tag:blogger.com,1999:blog-65255930323849202942024-03-04T22:36:33.601-08:00TOHAMAEDITORNotícia e informação - GENERALIDADES - Editoração de livros pelo caminho mais fácil e menos dispendioso. Contatos: tohamaeditor@gmail.com OU tohama17@hotmail.comTohama Editoraçãohttp://www.blogger.com/profile/01359905270529847464noreply@blogger.comBlogger24125tag:blogger.com,1999:blog-6525593032384920294.post-13930112528461614682012-05-19T02:21:00.001-07:002012-05-19T02:40:38.768-07:00FORÇAS ARMADAS PRESENTE NA CIDADE DE FORTALEZA<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;">A presença simbólica das Forças Armadas na avenida Beira mar é motivo de orgulho para o povo cearense. Hoje houve no pavilhão nacional em frente ao Náutico o hasteamento da Bandeira Nacional com a presença do Comandante da 10</span><span style="font-size: 19pt; line-height: 115%;">° Região Militar,</span><span style="font-size: 18pt; line-height: 115%;"> General de Divisão Geraldo Gomes de Matos Filho. Estiveram presentes representantes das tropas da Marinha, Exército, Força Aérea e Polícia Militar do Estado do Ceará, além de representantes do Corpo de Bombeiros do estado e várias autoridades. 18.5.2012<o:p></o:p></span></div>Tohama Editoraçãohttp://www.blogger.com/profile/01359905270529847464noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6525593032384920294.post-15438596266152951782012-01-27T09:48:00.000-08:002012-01-27T09:48:54.591-08:00GRÃOS DE AREIA<blockquote>
TOHAMAEDITOR ESTÁ PREPARANDO UM LIVRO MISSELÂNIA, ISTO É, GENERALIDADES TOHAMA. NO CASO, ESTE LIVRO REPRESENTA PASSAGENS DA VIDA. O QUE ESCREVI, O QUE GUARDEI DE SIMPLES LEMBRANÇA DE FATOS REAIS. VOU ORGANIZÁ-LO, APÓS EDITAR TUDO QUE TENHO, DE FORMA TAL QUE, COM O TEMPO, PASSAREMOS POR TODAS AS ETAPAS DA CONSTRUÇÃO DE UM LIVRO.</blockquote>Tohama Editoraçãohttp://www.blogger.com/profile/01359905270529847464noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6525593032384920294.post-81645096840337806422010-07-03T16:50:00.000-07:002010-07-06T03:35:52.375-07:00RECANTO CAMPOS LIMAPara o livro "Grãos de Areia"<br /><span style="font-family:verdana;"></span><br /><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">RECANTO CAMPOS LIMA<br />Sábados & Molhos<br />AU Tohama<br /><br /> Sempre aos sábados, cedo da manhã, já estou próximo das labaredas do fogão a lenha. Devo conferir os tomates, pimentões, cebola, coentro e um aperitivozinho cobiçado. É dia de festas e reuniões com os amigos. Os substratos indispensáveis são verificados logo cedo. A base de cheiro e sabor, começa na cozinha. Dormindo na geladeira, de sexta para sábado, a costela mindin cortada em vinha d’alhos e uma peça de carne para os espetos. A quantidade geralmente corresponde aos tira-gostos para oito pessoas e mais as reservas. Tira-gosto preferido: costela mindin, carne do Goiás bem cosida e assada no estilo “uê..uê..uê... paisano”, velho amigo das madrugadas e restauranteur que residia em Brasília. Se o clima está meio devagar, para incentivar, peixe frito à milanesa serão bem aceitos primeiro. E mais, vivo cheiro de melão, goiaba, limão e laranja, caju, fazem parte do visual. Depois o feijão de corda supremo, carne de sol, queijo, tempero a base de cebola, coentro e leite de côco. Vez por outra a macarronada à francesa, o arroz carreteiro; codornas recheadas seguindo as dicas da Riane, minha irmã; postas de atum; lagarto paulista, baião de dois. Tudo sempre com tomates. Só o trivial, “comida caseira ”. Tudo isso, de preferência bem administrado com o zelo de quem entende da cozinha mineira, a minha paixão, dona Ilza, minha mulher.<br /> Aos amigos e irmãos – Au bom gourmet – apreciando essas “graças”. E como diria os amigos Linard e o Figueiredo, companheiros de jornadas. "Madeira velha, queima melhor, vinho velho tem mais sabor, velhos amigos são mais leais, velhos poetas são mais geniais”. “Velhas lembranças”, como diria o Figueiredo. 0s amigos, contados nos dedos das mãos, todos são poetas geniais.<br /> Tudo agora começa com uma sessão ”tira-gosto”, uma taça de vinho, um copo de cerveja ou uma boa cachaça. Pode pintar até um professorzinho, o nosso teacher. Primeiramente é preciso não ter mãos de plástico ou coração de menino; (nada pode escorregar ou perder) tem que ter dedicação, cabeça boa para duas coisas: na cozinha não existe preguiça nem pressa, exige-se conhecimento próprio aliado a experiência das boas gastrônomas. Exige-se disposição, interesse e conversão, isto é, tem que saber se conduzir dentro do encadeamento de operações. Se você está distante desses conceitos, afaste-se das labaredas, aqui é o lugar de quem tem o prazer de sentir-se bem, sem pressa, sem pedir, sem mandar. E em sendo bom gourmet, o prazer está em servir, como diria Tagore.<br /> E para os amigos que desejam alcançar um <em>point</em>, aqui está a seleção do trivial; o extrato dos pratos preferidos da cozinha do Recanto Cunha Lima e, também, do Recanto Campos Lima. Pé na tábua e, vamos fazer a panela sorrir porque, na hora de confeccionar o que é bom, o que se perde em arenque, se ganha em badejo e, camarão que dorme, a onda leva. (essa é do Ari Cunha). Cuidado, caranguejo anda, siri, nada.<br /><br />Tomates fritos ao queijo ( Para o café da manhã do Recanto Campos Lima)<br /><br />4 fatias de presunto picado sadia light<br />2 tomates tipo cajá<br />½ cebola picada<br />½ pimentão<br />½ ramo de coentro<br />2 colheres de chá de açúcar<br />2 colheres de vinagre, 3 de água e 1 pitada de colorau<br />2 colheres de manteiga<br />4 fatias de queijo<br />4 ovos<br />1 pitada de orégano e sal<br /><br />Preparo – porção para duas pessoas<br /><br />Panela média no fogo com a manteiga. Pica-se a cebola e o pimentão; deixa fritar no óleo com manteiga. Corta-se os tomates em fatias e coloca-os em ordem na panela, juntamente com o coentro, o vinagre, os ovos e o açúcar. Deixe fritar um pouco para colocar o orégano e sal, juntamente com as fatias de queijo (pode ser a 4 queijos) por cima. Use pão italiano e sirva-se de uma boa xícara grande de café. Recolha-se a uma mesa num local ventilado e delicie-se em silêncio. Se você desejar dar uma de intelectual bem informado, faça como os franceses e italianos: não deixe de passar o seu pão no prato e boa sorte com o <em>creem maggs</em> super sertanejo.<br /><br /><br />Carne de panela com cerveja do Recanto Campos Lima<br /><br />2 quilos de lagarto<br />6 fatias de bacon<br />1 limão<br />5 folhas de louro<br />5 dentes de alho picado, sal e pimenta do reino<br />2 xícaras de cerveja<br />1 xícara de água<br />2 cebolas picadas<br />2 tomates picados<br />1 molho de coentro picado.<br />1 colher rasa de colorau<br />1 pimentão<br />1 colher de manteiga<br />3 colheres de vinagre<br />1 colher rasa de açúcar<br /><br />Preparo<br /><br />Bacon, cinco dentes de alho picado, manteiga e óleo na panela. Após 15 minutos de fritura, adicione o lagarto. Após 20 minutos de fritura, colocar o pimentão e as cebolas picadas. Deixe fritar. Adicione a cerveja, água e as folhas de louro; deixe cozinhar até amaciar a carne com a panela tampada (1 hora e meia) adicione os tomates e o coentro picado, o limão, o sal, a pimenta do reino e o vinagre. Deixe cozinhar mais 5 minutos. Bom apetite. Sirva fatiado com arroz, sala de legumes com ramos de coentro, tomates caqui ou cajá.<br /><br /><br />Baião de dois do Recanto Campos Lima<br /><br />2 quilos de feijão de corda<br />1 quilo de carne do sol cortada<br />10 maxixes<br />1 quilo de jerimum<br />1 molho de coentro<br />2 cebolas<br />4 dentes de alho picado<br />1 copo de leite de coco ralado<br />2 colheres de óleo<br />½ garrafinha de leite de coco<br />sal a gosto<br /><br />Preparo<br /><br />Feijão para cozinhar (panela e colher de pau grandes, por favor). Deixar o feijão cozinhar na água (três poções a mais de água) com óleo e alho durante uma hora. (separar). Noutra panela aferventar (em duas águas) a carne do sol cortada em pedaços. Na terceira água quente colocar a carne dentro do feijão Deixar ferver até que a carne e o feijão estejam quase no pontos. Adicionar um quilo e meio de arroz, leite de coco (meia garrafinha) sempre misturando o coentro, maxixe e o (jerimum só no final). Deixar fervendo em fogo baixo até o arroz ir secando. Sempre mexendo. Antes de desligar, adicione pedaços de queijo qualho de 2 cm e mexer uma vez mais.<br /><br /><br /><br />Macarronada do Recanto Cunha Lima (au dente)<br /><br />1 pacote de macarrão (mais espesso)<br />1 lata de molho de tomate<br />1 pacote de queijo ralado<br />5 tomates bem picados<br />1 fatia de bacon bem cortada<br />2 dentes de alho amassados<br />½ molho de cuentro bem picad<br />1 cebola grande bem picada<br />1 colher rasa de colorau<br />1 pimentão picado<br />1 colher rasa de açúcar<br />2 colheres de vinagre<br />4 ramos de manjericão<br />2 pitadas de orégano<br />umas gotas de limão<br /><br />Preparo<br /><br />Panela grande com água pela metade. Deixar ferver e coloque um pouco de óleo na água. Colocar o macarrão na água quente. Com uma colher grande mexer devagar para facilitar o seu amolecimento e mergulhar na água sem colar. Sempre mexendo devagar, alternando, para não unir os filetes de macarrão. Após quarenta minutos mais ou menos, examiná-lo para ver a sua consistência, de preferência “au dente”. Retire-o do fogo e separe no escorredor. Imediatamente, noutra panela, adicione a manteiga e o óleo (2 colheres de manteiga e 2 de óleo) pimentão e cebola picados, alho macerado e bacon. Fritar 20 minutos e inserir o vinagre, açúcar, sal e meio copo de água. Colocar um pouco de orégano e umas gotas de limão. Por último tomate picado – deixar ferver mais três minutos. Coloque o macarrão numa travessa grande e despeje o molho em cima do mesmo. Caprichar com queijo ralado – parmezon - juntamente com umas folhas de manjericão. Sirva-o logo que terminar. Acompanha vinho branco suave levemente gelado.<br /><br />Costelas de porco/gado<br /><br />4 quilos de costela cortada<br />1 xícara de chá de vinagre<br />2 colheres de mostarda<br />1 colher rasa de açúcar<br />2 colheres de manteiga e óleo<br />1 molho de coentro picado<br />1 colher de bacon picado<br />2 cebolas raladas<br />1 pimentão ralado<br />1 colher de chá de pimenta/reino<br />1 colher de chá de sal<br />5 dentes de alho picado<br />1 pimentão<br />1 colher de colorau<br /><br />Preparo<br /><br />Em uma panela grande mexer o óleo, a manteiga, o alho e o bacon. Fritar. Colocar a cebola picada com o pimentão, sal, vinagre, colorau, mostarda, açúcar e o coentro, misturar bastante. Colocar em vinha d’álhos de um dia para o outro ou começar logo com a panela no fogo. Ferver durante uma hora e acrescentar um pouco de água. Deixar ferver até amolecer a carne (guardar descolando do osso). Tirar cada pedaço e colocar em uma frigideira (guardar o molho) deixando no forno 1 hora. Retirar a frigideira de forno e despejar lentamente o molho de cozimento em cima.<br /><br /><br />Arroz de carreteiro do Recanto Campos Lima<br /><br />2,30 kg carne do sol c/ pedaços de gordura<br />1 kg de arroz<br />½ molho de coentro<br />1 pitada de açúcar<br />1 cebola de manteiga<br />1 colher de vinagre<br />3 colheres de óleo<br />2 dentes de alho<br /><br /><br />Preparo<br /><br />Panela grande no fogo. Colocar o óleo e a manteiga. Juntar a cebola e o alho deixando-os fritar uns 15 minutos. Atenção: (colocar a carne toda cortada em cubos pequenos separada em outra panela para ferver em 1 fervura – joga-se a água fora), junta-se à fritura na panela anterior e mexa até quase fritar a carne. Coloca-se o arroz lavado e seco, a pitada de açúcar, o vinagre, o coentro e acrescente bastante água. Depois de fervido, mexa tudo uma vez revirando e deixe cozinhar até a água secar. SIRVA SÓ.<br /><br />Codornas recheadas do Recanto Campos Lima (à irmã Riane) - (al buro e al dente).<br /><br />4 pacotes de codornas (16 codornas)<br />5 dentes de alho amassado<br />1 xícara de vinagre<br />1colher de sal<br />1 molho de coentro<br />2 pimentões cortados<br />2 cebolas picadas<br />3 tomates picados<br />½ colher de açúcar<br />1 xícara de água<br />½ colher de colorau<br />2 colheres de manteiga e óleo<br /><br />Preparo<br /><br />Panela grande com todos os temperos: as codornas, o óleo e a manteiga. Mexer bem com a mão para fixação dos condimentos. Dentro de meia hora, mexer tudo de novo. Escorrer todo líquido em outra panela, juntamente com pedaços de tomate e cebola. Colocar para ferver esses temperos com o líquido até formar uma farofa superseca. Rechear as codornas e colocá-las numa travessa para assar no forno “au gratin”. SIRVA-SE COM TINHO.<br /><br /><br />Bacalhau amigo – este é para a curtição mulher x filhos. Só tira-gosto<br /><br />2 kg de bacalhau<br />Alho a gosto<br />Cebola e pimentão<br />Tomate e coentro<br />Batatas a vontade<br />Azeite<br /><br />Preparo<br /><br />Bacalhau na água por 36 horas. Escalda e recorta. Ponha todos os temperos na panela, refogando tudo na forma refratória com os temperos e colocar no forno. BOM APETITE, MAS ANTES TOME O SEU VINHO. BOA SORTE.<br /><br />Postas de atum Recanto Campos Lima (au buro)<br /><br />5 postas de atum<br />Sal grosso<br />Vinagre<br />Pimenta do reino<br />Alho e manteiga<br /><br />Preparo<br /><br />Fritar em fogo super quente com bastante óleo e manteiga.<br />Acompanhamentos: Tomates, água de coco, irmãos, boa cachaça e música bem nordestina, (de preferência instrumental) isto é, do Caribe pra cá. Se desejar cantar músicas de serestas vá à página dos meus recuerdos.<br />Boa Sorte.<br /><br /><br />Repasses:<br /><br />Quando estiver entre amigos - comer e beber - comporte-se como simples “visita” – e se não estiver em sua casa – comporte-se como uma visita importante, pois todos estarão vendo as suas.<br />Tira-gosto de panelada – peça um prato menor à parte.<br />Iscas – não fique colhendo e misturando-as no prato.<br />Cerveja – peça um copo exclusivamente para você.<br />Farofa – não fique lambendo a colher dos outros.<br /><br /><br />Rapidinha do Recanto Campos Lima para visitante<br /><br />1 kg de trigo<br />500 g de margarina com sal<br />1 copo d’água<br />Faz-se a massa e tira-se em pedaços abertos<br />Recheio: queijo, salsicha ou carne (ao forno quente).<br /><br />E as mais belas canções que ouvi nas luaradas, nas serenatas, nas rodadas dos sítios – Essas foram guardadas cm mais zelo.<br />(Tão somente uma vez...)<br /><br />DE SÃO PAULO<br /><br />“Videmus per speculatum in aenigmate”<br /><br />“Diz São Paulo em sua reflexão teológica de sabor epistemológico. Ou seja, enquanto não conhecemos a luz face a face, ou, em termos mais terrestres, enquanto a realidade nos escapa ou só nos é dado a conhecê-la por imagens invertidas, recorramos às metáforas, que estas nos salvam da ressurreição da verdade”.<br /><br /><em>Maria Juraci Maia Cavalcante<br />Nome do Livro: João Hippolyto de Azevedo e Sá –<br />O Espírito da Reforma Educacional de 1922 no Ceará.<br />UFC – 2000<br /></em><br />E COMO NINGUÉM É DE FERRO, PRA FAZER TUDO ISSO NO FOGÃO DE LENHA LÁ DO RECANTO CUNHA SÓ COM MUITA MÚSICA. (som na caixa, mané)</span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">Tão Somente Uma Vez<br />Augustin Lara/ Waldomiro B.Ortêncio<br /><br />Tão somente uma vez,<br />amei na vida Tão somente uma vez,<br />e nunca mais Uma vez nada mais<br />em meus olhos<br />brilhou a esperança Esperança que alegra o caminho<br />Da cruel solidão Uma vez nunca mais,<br />se entrega a alma Com uma doce total renunciação... E quando esse milagre<br />abre as portas do amor desejado, Há alegria e festa<br />Que cantam, no meu coração.<br /><br />MARINGÁ (Joubert de Carvalho)<br />Foi numa leva, Que a cabocla Maringá Ficou sendo a retirante Que mais dava o que falar. E junto dela veio alguém que suplicou Pra que nunca se esquecesse De um caboclo que ficou.<br />Estribilho Maringá, Maringá, Depois que tu partiste, Tudo aqui ficou tão triste, Que eu garrei a “imagina”: Maringá, Maringá, Para “havê” felicidade, É preciso que a saudade Vá “batê” noutro lugá. Maringá, Maringá, Volta aqui pro meu sertão Pra, de novo, o coração ”Dum” caboclo sussega.<br />Antigamente, Uma alegria sem igual Dominava aquela gente Da cidade de Pombal. Mas, veio a seca, E toda a chuva foi-se embora, Só restando, então, as águas Dos meus olhos, quando chora.<br /><br />Maringá, Maringá.<br />MARINA<br />(Dorival Caymmi)<br /><br />Marina, morena Marina, você se pintou...Marina, você faça tudoMas faça um favorNão pinte esse rosto que eu gostoQue eu gosto e que é só meuMarina, você já é bonitaCom o que Deus lhe deuMe aborreci, me zangueiJá não posso falarE quando eu me zango, MarinaNão sei perdoarEu já desculpei tantas coisasVocê não arranjava outra igualDesculpe, Marina, morenaMas eu estou de malDe mal com vocêDe mal com você”.