
Ainda não é o momento da provação, mas, mesmo na sala de visitas do céu, já percebiam a força emanada de todas as coisas. Os animais se comunicam, as portas se abrem para dar passagem, as pedras se afastam, se mexem como seres vivos; as janelas e portas se abrem ou fecham sozinhas, as luzes também; não era preciso respirar, nem se movimentar; as matas se inclinam a lhes cumprimentar, o vento lhes indicava a direção, a luz clareava em todos os recantos; todos podiam enxergar qualquer coisa no chão; não sentiam dores, nem fome ou sede; quase tudo estava à sua mão. Era sensacional, tudo era novo e belo – o próprio sonho. Ouvia-se dizer, na Terra, que as pessoas jamais poderão ter a certeza e a garantia de que aqui tudo é novo e belo, onde eles estão, pois a maioria quer vir logo, custe o que custar a poder de qualquer força.
De repente observou-se uma placa luminosa e imaginária. Ela surgia a frente de todos causando admiração. Aparece e desaparece devagar algumas vezes. Vê-se o contraditório (figuras), as dúvidas, os enganos, o fojo, a forja, a mística, o revés, as grandezas fúteis, o riso dos algures, a mística das religiões, a guerra; grandes obras construídas; castelos, tudo aquilo significa comparação com o que algumas pessoas haviam vivido ou deixado na Terra; (a farça) afinal tudo faz parte da meditação, reflexão e arrependimento. Nessa ocasião tudo começa a mudar, alguns se tocam e são intimidados pelos avisos, muitos ficam horrorizados ao ver essas imagens, pois lhes causam mal-estar e desassossêgo. Principalmente àqueles do grupo que queriam entrar a força no ceu.
Neste momento os amigos do morto do portão de apavoram. Parece que reconhecem essas imagens e deixam cair a carapuça. Mas fazem de conta que não se importam. Eles têem estratégias diversas. Logo oferecem dinheiro para todos, “Quem quer dinheiro venha receber, quem precisa de dinheiro? Fale comigo que dou um jeito”. Dinheiro e fama eram fáceis para eles. Basta que o sujeito lhes ceda à franquia do “animus”. Viviam de numa estranha troca. Eram donos de um poder falso, pois sabiam adquirir até almas a preços inacreditáveis. O estranho farfalhar das folhas do chão era logo denunciado pelas pisadas do morto do portão que surgia de repente em todos os lugares. Cultivavam dúvidas e entravam em conflito fazendo indagações uns aos outros. Quando perceberam realmente as exigências do sistema em que estavam, foi uma confusão, queriam se mostrar preparados e até se diziam “climatizados”. Logo se identificavam e apresentavam os seus seguimentos. Aos exotéricos tudo era estranho e mais pareciam loucos, além de se mostrarem fundamentalistas; achavam que de qualquer modo seriam mais valorizados. Falavam em fórum de debates e continuavam cheios de revolta. Passaram a ter receio dos próprios colegas. Inventam até, estrategicamente, fatos impossíveis de acontecer naquele ambiente. Todos se contaminavam.
O homem do portão só fala em entrar no céu com a sua turma e por isso mesmo toma a decisão com os seus comparsas. Arregimenta mais pessoas que, desesperadas, os rejeitam imediatamente. Teem a capacidade de persuadir e usar as regras do hipnoladri italiano, além da neurolinguística, a tentar hipnotizar qualquer pessoa para lhes sorver o que desejam. O levante é geral e se revelam de verdade. Todos têem aparência paradoxal. O grupo de “estranhos” quer reverter e até mudar completamente o próprio modo de ser das pessoas, além de exigirem rapidez nas ações. Irredutíveis, tentam ser condutores de explicados exercícios verbais, redobram esforços tentando mostrar os seus trejeitos e gestos. Seres estranhos e místicos postam-se inclinados e raivosos, mas se dizem exemplos de docilidade e brandura para manter os seus ritos sem nexo. Dizem: "Nós veremos e até realizaremos coisas impossíveis de acreditar". E apertam as mãos estranhamente, se beijam, dançam e fazem sinais triplicados e místicos. Mal sabem que são conhecidos como os articuladores de rebelião ou fanáticos da seita. Impressionam com o trava-língua e dizem falar em línguas. Se mostram através de símbolos que nunca ninguém viu e anunciam a garantia de novas descobertas; querem impressionar a tempo aqueles que estão às suas vistas pensando que seu ingresso no céu depende exclusivamente do julgamento daqueles que estão no pátio do céu. Não sabem que os levantamentos são feitos por um comissão especial que está prestes a chegar para anunciar os caminhos que irão tomar no sentido de todos ingressarem definitivamente. Mas mesmo com sua ascese não impressionam.
Sabe-se, que tudo que fazem é pleitear, enfim, a conquista de um reino de diversidades e até agora não se sabe quais os objetivos deles. Não se sabe se desejam remissão de pecados ou o quê?, Ao modo deles consideram que todos devem ostentar uma espécie de "diploma de bom", afirmam ser o suficiente para o centurião. E apresentam finalmente o seu plano: Escolheram uma área próxima que dizem ser exclusiva. Entendem que o sucesso é inevitável e preparam-se para uma festa intitulada “limpeza”. Anunciam um simpósio colorido e passam a induzir a todos com fórmulas promíscuas. Queiram ou não, todos devem a seguir as ordens deles a começar pelo recebimento das camisetas distribuídas.
Hoje mesmo vai haver um ritual com fortes rezas para a inauguração de um obelisco gigante (?), com uma inusitada imagem fálica.(?) Há de vir autoridades especiais segundo anunciam; estão na lista: Merlin, Viviane e Lilith (bruxas misteriosas); dizem que vão ver o legítimo encarnado feminino, portador de todos os mal estares, e aquela que ficou famosa por ser perseguidora dos adúlteros. Haverá palestras sobre os mistérios wiccanos, os druídas, o Caldeirão de Cerridwen e a história de Taliesin. Falam que poderão conhecer até atividades da sociedade vril. Haverá cantos e diversidades sobre esplendorosas lendas e encenações sobre o deus cornífero. Farão rituais diversos, demonstração de adoração e conversação com mortos e mais, haverá oferendas em diversos estilos e desfiles com mouras encantadas ensaiando a dança do ventre em um salão enfeitado de guirlandas de Afrodite. Querem arrecadar donativos de alto valor artístico para presentear o centurião. Ostentam, para todos os lados, grandes crucifixos em vários formatos, sendo o maior deles a cruz de caravaca (?) Contrataram um curador, que já se sabe, de antecedentes indesejáveis. Dizem que são convidados especiais dois padres da igreja brasileira que deverão prestigiar o ambiente e vários ministros de reinos (?), quatro freiras “arrependidas”, e, segundo disseram, adivinhos e inquietos duendes para invocar espíritos e seitas exóticas.
Eles garantem não ser preciso esperar até o fim da festa para verem o anúncio de irem pró céu, dizem que todos vão receber a notícia com admiração – risos – Eis que surge uma garrafa de vinho estranhamente verde, e sem pensar, abriram-na. Alguns comemoraram não se sabe o quê com antecipação. Logo veio outra garrafa igual, e com isso perderam o controle. Soube-se, em seguida, que o chefe da turma logo adoeceu, pois era motivo de inveja de um dos grupos com ideias discordantes. Com fortes dores o chefe foi levado às pressas ao hospital espiritual. Não imaginava que o uso de sua champanhe fosse estopim para uma enfermidade. Decepcionado e cambaleante, o chefe do bando começou a desistir de seus projetos, ou, quem sabe, tenha recuado, voltando-se imediatamente para nova realidade. Houve mudanças radicais e se sabe, apesar dos esforços de alguns de seus amigos, conseguira se abster dos rituais, e mesmo com os novos hábitos, embora ainda permanecam as raízes, além do folclore obstinado. O tempo passou e vários do seu grupo permaneceram reunidos de forma quase oculta no tal hospital espiritual na intenção de recuperá-lo. Num único momento souberam que o empaletosado teria revelado, se morresse, desejava viver sem a vida mundana. Pedira perdão, reconhecera de repente os preceitos e que na nova vida, se morresse, seria um homem diferente. Foi deveras complexa a sua manifestação, além de manter-se reservado, distante de tudo e de todos.