<br /><br />VOCÊ ABUSOU<br />(Antônio Carlos e Jocafi)<br /><br />Você abusouTirou partido de mim, abusouTirou partido de mim, abusouTirou partido de mim, abusouMas não faz mal, é tão normal ter desamorÉ tão cafona, sofredor que eu já nem seiSe é meninice ou cafonice o meu amorSe o quadradismo dos meus versosVai de encontro aos intelectosQue não usam o coração como expressãoVocê abusouTirou partido de mim, abusouTirou partido de mim, abusouTirou partido de mim, abusouQue me perdoem se eu insisto neste temaMas não sei fazer poema ou cançãoQue fale de outra coisa que não seja o amorSe o quadradismo dos meus versosVai de encontro aos intelectosQue não usam o coração como expressãoVocê abusouTirou partido de mim, abusouTirou partido de mim, abusouTirou partido de mim, abusouMas não faz mal, é tão normal ter desamorÉ tão cafona, sofredor que eu já nem seiSe é meninice ou cafonice o meu amorSe o quadradismo dos meus versosVai de encontro aos intelectosQue não usam o coração como expressão<br /><br />BARRACÃO<br />(Luiz Antônio – Teixeira)<br /><br />Vai barracãoPendurado no morroe pedindo socorroA cidade aos seus pésVai barracãoTua voz eu escutoNão te esqueço um minutoHoje sei quem tu ésBarracão de zincoTradição do meu paísBarracão de zincoPobre é tão infelizVai barracão<br /><br /><br />EU PRECISO APRENDER A SER SÓ<br /><br />Ah, se eu pudesse fazer entender<br />Sem teu amor eu não posso viver<br />Que em nós dois<br />O que resta sou eu<br />Eu assim tão só.<br />E eu preciso aprender a ser só<br />Pode dormir sem sentir seu calor<br />E ver que foi só um sonho e passou.<br />Ah! o amor<br />Quando é demais ao findar<br />Leva a paz<br />Me entreguei sem pensar<br />Que a saudade existe,<br />Se vem, é tão triste<br />Vem, meus olhos choram<br />A falta dos teus<br />E estes teus olhos que foram<br />Tão meus.<br />Por Deus entenda<br />Que assim eu não vivo<br />Eu morro pensando<br />No nosso amor<br /><br /><br />EU SEI QUE VOU TE AMAR<br />(Tom Jobim – Vinícius de Moraes)<br /><br />Eu sei que vou te amar,Por toda a minha vida eu vou te amar,A cada despedida, eu vou te amar,Desesperadamente, eu sei que vou te amar.E cada verso meu seráPra te dizer, que eu sei que vou te amar,Por toda a minha vida.Eu sei que vou chorar,A cada ausência tua eu vou chorar,Mas cada volta tua há de apagarO que essa tua ausência me causou.Eu sei que vou sofrerA eterna desventura de viverÀ espera de viver ao lado teu,Por toda a minha vida.Eu sei que vou te amar,Por toda a minha vida eu vou te amar,A cada despedida, eu vou te amar,Desesperadamente, eu sei que vou te amar.E cada verso meu seráPra te dizer, que eu sei que vou te amar,Por toda a minha vida.Eu sei que vou chorar,A cada ausência tua eu vou chorar,Mas cada volta tua há de apagarO que essa tua ausência me causou.Eu sei que vou sofrerA eterna desventura de viverÀ espera de viver ao lado teu,Por toda a minha vida.<br /><br />RONDA<br />(Inesita Barroso)<br /><br />De noite eu rondo a cidadeA te procurar sem encontrarNo meio de olhares espioEm todos os baresVocê não estáVolto pra casa abatidaDesencantada da vidaO sonho alegria me dáNele você estáAi se eu tivesseQuem bem me quisesseEsse alguém me diriaDesiste, essa busca é inútilEu não desistiaPorém com perfeita paciênciaVolto a te buscarHei de encontrarBebendo com outras mulheresRolando um dadinhoJogando bilharE nesse dia entãoVai dar na primeira ediçãoCena de sangue num bar da Avenida São João.<br /><br /><br />VEM CHEGANDO A MADRUGADA<br />(Noel R. de Oliveira – Adil de Paula)<br /><br />Vem chegando a madrugada, ôO sereno vem caindoCai, cai sereno, devagarO meu amor está dormindoDeixa dormir em pazUma noite não é nada<br />Não acorde meu amorSereno da madrugada!<br />Onde está teu olhar<br />Onde está teu sorriso<br />E aquele lugar<br />Eu devia, sorrir eu devia<br />Para meu padecer ocultar<br />Mas diante de tantas lembranças<br />Me ponho a chorar<br /><br />Leva meu samba<br />(Ataulfo Alves)<br /><br />Leva meu sambaMeu mensageiroEste recadoPara o meu amor primeiroVai dizer que ela éA razão dos meus aisNão, não posso maisEu que pensavaQue podia lhe esquecerMas qual o quêAumentou o meu sofrerFalou mais altoNo meu peito uma saudadeMas para o caso não há força de vontadeAquele sambaFoi para ver se comoviaO seu coraçãoOnde eu dizia:Vim buscar o meu perdão<br /><br />Carinhoso<br />(João de Barro – Pixinguinha)<br /><br />Meu coração,<br /></span>não sei por queBate feliz<br />quando te vêE os meus olhos ficam sorrindoE pelas ruas vão te seguindoMas mesmo assimFoges de mimAi se tu soubesses como sou tão carinhosoE o muito, muito que te queroE como é sincero o meu amorEu sei que tu não fugirias mais de mimVem, vem, vem, vemVem sentir o calor dos lábios meus<br />a procura dos teusVem matar essa paixão<br />que me devora o coraçãoE só assim então<br />Serei felizBem feliz<br /><br />Recuerdos de Ypacarai<br />(Zulema de Mirkin e Demetrio Ortiz)<br /><br />En una noche tibia nos conocimosJunto al agua azul de ypacaraíTú cantabas triste por el caminoViejas melodías en guaraní.Y con el embrujo de tus cancionesIba renaciendo tu amor en míY en la noche hermosa de plenilunioDe tus blancas manos sentí el calorQue con tus caricias me dio el amor.Donde estás ahora cuñataíQue tu suave canto no llega a míDonde estás ahora mi ser te añoraCon frenesí.Todo te recuerda mi dulce amorJunto al lago azul de ypacaraíVuelve para siempre mi amor te esperaCuñataí.<br /><br />CASTIGO<br />(Dolores Duran)<br /><br />A Gente Briga,<br />Diz Tanta Coisa Que Não Quer Dizer<br />Briga Pensando Que Não Vai Sofrer<br />Que Não Faz Mal Se Tudo Terminar<br />Um Belo Dia,<br />A Gente Entende Que Ficou Sozinho<br />Vem A Vontade De Chorar Baixinho<br />E O Desejo Triste De Voltar<br />Você Se Lembra,<br />Foi Isso Mesmo Que Se Deu Comigo<br />Eu Tive Orgulho E Tenho Este Castigo,<br />A Vida Inteira Pra Me Arrepender<br />Se Eu Soubesse<br />Naquele Dia O Que Eu Sei Agora<br />Eu Não Seria Esse Ser Que Chora,<br />Eu Não Teria Perdido Você<br />NÃO DEIXE O SAMBA MORRER<br />(Edson – Aluísio)<br /><br />Quando eu não puder pisarMais na avenidaQuando as minhas pernasNão puderem agüentarLevar meu corpoJunto com meu sambaO meu anel de bambaEntrego a quem mereça usarEu vou ficarNo meio do povo estreandoMinha escola perdendo ou ganhandoMais um carnavalAntes de me despedirDeixo ao sambista mais novoO meu pedido finalNão deixe o samba morrer...<br />Não deixe o samba acabar,<br />O morro foi feito de samba,<br />De samba, pra gente, sambar!!!<br /><br /><br />Do-Ré-Mi<br />(Fernando César)Eu sou feliz<br />Tendo você<br />Sempre a meu ladoE sonho sempre<br />Com você<br />Mesmo acordado<br />Saiba também<br />Que só você<br />Mora em meu coraçãoE é de você<br />É prá você<br />Esta cançãoÉ de você<br />Que vem a minha inspiraçãoVocê é corpo e alma<br /><br />OH! Minas GeraisOh! Minas GeraisOh! Minas GeraisQuem te conheceNão esquece jamaisOh! Minas GeraisTuas Terras que são altaneirasO seu céu é do puro anilÉs bonita oh terra mineiraEsperança do nosso BrasilTua lua é a mais prateadaQue ilumina o nosso torrãoÉs formosa oh terra encantadaÉs orgulho da nossa naçãoOh! Minas GeraisOh! Minas GeraisQuem te conheceNão esquece jamaisOh! Minas GeraisTeus regatos a enfeitam de ouroOs teus nós carreiam diamantesQue faiscam estrelas de auroraEntre matas e penhas gigantesTuas Montanhas são preitos de ferroQue se erguem da pátria ao cantilNos teus ares suspiram serestasÉs altar deste imenso BrasilOh! Minas GeraisOh! Minas GeraisQuem te conheceNão esqueces jamaisOh! Minas Gerais.<br /><br />A NOITE DO MEU BEM<br />(Dolores Duran)<br /><br />Hoje eu quero a rosa mais linda que houver<br />E a primeira estrela que vier<br />Para enfeitar a noite do meu bem<br />Hoje eu quero a paz de criança dormindo<br />E o abandono de flores se abrindo<br />Para enfeitar a noite do meu bem<br />Quero a alegria de um barco voltando<br />Quero a ternura de mãos se encontrando<br />Para enfeitar a noite do meu bem<br />Ah! eu quero o amor o amor mais profundo<br />Eu quero toda beleza do mundo<br />Para enfeitar a noite do meu bem<br />Ah! como este bem demorou a chegar<br />Eu já nem sei se terei no olhar<br />Toda ternura que eu quero lhe dar.<br /><br />A Volta do Boêmio<br />(Nelson Gonçalves)<br /><br />Boemia,<br />aqui me tens de regresso E suplicante te peço<br />a minha nova inscriçãoVoltei<br />pra rever os amigos que um diaEu deixei a chorar de alegria,<br />me acompanha o meu violãoBoemia,<br />sabendo que andei distanteSei que essa gente falante<br />vai agora ironizarEle voltou,<br />o boêmio voltou novamentePartiu daqui tão contente<br />por que razão quer voltar?Acontece<br />que a mulher que floriu meu caminhoDe ternura, meiguice e carinho,<br />sendo a vida do meu coraçãoCompreendeu<br />e abraçou-me dizendo a sorrirMeu amor você pode partir,<br />não esqueça o seu violãoVá rever<br />os teus rios, teus montes, cascatasVá sonhar em nova serenata<br />e abraçar seus amigos leaisVá embora, pois me resta o consolo e alegriaDe saber que depois da boemiaÉ de mim que você gosta mais.<br /><br /><br />AS ROSAS NÃO FALAM<br /><br />Bate, outra vez<br />Com esperança o meu coração<br />Pois já vai terminando o verão<br />Enfim...<br /><br />Volto ao jardim<br />Na certeza que devo chorar<br />Pois bem sei que não queres voltar<br />Para mim...<br /><br />Queixo-me às rosas<br />Mas... que bobagem!<br />As rosas não falam,<br />Simplesmente as rosas exalam<br />O perfume que roubam de ti!<br /><br />Devias vir<br />Para ver os meus olhos tristonhos,<br />E quem sabe sonhar os meus sonhos<br />Enfim!<br /><br /><br />CANÇÃO DA MULHER DEIXADA<br />Estava tão bonita<br />A mulher que outrora<br />Eu mandei embora<br />No acaso do encontro<br />Nos cumprimentamos eaté nos beijamos<br />Como vai você<br />Eu vou bem, obrigado<br />E você por onde anda<br />Como tem passado<br />Um ou dois minutos de saudade a dois<br />Adeus, até mais ver, logo ou depois<br />Por que é que mulher que gente deixa<br />Fica sempre mais bonita e valendo uma paixão<br />Por que é que a gente morre De despeito<br />Quando ver que não tem jeito, sequer aproximação<br /><br />A VIDA CONTINUA<br />(Evaldo Gouveia - Jair Amorim)<br /><br />Eu encontreiOntem na rua o meu amorAquele amorQue pôs em mim tanta amarguraE recordei, estando só,A ternura de outroraTempo feliz que se resumeEm lembranças agoraAlguém te amouE hão de te amarComo eu te ameiHá corações que te darãoO que te deiTu passas pela ruaE a vida continuaE em mim tambémEsta saudade sempre tua<br /><br /><br />Coruja Coruja, rá, rá, rá, ráFoi o nome que eu dei àquele alguémque passa e nem sequer olha ninguémpensando em só dar ela no lugar Coruja, rá, rá, rá, ráprocure ser alegre com alguémnão negue seu olharnem seu amor a mais ninguémassim você, feliz, só sorrirá Coruja, rá, rá, rá, ráÉ a indiferença de um brotinho encantador Coruja, rá, rá, rá, ráÉ um nome feio que nos causa até tremor Coruja, rá, rá, rá, ráAgora sei por que não olhas para mimÉ conseqüência de um orgulhosem fim, sem fim<br /><br />Somos iguais Acabei de saber<br />Que você riu de mim<br />E depois perguntou<br />se eu vivi, se eu morri.<br />Já que tudo acabouEu sei lá, se você.<br />Quis de fato saber<br />Pelo sim, pelo não.<br />Abro meu coração<br />É melhor lhe dizerEu sou o mesmo que você deixou<br />Eu Vivo aqui onde você viveu<br />E existe em mim o mesmo amor<br />Aquele amor que nunca mais foi meuPor que viver a me humilhar assim?<br />Por que matar esta ilusão em mim?<br />Você e eu somos iguais<br />Não mudamos jamais.<br />Eu sou o mesmo que você deixou...<br /><br />Mel<br /><br />Ó abelha rainha faz de mimUm instrumento do seu prazerSim, e de tua glóriaPois se é noite de completa escuridãoProvo do favo de teu melCavo a direita claridade do céuE agarro o sol com a mãoÉ meio-dia, é meia-noite, é toda horaLambe olhos, torce cabelos, feiticeira vamo-nos emboraÉ meio-dia, é meia-noite, faz zumzum na testaNa janela, na fresta da telhaPela escada, pela porta, pela estrada toda a foraAnima de vida o seio da florestaO amor empresta a praia deserta zumbe na orelha, concha domarÓ abelha, boca de mel, carmin, carnuda, vermelhaÓ abelha rainha faz de mim um instrumento do seu prazer<br /><br />La barca<br /><br />Dicen que la distancia es el olvidopero yo no concibo esa razónporque yo seguiré siendo el cautivose los caprichos de tu corazón<br />Supiste esclarecer mis pensamientosme diste la verdad que yo soñéahuyentaste de mí los sufrimientosen la primera noche que te amé<br />Hoy mi playa se viste de amarguraporque tu barca tiene que partira cruzar otros mares de locuracuida que no naufrague en tu vivir<br />Cuando la luz del sol se esté apagandoy te sientas cansada de vagarpiensa que yo por ti estare esperandohasta que tu decidas regresar<br /><br />EU ESTOU APAIXONADO POR VOCÊ<br /><br />Nessa minha vida agitadaJá não tenho mais tempo pra nadaJá nem posso mais pensar no amorMas veja só que mesmo assimEu estou apaixonado por você. E nem mesmo tenho jeito de falar do meu amorQue é grande simQue é tudo enfimQue existe em mimEu estou apaixonadoEu estou apaixonado por você.<br />E não posso mais ficarDistante assim do seu carinho<br /><br /><br />Garota de Ipanema<br />(Tom Jobim - Vinicius de Moraes)<br /><br />Olha, que coisa mais linda Mas cheia de graça É ela menina que vem e que passa Num doce balanço A caminho do mar Moça do corpo dourado do sol de Ipanema O seu balançado é mais que um poema É a coisa mais linda que eu já vi passar! Oh! Por que estou tão sozinho? Ai! Por que tudo é tão triste? Ai! A beleza que existe A beleza que não é só minha E também passa sozinha Ah! Se ela soubesse que quando ela passa O mundo inteirinho se enche de graça E fica mais lindo Por causa do amor<br /><br /><br />Moça<br />(Wando)<br /><br />Moça, me espere amanhã<br />Levo meu coração<br />Pronto pra te entregar<br />Moça<br />Moça , eu te prometo<br />Eu me viro do avesso<br />Só pra te abraçar<br />Moça<br />Sei que já não és pura<br />Teu passado é tão forte<br />Pode até machucar<br />Moça<br />Dobre as mangas do tempo<br />Jogue teu sentimento<br />Todo em minhas mãos<br />Eu quero me embolar<br />Nos teus cabelos<br />Abraçar teu corpo inteiro<br />Morrer de amor<br />De amor me perder<br />Eu quero , eu quero ( bis )<br /><br />Nossa canção (Luiz Ayrão)<br /><br />Olhe aqui, preste atençãoEssa é a nossa cançãoVou cantá-la seja onde forPara nunca esquecer o nosso amor, nosso amor<br />Veja bem, foi vocêA razão e o porquêDe nascer essa canção assimPois você é o amor que existe em mim<br />Você partiu e me deixou, nunca mais você voltouPra me tirar da solidãoE até você voltar, meu bem, eu vou cantarEssa nossa canção<br /><br /><br />Modinha<br />(Sérgio Bittencourt)<br /><br />Olho a rosa na janelaSonho um sonho pequeninoSe eu pudesse ser menino eu roubava esta rosaE ofertava todo prosa à primeira namoradaE nesse pouco ou quase nadaEu dizia o meu amor, o meu amorOlho o sol findando lentoSonho um sonho de um adultoMinha voz na voz do vento indo em busca do teu vultoE o meu verso em pedaços só querendo o teu perdãoEu me perco nos teus passosE me encontro na cançãoAi, amor, eu vou morrer<br /><br />TRISTEZA<br />(Haroldo Lobo e Milton Oliveira) Tristeza Por favor vai emboraA minha alma que choraEstá vendo o meu fimFez do meu coraçãoA sua moradiaJá é demais o meu penarQuero voltar aquelaVida de alegriaQuero de novo cantarla ra rara, la ra rarala ra rara, rara<br />Quero, de novo cantar<br />Que Queres Tu De Mim<br />(Evaldo Gouveia)<br />Que queres tu de mim? Que fazes junto a mimSe tudo está perdido, amor?Que mais me podes dar Se nada tens a dar Que a marca de uma nova dor Loucura reviver Inútil se querer O amor que não se tem Porque voltaste aqui Se estando junto a ti Eu sinto que estou sem ninguém Que pensas tu que eu sou Se julgas que ainda vou Pedir que não me deixes mais Não tenho que pedir Não sei o que pedir Se tudo que desejo é paz Que culpa tenho eu Se tudo se perdeu Se tu quiseste assim E então que queres tu de mim se até o pranto que chorei Se foi por ti não sei???<br /><br />Eu só Quero um Xodó<br />(Anastácia – Dominguinhos)<br /><br />Que falta eu sinto de um bemQue falta me faz um xodóMas como eu não tenho ninguémEu levo a vida assim tão sóEu só quero um amorQue acabe o meu sofrerUm xodó pra mimDo meu jeito assimQue alegre o meu viver<br /><br />Naquela mesa<br />(Sergio Bitencourt)<br /><br />Naquela mesa ele sentava sempreE me dizia sempre o que é viver melhorNaquela mesa ele contava estóriasE hoje na memória eu guardo e sei de corNaquela mesa ele juntava a genteE contava contente o que fez de manhãE nos seus olhos era tanto brilhoQue mais que seu filho, eu fiquei seu fãEu não sabia que doia tantoUma mesa no canto, uma casa e um jardimSe eu soubesse quanto dói a vidaEssa dor tão doída não doía assimAgora resta uma mesa na salaE hoje ninguém mais fala no seu bandolimNaquela mesa tá faltando eleE a saudade dele está doendo em mim<br />Coração de papel<br /><br />Se você pensaQue meu coração é de papelNão vá pensando, pois não éEle é igualzinho ao seuE sofre como euPorque fazer chorar assimA quem lhe amaSe você pensaEm fazer chorar a quem lhe querA quem só pensa em vocêUm dia sentiráQue amar é bom demaisNão jogue amor ao léuMeu coração que não é de papelPorque fazer chorarPorque fazer sofrerUm coração que só lhe querO amor é lindo eu seiE todo eu lhe deiVocê não quis, jogou ao léuMeu coração que não é de papelNervos de Aço<br />Você sabe o que é ter um amor meu senhor?