A festa continua, dizem uns poucos, apesar de se desencadear logo em seguida, após todos tomarem conhecimento dos reais objetivos, um verdadeiro campo de batalha pelo domínio da situação. Foi uma noite terrível. Dizem que fileiras até de animais e aves se aproximaram; urubus sustentavam-se nas árvores e em silêncio assistiram o acontecimento. Gemidos estranhos e grunidos arrastavam-se pelo chão como cobras; os sapos saíam enfileirados e davam pulos enormes sobre as pessoas assustando-as. Um jogo de fogos-fátuos surgiu de repente em baixo das árvores parecendo assombrações coloridas. As lápides tinham suas tampas expulsas do seu local e os donos das tumbas acordavam como que para ver o que estava acontecendo. Ninguém se entendia e as horas passaram até ao amanhecer. Ao raiar do dia houve trovões e chuva ácida, sol abrasador, frio intenso e névoa sorrateira. Rios apareceram onde só tinha relva, enchentes tomaram conta de tudo. Assim permaneceu por algum tempo, como contam alguns mortos viventes da ecatombe ante o direito de ingressar naquele céu.
O grupo da paz, já considerado sobreviventes do céu, ganhara esse nome. Ingressara em um estado de calmaria, enfim, foi levado para se reunir próximo a outras almas e prestar esclarecimentos sobre vivências. Logo seguiram para participar de distante peregrinação e penitência. Passaram-se dias, meses, até surgir novos tempos. A busca deles era a felicidade real. Até encontraram novas legiões da Terra onde a eles se juntaram objetivando a intenção deles. Nessas jornadas se viram finalmente conversando animadamente em uma sala, depois de longos períodos de meditação. Centenas de cadeiras juntas à parede formavam um círculo de assentos colados uns nos outros. Algumas almas tristes também estavam reunidas ali, sentadas, mas se juntaram a eles. O ambiente gélido, esfumaçado, silencioso. Era uma espécie de claustro investigatório. E logo tiveram a curiosidade de saber o sentido daquela disposição das cadeiras. Disseram sobre uma palestra interativa de psicólogas fadas. Falaram que o ambiente referia-se àqueles que desejavam aprender sobre labirintos, meditação, conhecimentos sobre as técnicas do carpir, jaculatórias e como proceder nas ocasiões dos benditos, das inselências, louvações, etc., afinal, reuniam conhecimentos em aulas cheias de novas cogitações. Era um ambiente cultural onde todos podiam oferecer as suas opiniões. E intencionais manifestações de aprendizado levou-os à intenção de estudar. Morto é sempre lembrado, e relataram em discursos o grande episódio registrado na espera que tiveram ante o portão daquele ceu. Parece que ingressaram no ceu. Acontecia uma palestra naquele momento e o assunto era: “Um empaletosado chega ao portão”. Na principal pregação colocaram a questão em pauta para ser examinada, afinal, podia merecer alguma análise na área da psicologia. Descobriu-se, depois de comentários e exames sobre o assunto em levantamentos feitos anteriormente por estudantes de famoso psicólogo –, o “anima” que prevalecera no corpo daquele misterioso homem reflete a confusa situação da alma daquela criatura, e foi exatamente isso, depois da nova morte a luz das desavenças e contraditórias afirmações. Foi justamente por isso que o induziu ao coma, disse alguém. Em detrimento da situação vexatória, pois pensara em renascer e estar naquela mesma condição duvidosa de antes na vida seguinte, seria triste. Pelas informações soubemos que houve rejeição àquela forma de ser e, se assim não fosse, se tivesse vivo mesmo, segundo suas palavras, enfrentaria tribulações incompatíveis com a personalidade delicada das jornadas xamânicas não iguais às da terra, e que não desejava reingressar aos seus mais íntimos mestres – teria dito antes de morrer: “questão pessoal”. Foi o estopim para os seus acompanhantes. Dois deles morreram decepcionados, dois suicidaram-se, e os que ficaram revoltaram-se e só desejavam esquecê-lo. Fugiram. Dizem que caíram em outra realidade. Sumiram do ambiente dando-lhes as costas e que iam reivindicar direitos. Mas nunca se soube que direitos eram esses. Esqueceram das propostas iniciais. Reinou um grande silêncio.
Na palestra seguinte novos encontros e projeções foram feitas não no mesmo sentido, mas da valorização da mulher em si. Houve valorização do fato em si. Todos foram taxativos nos estudos e desejavam informar as evidências, não sobre os estranhos seres de consequências nefastas. Apreciavam falar preferencialmente das mulheres belas, importantes e excêntricas, e disseram que em seus mais recentes estudos conhecera criaturas fantásticas pela razão legítima das suas vidas. A tese manifesta referia-se as faculdades do além, estavam mais voltadas para a investigação da compreensão dos mitos e lendas, o que se referia aos aspectos fenomenológicos dos mitos femininos do mundo inteiro. Preferem centrar estudos nas legítimas almas femininas de lendas famosas, e mostrou exemplos no mundo inteiro. Alguém levantou uma tese, e disse que a que mais se dedica é o caso do vale do rio Reno, onde existe história de um penhasco e revela, com indiscutível fascínio a presença de alguns castelos e a sua famosa moradora – a moça quase louca dos lindos cabelos loiros. Outro, logo se prontificou e disse que estudo a lenda da fada Loreley – A Xuxa da Alemanha. Dizem que ela canta enquanto penteia os cabelos, grita bem alto, hipnotizando a todos os barcos que passam por lá. Aliás, a lenda Lorelay, é a mais querida do sul da Alemanha, onde, a história de Iracema é bem contada por centenas de brasileiros que residem por lá. E mais, a fada brasileira Iracema, a virgem dos lábios de mel, “a legendária indígena que, de plagas cearenses, fez-se musa brasileira, com direito a conhecerem seus namorados, suas incursões pelas matas na lagoa de Mecejana, o seu filho Moacir e naturalmente seu criador, José de Alencar. A pesquisadora também tem tido bons olhos em uma pesquisa sobre outra fada muito querida na ilha de Fernando de Noronha, onde encontramos a Alamoa, uma linda loira, segundo suas palavras, aparece despida por lá. Nua, ela atrai pescadores, assustando-os. Dizem que de alguma forma se transfigura em esqueleto após o desejo de uns. A sua residência é no morro do Pico, uma rocha quase inacessível.
Essa professora de cultura invejável não perdeu tempo, passou a oferecer mais explicações para sua palestra pois contava com bom número de admiradores: “As boas aparições eram chamadas também de fatues; criaturas imortais que surgiram a mais de dois mil anos. Adoram flores azuis, doces e são amantes das águas, gostam de danças, música e são dotadas de poderes sobrenaturais, além de serem apreciadoras de aromas. São ricas de imaginação, férteis em associações, criativas e tudo conhecem. São vistas sempre como belas almas, dóceis, gostam de cantar leves canções (sufrágios), tem espírito da sabedoria, usam roupas suaves e se movimentam com facilidade. Sabem falar em línguas, cantar e nunca criam discussões”.