<br />Ter loucura por uma mulher<br />E depois encontrar esse amor, meu senhor?<br />Nos braços de outro qualquer<br />Você sabe o que é ter um amor meu senhor?<br />E por ele quase morrer<br />E depois encontrá-lo em um braço<br />Que nem um pedaço do meu, pode ser<br />Há pessoas com nervos de aço<br />Sem sangue nas veias, e sem coração<br />Mas não se passando o que passo<br />Talvez não lhes venha qualquer reação<br />Eu não sei que o que eu trago no peito<br />É ciúme, despeito, amizade ou horror<br />Eu só sei é que quando a vejo<br />Me dá um desejo de morte e de dor<br /><br />Se acaso você chegasse<br />(Lupicínio Rodrigues e Felisberto Martins)<br /><br />Se acaso você chegasseNo meu chateau e encontrasseAquela mulher que você gostouSerá que tinha coragem De trocar nossa amizadePor ela que já lhe abandonou?<br />Eu falo porque essa dona Já mora no meu barraco À beira de um regatoE de um bosque em florDe dia me lava a roupaDe noite me beija a bocaE assim nós vamos vivendo de amor<br /><br />EU TE AMO MEU BRASIL<br />(Dom) As praias do Brasil ensolaradas O chão onde o país se elevou A mão de Deus abençoou Mulher que nasce aqui tem muito mais amor O céu do meu Brasil tem mais estrelas O sol do meu país mais esplendor A mão de Deus abençoou Em terras brasileiras vou plantar amor Eu te amo meu Brasil, eu te amoMeu coração é verde, amarelo, branco, azul anilEu te amo meu Brasil, eu te amoNinguém segura a juventude do Brasil<br /><br />Aos Pés Da Cruz<br /><br />Aos pés da Santa CruzVocê se ajoelhou E em nome de JesusUm grande amorVocê jurou Jurou mas não cumpriuFingiu e me enganouPra mim você mentiuPra Deus você pecouO coração tem razões Que a própria razão desconheceFaz promessas e jurasDepois esqueceSeguindo esse princípio Você também prometeuChegou ate a jurar um grande amorMas depois se esqueceu<br />Noite cheia de estrelas Noite alta, céu risonhoA quietude é quase um sonhoO luar cai sobre a mataQual uma chuva de prataDe raríssimo esplendorSó tu dormes, não escutasO teu cantorRevelando à lua airosaA história dolorosa desse amorLua...Manda a tua luz prateadaDespertar a minha amadaQuero matar meus desejosSufocá-la com os meus beijosCantoE a mulher que eu amo tanto<br /><br />Máscara negra<br /><br />Tanto riso! Oh! quanta alegriaMais de mil palhaços no salãoArlequim está chorando pelo amor da ColombinaNo meio da multidãoFoi bom te ver outra vezTá fazendo um anoFoi no carnaval que passouEu sou aquele pierrôQue te abraçouQue te beijou, meu amorA mesma máscara negraQue esconde o teu rostoEu quero matar a saudadeVou beijar-te agoraNão me leve a malHoje é carnaval<br /><br /><br />Maria Helena<br /><br />Maria Helena és tu<br />A minha inspiração<br />Maria Helena vem<br />ouvir meu coraçãoNa minha melodia<br />Ecoa tua vozA mesma lua-cheia<br />Há de esperar por nósMaria Helena lembra<br />O tempo que passouMaria Helena<br />O meu amor não se acabouDas flores que guardei<br />Uma secouMaria Helena<br />és a verbena<br />Que murchou!...<br /><br />Alguém Me Disse<br /><br />Alguém me disse<br />que tu andas novamenteDe novo amor, nova paixão,<br />todo contenteConheço bem tuas promessasOutras ouvi iguais a essaEsse teu jeito de enganar<br />conheço bemPouco me importa<br />que tu beijes tantas vezesE que tu mudes de paixão<br />todos os mesesSe vai beijar<br />como eu bem seiFazer sonhar<br />como eu sonheiMas sem ter nunca<br />amor igual ao que eu te dei!<br /><br />Bandeira branca<br />Bandeira branca, amorNão posso mais...Pela saudadeQue me invade<br />eu peço paz.Bandeira branca, amorNão posso mais.Pela saudadeQue me invade<br />eu peço paz.Saudade, mal de amor, de amorSaudade, dor que dói demaisVem, meu amorBandeira branca eu peço paz.Bandeira branca, amorNão posso mais.Pela saudadeQue me invade eu peço paz.Bandeira branca, amorNão posso mais.Pela saudadeQue me invade eu peço paz.<br /><br />Sentimental Demais<br /><br />Sentimental eu souEu sou demaisEu sei que sou assimPorque assim ela me fazAs músicas que euVivo a cantarTem o sabor igualPor isso é que se dizComo ele é sentimentalRomântico é sonharE eu sonho assimCantando estas cançõesPrá quem ama igual a mimE quem achar alguémComo eu acheiVerá que é naturalFicar como eu fiqueiCada vez maisSentimental<br /><br />COMO VAI VOCÊ Como vai vocêEu preciso saber da sua vidaPeço alguém para me contar sobre o seu diaAnoiteceu e eu preciso só saber... Como vai vocêQue já modificou a minha vidaRazão de minha paz já esquecida Nem sei se gosto mais de mim ou de você Vem...Que a sede de te amar me faz melhorEu quero amanhecer ao seu redorPreciso tanto me fazer felizVem...Que o tempo pode afastar nós doisNão deixe tanta vida pra depois Eu só preciso saber como vai você Como vai vocêQue já modificou a minha vida Razão de minha paz já esquecidaNem sei se gosto mais de mim ou de você Vem....Que a sede de te amar me faz melhorEu quero amanhecer ao seu redorPreciso tanto me fazer felizVem...que o tempo pode afastar nós doisNão deixe tanta vida pra depoisEu só preciso saber como vai você<br /><br /><br />CAROLINA<br /><br />CarolinaNos seus olhos fundosGuarda tanta dorA dor de todo esse mundoEu já lhe expliquei que não vai darSeu pranto não vai nada mudarEu já convidei para dançarÉ hora, já sei, de aproveitarLá fora, amorUma rosa nasceuTodo mundo sambouUma estrela caiuEu bem que mostrei sorrindoPela janela, ói que lindoMas Carolina não viuCarolinaNos seus olhos tristesGuarda tanto amorO amor que já não existeEu bem que avisei, vai acabarDe tudo lhe dei para aceitarMil versos cantei pra lhe agradarAgora não sei como explicarLá fora, amorUma rosa morreuUma festa acabouNosso barco partiuEu bem que mostrei a elaO tempo passou na janelaSó Carolina não viu<br /><br />O trovador<br />Sonhei que eu era um dia um trovadorDos velhos tempos que não voltam mais Cantava assim a toda horaAs mais lindas modinhasDe meu tempo de outroraSinhá mocinha de olhar fugazSe encantava com meus versos de rapaz Qual seresteiro ou menestrel do amorA suspirar sob os balcões em florNa noite antiga do meu Rio Pelas ruas do RioEu passava a cantar novas trovas Em provas de amor ao luarE via então de um lampião de gás<br />Na janela a flor mais bela em tristes ais NINGUÉM É DE NINGUÉM Ninguém é de ninguémNa vida tudo passa<br />Ninguém é de ninguémAté quem nos abraçaNão há recordaçãoQue não tenha seu fimNinguém é de ninguémO mundo é mesmo assim...Já tive a sensaçãoQue amava com fervorJá tive a ilusãoQue tinha um grande amorTalvez alguém passouNo amor que eu sonheiE que perdi tambémE assim vi que na vidaNinguém é de ninguémNinguém.<br />Súplica Cearense<br /><br />Oh! Deus, perdoa esse pobre coitadoQue de joelhos rezou um bocadoPedindo pra chuva cair sem pararOh! Deus, será que o senhor se zangouE só por isso o sol se arretirouFazendo cair toda chuva que háSenhor, eu pedi para o sol se esconder um tiquinhoPedir pra chover, mas chover de mansinhoPra ver se nascia uma planta no chãoMeu Deus, se eu não rezei direito o Senhor me perdoe, Eu acho que a culpa foiDesse pobre que nem sabe fazer oraçãoMeu Deus, perdoe eu encher os meus olhos de águaE ter-lhe pedido cheinho de mágoaPro sol inclemente se arretirarDesculpe eu pedir a toda hora pra chegar o invernoDesculpe eu pedir para acabar com o infernoQue sempre queimou o meu Ceará<br /><br /><br />Eu Sem Você( Mauricio Duboc)Eu sem vocêNão importa o dia, a hora e lugarQualquer coisa é uma razão pra pensarQue não posso te esquecerEu te amo. Pelas manhãsPelas tardes, pelas noites enfimEu só faço te esperarSem você não sei ficarO meu amor é seu. Quando a primeira estrela aparecerOnde eu estiverPare um poucoPra pensar em mimPois o brilho dessa estrelaVai dizerTudo o que eu sentiTudo que sonheiPor esse amor. Ah! Meu amorSe você pudesse ver como eu estouA tristeza que comigo ficouOcupando o seu lugarEu te amo. Volta pra mimEu te queroComo sempre te quisEu preciso de vocêÉ difícil te esquecerO meu amor é seu.<br /><br />Só vou gostar de quem gosta de mim<br /><br />De hoje em diante vou modificarO meu modo de vidaNaquele instante que você partiuDestruiu nosso amorAgora não vou mais chorarCansei de esperar, de esperar enfimE pra começar eu só vou gostarDe quem gosta de mimNão quero com isso dizer que o amorNão é bom sentimentoA vida é tão bela quando a gente amaTem um amorPor isso é que eu vou mudarNão quero ficarChorando até o fimE pra não chorarEu só vou gostar de quem gosta de mimNão vai ser fácil, eu bem seiEu já procurei, não encontrei meu bemA vida é assim, eu falo por mimPois eu vivo sem ninguém<br /><br />Boneca cobiçada Quando eu te conheciDo amor desiludidaFiz tudo e conseguiDar vida à sua vidaDois meses de venturaO nosso amor viveuDois meses com ternuraBeijei os lábios teusPorém eu já sabiaQue perto estava o fimPois tu não conseguias viver só para mimEu poderei morrer, mas os meus versos nãoMinha voz hás de ouvir ferindo o coraçãoBoneca cobiçada das noites de serenoTeu corpo não tem dono, teus lábios têm venenoSe queres que eu sofraÉ grande o teu enganoPois olha nos meus olhos<br />Vê que não estou chorando<br />Fica Comigo Esta Noite<br /><br />Fica comigo esta noiteE não te arrependerásLá fora o frio é um açoiteCalor aqui tu terásTerás meus beijos de amorMinhas carícias terásFica comigo esta noiteE não te arrependerásQuero em teus braços, queridaAdormecer e sonharEsquecer que nos deixamosSem nos querermos deixarTu ouvirás o que eu digoEu ouvirei o que dizesFica comigo esta noiteE então seremos felizes.<br /><br /><br />Quizás, Quizás, Quizás<br />Siempre que te pregunto Que cuándo, como y dónde Tú siempre me respondes Quizás, quizás, quizás<br />E así pasan los dias E yo desesperando E tú, tú contestando Quizás, quizás, quizás Estás perdiendo el tiempo Pensando, pensando E tu, tu contestando<br />Quizás, quizás, quizás Estas perdendo el tiempo<br />Pensando, pensando<br />Por lo mas que quieras<br />Hasta quando, hasta quando!<br />E asi passam los dias e yo desesperando<br />E tu, tu contestando<br />Quizás, quizás, quizás<br /><br />Sintonia<br /><br />Escute essa canção<br />que é pra tocar no rádioNo rádio do seu coração.Você me sintoniza<br />e a gente então se liga nesta estaçãoAumenta o seu volume<br />que o ciúme não tem remédioNão tem remédio, não tem remédio não.Aumente o seu volume<br />que o ciúme não tem remédioNão tem remédio, não tem remédio não.Agora assim: aqui pra nós,<br />pelo meu nome não me chamaVocê é quem conhece mais a<br />voz do homem que te ama.Deixa eu penetrar na tua onda,<br />deixa eu me deitar na tua praia.Que é nesse vai e vem, nesse vai e vemQue a gente se dá bem<br />que a gente se atrapalha<br />Escute esta canção...<br />Cachaça Você pensa que cachaça é águaCachaça não é água nãoCachaça vem do alambiqueE água vem do ribeirãoPode me faltar tudo na vidaArroz, feijão e pãoPode me faltar manteigaE tudo mais não faz falta nãoPode me faltar o amorDisto até acho graçaSó não quero que me falte<br />A danada da cachaça.<br />Eu daria a minha vida<br />Eu daria a minha vidaPara te esquecerEu daria a minha vidaPra não mais te verEu daria a minha vidaPara te esquecerEu daria a minha vidaPra não mais te verJá não tenho nadaA não ser você comigoSei que é preciso esquecerMas não consigoEu daria a minha vidaPara te esquecerEu daria a minha vidaPra não mais te verDigo a todo mundoNunca mais vereiAqueles olhos tristesQue eu tanto ameiMas existe em mimUm coração apaixonadoQue dizSó pra mimQue eu daria a minha vidaPra você voltarQue eu daria a minha vidaPra você ficarMas existe em mimUm coração apaixonadoQue dizSó pra mimQue eu daria a minha vidaPra você voltarQue eu daria a minha vidaPra você ficar<br />SORRINDO PRA MIM Meu bem eu vou partirMas sem me despedirVocê vai chorarE eu não quero verQuero recordarOs seus olhos assimBrilhando de contenteBrilhando alegrementeSorrindo para mimNa minha viagem levareiComo recordação um beijo seuVocê vai ficar longe de mimMas não quero vê-la triste assimMas quando eu voltarSerei feliz entãoPosso lhe entregarO meu coraçãoMas quero encontrarOs seus olhos assimChorando na verdadeMas de felicidadeSorrindo para mim!<br /><br />A Cigana<br /><br />Na distância vi seu vulto desaparecer Nunca mais seu rosto eu pude ver Na distância vi seu vulto desaparecer Nunca mais seu rosto eu pude ver Uma vez você apareceu na minha vida Eu não percebi você de mim se aproximar Não sei de onde você veio e nem perguntei Talvez de alguma estrada que eu ainda não passei Seu olhar me disse tanta coisa num momento Parecia que podia ler meu pensamento E no seu sorriso mil segredos percebi Então nos seus mistérios de repente me perdi Minha mão você tomou nas mãos e conheceu Minha vida inteira e o seu encanto me envolveu Toda minha história leu nas linhas que mostrei O que estava escrito e o meu amor eu lhe entreguei Hoje você anda por lugares que eu não sei Vive nos meus sonhos e nas lembranças que guardei Disse tanta coisa quando leu a minha mãoVocê só não previu a minha solidão<br />Na distância vi seu vulto...<br /><br />Hino Ao Amor<br />Se o azul do céu escurecerE a alegria na Terra fenecerNão importa, queridoViverei do nosso amor...Se tu és o sol dos dias meusSe os meus beijos sempre forem teusNão importa, querido, O amargor das dores desta vida.Um punhado de estrelasNo infinito irei buscarE a teus pés esparramarNão importa os amigos,Risos, crenças e castigosQuero apenas te adorarSe o destino, então, nos separarE distante a morte te encontrar.Não importa, querido,Porque eu morrerei, também...Quando, enfim, a vida terminarE dos sonhos nada mais restarNum milagre supremoDeus fará, no Céu, te encontrar!<br /><br />Índia<br /><br />Índia seus cabelos nos ombros caídosnegros como a noite que não tem luarseus lábios de rosa para mim sorrindoe a doce meiguice desse seu olharÍndia da pele morena, sua boca pequena eu quero beijarÍndia, sangue tupi, tem o cheiro da florVem, que eu quero te darTodo meu grande amorQuando eu for embora para bem distantee chegar a hora de dizer adeusFica nos meus braços só mais um instantedeixa os meus lábios se unirem aos seusÍndia levarei saudade da felicidade que você me deuÍndia, a sua imagemsempre comigo vaiDentro do meu coração, flor do meu Paraguay!<br /><br />Laura<br /><br />O vale em flor, a fonte, o rio cantandoO sol banhando a estrada, frases de amor Laura,-um sorriso de criançaLaura, nos cabelos uma florÓ Laura,-como é linda a vidaÓ Laura, como é grande o amorDepois, o adeus... um lenço...a estrada... a distânciaO asfalto... a noite... o bar... as taças de dorLaura, que é da rosa dos cabelosLaura, que é do vale sempre em florÓ Laura, que é do teu sorrisoÓ Laura, que é do nosso amor?...<br /><br />Luzes da ribalta Vidas que se acabam a sorirLuzes que se apagam, nada maisÉ sonhar em vão tentar aos outros iludirSe o que se foi pra nósNão voltará jamaisPara que chorar o que passouLamentar perdidas ilusõesSe o ideal que sempre nos acalentouRenascerá em outros corações<br /><br />Meus tempos de criança<br /><br />Eu daria tudo que eu tivessePra voltar aos dias de criançaEu não sei porque a gente cresceSe não sai da gente essa lembrançaAos domingos missa na matrizDa cidadezinha onde eu nasciAi, meu Deus, eu era tão felizNo meu pequenino MiraíQue saudade da professorinhaQue me ensinou o be-a-báOnde andará MariazinhaMeu primeiro amor onde andará?Eu igual a toda meninadaQuanta travessura que eu faziaJogo de botões sobre a calçadaEu era feliz e não sabia<br />_______________________________________________________________<br /><br />NA CADÊNCIA DO SAMBA<br /><br />Quero morrer numa batucada de Bamba<br />Na cadência bonita do Samba!<br />Sei que vou morrer, não sei o dia...<br />Levarei saudade da Maria<br />Sei que vou morrer não sei a hora<br />Levarei saudade da Aurora<br /><br />Quero morrer numa batucada de Bamba<br />Na cadência bonita do Samba!<br />Mas o meu nome, não se vai<br />Jogar na lama<br />Diz o dito popular<br />Morre o homem fica a fama<br /><br />Quero morrer numa batucada de Bamba<br />Na cadência bonita do Samba!<br /><br /><br /><br /><br />Quero Beijar-te As Mãos<br /><br />Quero beijar-te as mãosMinha queridaSenta junto de mimVem, por favorÉs o maior enlevoDa minha vidaÉs o reflorir do meu amorSinto nesta ansiedadeQue minha alma invadeQue me faz sofrerA luz de um divinal quererEterna glória de viverSe tu me quiseres tantoQuanto eu que vivoPara te adorarSerá um mundo de esplendorO nosso amorAmor, nosso amor.<br /><br />Última estrofe<br /><br />A noite estava assim enluaradaQuando a voz já bem cansadaEu ouvi de um trovadorNos versas que vibravam de harmoniaEle em lágrimas diziaDa saudade de um amorFalava de um beijo apaixonadoDe um amor desesperadoQue tão cedo teve fimE desses gritos de tormentoEu guardei no pensamentoUma estrofe que era assim:Lua...Vinha perto a madrugadaQuando em ânsias minha amadaNos meus braços desmaiouE o beijo do pecadoSob o céu estrelado<br /><br />TRAVESSIA<br />Quando você foi emboraFez-se noite em meu viverForte eu sou mas não tem jeito,Hoje eu tenho que chorarMinha casa não é minha,E nem é meu este lugarEstou só e não resisto,Muito tenho prá falarSolto a voz nas estradas, já não quero pararMeu caminho é de pedra,como posso sonharSonho feito de brisa, vento vem terminarVou fechar o meu pranto, vou querer me matarVou seguindo pela vida me esquecendo de vocêEu não quero mais a morte, tenho muito que viverVou querer amar de novo e se não der não vou sofrer<br />Já não sonho, hoje faço com meu braço o meu viver!!!