Assim, todos foram vivenciando aquele ambiente. E como não poderia deixar de ser, a cada instante o ambiente parecia encher-se de festa. Belas criaturas foram surgindo e ocupando os espaços. Chamou a atenção no teatro uma espécie de deusa que, ao que parece, era uma diva encantadora. Tudo agora era o que se poderia dizer, uma paradigmática reunião de legítimos fantasmas em busca de novos objetivos em total animação. Todos sentiram-se espectadores entre aquelas almas. Chamavam atenção pelos olhares semi-cerrados e de expressão familiar. E para tristeza da professora, algo estranho acontecia entre os homens, o ambiente de clima educativo passava também a anunciar desejos incontidos. Pareciam sentir flechas a se contorcer dentro dos corações. As deusas exalavam perfumes de fada. O aroma gratificante fez com que alguns ficassem em estado catatônico. Uma delas flutuou, e inesperadamente com seus braços e mãos espalmadas de repente inclinara-se em direção do grupo com as pernas abertas, volitava em decúbito frontal desprezando os seios despencados. Queria impressionar, e qualquer um teria de se interrogar com tamanha cena fantasmagórica. Ela sorria e dizia que estava feliz por ter encontrado admiradores, e relembrou o que dissera em sua despedida lá na nossa cidadezinha, por brincadeira, quando não mais foi possível o seu relacionamento com um deles: Você tem que aprender a “Viver ligeiro”, “ainda nos encontraremos”. Deixou-se sentar ao lado de todos e contou histórias e drama da sua passagem para aquele novo mundo. De beleza mais que humana, comentava que era capaz de surgir das águas, nos bosques ou jardins, nas selvas, entre rochas e até no deserto para apaixonar-se de repente. Revelou que todas são amigas, encantadoras e ternas. Dizia: “Temos muitas lembranças”. “Os iluminados da Mesopotâmia nos conheciam muito bem”: “somos seres inteligentes e de grande conhecimento” - “Oisin falava a São Patrício que as teria presenciado, muitas delas falantes e representativas entrando e saindo da Caverna de Cruacham” – a misteriosa – descreviam sobre lendas, palácios, vinhos, boa música e danças; que “eram belíssimas criaturas de espírito tão natural que bem pareciam filhas comuns de Deus”. “Travessas nós somos e caprichosas também, ciumentas, briguentas e inconfiáveis quando exploradas”. (diziam) Mas, encantadoras, solícitas. E comentavam vários textos bem humorados que dão conta de como uma delas teria tido a proteção de São Patrício que se desdobrava em conselhos e orações diariamente. A esta incrédula cobria-lhe de fartas histórias de encontros nebulosos. Um dia São Patrício a repreendeu fortemente ameaçando-a. Até que a coitada, nos últimos suspiros, ainda que no final de tudo perguntasse: “qual seria a graça da vida eterna se não fosse possível caçar ou cortejar belas criaturas ou ouvir os bardos com suas canções e lendas?” Mas antes de morrer, reconheceu que não era bom morrer como viveu; seu espírito desligou-se naquela mesma noite e satisfeita com a nova vida seguiu com novas decisões. São Patrício ofereceu-lhe a extrema-unção e abençoou a quem protegera no monastério da sua ordem. O santo chorou, rezou pela alma da amiga e pediu a Deus que a perdoasse e aceitasse a “guerreira”. Naquela noite os monges vivenciaram “a névoa densa como jamais havia sido vista; grandes vultos angelicais aproximaram-se da amurada, como se esperassem algo. Passaram horas em lamentos. “No pátio interno Santa Brígida, com sua beleza inimaginável e seus cabelos dourados levou a alma da “guerreira” pelo portão e os anjos a receberam-na ao som de cantos de louvor e de armas batendo escudos enquanto dirigiam-se ao paradiso”. São muitas as histórias contadas sobre as tardes brumosas. Cada grupo tem as suas explicações e não raros momentos de choro, convulsões, tristezas e melancolias diárias, enquanto estudam ou reconhecem os destinos.