<br />Diz Que Fui Por Aí<br />Se alguém perguntar por mimDiz que fui por aíLevando o violão embaixo do braçoEm qualquer esquina eu paroEm qualquer botequim eu entroSe houver motivoÉ mais um samba que eu façoSe quiserem saber se voltoDiga que simMas só depois que a saudade se afastar de mimTenho um violão para me acompanharTenho muitos amigos, eu sou popularTenho a madrugada como companheiraA saudade me dói, o meu peito me róiEu estou na cidade, eu estou na favelaEu estou por aíSempre pensando nela<br /><br /><br />FOI DEUS<br /><br />Não sei não sabe ninguémPorque canto o fado neste tom magoado de dor e de prantoE neste tormento todo o sofrimentoEu sinto que a alma cá dentro se acalma nos versos que cantoFoi Deus que deu luz aos olhosPerfumou as rosas deu ouro ao sol e prata ao luarFoi Deus que me pôs no peitoum rosário de penasQue vou desfiando e choro a cantarE pôs as estrelas no céuE fez o espaço sem fimDeu luto às andorinhasE deu-me esta voz a mimSe canto não sei o que cantoMisto de ventura saudade ternura e talvez amorMas sei que cantando sinto o mesmo quandoSe tem um desgosto e o pranto no rosto nos deixa melhorFoi Deus que deu voz ao ventoLuz ao firmamento e deu o azul às ondas do marFoi Deus que me pôs no peito um rosário de penasQue vou desfiando e choro a cantarFez poeta o rouxinolPôs no campo o alecrimDeu as flores à primaveraE deu-me esta voz a mim<br /><br /><br />Apelo<br /><br />Ah, meu amor não vais emboraVê a vida como chora, vê que triste esta cançãoNão, eu te peço, não te ausentesPois a dor que agora sentes, só se esquece no perdãoAh, minha amada me perdoaPois embora ainda te doa a tristeza que causeiEu te suplico não destruas tantas coisas que são tuasPor um mal que eu já pagueiAh, minha amada, se soubessesDa tristeza que há nas precesQue a chorar te faço euSe tu soubesses num momento todo arrependimentoComo tudo entristeceuSe tu soubesses como é tristePerceber que tu partisteSem sequer dizer adeusAh, meu amor tu voltariasE de novo cairiasA chorar nos braços meus<br />Besame Mucho Bésame, bésame muchoComo si fuera esta la nochela última vezBésame, bésame muchoque tengo miedo a perderteperderte despuésQuiero tenerte muy cercamirarme en tus ojosverte junto a míPiensa que tal vez mañanayo ya estaré lejosmuy lejos de aquíBésame, bésame muchoComo si fuera esta la nochela última vezBésame, bésame muchoque tengo miedo a perderteperderte después<br />Bésame(...)<br />Brigas<br /><br />Veja só!Que tolice nós doisBrigarmos tanto assimSe depois, vamos nós a sorrirFicar de bem no fimPara que maltratar o amor?O amor não se maltrata, nãoPara quê?Se essa gente o que querÉ ver nossa separaçãoBrigo euVocê briga tambémPor coisas tão banaisE o amorEm momentos assimMorre um pouquinho maisE, ao morrer, então é que se vêQue quem morreuFoi eu e foi vocêPois sem amorEstamos sósMorremos nós<br /><br />Majestade, O Sabiá<br /><br />Meus pensamentos tomam forma e viajoEu vou prá onde Deus quiserUm video tape que dentro de mimRetrata todo meu inconscienteDe maneira naturalAh! tô indo agora prá um lugar todinho meuQuero uma rede preguiçosa prá deitarEm minha volta sinfonia de pardaisCantando para a majestade, o sabiáA majestade , o sabiáTô indo agora tomar banho de cascatasQuero adentrar nas matas onde oxossi é o deusAqui eu vejo plantas lindas e cheirosasTodas me dando passagemPerfumando o corpo meuAh! tô indo agora prá um lugar todinho meuQuero uma rede preguiçosa prá deitarEm minha volta sinfonia de pardaisCantando para a majestade, o sabiáA majestade , o sabiáEsta viagem dentro de mim foi tão lindaVou voltar à realidade prá este mundo de DeusÉ que o meu eu este tão desconhecidoJamais será traído pois este mundo sou euAh! tô indo agora prá um lugar todinho meuQuero uma rede preguiçosa prá deitarEm minha volta sinfonia de pardaisCantando para a majestade, o sabiá<br /><br />Nem às paredes confesso<br /><br />Não queiras gostar de mimSem que eu te peça,Nem me dês nada que ao fimEu não mereçaVê se me deitas depoisCulpas no rostoEu sou sinceraPorque não queroDar-te um desgosto<br />[refrão:]De quem eu gostonem às paredes confessoE nem apostoQue não gosto de ninguémPodes rogarPodes chorarPodes sorrir tambémDe quem eu gostoNem às paredes confesso.<br />Quem sabe se te esqueciOu se te queroQuem sabe até se é por tique eu tanto espero.Se gosto ou não afinalIsso é comigo,Mesmo que pensesQue me convencesNada te digo.<br /><br />Nesta Rua<br /><br />Nesta rua, nesta rua, tem um bosque<br />Que se chama, que se chama, Solidão<br />Dentro dele, dentro dele mora um anjo<br />Que roubou, que roubou meu coração<br />Se eu roubei, se eu roubei seu coração<br />É porque tu roubastes o meu também<br />Se eu roubei, se eu roubei teu coração<br />É porque eu te quero tanto bem<br />Se esta rua se esta rua fosse minha<br />Eu mandava, eu mandava ladrilhar<br />Com pedrinhas, com pedrinhas de brilhante<br />Só pra meu, só pra meu bem passar<br /><br />Sonhar Contigo Sonhar contigo, por toda vidaSonhar contigo, meu amor, minha queridaViver pensando em ti somente Viver te amando ser só teu eternamente Este é o meu maior desejo Tomar tuas mãos, calar tua voz Num longo beijo E ter-te sempre, bem junto a mim<br />Viver te amando, ser só teu até o fim<br />Chiquita Bacana<br />Chiquita BacanaLá da MartinicaSe veste com uma cascaDe banana nanica<br />Não usa vestidoNão usa calçãoInverno pra ela É pleno verãoExistencialista Com toda razãoSó faz o que mandaO seu coração<br /><br />Nossos momentos<br />Momentos são iguais àquelesEm que eu te ameiPalavras são iguais àquelasQue eu te dediqueiEu escrevi na fria areiaUm nome para amarO mar chegou, tudo apagouPalavras leva o marTeu coração praia distanteEm meu perdido olharTeu coração, mais inconstateQue a incerteza do marMeu castelo de carinhosEu nem pude terminarMomentos meus que foram teusAgora é recordar!<br /><br />QUEM SABE SABE<br />Quem sabe, sabeConhece bemComo é gostosoGostar de alguémAi! morena Deixa eu gostar de vocêBoêmio, sabe beberBoêmio, também tem querer<br /><br />Último desejo Nosso amor que eu não esqueço E que teve o seu começo numa festa de São JoãoMorre hoje sem foguete, sem retrato e sem bilheteSem luar, sem violãoPerto de você me caloTudo penso e nada falo, tenho medo de chorarNunca mais quero o seu beijoMas meu último desejo você não pode negarSe alguma pessoa amiga pedir que você lhe digaSe você me quer ou nãoDiga que você me adora, que você lamenta e choraA nossa separaçãoÀs pessoas que eu detestoDiga sempre que eu não presto, que meu lar é o botequimE que eu arruinei sua vidaQue eu não mereço a comida que você pagou pra mim<br /><br /><br />Quem é<br />Quem é Que lhe cobre de beijos Satisfaz seus desejos E que muito lhe quer? Quem é Que esforços não mede Quando você lhe pede Uma coisa qualquer? Quem é Que de você tem ciúmes Quem é Que lhe ouve os queixumes Quem é<br />Que lhe cobre de beijos...<br />A Noiva<br /><br />Branca e radiante vai a noiva,logo a seguir o noivo amado.Quando se unirem os corações,<br />vão destruir ilusões.Aos pés do altar está chorando,todos dirão que é de alegria.Dentro sua alma está gritando, Ave Maria...Chorará também, ao dizer o sim,e ao beijar a Cruz, pedirá perdão.E eu sei que esquecer não poderia, se era outro amor a quem queria.Aos pés do altar está chorando,todos dirão que é de alegria.Dentro sua alma está gritando,Ave Maria...Ave Maria...<br />A JARDINEIRA<br />Ó jardineira porque estás tão tristeMas o que foi que te aconteceuFoi a camélia que caiu do galhoDeu dois suspiros e depois morreuVem jardineira vem meu amorNão fiques triste que este mundo é todo seuTu és muito mais bonita Que a camélia que morreu...<br /><br />A Turma do Funil Chegou a turma do funilTodo mundo bebeMas ninguém dorme no pontoAí, aí, Ninguém dorme no pontoNós é que bebemos E eles que ficam tontosEu bebo, sem compromisso,com meu dinheiro, Ninguém tem nada com issoAonde houver garrafa, Aonde houver barril<br />Presente está a turma do funil<br />Me Dá Um Dinheiro Aí<br /><br />Hei você aí<br />Me dá um dinheiro aíMe dá um dinheiro aíNão vai dar?Não vai dar não?Você vai ver<br />A grande confusãoQue vou fazer<br />Bebendo até cair<br />Me dá, me dá. me dá, (ei)<br />Me dá um dinheiro aí<br /><br /><br />Pó de Mico<br /><br />Vem cá seu guardaBota pra fora este moçoEstá no salão brincandoCom pó de mico no bolsoFoi,foi ele simFoi ele que jogou o pó em mim<br /><br />Quero Que Vá Tudo Pro Inferno<br /><br />De que vale o céu azule o sol sempre a brilharse você não veme eu estou a lhe esperarsó tenho você no meu pensamentoe a sua ausência é todo meu tormentoquero que você me aqueça neste invernoe que tudo mais vá pro infernode que vale a minhaboa vida de play-boyse entro no meu carroe a solidão me dóionde quer que eu ande tudo é tão tristenão me interessa o que de mais existequero que você me aqueça neste invernoe que tudo mais vá pro infernonão suporto maisvocê longe de mimquero até morrerdo que viver assimsó quero que você me aqueça neste invernoe que tudo mais vá pro inferno<br /><br />CABECINHA NO OMBRO<br />Encosta a tua cabecinha no meuombro e choraE conta logo a tua mágoa toda para mim!Quem chora no meu ombro eu juro que não vai embora, que não vai emboraque não vai emboraEncosta a tua cabecinha no meu ombro e choraE conta logo a tua mágoa toda para mimQuem chora no meu ombro eu juro que não vai embora, que não vai emboraporque gosta de mimAmor, eu quero o teu carinho, porque eu vivo tão sozinhoNão sei se a saudade fica ou se ela vai embora,se ela vai embora, se ela vai embora Não sei se a saudade fica ou se ela vai embora,<br />se ela vai embora,porque gosta de mim<br /><br />Chove lá fora<br />A noite está tão fria<br />Chove lá fora, ora<br />E essa saudade enjoada não vai embora<br />Queria compreender porque partiste<br />Queria que soubesses como estou triste<br />E a chuva continua<br />Mais forte ainda, inda, inda<br />Só Deus pode entender como é infinda<br />A dor de não saber<br />Saber lá fora, onde estás, onde estás<br />Com quem estás agora, agora<br />Yesterday<br /><br />Yesterday, all my troubles<br />seemed so far awayNow it looks as though they're here to stayOh, I believe in yesterday<br />Suddenly, I'm not half the man I used to beThere's a shadow hanging over meOh, yesterday came suddenly<br />Why she had to goI don't know she wouldn't sayI said something wrong,now I long for yesterday<br />Yesterday, love was such<br />an easy game to playNow I need a place to hide awayOh, I believe in yesterday<br />Perfídia<br /><br />Te ameiComo ninguém te amou, queridaDe ti o menor gesto adoreiEsquecido da própria vidaPerfídiaMandaste embora eu não esqueciDas rosas, das orquídeasDas violetas que eu dava a tiDistraída no ambiente luxuosoEm que que sempre viviasTu deixaste que murchassem minhas floresMeu bouquet de fantasiaE agoraQue adoras a quem te magoaPerdoas pelo bem que eu te fizPerdoa e serás felizDistraída no ambiente luxuosoEm que que sempre viviasTu deixaste que murchassem minhas floresMeu bouquet de fantasiaE agoraQue adoras a quem te magoaPerdoas pelo bem que eu te fizPerdoa e serás feliz<br /><br /><br /><br />CIDADE MARAVILHOSA<br />Cidade maravilhosa Cheia de encantos mil Cidade maravilhosa Coração do meu Brasil Berço do samba e das lindas canções Que vivem n'alma da gente És o altar dos nossos corações Que cantam alegremente Jardim florido de amor e saudade Terra que a todos seduz Que Deus te cubra de felicidade Ninho de sonho e de luz.<br /><br />Sassaricando<br /><br />Sa-sassaricando!Todo mundo leva a vida no arame ...Sa-sassaricando!O brotinho... a viúva... e a madame!...Sentaram no ovo do CalomboFoi um assombro!Sassaricando...Quem não tem seu sassaricoSassarica mesmo só!Porque sem sassaricar...Esta vida é um nó!<br /><br />Ela Disse-Me Assim<br /><br />Ela disse-me assimTenha pena de mimVá emboraVais me prejudicar ele pode chegarEstá na horaEu não tinha motivo nenhumPara me recusarMas aos beijosCaí nos teus braçosE pedi pra ficarSabe o que se passouEle nos encontrouE agoraEla sofre somente porqueFoi fazer o que eu quisE o remorso está me torturandoPor ter feito a loucura que fizPor um simples prazerFui fazer meu amor infeliz<br /><br />Estão Voltando as Flores Vê, estão voltando as floresVê, nessa manhã tão lindaVê, como é bonita a vidaVê, há esperança aindaVê, as nuvens vão passandoVê, um novo céu se abrindoVê, o sol iluminandoPor onde nós vamos indoPor onde nós vamos indo.<br /><br />Gatinha manhosa<br /><br />Meu bem já não precisaFalar comigo dengosa assimBriga para depoisGanhar mil carinhos de mimSe eu aumento a vozVocê faz beicinhoE chora baixinhoE diz que a emoçãoDói seu coraçãoJá não acreditoSe você chora dizendo me amarSei que na verdadeCarinhos você quer ganharUm dia gatinha manhosaEu prendo vocêNo meu coraçãoQuero ver vocêFazer manhã entãoPresa no meu coraçãoQuero ver vocêMeu bem já não precisaFalar comigo dengosa assimBriga para depoisGanhar mil carinhos de mimSe eu aumento a vozVocê faz beicinhoE chora baixinhoE diz que a emoçãoDói seu coraçãoJá não acreditoSe você chora dizendo me amarSei que na verdadeCarinhos você quer ganharUm dia gatinha manhosaEu prendo vocêNo meu coraçãoQuero ver vocêFazer manhã entãoPresa no meu coraçãoQuero ver você<br /><br />Amada Amante<br /><br />Esse amor demais antigoamor demais amigoque de tanto amor viveuque manteve acesa a chamada verdade de quem amaantes e depois do amore você amada amantefaz da vida um instanteser demais para nós doisesse amor sem preconceitosem saber o que é direitofaz a suas próprias leisque flutua no meu leitoque explode no meu peitoe supera o que já fezneste mundo desamantesó você amada amantefaz o mundo de nós doisamada amante<br /><br />Como é Grande o Meu Amor Por Você<br /><br />Eu tenho tanto pra lhe falarMas com palavras não sei dizerComo é grande o meu amor por vocêE não há nada pra compararPara poder lhe explicarComo é grande o meu amor por vocêNem mesmo o céu, nem as estrelasNem mesmo o mar e o infinitoNão é maior que o meu amorNem mais bonitoMe desespero a procurarAlguma forma de lhe falarComo é grande o meu amor por vocêNunca se esqueça nenhum segundoQue eu tenho o amor maior do mundoComo é grande o meu amor por você<br /><br />ATÉ QUARTA-FEIRA<br /><br />Esse ano não vai ser<br />igual aquele que passou. Eu não brinquei,<br />você também não brincou. Aquela fantasia<br />Que eu comprei ficou guardada E a sua também, ficou pendurada Mas esse ano tá combinado Nós vamos brincar separados<br />Se acaso meu bloco encontrar o seu<br />Não tem problema<br /><br />NÃO TENHO LÁGRIMAS<br /><br />Quero chorar,<br />não tenho lágrimas<br />Que me rolem nas faces<br />Pra me socorrer<br />Se eu chorasse,<br />Talvez desabafasse<br />O que sinto no peito<br />E não posso dizer<br />Só porque não sei chorar<br />Eu vivo triste a sofrer<br />Estou certo que o riso<br />Não tem nenhum valor<br />A lágrima sentida<br />É o retrato de uma dor<br />O destino assim quis<br />De mim se separar<br />Eu quero chorar não posso<br />Vivo a implorar<br /><br />Nada além Nada alémNada além de uma ilusãoChega bemE é demais para o meu coraçãoAcreditando em tudo que o amorMentindo sempre dizE vou vivendo assim felizNa ilusão de ser felizSe o amorSó nos causa sofrimento e dorÉ melhorBem melhor a ilusão do amorEu não quero e não peçoPara o meu coração<br />Nada além de uma linda ilusão<br />Mulata assanhada<br /><br />Ai, mulata assanhadaQue passa com graçaFazendo pirraçaFingindo inocenteTirando o sossego da genteAi, mulata se eu pudesseE se meu dinheiro desseEu te dava sem pensarEssa terra, este céu, este marE ela finge que não sabeQue tem feitiço no olharAi, mulata assanhada (...)Ai, meu Deus, que bom seriaSe voltasse a escravidãoEu pegava a escurinhaPrendia no meu coraçãoE depols a pretoriaÉ quem resolvia a questãoAi, mulata assanhada (...)<br /><br />Negue Negue o seu amor, o seu carinhoDiga que você já me esqueceu...Pise machucando com jeitinho,Esse coração que ainda é seu...Diga que o meu pranto É covardiaMas... não esqueça Que você foi meu um diaDiga que já não me querNegue que me pertenceuQue eu mostro a boca molhadaE ainda marcada<br />Pelo beijo seu<br />A Lua é dos namorados<br /><br />Todos eles estão erradosA Lua é dos namoradosLua, ó luaQuerem te passar para trásLua, ó luaQuerem te roubar a pazLua que no céu flutuaLua que nos dá luarLua, ó luaNão deixa ninguém te pisar. </div>Tohama Editoraçãohttp://www.blogger.com/profile/01359905270529847464noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6525593032384920294.post-9179418522979961182010-07-03T16:43:00.000-07:002010-07-20T01:55:45.427-07:00<div align="justify"><br /><br /><br />(para o meu livro "grãos de areia")<br /><span style="font-family:verdana;"><br /><br /><strong><span style="font-size:130%;">Tormento, fadas e laser<br /><br /></span></strong><br /> Eles assistiam silenciosamente a chegada daquela gente triste. O pátio do céu estava cheio nesse dia. Vários grupos se abrigavam como podiam. Sentavam-se ao chão, encostavam-se nas grandes colunas, ou mesmo ficavam ali aguardando do mesmo jeito como tinham chegado da viagem, deitados, pasmos, sem entender nada, e de olho fechado. Um desses grupos eram compostos de cristãos quase ufofieis. Chamavam atenção pela simplicidade franciscana. Recolhidos e abraçados pelo silêncio celestial, aceitavam ficar juntos e quietos ante o que chamavam céu, ou em busca do céu. Percebia-se uma imensidão... e isso produzia a mais estranha vacância. Ainda teríam de vencer o medo, a angústia, a saudade, a inexperiência, a falta de estima, a lembrança dos que ficaram; tudo de concreto era passado. Disto todos tinham leve certeza. Existia, e só existia o tormentoso saber consciente da separação. Mas eles se estreitavam com os seus dizeres misticos. Todos estavam inclinados as reflexões pessoais e a meditação. A indicação era a penitência e a paciência.<br /> Neste instante vem o cansaço e sono pela viagem no sidério, as quais os fizeram dormir, e até sonhar sobre os últimos acontecimentos – a própria morte. Sentiam-se impulsionados a aceitar a realidade e estavam quase convencidos de que um novo momento havia chegado na vida. Percebiam ser pequenos grãos de areia entre milhões de almas ainda num lugar inexplicável. O grande pátio, os alpendres, as portas largas, os quadros dos homenageados, as grandes salas, os labirintos desenhados no chão, o silêncio, eram as únicas testemunhas daquele ambiente. <br /> De repente surge uma deusa, (assessora fiscal), e suspensa no ar, explica que boa parte dos que estavam ali tinham infinitas grandezas. Fez ver através de uma lente virtual, o caminho que, provavelmente, deveriam tomar. A sua delicadeza tinha cerimonial e deixava qualquer um fascinado. Isso era bom para todos. Nesta lente via-se a verdade dos fatos e a lógica das coisas. Relatou que tudo iria acontecer em níveis elevados e originais. Nos preparativos do primeiro julgamento apenas haveria algumas questões antes de atingir os objetivos finais por motivo de classificação. Isto é, o quem é quem, e o local definitivo onde iriam fazer suas reflexões, pelo menos por longo período. A cada momento pensavam na aproximação do chamado céu, mas havia muitas moradas ainda para cumprir. Não se enxergava bem ainda; ao longe vultos, mas um ambiente acolhedor e bem preparado. Todos estavam em uma espécie de anfiteatro ao ar livre, ao lado de uma espécie de mansão cenográfica. Tudo era tênue e predominava o azul celestial, em um tom que os acalmavam e os deixavam cheios de esperança como estivessem prestes a receber algo. Nunca imaginaram acontecer de repente situação tão estranha nas suas vidas.<br /> E eis inusitado acontecimento: uma voz inumana grita meio embargada. Entre frases soltas ouviu-se: “Cheguei”...!, no instante que encostava a mão no portão, onde pensava ser do céu. A voz lhe denunciara. Parece que veio impulsionado, se descontrolou e caiu de vez no chão quase em cima dos outros. Levantou-se cambaleando. Era justamente a imagem do ser contraditório e desconsertado. A voz era forte, mas em tom “delicado”. Vinha de um sujeito vestindo paletó, sapato e gravata pretos, broche turco na lapela, distintivo lua quarto minguante e estrela vermelha, juntos de um pássaro, o albatroz. (?) além de mostrar orgulhosamente no cós o chaveiro de um cavalo; na mão fechada ocultava o símbolo da sua tradição mistica e secreta (?). Estilo estranho para um ambiente cristão. Reclamou com trejeitos suaves e tom duvidoso: “hoje mesmo despediram-se de mim com salva de palmas, agora, aqui, nem lugar para descansar em paz a gente encontra”. Disse. Todos estavam abafados pelas mortes e ainda aparece uma figura inusitada chamando a atenção e indicando censura – alguém susurrou. Todos viram a cena com estranheza. Comentou que tinha tomado uns champanhes pelos nervos a flor da pele, só andava de preto mas estava branco de medo com tudo que tinha lhe acontecido. “Nunca pensei”, retrucou a voz cavernosa. Mordia o lábio inferior, fingia tecer algo entre a língua e os dentes e entrecortava a boca pequena incógnitas palavras por enganar o tom sepulcral. Disseram: “esse baixinho estranho ainda vai nos trazer problemas”. Só para começar o cara tem bruxismo e é anósmico. O morto ainda dizia que dava um jeito em tudo, era puro, e que vai ingressar no céu, custe o que custar.<br /> Mal sabiam da história verdadeira daquela figura. Algumas pessoas o conheciam. Seus predicados eram duvidosos. A criatura sempre foi estranha mas alguém lhe denunciara: “Na terra era rico e integrante de seitas estranhas e lá teria sido um rodopiante dervixe”. Pessoas do seu grupo chegaram a relatar que na terra perdera tudo em jogo. O seu mais forte ideal era querer ser rico a todo custo. Não teve êxitos em nenhuma situação; não lhe restara nada, e a sua abastança restringia-se a um somatório de insucessos, além de trágica vida mundana.<br /> Ele não veio só. Os alicaídos sacripantas, amigos do morto, vieram em seguida, e juravam também ter chegado no céu. O estranho do portão era lider de um grupo e seus “dançadores” trataram logo de se infiltrar sorrateiramente no recinto e procuravam acompanhar a todos para onde quer que fossem. Sua tática era essa, se parecerem simpáticos, e de repente e se instalar em todos os recantos. Os que não tinham pressa, os do outro grupo, estavam com o fardel a tira-colo, eram calmos, liam jaculatórias e levavam o seu santinho já preparado como carteira de identidade. Um deles pensou ter esquecido o seu, (botaram dentro do bolso do paletó). Eram os ufofiéis. "Ufofieis"? Assombro. Resignados, retrucou uma santa mulher. Os que chegaram depois, os chamados estranhos, esses se desesperavam e queriam saber dos objetivos daquele encontro ante o portão do ceu. Até se referiam a um suposto cerimonial heterodoxo com aquele mesmo que chegou ao portão primeiro dizendo que era puro e queria ser entrar. Pareciam dever no cartório. Disconfiavam deles mesmos. De terço na mão, rezavam e choravam, e ainda estavam com medo do que podia lhes acontecer – não entendiam nada, (conversas surgiram). Alguns espíritos possuem aspecto esquisito; preocupados, parece que não sabem dar continuidade a nova vida. O dogma deles, na Terra, segundo dizem, referia-se a “negar” qualquer coisa, e “envolver” tudo em segredo. Sabia-se que todos ainda iam ser julgados mas não reconheciam que ali era o início da verdadeira prova. Em um momento se faziam silenciosos, em outro apelavam para os seus rituais pantagruélicos de cabeça de bode com cenas e ritos numa contraditória reunião meio animada entre eles e até....queriam induzir os outros com danças e ritos medievais que ninguém conhecia.<br /> Distantes estavam da filosofia do ambiente. Na calçada do céu, se o sujeito pensasse uma coisa e fizesse outra, agisse de uma forma e o seu comportamento fosse diferente, ou por “debaixo dos panos”, certamente não saberia explicar nada na hora de ingressar no céu. Valia o seu histórico, o dossiê, a humildade, o modo como você teria agido na terra, e naturalmente, o ambiente a quem pertence o seu comportamento. Valia o seu programa, não a aparência; eles querem ter a certeza do nível em que as coisas eram trabalhadas por você. Procuram-se os mecanismos utilizados na terra, certamente, também, a legitimidade do seu o pensamento espiritual.<br /> O grupo dos quase ufofieis era consciente e tinha outra visão. Preocupavam-se em cumprir a missão e limitavam os passos. “A paz...” falavam e pensavam na paz, no perdão, na meditação. Nada como o belo jardim, ideal para meditações. Viam em sua frente o esplendor, o tom azul claro...; a calmaria..., sentiam o cheiro das flores, silêncio..., além de admitirem o perdão. Viviam volitando surpreendentemente e admiravam as imagens quase fixas de santos, a leve brisa; anjas suaves e serenas; “elas eram soltas no ar cobertas com vestes lindas e longas melenas”; comentavam. Silêncio... sorrisos leves e gentilezas mil, aromas indecifráveis. Admiravam o ambiente e visitavam várias lojinhas de relicários por toda a parte. Usavam os brechós de escambo, e em grupos de duas, tres pessoas ficavam sentadas ou de pé, ao lado uma das outras em cima de pequenos cúmulos. Lápides de mil tamanhos e de milhares de anos, outros santos esticados em cima dos cirros, animais soltos quase imóveis, os primeiros raios de sol ou fachos luminosos em várias direções, longos e curtos. Sorrisos leves, mãos postas em número infinito, explícita concórdia entre os casais, outros de mãos dadas e imóveis, quase olhando um para o outro. Muitas árvores, campos verdes com inúmeros trabalhadores; santos serafins fazendo o diário angélico; anjos próximos da imagem de um mestre; querubins, as crianças; os tronos, os jovens; as dominações, os que trazem o cetro e espada representando a autoridade e poder divinos; as potências, aqueles que com a espada flamejante recebem as influências de Deus; e os representantes das virtudes, aqueles que são capazes de acalmar todas as fúrias; os principados, aqueles que trazem as cruzes nas mãos e até grupos de fadas singelas. E lá vêm mais arcanjos e anjas de verdade, bem juntas; devas glossolálicas sentadas nos recantos mais agradáveis junto a pequeninas quedas de água; águas que não têm pressa em cair, gotas de água que aparecem e desaparecem lentamente suspensas no ar. Rios enormes que correm serenamente e até sugerem lâminas de água corrente; pequenas cachoeiras saem das belas gárgulas encimadas por guirlandas belíssimas nas muretas dos castelórios; tão leves, tão leves que mais parecem espelhos verticais fincados na água. Vê-se suaves resquícios de névoa que passam flutuando quase ao rés do chão.<br /> Dizem que naquele ambiente era visto o verde real da esperança e até plantas pequeninas aos milhares, mostrando humildemente flores, tão pequenas e coloridas misteriosamente. Crisântemos e lírios se espalham pelos caminhos. Por todos os lados velhas árvores amigas, até suas folhas demoram cair no chão. Estátuas de santos importantes, gigantesca catedral em colunas góticas com gárgulas gigantes feitas de arcos imensos; sons inimitáveis ao longe, grandes sombras espalham-se e até nos convidam a acampar, círculos de amigos silenciosos sentados não se sabe onde; cores vivas de cada lado em todos os ambientes; clima agradável e permanente; cheiro amável de vida; viva o dia, que linda manhã. Era possível ver tudo isto, não com olhos, mas pelas janelas de suas próprias almas – revelou uma observadora assessora.<br /> Ainda não é o momento da provação, mas, mesmo na sala de visitas do céu, já percebiam a força emanada de todas as coisas. Os animais se comunicam, as portas se abrem para dar passagem, as pedras se afastam, se mexem como seres vivos; as janelas e portas se abrem ou fecham sozinhas, as luzes também; não era preciso respirar, nem se movimentar; as matas se inclinam a lhes cumprimentar, o vento lhes indicava a direção, a luz clareava em todos os recantos; todos podiam enxergar qualquer coisa no chão; não sentiam dores, nem fome ou sede; quase tudo estava à sua mão. Era sensacional, tudo era novo e belo – o próprio sonho. Ouvia-se dizer, na Terra, que as pessoas jamais poderão ter a certeza e a garantia de que aqui tudo é novo e belo, onde eles estão, pois a maioria quer vir logo, custe o que custar a poder de qualquer força.<br /> De repente observou-se uma placa luminosa e imaginária. Ela surgia a frente de todos causando admiração. Aparece e desaparece devagar algumas vezes. Vê-se o contraditório (figuras), as dúvidas, os enganos, o fojo, a forja, a mística, o revés, as grandezas fúteis, o riso dos algures, a mística das religiões, a guerra; grandes obras construídas; castelos, tudo aquilo significa comparação com o que algumas pessoas haviam vivido ou deixado na Terra; (a farça) afinal tudo faz parte da meditação, reflexão e arrependimento. Nessa ocasião tudo começa a mudar, alguns se tocam e são intimidados pelos avisos, muitos ficam horrorizados ao ver essas imagens, pois lhes causam mal-estar e desassossêgo. Principalmente àqueles do grupo que queriam entrar a força no ceu.<br /> Neste momento os amigos do morto do portão de apavoram. Parece que reconhecem essas imagens e deixam cair a carapuça. Mas fazem de conta que não se importam. Eles têem estratégias diversas. Logo oferecem dinheiro para todos, “Quem quer dinheiro venha receber, quem precisa de dinheiro? Fale comigo que dou um jeito”. Dinheiro e fama eram fáceis para eles. Basta que o sujeito lhes ceda à franquia do “animus”. Viviam de numa estranha troca. Eram donos de um poder falso, pois sabiam adquirir até almas a preços inacreditáveis. O estranho farfalhar das folhas do chão era logo denunciado pelas pisadas do morto do portão que surgia de repente em todos os lugares. Cultivavam dúvidas e entravam em conflito fazendo indagações uns aos outros. Quando perceberam realmente as exigências do sistema em que estavam, foi uma confusão, queriam se mostrar preparados e até se diziam “climatizados”. Logo se identificavam e apresentavam os seus seguimentos. Aos exotéricos tudo era estranho e mais pareciam loucos, além de se mostrarem fundamentalistas; achavam que de qualquer modo seriam mais valorizados. Falavam em fórum de debates e continuavam cheios de revolta. Passaram a ter receio dos próprios colegas. Inventam até, estrategicamente, fatos impossíveis de acontecer naquele ambiente. Todos se contaminavam.<br /> O homem do portão só fala em entrar no céu com a sua turma e por isso mesmo toma a decisão com os seus comparsas. Arregimenta mais pessoas que, desesperadas, os rejeitam imediatamente. Teem a capacidade de persuadir e usar as regras do hipnoladri italiano, além da neurolinguística, a tentar hipnotizar qualquer pessoa para lhes sorver o que desejam. O levante é geral e se revelam de verdade. Todos têem aparência paradoxal. O grupo de “estranhos” quer reverter e até mudar completamente o próprio modo de ser das pessoas, além de exigirem rapidez nas ações. Irredutíveis, tentam ser condutores de explicados exercícios verbais, redobram esforços tentando mostrar os seus trejeitos e gestos. Seres estranhos e místicos postam-se inclinados e raivosos, mas se dizem exemplos de docilidade e brandura para manter os seus ritos sem nexo. Dizem: "Nós veremos e até realizaremos coisas impossíveis de acreditar". E apertam as mãos estranhamente, se beijam, dançam e fazem sinais triplicados e místicos. Mal sabem que são conhecidos como os articuladores de rebelião ou fanáticos da seita. Impressionam com o trava-língua e dizem falar em línguas. Se mostram através de símbolos que nunca ninguém viu e anunciam a garantia de novas descobertas; querem impressionar a tempo aqueles que estão às suas vistas pensando que seu ingresso no céu depende exclusivamente do julgamento daqueles que estão no pátio do céu. Não sabem que os levantamentos são feitos por um comissão especial que está prestes a chegar para anunciar os caminhos que irão tomar no sentido de todos ingressarem definitivamente. Mas mesmo com sua ascese não impressionam.<br /> Sabe-se, que tudo que fazem é pleitear, enfim, a conquista de um reino de diversidades e até agora não se sabe quais os objetivos deles. Não se sabe se desejam remissão de pecados ou o quê?, Ao modo deles consideram que todos devem ostentar uma espécie de "diploma de bom", afirmam ser o suficiente para o centurião. E apresentam finalmente o seu plano: Escolheram uma área próxima que dizem ser exclusiva. Entendem que o sucesso é inevitável e preparam-se para uma festa intitulada “limpeza”. Anunciam um simpósio colorido e passam a induzir a todos com fórmulas promíscuas. Queiram ou não, todos devem a seguir as ordens deles a começar pelo recebimento das camisetas distribuídas.<br /> Hoje mesmo vai haver um ritual com fortes rezas para a inauguração de um obelisco gigante (?), com uma inusitada imagem fálica.(?) Há de vir autoridades especiais segundo anunciam; estão na lista: Merlin, Viviane e Lilith (bruxas misteriosas); dizem que vão ver o legítimo encarnado feminino, portador de todos os mal estares, e aquela que ficou famosa por ser perseguidora dos adúlteros. Haverá palestras sobre os mistérios wiccanos, os druídas, o Caldeirão de Cerridwen e a história de Taliesin. Falam que poderão conhecer até atividades da sociedade vril. Haverá cantos e diversidades sobre esplendorosas lendas e encenações sobre o deus cornífero. Farão rituais diversos, demonstração de adoração e conversação com mortos e mais, haverá oferendas em diversos estilos e desfiles com mouras encantadas ensaiando a dança do ventre em um salão enfeitado de guirlandas de Afrodite. Querem arrecadar donativos de alto valor artístico para presentear o centurião. Ostentam, para todos os lados, grandes crucifixos em vários formatos, sendo o maior deles a cruz de caravaca (?) Contrataram um curador, que já se sabe, de antecedentes indesejáveis. Dizem que são convidados especiais dois padres da igreja brasileira que deverão prestigiar o ambiente e vários ministros de reinos (?), quatro freiras “arrependidas”, e, segundo disseram, adivinhos e inquietos duendes para invocar espíritos e seitas exóticas.