O tempo passou e a professora fez questão de ressaltar tanta interatividade, já tarde da noite encerraram a reunião com hinos, louvores e encenações. Não é necessário dizer que muitas delas fugiram do ambiente no meio da escuridão na esperança de apaixonarem-se e manterem-se do mesmo modo. E certamente foram compartilhar suas dores em outro local reservado, uma vez que naquela oportunidade não tiveram, por não ter sido possível, ainda, aproximação com seres mais superiores. Dizem que muitas são preparadas no tradicionalismo de Sião e já tiveram até no Tibé e redondezas do mar Morto. Conheceram várias seitas secretas da magia indu e dizem que algumas já viajaram pelos circuitos culturais dos subterrâneos da Índia e Afeganistão cursando universidades tântricas, onde fizeram mestrado e algumas até doutorado, onde pesquisaram e defenderam a tal tese que foi transformada em livro: “O valor e a importância enigmática do espirito nas viagens fora do corpo”.
Um dos presentes, considerada boa aluna, fez questão de homenagear a professora e enaltecer aquelas criaturas induzindo a criação da miss fada. Resolveu subir no palco para fazer uma cena que acabara transformando em show: “Todas são solícitas, amáveis, comunicativas. Por serem tão belas é necessário descrever as mais atraentes pela sua totalidade: Teem fácil manifestação de signos, sinais e símbolos, além da franquia absoluta com todos os recém-desencarnados - vis-à-vis – a sua sensualidade é natural e, porque ocultar, é lícito fazer a leitura da cena franqueada e logo escolheu uma delas. Primeiro os seus quadris envergados duplamente em coxas cheias, tudo coberto por tiras de pano leve e solto. Vê-se encimando frontalmente às pernas, ao natural, uma espécie de triângulo escuro com centenas de fios longos, negros e assimétricos. Devo dizer-lhes que é uma bela fada de cabelos fáceis e disformes, longos, em combinação com as linhas belíssimas de seus olhos semi-cerrados; o traço inigualável dos lábios sempre molhados, os modos e gestos sobrenaturais, o balanço dos grandes seios trêmulos, bicudos e com grandes auréolas cor de jambo, vagina larga, um lado meio torto pelo tamanho, panos caídos a cobrir as valas e conchas repentinas do corpo e muito mais, além do seu enigmático e doce perfume intergalático de profunda suavidade e visível tom afrodisíaco, estimulante e próprio das meigas e finas criaturas, - Todas elas sabem que são importantes esses verdadeiros tesouros aromáticos. Aproximam-se com gestos fáceis, colhe afetos impossíveis, transforma tudo em valorosas recordações, cria preferências, seduz imediatamente e conquista num harmonioso bem-estar, além de dissipar e espantar qualquer circunstância negativa, trazida ao ambiente, porventura, por algum presente com o dom da má-vontade”. E assim apareceram as candidatas cotadas para o evento marcado para a próxima semana.
Do lado em que estava, era o setor mais importante da reunião. Uma espécie de ala reservada cheia de estátuas da mitologia. Via-se Ártemis, a guerreira; Hécade, magias; Cibele, natureza; Afrodite, amor; Diana, caça; Minerva, liberdade; Jaci, mãe dos frutos (tinha que ter uma brasileira) e meia dúzia de outras deusas. Em dois meses aprendeu-se mais que em qualquer universidade; sempre elas são, em qualquer situação, as primeiras videntes. A senhora das cidades, das matas e das águas; das fontes murmurantes e de todas as nascentes. Elas são magníficas, todas elas, pelas suas linguagens a comandar os mundos. Elas regem os climas, o farfalhar das folhas e das flores, o susurro das águas, todos os sinais. Elas são insubstituíveis. Sabe-se que tudo é apenas, no rumor das águas profundas, apenas a preparação do espírito. Elas são todas iguais aos jorros de um gêiser. O clima e o ambiente indicavam naquele momento reconhecimento de figuras conhecidas, visto que todos, parece, disputavam encontrar “anjas” famosas, sábias ou deusas, afinal quase eram indescritíveis.