<br /> Eles garantem não ser preciso esperar até o fim da festa para verem o anúncio de irem pró céu, dizem que todos vão receber a notícia com admiração – risos – Eis que surge uma garrafa de vinho estranhamente verde, e sem pensar, abriram-na. Alguns comemoraram não se sabe o quê com antecipação. Logo veio outra garrafa igual, e com isso perderam o controle. Soube-se, em seguida, que o chefe da turma logo adoeceu, pois era motivo de inveja de um dos grupos com ideias discordantes. Com fortes dores o chefe foi levado às pressas ao hospital espiritual. Não imaginava que o uso de sua champanhe fosse estopim para uma enfermidade. Decepcionado e cambaleante, o chefe do bando começou a desistir de seus projetos, ou, quem sabe, tenha recuado, voltando-se imediatamente para nova realidade. Houve mudanças radicais e se sabe, apesar dos esforços de alguns de seus amigos, conseguira se abster dos rituais, e mesmo com os novos hábitos, embora ainda permanecam as raízes, além do folclore obstinado. O tempo passou e vários do seu grupo permaneceram reunidos de forma quase oculta no tal hospital espiritual na intenção de recuperá-lo. Num único momento souberam que o empaletosado teria revelado, se morresse, desejava viver sem a vida mundana. Pedira perdão, reconhecera de repente os preceitos e que na nova vida, se morresse, seria um homem diferente. Foi deveras complexa a sua manifestação, além de manter-se reservado, distante de tudo e de todos.<br /> A festa continua, dizem uns poucos, apesar de se desencadear logo em seguida, após todos tomarem conhecimento dos reais objetivos, um verdadeiro campo de batalha pelo domínio da situação. Foi uma noite terrível. Dizem que fileiras até de animais e aves se aproximaram; urubus sustentavam-se nas árvores e em silêncio assistiram o acontecimento. Gemidos estranhos e grunidos arrastavam-se pelo chão como cobras; os sapos saíam enfileirados e davam pulos enormes sobre as pessoas assustando-as. Um jogo de fogos-fátuos surgiu de repente em baixo das árvores parecendo assombrações coloridas. As lápides tinham suas tampas expulsas do seu local e os donos das tumbas acordavam como que para ver o que estava acontecendo. Ninguém se entendia e as horas passaram até ao amanhecer. Ao raiar do dia houve trovões e chuva ácida, sol abrasador, frio intenso e névoa sorrateira. Rios apareceram onde só tinha relva, enchentes tomaram conta de tudo. Assim permaneceu por algum tempo, como contam alguns mortos viventes da ecatombe ante o direito de ingressar naquele céu.<br /> O grupo da paz, já considerado sobreviventes do céu, ganhara esse nome. Ingressara em um estado de calmaria, enfim, foi levado para se reunir próximo a outras almas e prestar esclarecimentos sobre vivências. Logo seguiram para participar de distante peregrinação e penitência. Passaram-se dias, meses, até surgir novos tempos. A busca deles era a felicidade real. Até encontraram novas legiões da Terra onde a eles se juntaram objetivando a intenção deles. Nessas jornadas se viram finalmente conversando animadamente em uma sala, depois de longos períodos de meditação. Centenas de cadeiras juntas à parede formavam um círculo de assentos colados uns nos outros. Algumas almas tristes também estavam reunidas ali, sentadas, mas se juntaram a eles. O ambiente gélido, esfumaçado, silencioso. Era uma espécie de claustro investigatório. E logo tiveram a curiosidade de saber o sentido daquela disposição das cadeiras. Disseram sobre uma palestra interativa de psicólogas fadas. Falaram que o ambiente referia-se àqueles que desejavam aprender sobre labirintos, meditação, conhecimentos sobre as técnicas do carpir, jaculatórias e como proceder nas ocasiões dos benditos, das inselências, louvações, etc., afinal, reuniam conhecimentos em aulas cheias de novas cogitações. Era um ambiente cultural onde todos podiam oferecer as suas opiniões. E intencionais manifestações de aprendizado levou-os à intenção de estudar. Morto é sempre lembrado, e relataram em discursos o grande episódio registrado na espera que tiveram ante o portão daquele ceu. Parece que ingressaram no ceu. Acontecia uma palestra naquele momento e o assunto era: “Um empaletosado chega ao portão”. Na principal pregação colocaram a questão em pauta para ser examinada, afinal, podia merecer alguma análise na área da psicologia. Descobriu-se, depois de comentários e exames sobre o assunto em levantamentos feitos anteriormente por estudantes de famoso psicólogo –, o “anima” que prevalecera no corpo daquele misterioso homem reflete a confusa situação da alma daquela criatura, e foi exatamente isso, depois da nova morte a luz das desavenças e contraditórias afirmações. Foi justamente por isso que o induziu ao coma, disse alguém. Em detrimento da situação vexatória, pois pensara em renascer e estar naquela mesma condição duvidosa de antes na vida seguinte, seria triste. Pelas informações soubemos que houve rejeição àquela forma de ser e, se assim não fosse, se tivesse vivo mesmo, segundo suas palavras, enfrentaria tribulações incompatíveis com a personalidade delicada das jornadas xamânicas não iguais às da terra, e que não desejava reingressar aos seus mais íntimos mestres – teria dito antes de morrer: “questão pessoal”. Foi o estopim para os seus acompanhantes. Dois deles morreram decepcionados, dois suicidaram-se, e os que ficaram revoltaram-se e só desejavam esquecê-lo. Fugiram. Dizem que caíram em outra realidade. Sumiram do ambiente dando-lhes as costas e que iam reivindicar direitos. Mas nunca se soube que direitos eram esses. Esqueceram das propostas iniciais. Reinou um grande silêncio. <br /> Na palestra seguinte novos encontros e projeções foram feitas não no mesmo sentido, mas da valorização da mulher em si. Houve valorização do fato em si. Todos foram taxativos nos estudos e desejavam informar as evidências, não sobre os estranhos seres de consequências nefastas. Apreciavam falar preferencialmente das mulheres belas, importantes e excêntricas, e disseram que em seus mais recentes estudos conhecera criaturas fantásticas pela razão legítima das suas vidas. A tese manifesta referia-se as faculdades do além, estavam mais voltadas para a investigação da compreensão dos mitos e lendas, o que se referia aos aspectos fenomenológicos dos mitos femininos do mundo inteiro. Preferem centrar estudos nas legítimas almas femininas de lendas famosas, e mostrou exemplos no mundo inteiro. Alguém levantou uma tese, e disse que a que mais se dedica é o caso do vale do rio Reno, onde existe história de um penhasco e revela, com indiscutível fascínio a presença de alguns castelos e a sua famosa moradora – a moça quase louca dos lindos cabelos loiros. Outro, logo se prontificou e disse que estudo a lenda da fada Loreley – A Xuxa da Alemanha. Dizem que ela canta enquanto penteia os cabelos, grita bem alto, hipnotizando a todos os barcos que passam por lá. Aliás, a lenda Lorelay, é a mais querida do sul da Alemanha, onde, a história de Iracema é bem contada por centenas de brasileiros que residem por lá. E mais, a fada brasileira Iracema, a virgem dos lábios de mel, “a legendária indígena que, de plagas cearenses, fez-se musa brasileira, com direito a conhecerem seus namorados, suas incursões pelas matas na lagoa de Mecejana, o seu filho Moacir e naturalmente seu criador, José de Alencar. A pesquisadora também tem tido bons olhos em uma pesquisa sobre outra fada muito querida na ilha de Fernando de Noronha, onde encontramos a Alamoa, uma linda loira, segundo suas palavras, aparece despida por lá. Nua, ela atrai pescadores, assustando-os. Dizem que de alguma forma se transfigura em esqueleto após o desejo de uns. A sua residência é no morro do Pico, uma rocha quase inacessível.<br /> Essa professora de cultura invejável não perdeu tempo, passou a oferecer mais explicações para sua palestra pois contava com bom número de admiradores: “As boas aparições eram chamadas também de fatues; criaturas imortais que surgiram a mais de dois mil anos. Adoram flores azuis, doces e são amantes das águas, gostam de danças, música e são dotadas de poderes sobrenaturais, além de serem apreciadoras de aromas. São ricas de imaginação, férteis em associações, criativas e tudo conhecem. São vistas sempre como belas almas, dóceis, gostam de cantar leves canções (sufrágios), tem espírito da sabedoria, usam roupas suaves e se movimentam com facilidade. Sabem falar em línguas, cantar e nunca criam discussões”.<br /> Assim, todos foram vivenciando aquele ambiente. E como não poderia deixar de ser, a cada instante o ambiente parecia encher-se de festa. Belas criaturas foram surgindo e ocupando os espaços. Chamou a atenção no teatro uma espécie de deusa que, ao que parece, era uma diva encantadora. Tudo agora era o que se poderia dizer, uma paradigmática reunião de legítimos fantasmas em busca de novos objetivos em total animação. Todos sentiram-se espectadores entre aquelas almas. Chamavam atenção pelos olhares semi-cerrados e de expressão familiar. E para tristeza da professora, algo estranho acontecia entre os homens, o ambiente de clima educativo passava também a anunciar desejos incontidos. Pareciam sentir flechas a se contorcer dentro dos corações. As deusas exalavam perfumes de fada. O aroma gratificante fez com que alguns ficassem em estado catatônico. Uma delas flutuou, e inesperadamente com seus braços e mãos espalmadas de repente inclinara-se em direção do grupo com as pernas abertas, volitava em decúbito frontal desprezando os seios despencados. Queria impressionar, e qualquer um teria de se interrogar com tamanha cena fantasmagórica. Ela sorria e dizia que estava feliz por ter encontrado admiradores, e relembrou o que dissera em sua despedida lá na nossa cidadezinha, por brincadeira, quando não mais foi possível o seu relacionamento com um deles: Você tem que aprender a “Viver ligeiro”, “ainda nos encontraremos”. Deixou-se sentar ao lado de todos e contou histórias e drama da sua passagem para aquele novo mundo. De beleza mais que humana, comentava que era capaz de surgir das águas, nos bosques ou jardins, nas selvas, entre rochas e até no deserto para apaixonar-se de repente. Revelou que todas são amigas, encantadoras e ternas. Dizia: “Temos muitas lembranças”. “Os iluminados da Mesopotâmia nos conheciam muito bem”: “somos seres inteligentes e de grande conhecimento” - “Oisin falava a São Patrício que as teria presenciado, muitas delas falantes e representativas entrando e saindo da Caverna de Cruacham” – a misteriosa – descreviam sobre lendas, palácios, vinhos, boa música e danças; que “eram belíssimas criaturas de espírito tão natural que bem pareciam filhas comuns de Deus”. “Travessas nós somos e caprichosas também, ciumentas, briguentas e inconfiáveis quando exploradas”. (diziam) Mas, encantadoras, solícitas. E comentavam vários textos bem humorados que dão conta de como uma delas teria tido a proteção de São Patrício que se desdobrava em conselhos e orações diariamente. A esta incrédula cobria-lhe de fartas histórias de encontros nebulosos. Um dia São Patrício a repreendeu fortemente ameaçando-a. Até que a coitada, nos últimos suspiros, ainda que no final de tudo perguntasse: “qual seria a graça da vida eterna se não fosse possível caçar ou cortejar belas criaturas ou ouvir os bardos com suas canções e lendas?” Mas antes de morrer, reconheceu que não era bom morrer como viveu; seu espírito desligou-se naquela mesma noite e satisfeita com a nova vida seguiu com novas decisões. São Patrício ofereceu-lhe a extrema-unção e abençoou a quem protegera no monastério da sua ordem. O santo chorou, rezou pela alma da amiga e pediu a Deus que a perdoasse e aceitasse a “guerreira”. Naquela noite os monges vivenciaram “a névoa densa como jamais havia sido vista; grandes vultos angelicais aproximaram-se da amurada, como se esperassem algo. Passaram horas em lamentos. “No pátio interno Santa Brígida, com sua beleza inimaginável e seus cabelos dourados levou a alma da “guerreira” pelo portão e os anjos a receberam-na ao som de cantos de louvor e de armas batendo escudos enquanto dirigiam-se ao paradiso”. São muitas as histórias contadas sobre as tardes brumosas. Cada grupo tem as suas explicações e não raros momentos de choro, convulsões, tristezas e melancolias diárias, enquanto estudam ou reconhecem os destinos.<br /> O tempo passou e a professora fez questão de ressaltar tanta interatividade, já tarde da noite encerraram a reunião com hinos, louvores e encenações. Não é necessário dizer que muitas delas fugiram do ambiente no meio da escuridão na esperança de apaixonarem-se e manterem-se do mesmo modo. E certamente foram compartilhar suas dores em outro local reservado, uma vez que naquela oportunidade não tiveram, por não ter sido possível, ainda, aproximação com seres mais superiores. Dizem que muitas são preparadas no tradicionalismo de Sião e já tiveram até no Tibé e redondezas do mar Morto. Conheceram várias seitas secretas da magia indu e dizem que algumas já viajaram pelos circuitos culturais dos subterrâneos da Índia e Afeganistão cursando universidades tântricas, onde fizeram mestrado e algumas até doutorado, onde pesquisaram e defenderam a tal tese que foi transformada em livro: “O valor e a importância enigmática do espirito nas viagens fora do corpo”.<br /> Um dos presentes, considerada boa aluna, fez questão de homenagear a professora e enaltecer aquelas criaturas induzindo a criação da miss fada. Resolveu subir no palco para fazer uma cena que acabara transformando em show: “Todas são solícitas, amáveis, comunicativas. Por serem tão belas é necessário descrever as mais atraentes pela sua totalidade: Teem fácil manifestação de signos, sinais e símbolos, além da franquia absoluta com todos os recém-desencarnados - vis-à-vis – a sua sensualidade é natural e, porque ocultar, é lícito fazer a leitura da cena franqueada e logo escolheu uma delas. Primeiro os seus quadris envergados duplamente em coxas cheias, tudo coberto por tiras de pano leve e solto. Vê-se encimando frontalmente às pernas, ao natural, uma espécie de triângulo escuro com centenas de fios longos, negros e assimétricos. Devo dizer-lhes que é uma bela fada de cabelos fáceis e disformes, longos, em combinação com as linhas belíssimas de seus olhos semi-cerrados; o traço inigualável dos lábios sempre molhados, os modos e gestos sobrenaturais, o balanço dos grandes seios trêmulos, bicudos e com grandes auréolas cor de jambo, vagina larga, um lado meio torto pelo tamanho, panos caídos a cobrir as valas e conchas repentinas do corpo e muito mais, além do seu enigmático e doce perfume intergalático de profunda suavidade e visível tom afrodisíaco, estimulante e próprio das meigas e finas criaturas, - Todas elas sabem que são importantes esses verdadeiros tesouros aromáticos. Aproximam-se com gestos fáceis, colhe afetos impossíveis, transforma tudo em valorosas recordações, cria preferências, seduz imediatamente e conquista num harmonioso bem-estar, além de dissipar e espantar qualquer circunstância negativa, trazida ao ambiente, porventura, por algum presente com o dom da má-vontade”. E assim apareceram as candidatas cotadas para o evento marcado para a próxima semana.<br /> Do lado em que estava, era o setor mais importante da reunião. Uma espécie de ala reservada cheia de estátuas da mitologia. Via-se Ártemis, a guerreira; Hécade, magias; Cibele, natureza; Afrodite, amor; Diana, caça; Minerva, liberdade; Jaci, mãe dos frutos (tinha que ter uma brasileira) e meia dúzia de outras deusas. Em dois meses aprendeu-se mais que em qualquer universidade; sempre elas são, em qualquer situação, as primeiras videntes. A senhora das cidades, das matas e das águas; das fontes murmurantes e de todas as nascentes. Elas são magníficas, todas elas, pelas suas linguagens a comandar os mundos. Elas regem os climas, o farfalhar das folhas e das flores, o susurro das águas, todos os sinais. Elas são insubstituíveis. Sabe-se que tudo é apenas, no rumor das águas profundas, apenas a preparação do espírito. Elas são todas iguais aos jorros de um gêiser. O clima e o ambiente indicavam naquele momento reconhecimento de figuras conhecidas, visto que todos, parece, disputavam encontrar “anjas” famosas, sábias ou deusas, afinal quase eram indescritíveis.<br /> Finalmente a hora do descanso. Todos se encontram próximos a uma praça belíssima com algumas vendas de lembranças do lugar. Tudo é paz, silêncio, admiração. Todos faziam suas reflexões isolados ou em grupos, sentados, recostados um no outro, de joelhos em baixo da sombra das árvores, junto às pilastras, batentes, bancos integrados naquele ambiente, não podiamos pensar em outra coisa. O nosso pensamento já se tornara permanentemente voltado para a simplicidade e a natureza. Era bom pensar com naturalidade e agir com alegria.<br /> Reunidos nessas lojinhas de artesanato foram um recanto onde tinha tudo, cheio de variadissimas, mas, pequenas lembranças. Entraram na loja e não apareceu viva alma – pudera – um silêncio tal deixou-os perplexos. O cheiro de incenso agradava, os silvos do vento também, mas de vela, não. Viam dezenas de velas acesas escondidas. Eram simbólicas luzes de amor, de paz, de harmonia. Luzes vermelha, amarela, azul, verde, roxa. Tudo calmo. Mas olhando pra todo lado parecia existir sombras, vultos, além da dona, uma senhora alva de idade avançada. Ela permaneceu em silêncio mas quando se manifestou soltou um grasnado assustador. Era um som de quem não falava há dias: “fiquem à vontade”. Nas paredes, indicações de venda de peças de velório, seres inanimados em pequeninos caixotes, castiçais, toalhas roxas, véus, turíbulos, sinetas, cálices, hinários coloridos, guias e colares, ponteiros, jogos de vajra, malhetes, cruzes diversas, chocalhos, damares, lamparinas de manteiga, aventais esquisitissimos, rosários e terços, santinhos, dezenas de símbolos e outros atrativos, miniaturas de instrumentos dos chupa galhetas, ornamentos diversos, flores secas, balaústres estilo corda como base para estatuetas. Lembrando dos que ficaram, disse a professora, “resolvi adquirir umas lembranças só para não dizerem que não me esqueço delas”. Algum dia as presentearei. (não existe treino contra as coisas do coração), adquiri umas jaculatórias, vidros de fé, tubos de perdão, caixas de bondade, sachês de espiritualidade, de caridade, estojos de amor e miniorações perfumadas que de tão belas são capazes de causar êxtase em qualquer pessoa. Ficaram para comprar depois, símbolos entalhados, crucifixos cristãos, estrelas judaicas, signos astrológicos, plantas, pentagramas e rosas, sinetas maçônicas, cruzes templárias, cornucópias, trolhas, pirâmides, réplicas da capela de Rosslyn; pelo que se vê, tudo coberto de poeira celestial e mistérios do além. Contudo, nesta loja, exatamente onde estivera a professora, chamou atenção a recepcionista da loja que, em uma sala de vidro, anexa, mais parecendo uma sala de gravação e mídia do local onde todas desfilavam e se apresentavam com roupas restritivas. Elas eram as mais lindas fadas anunciando redundantemente o inusitado daquele lugar – diziam da fantástica participação de todos alí e dos seus significados, falavam das suas contribuições, e que nós aceitássemos de bom grado aquele local como pousada, e permanecessemos ali mais tempo. Disse mais: Foi, para nós, a mais justa, a mais agradável visita que tivermos e declarava com legítima descrição de amor. Ainda mais quando reconhecia estar mais próxima de todos naquele momento. “Nós, daqui neste recanto sideral, temos tudo para vocês, oferecemos ótimas aulas sobre a nossa formação étnico-geográfica que são sucesso dentro de todos os estudos do nosso construtivismo, oferecemos tudo sobre os nossos recursos materiais de significação, (Tudo ao natural), constituídos pelos ecossistemas estuarino e lagunares, ensinaremos como desfrutar mais das nossas montanhas e morrotes, picos, etc. mostraremos além das nossas matas de restinga a ausência da vegetação costeira típica dos tabuleiros, a gruta misteriosa, os nossos pontos sensíveis e, f e g, o manguezal, a significação das nossas cavernas, falésias e praias, tudo isso cercadas da beleza cênica, propícia e adequada às práticas do lazer e atividades afins”. Para vocês, carinhos e beijos, sempre. Fiquem à vontade. A casa é de vocês. </span></div>Tohama Editoraçãohttp://www.blogger.com/profile/01359905270529847464noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6525593032384920294.post-82793479210049665922010-07-03T15:07:00.000-07:002010-07-03T15:10:54.014-07:00EDITORAÇÃO DE TEXTOS CIENTÍFICOS<div align="justify"><br /><br /><span style="font-family:verdana;"><strong><br />UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ<br /><br /><br />COMUNICAÇÃO SOCIAL<br />ESPECIALIZAÇÃO EM JORNALISMO CIENTÍFICO<br />TEMAS TRANSVERSAIS<br />PROFESSORA - INÊS VITORINO<br />ALUNO - ROBERTO CUNHA LIMA<br /><br /><br /><br /><br /><br />EDITORAÇÃO DE TEXTOS CIENTÍFICOS<br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />2009<br />EDITORAÇÃO DE<br />TEXTOS CIENTÍFICOS<br /><br /><br /><br /><br />“Quem quer que tenha algo verdadeiro a dizer se expressa de modo<br />simples. A simplicidade é o selo da verdade”.<br /><br />Shopenhauer (1851)<br /><br /><br /><br />SEMPRE QUE SE VAI PROVIDENCIAR A IMPRESSÃO DE UM LIVRO CIENTÍFICO, REVISTA, etc., A PRIMEIRA PROVIDÊNCIA QUE SE DEVE TOMAR AO CHEGAR NUMA GRÁFICA E CONVERSAR COM O EDITOR PARA TRAÇAR UM PLANO DE EDITORAÇÃO DO IMPRESSO QUE ESTÁ SENDO SOLICITADO.<br /><br />Passos iniciais<br /><br />A primeira imagem que se tem da expressão “editoração científica de textos” é que há forte relação de coordenação ou organização no manuseio de escritos para publicação, isto é, os rigores de finalidade e objetivo editoriais explícitos. Encontradas as substâncias exatas de que se compõe o objeto de divulgação, bem como o método de manuseio e a determinação de publicar como missão editorial, podemos dizer que acabamos de conhecer os três primeiros elementos da editoração. Há de se ter o cuidado em seguir todos os métodos da redação de uma publicação científica. É impossível editorar se o contexto geral de confecção depende da diversidade e da imaginação aleatória do autor. Vê-se a necessidade nas publicações de nível, em primeiro plano, o exame primordial na confecção dos elementos pré-textuais, textuais, e pós-textuais, conforme às exigências e natureza de cada texto.<br /><br />Não se faz editoração sozinho, é preciso pensar em um sistema gregário de intercomunicação onde vários profissionais uníssonos desempenham tarefas fundamentais criando redes de operações impressindíveis. É necessário lembrar ainda que o gestor da tarefa de editoração não deve ser ousado; é mais importante ser metódico e usar as ferramentas necessárias.<br /><br />É importante observar que nem todos possuem facilidade de expressão. É justamente baseado nesse fator que a cada instante todos que escrevem devem basear-se em fundamentos abalizados e bem estabelecidos para poder oferecer melhores conclusões e estabelecer textos transparentes. Nunca deve-se concordar com as primeiras pesquisas, os primeiros levantamentos. Duvidar sempre, investigar é a praxe, até colher com profundidade o assunto em pauta. Esta ação é que faz o texto se aproximar do definitivo.<br /><br />Nas publicações científicas busca-se melhorar mais os conceitos, e somente com bons referenciais poderemos completar esta ação.<br /><br />Originais<br /><br />Se você escreveu e deseja organizar os escritos com a intenção de imprimi-los, apanhe os seus alfarrábios ou os arquivos digitalizados. Você digitou os textos e deseja transformá-lo em livro, vamos conferir e organizar as páginas para classificá-las, copidescá-las, e colocá-las numa ordem compreensiva. Vamos estabelecer a ordem de assuntos numerando as páginas e nomear o que falta. Vamos partir para o projeto gráfico.<br /><br />É preciso estabelecer uma visão motivadora para quem deseja escrever textos com finalidades e objetivos editoriais. Vamos seguir o caminho mais fácil, claro, por isso necessita-se de empenho para atingir este objetivo; a confecção de textos todas as orientações do planejamento gráfico. Desejamos de início duas questões: 1º. Que o autor escreva de forma estabelecida o que quer dizer, para que os textos possam trafegar pelas seções da editoração sem atropelos e logo atingirem ao setor de impressão. Antes de tudo deve-se evita a visão de “peregrinação” (autor/editor), mesmo que você tenha executado o texto com o rigor, objetivo e finalidade editorial. 2º. Ter sempre em mente que este é o caminho para custos menores e ganho de tempo.<br /><br />Imagine primeiramente que seu texto deverá conter três partes fundamentais: introdução, capítulos e conclusão. (Entre pré-textuais, textuais e pós-textuais). É preferível usar estes indicadores e procurar escrever correto de uma só vez, com leitura crítica, e também observando a hermenêutica e principalmente a exegese.<br /><br />(Executar uma leitura crítica é procurar entender com lógica o que o autor deseja dizer. É saber avaliar, questionar e compreender a sua argumentação para poder propor melhorias. Avaliar os fundamentos reais de cada parágrafo é necessário. Para melhorar um texto deve existir rigor na leitura de interpretação daquilo que está exposto.É apontar problemas e soluções no conteúdo).<br /><br />ao invés de, o mais das vezes, ter de refazer o escrito na hora da copidescagem, concebendo um “ninho de foguetes” (do revisor), em um texto com infindáveis sinais para consertos. Devemos aliviar sobremodo a tarefa dos implantadores (digitadores), para que não fiquem a soletrar, investigar e interpretar o que significa essa ou aquela “emenda” ou “implante” na frase, ou palavra, no setor de composição ou revisão, (emenda - implante). As marcações devem ser explícitas para não prejudicar o significado dessa e daquela frase corrigida pelo copidesque, ou editor de textos, ou revisor, proporcionando a famosa e inacreditável “demora excessiva”. Em outras palavras: Tudo à evitar três passagens: 1º. que o autor, ao digitar, dê “motivos” para retardo na passagem em cada setor de editoração, (copidesque). Como exemplo o modelo de frase que ninguém gosta de consertar: “O PASSARO passARO voo umuito ALTO” – “O pássaro voou muito alto” 2º. O implantador fique “cogitando” na hora das emendas, como por exemplo em uma palavra só, conter dois ou três sinais confusos, e 3º. Que o revisor fique “indagando” essa e aquela questão. Esses impedimentos fazem a matéria estacionar muito tempo num setor. O somatório desnecessário de ações foge ao planejamento estratégico inicial e corresponde em muitos casos, o desvio de horas, e até dias de espera. Por isso é prudente construir o texto de forma equilibrada, o mais que puder, certamente a diminuir essa larga demora que se intitularia “desleixo”. É necessário, antes de tudo, verificar cautelosamente 1º. O que vamos escrever. 2º. Quem vai ler (público alvo), e por que estamos escrevendo (atingir quais objetivos). Cada texto só deve ser iniciado com todos os ingredientes à mão. <br /><br />NADA MAIS INTERESSANTE QUE CONSTRUIR TEXTOS MONOGRÁFICOS ATRAVÉS DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT – SIGA A NBR 6021/2003 – AQUELA QUE SE REFERE A CONSTRUÇÃO DE ARTIGOS CIENTÍFICOS IMPRESSO. VAMOS CONHECER CONCEITOS, MODALIDADES, ESTRUTURA, ORDEM DOS ELEMENTOS, RESUMO NA LÍNGUA DO TEXTO, PALAVRAS CHAVE, INTRODUÇÃO, DESENVOLVIMENTO, CONCLUSÃO.<br /><br />Construir palavras e frases<br /><br />É possível traduzir graficamente o pensamento. A maior parte das idéias começa a ser concretizada quando conseguimos colocá-la no papel. Se imaginamos quaisquer pensamentos, ações, gestos, modos, usos, costumes, e desejamos transferir essas idéias graficamente, usamos os caracteres alfanuméricos ou desenhos. Escrever envolve tempo, por isso quanto mais dedicação ao texto e a revisão, melhor qualidade ele terá. Além disso é preciso reconhecer a necessidade da aplicação da convenção ortográfica das palavras e o uso correto da linguagem. Qualquer palavra ou frase errada não tem volta. Errou, está errado. No impresso é como na TV, na voz de um locutor. Em um jornal impresso é assim também, o erro fica registrado para sempre e não tem volta. A palavra é lida integralmente, não podemos ler a letra isoladamente. Dessa associação de palavras é que surgem as palavras e os símbolos construídos com o auxílio das sílabas, dos signos, sinais e códigos, pelas quais estabelecemos, enfim, a escrita. Portanto, cada palavra pode oferecer amplos significados. É preciso cautela. Para escrever precisamos conceber 1º. O assunto; 2º. O título e 3º. O esquema do que vamos escrever. Todo cuidado é pouco, é preciso que as frases e parágrafos fiquem integralmente ordenadas.<br /><br />Textos comuns e complexos<br /><br />Escrevemos com a mão ou por meio eletrônico. Com a mão, é comum, às vezes, fazermos pequenos bilhetes de qualquer jeito. Esses são os textos considerados simples, convenhamos. Os mais complexos, graficamente falando, por questão de agilização e ordem, são feitos por meio de máquinas. Chamamos redigir, ou seja, escrever ordenadamente os caracteres alfabéticos e numéricos. No sistema eletrônico, dizemos: “Ela vai digitar o texto”. Significa que o escrito deve estar dentro das regras da linguagem e da digitação. Deve-se ter cuidado ao usar os termos da língua e verificar o encaixe, pelas normas gramaticais, do que se escreve. Todo trabalho digitado deve seguir esses critérios. Desse modo pressupõe-se, em edição de texto, que esses mesmos conteúdos, dessa forma, oferecerão bom desempenho nas tarefas subseqüentes da editoração. Ao final, por conta dessa correta edição integral de texto, este escrito oferecerá menos trabalho ao copidesque, e terá bom adiantamento no compto das tarefas da editoração, o que representará, certamente, grande vantagem. O texto que contiver consistência estrutural, irá colaborar com todas as fases da própria editoração. Essa, a grande diferença nos jornais de hoje, o redator escreve e envia para a edição de texto. Não passa pelo crivo de um revisor. Os erros só são vistos depois de impresso.<br /><br />Por todas essas razões nunca se deve esquecer o sentido correto das frases, interligações, interdependências de cada citação, indicações etc., e o necessário “encadeamento” das construções em cada parágrafo. Cuida-se dos parágrafos, eles é que darão a harmonia sobre a idéia do que vai ser dito. Cada parágrafo tem começo, meio e fim. Vai mudar de assunto, vá para o parágrafo seguinte. Use pronomes ou sinônimos para evitar repetição de palavras, desde que não prejudique a compreensão. Use dicionários para ajudar, faça períodos curtos e seja objetivo na pontuação. Depois de tudo releia em voz alta para você mesmo. Nas frases não esqueça a ordem: sujeito, verbo e predicado. É necessário acrescentar que essa expressão “redigir” é parte da linguagem utilizada em ambientes profissionais. Quando fala-se redigir, significa construir textos para torná-los com formatos oficiais. É comum numa empresa alguém comentar: ”Este documento vai para o Estado de Goiás”, “Este texto é para o diretor assinar”. Diz-se que aquele documento deve ser construído dentro de parâmetros editoriais, e por questão de ordem e estética, digitado em equipamento eletrônico. Lê-se, na linguagem das editoras: “O artigo já foi redigido”, “Esta digitação é deste capítulo”. Quem está ouvindo perceberá que algum texto foi confeccionado e editorado dentro dos parâmetros gráficos. Foi estabelecido um planejamento gráfico, ou seja, o formato com suas caracteristicas (elementos gráficos e textuais). A utilização de corpo e família adequados, medidas estipuladas de altura e largura, espaço necessário a serem utilizados, indicação de recuos de texto, entrada de foto, gráficos, tabelas, infográficos ou não. Tudo é preparado antecipadamente.<br /><br />Análise de Textos complexos<br /><br />Os textos complexos exigem projetos gráficos, mais conteúdos, e são mais organizados, também, antes de sua construção. São os trabalhos que representam aquilo que foi aprendido cientificamente, e são decorrentes de questões interdissiplinares. É o resultado do que você estudou em nível científico e portanto, esses textos estão sob a orientação de um coordenador ou orientador. São os “trabalhos monográficos”, isto é, aqueles de temas específicos ou particulares indicados com rigorosa metodologia, e acima de tudo, originalidade.