Finalmente a hora do descanso. Todos se encontram próximos a uma praça belíssima com algumas vendas de lembranças do lugar. Tudo é paz, silêncio, admiração. Todos faziam suas reflexões isolados ou em grupos, sentados, recostados um no outro, de joelhos em baixo da sombra das árvores, junto às pilastras, batentes, bancos integrados naquele ambiente, não podiamos pensar em outra coisa. O nosso pensamento já se tornara permanentemente voltado para a simplicidade e a natureza. Era bom pensar com naturalidade e agir com alegria.
Reunidos nessas lojinhas de artesanato foram um recanto onde tinha tudo, cheio de variadissimas, mas, pequenas lembranças. Entraram na loja e não apareceu viva alma – pudera – um silêncio tal deixou-os perplexos. O cheiro de incenso agradava, os silvos do vento também, mas de vela, não. Viam dezenas de velas acesas escondidas. Eram simbólicas luzes de amor, de paz, de harmonia. Luzes vermelha, amarela, azul, verde, roxa. Tudo calmo. Mas olhando pra todo lado parecia existir sombras, vultos, além da dona, uma senhora alva de idade avançada. Ela permaneceu em silêncio mas quando se manifestou soltou um grasnado assustador. Era um som de quem não falava há dias: “fiquem à vontade”. Nas paredes, indicações de venda de peças de velório, seres inanimados em pequeninos caixotes, castiçais, toalhas roxas, véus, turíbulos, sinetas, cálices, hinários coloridos, guias e colares, ponteiros, jogos de vajra, malhetes, cruzes diversas, chocalhos, damares, lamparinas de manteiga, aventais esquisitissimos, rosários e terços, santinhos, dezenas de símbolos e outros atrativos, miniaturas de instrumentos dos chupa galhetas, ornamentos diversos, flores secas, balaústres estilo corda como base para estatuetas. Lembrando dos que ficaram, disse a professora, “resolvi adquirir umas lembranças só para não dizerem que não me esqueço delas”. Algum dia as presentearei. (não existe treino contra as coisas do coração), adquiri umas jaculatórias, vidros de fé, tubos de perdão, caixas de bondade, sachês de espiritualidade, de caridade, estojos de amor e miniorações perfumadas que de tão belas são capazes de causar êxtase em qualquer pessoa. Ficaram para comprar depois, símbolos entalhados, crucifixos cristãos, estrelas judaicas, signos astrológicos, plantas, pentagramas e rosas, sinetas maçônicas, cruzes templárias, cornucópias, trolhas, pirâmides, réplicas da capela de Rosslyn; pelo que se vê, tudo coberto de poeira celestial e mistérios do além. Contudo, nesta loja, exatamente onde estivera a professora, chamou atenção a recepcionista da loja que, em uma sala de vidro, anexa, mais parecendo uma sala de gravação e mídia do local onde todas desfilavam e se apresentavam com roupas restritivas. Elas eram as mais lindas fadas anunciando redundantemente o inusitado daquele lugar – diziam da fantástica participação de todos alí e dos seus significados, falavam das suas contribuições, e que nós aceitássemos de bom grado aquele local como pousada, e permanecessemos ali mais tempo. Disse mais: Foi, para nós, a mais justa, a mais agradável visita que tivermos e declarava com legítima descrição de amor. Ainda mais quando reconhecia estar mais próxima de todos naquele momento. “Nós, daqui neste recanto sideral, temos tudo para vocês, oferecemos ótimas aulas sobre a nossa formação étnico-geográfica que são sucesso dentro de todos os estudos do nosso construtivismo, oferecemos tudo sobre os nossos recursos materiais de significação, (Tudo ao natural), constituídos pelos ecossistemas estuarino e lagunares, ensinaremos como desfrutar mais das nossas montanhas e morrotes, picos, etc. mostraremos além das nossas matas de restinga a ausência da vegetação costeira típica dos tabuleiros, a gruta misteriosa, os nossos pontos sensíveis e, f e g, o manguezal, a significação das nossas cavernas, falésias e praias, tudo isso cercadas da beleza cênica, propícia e adequada às práticas do lazer e atividades afins”. Para vocês, carinhos e beijos, sempre. Fiquem à vontade. A casa é de vocês.

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