<br /><br />Em termos monográficos o trabalho é dividido em três etapas como já foi citado, são elas: pré-textuais - tudo que se refere as primeiras páginas; textuais - o que se refere aos conteúdos, (partindo do primeiro capítulo), e pós-textuais - o que se diz ao final do trabalho, a conclusão. Essas etapas devem traduzir a visão global com atividades de campo, análise e interpretação, relatório de pesquisa, etc, seguindo o esquema do que será feito, como e onde será realizada a pesquisa e quando será efetivada, sempre com precisão de respostas. Primeiro de tudo se fala do objeto, ou objetivos – o que será feito deve ser dito com precisão. Em seguida fala-se da “justificativa”, que é dizer o porque, em termos de contribuição e experiência, os fatos principais, a própria pesquisa, as hipóteses e sua justificativa - por quê? – os objetivos para quê e para quem? Tratar do problema em si é falar do desejo de provar e explicar com limites bem definidos em relação ao referencial já estabelecido ou que se conhece. A área do conhecimento da ciência em que acontecerá o estudo deve ser manifestada. Deve ser apresentado um momento de uma indagação, é uma pergunta intrínseca e relaciona-se a uma dificuldade a qual se tende a resolver pelas questões apresentadas por você, mas sempre de uma forma interrogativa, imparcial. Neste desenvolvimento abre-se a questão das hipóteses, que é uma tentativa de explicar o que você está explicitando. Vem em seguida a “justificativa” – o por quê? – que é uma explicação simples do que você acaba de realizar. É preciso que se fale das contribuições que o seu trabalho pode oferecer pela importância do tema, novas descobertas de soluções. Os fins teóricos e práticos, (para quê e para quem) – é o próprio trabalho, a própria razão do seu trabalho. (deve-se usar sempre os verbos no infinitivo para tirar a pessoalidade (avaliar, conhecer, identificar). Em seguida descreve-se a “revisão bibliográfica” ou “revisão de literatura” – O que é isto? – é um capítulo com várias partes onde devemos fundamentar o trabalho de todas as formas. Este embasamento é o proponente enriquecedor das suas palavras. Pelas suas fontes é que se verificará o valor das suas colocações. Pela ordem, passa-se a descrever a “metodologia”, ou “material e métodos” utilizados, -– é o que se refere ao como e onde – São os elementos norteadores para a abordagem empírica – ou seja, de rotina – refere-se aos procedimentos e técnicas adotados. De forma explícita deve-se citar: métodos e procedimentos; técnicas de coleta de informações e sua análise; descrições de dados com detalhe como população, etc. tipos de amostragem e aspectos éticos da pesquisa. Passemos para os “resultados” que é uma panorâmica dos dados levantados. É o que se refere a complementações de dados para ajudar a compreender o que foi dito. São gráficos, tabelas, quadros, mapas, fotos, etc. – e “Discussão dos resultados” que é a coleta de dados e comparação do que foi alcançado. É a demonstração do que você acaba de defender como legítimo. E finalmente a “conclusão” – é a sua impressão verdadeira e a reafirmação do que foi dito. “Referências bibliográficas” é o penúltimo assunto, se você for colocar apêndices ou anexos. As referências dizem da listagem alfabética das publicações pesquisadas. Referências bibliográficas são a identificação dos elementos de uma o obra. Você teve referenciais na sua pesquisa e deve citá-los obrigatoriamente, só que tem uma forma especial de indicar no final do trabalho. É preciso identificar o título, autor, editora, local de publicação, etc, para a perfeita identificação de seus referenciais das partes internas do texto.<br /><br />EM EDITORAÇÃO CIENTÍFICA O EDITOR E O REVISOR PRECISAM ESTAR EM CONSTANTES CONVERSAÇÕES PARA POSSIBILITAR ADEQUAÇÕES E FACILITADORES. O USO DAS TÉCNICAS E IMPRESSINDÍVEL – TRABALHA-SE MENOS E PRODUZ-SE MAIS.<br /><br />A pressa é inimiga<br /><br />Grande parte dos textos são feitos com rapidez, por esta razão a possibilidade de erros aumenta e os deslizes vão acontecendo. Nas gráficas ágeis, ninguém pára, e as matérias necessitam de encadeamentos em várias seções. Por isso mesmo cada operação tem que apresentar as tarefas correspondentes ao texto, todas de forma correta, pois a seção seguinte necessita daquele resultado para dar andamento à edição. É justamente aí o nó górdio da questão. Todo escrito necessita ser reorganizado, antes de tudo, por amplos motivos. Se a própria pessoa for reler ou reavaliar, depois de digitado, certamente irá modificá-lo. O carinho que se deve ter faz com que o seu objeto se transforme em artesanato – isso mesmo - Assim, ao redigir o texto, encaminhe-o para um copidesque (alterações e refazimento). Na editoração de livros, se não utilizamos esse processamento – copidesque x revisor - como irá ficar este livro sem as clarividentes opiniões desses profissionais? Certamente que a grande maioria dos livros são corretos porque passam pelo crivo desse profissional abnegado. Eles “limpam” e “refazem” o texto de forma a equalizar a linguagem até aproximar, o mais que podem, do texto ideal, isto é, aquele texto que vai ser de domínio público. (O autor pode exercer essa função desde que ele seja conhecedor de revisão gráfica, mas isso não implica abolir o revisor profissional). Mas é necessário que se faça tudo há seu tempo. O autor escreve, o copidesque refaz, a composição redige (se for o caso), a revisão lê e relê, a composição implanta, a revisão corrige de novo e encaminha para a confecção do vegetal, se for em gráfica simples. Se em jornal, segue direto para a edição e impressão. Não pode faltar nada na página; se faltar uma legenda no fechamento de uma página, mesmo que seja por motivo de dúvidas em sua formação, isto pode impedir o andamento de uma edição. Desde que alguém detecte o problema. É importante dizer que sem a legenda correta, qualquer página pode não ser “fechada”, ou “liberada”, e consequentemente este fato vai romper a programação do fechamento da edição; ou daquele caderno o qual pertence o assunto. Que fazer? Todos estão em dúvida quanto a redação daquela legenda. A melhor, mais garantida e menos dispendiosa fórmula de resolver a questão, é solicitar a participação do revisor gráfico – profissional exclusivo desse assunto - Ele deve estar ali do lado, acompanhando todo e qualquer processo de editoração. É o responsável direto pela linguagem do texto, afinal, nenhum texto pode sair errado. Essa é uma tarefa exclusiva desse profissional, o revisor. Ele vai investigar, através das suas fontes, para, em seguida, liberar corretamente para a tarefa seguinte aquilo que está sendo posto em questão. Do pergaminho ao i-mail, o revisor continua sendo fundamental. Imprimir sem o crivo de um revisor é uma temeridade.<br /><br />Revisar é preciso<br /><br />Quem não desejar passar por atropelos ou vexames, no decorrer da confecção das páginas, seja de revista, livro ou jornal, ou outro tipo de impresso, não pode esquecer de convocar o revisor. Deve-se reexaminar o texto antes de copidescá-lo e também depois de digitado. A primeira prova só deve ser composta quando não houver mais nenhuma incidência do autor, e nem do revisor. Ele terá a oportunidade de reexaminar o texto e mediar com o copidesque (se for o caso) a fim de decidir a finalização do mesmo, uma vez que as digressões são passíveis de soluções, mas, só neste momento.<br /><br />Aproxima-se a impressão<br /><br />Até o momento da impressão já vimos que são várias as operações de verificação no texto. Somente depois de analisadas as provas por um revisor, e feitas as revisões na 1º prova, 2º ou 3º , ou mais, se for o caso, as páginas poderão seguir o seu caminho. Em seguida o texto é encaminhado para a diagramação e formatação, seguindo o planejamento. Para evitar deslizes deve-se revisar e retornar para a composição. Da composição seguem as páginas formatadas para uma última análise na revisão, somente depois de todo esse processamento é que os textos em última instância para a seção de implantes – composição – para receber o “print” no CD de cópia final. Somente após esse processamento são encaminhados para a confecção do vegetal, para depois seguirem para a montagem nos pranchões de cópias e depois nas chapas na impressão.<br /><br />A editoração é um processamento que se encerra após ter cumprido e efetivado todas as etapas de preparação de originais, isto é, organização dos textos, leitura crítica, refazimenrto de textos junto com o autor x editor, composição e recomposição eletrônica, reformatação revisão textual, revisão bibliográfica, revisão vernacular e “print” da composição. Somente depois de todas essas operações é que encaminha-se o CD ou pent-drive fechado para o setor de impressão gráfica.<br />Há séculos do mesmo modo – Um pouco da história....<br /><br />Nos mosteiros da Idade Média, onde eram produzidos numerosos escritos, havia também verdadeira competição entre os produtores de texto. Os escribas, copistas, revisores e ornamentadores, sabiam que quanto mais aprimorado o produto, mais valor ele tinha. Ao iniciarem as tarefas diárias, primeiro conferiam com austeridade tudo que havia dentro do ambiente de trabalho, ou seja, o que estava à mão dentro do escriptorium. Os primeiros passos eram: garantir ânimo para o estafante trabalho intelectual e, a própria organização do objeto, pois sabiam que o meticuloso serviço lhes consumiria longas horas, até dias, mas nada deveria tirar-lhes a atenção. Para exercitar a caligrafia, não cometer falhas ou enfrentar lapsos de memória, evitavam a todo custo conversas frívolas e qualquer tipo de distração. Conferiam também o conforto do ambiente de trabalho, o silêncio, a luminosidade, os cartuchos de tinta, as penas, as raspadeiras, os pergaminhos e a ventilação. Assim se faziam os manuscritos que valiam “peso de ouro”, pois eram bem copiados, corrigidos e encadernados para exposições nas grandes bibliotecas.<br /><br />Escrever com base<br /><br /> Sabemos que nas práticas editoriais, a obediência dos princípios éticos e científicos, quando bem definidas, determinam a qualidade da editoração de um trabalho.<br />É necessário que se tenha comportamento adequado diante da produção de conhecimento. Daí para frente é preciso raciocinar corretamente, sabendo ser cuidadoso em afirmar ou negar. É necessário saber fundamentar com referenciais teóricos ou empíricos, conforme os fundamentos das próprias pesquisas. Ao encerrar os textos devem-se rever as questões morfológicas (formação das palavras e de suas flexões), a sintática (leis da linguagem), com o apóio das gramáticas, manuais e dicionários a observar as concordâncias dentro das construções, além de ficar atento ao seguir as regras da pirâmide invertida e o esquema (o que, quem, quando, como, onde, por quê), além de manter os auxiliares de consulta à mão. É preciso saber se comunicar corretamente. O vernáculo é a principal ferramenta para transmitir os conhecimentos, é o instrumento através do qual se lapida a notícia ou a informação. É preciso dominar a matéria escolhendo palavras adequadas, pois elas adquirem fortes poderes, quando escritas, de forma a não permitir interpretações divergentes ou decisões contraditórias em volta do assunto. A erudição muitas vezes só compromete e afasta o leitor a quem o seu serviço é destinado.<br /> Nos textos evite usar<br /><br />· Esquemas de desdobramentos do texto<br />· Situações ilógicas<br />· Uso abusivo de abreviaturas<br />· Exibicionismos com a linguagem<br />· Aliterações e parênteses<br />· Uso de lugares comuns<br />· Maiúscula por minúscula<br />· Minúscula por maiúscula<br />· Estrangeirismos e gírias<br />· Generalizações e repetições de palavras<br />· Abusos de citações e frases incompletas<br />· Uso específico da voz passiva<br />· Pontuação incorreta e regionalismos<br />· Gerúndio e frases longas<br />· Paralelismo imoderado em sua conclusão<br />· Uso inadequado de símbolos e sinais<br />· Melhorar o texto<br /><br />Dedicar-se a revisão<br /><br />Escrever e revisar demandam tempo, esforço e trabalho. É preciso prática de leitura de muitos livros. É humanamente impossível escrever sem que, depois de pronto, alguma inserção não seja necessária. Mesmo com conhecimento das regras gramaticais, estratégias de favorecimento do texto, citações clarividentes, domínio do assunto, recursos de enriquecimento ou possuindo experiência redacional. Ainda assim, é possível fazer adequações e substituições formais para melhorar o texto. Por isso mesmo, é necessário, nas editoras e jornais, o profissional copidesque com experiência para ocupar tal atividade. Este profissional (hoje, difícil de encontrar), tem autonomia para ajustar o seu texto em primeira instância e melhorá-lo em todos os aspectos. Torná-lo de forma imparcial é uma das suas tarefas.<br /><br />É um procedimento inadequado e improducente solicitar ao setor de confecção de textos uma primeira prova de composição, sem que antes o texto tenha sido definido previamente pelo autor e copidesque. É necessária essa ação da qual não se deve abrir mão. Esse procedimento inicial facilita sobremodo o desempenho e o fluxo das ações seguintes. Após a definição do texto a publicar, o trabalho deverá ser rigorosamente revisto na seção de composição. As marcações de destaque são encaminhadas à digitação, isto é, ao profissional especializado que trabalha com finalidades e objetivos editoriais na composição eletrônica (implantador). Este profissional é preparado para a sua tarefa, tem senso crítico suficiente para adequar todos os elementos gráficos e textuais ao padrão organizado de cada página e eliminar os que, porventura, tenham sido acrescentados como ornamentais desnecessários que só distraem o leitor. Ao final, a nova prova digitada e formatada e, quando impressa será chamada de primeira prova, paginada ou não. Nela serão identificadas e marcadas pelo revisor as primeiras incorreções da digitação e todos aqueles erros que ainda permanecem.<br /> <br />Revisão gráfica<br /><br /> Revisão gráfica quer dizer ”ver de novo”. É a acurada análise dos elementos gráficos e textuais, juntamente com a aplicação das regras gramaticais embutidas na formação de cada linha. Pode ser revista, jornal, livro, manual, carta, folder, apostila, tese, dissertação, monografia, todo e qualquer trabalho escrito. Em primeiro lugar, quando se vai revisar, elementarmente deve-se receber a prova e o original correspondente. As marcações serão fundamentadas no papel (para que depois possamos identificar o que foi feito). Somente depois dessa ação é que, através dessa matriz, passamos para a composição que irá implantar os consertos. Essa ação se repete tantas vezes quantas sejam necessárias, até que o texto seja liberado integralmente pelo revisor. Revisar no computador, no pent drive ou CD, não é recomendado. Revisa-se no papel e implanta-se depois. Caso você venha receber o texto no CD ou pent drive, ou por transferência de imagem, a revisão pode ser efetivada, (mas você fica sem a matriz do que o revisor fez), No computador o revisor deve verificar o texto, através do corretor ortográfico, pois a sua tarefa será minimizada a partir dessa operação. Em seguida logo dará início ao processamento artesanal de leitura, que deverá ser minuciosa, para poder detectar filigranas e digressões ainda existentes. É o trabalho artesanal do revisor, afinal, revisar é o lado lírico da comunicação. É natural digitar e cometer erros de transposição de letras, de omissão, de inserção, de substituição, separação e repetição de palavras, de parágrafos, uso indevido de maiúsculas, itálicos etc. mas o revisor deve detectar esses elementos extras, ele é treinado para garimpar erros, deverá estar atento para captar todas as incorreções existentes e adequar os escritos à ABNT.<br /><br /><br />O REVISOR DEVE FAZER A SUA ATIVIDADE COM O MAIOR CARINHO POSSÍVEL. É UM TRABALHO CONSIDERADO ARTESANAL E SEMPRE SERÁ ASSIM – O REVISOR GRÁFICO É UM GARIMPEIRO.<br /><br />Quem é o revisor?<br /><br />Revisor, em termos gráficos, é todo aquele profissional formado em Letras Vernáculas ou Comunicação Social. Esta composição foi efetivada há alguns anos pelo Ex-Ministro do Trabalho Almir Pazzianotto com a intenção de integrar os conhecimentos da Comunicação social com as Letras Vernáculas. É necessário que a familiaridade do revisor seja com o texto a revisar, para isso ele tem que ser detentor das regras gramaticais além de como fazer o equilíbrio de todos os elementos gráficos, (além da diagramação, fotos, formatação, tipologias; e se predispor a ler e reler textos com a intenção de adequá-los às exigências da editoração. Todos podem ser, a princípio, revisor de texto, desde que tenha habilitação e habilidades para a profissão, de fato e de direito. A intenção é garantir a fidelidade dos textos que irão a público e abominar a pirataria. <br /><br />Tipos de revisão<br /><br />Revisão acompanhada - Este modelo de revisão refere-se ao revisor que lê a prova e o outro acompanha, no original, conferindo o que é correto e observando se há erros. (acompanhante de revisão é aquele lê com o revisor – um acompanha a leitura, o outro lê em voz alta). Deve-se discernir bem o que está a ouvir e o que está escrito para manifestar-se quanto ao que ouviu, se há ou não divergências no original, uma vez que este deve ser seguido com rigor.<br /><br />CADA ESTILO DE REVISÃO CORRESPONDE A NECESSIDADE DO TRABALHO QUE ESTÁ SENDO REVISADO.<br /><br />Revisão a dedo – corre-se o dedo nas palavras e examina-se a prova ao mesmo tempo.<br /><br />Revisão cotejada – Quando a prova é vista de forma geral. Examina-se o começo e o final de cada linha.<br /><br />Revisão batida – quando a primeira prova cai sobre a segunda, para examinar se as linhas correspondem. Não importa que uma prova esteja em um corpo e a outra no corpo seguinte.<br /><br />Revisão técnica – Exige bastante experiência. Além de conferir a linguagem vernacular é preciso reconhecer os conteúdos.<br /><br />Revisão vernacular – deve ser feita na última prova. É aquela em que você vê integralmente o texto diagramado e formatado, juntamente com todos os elementos gráficos e textuais. É a última revisão de prova paginada antes da impressão, quando você analisa o texto em definitivo.<br /><br />O valor da revisão<br /><br />Não existe impresso sem revisão. O impresso que não contiver a assinatura de um revisor, corre o risco de ser impresso novamente. Imprimiu sem revisão, se tiver alguma palavra errada, deve imprimir de novo, mas para isso tem que ter novo papel. A função do revisor não é só consertar palavras, é necessário que ele saiba dialogar sobre os assuntos questionados, suas nuances e adversidades, ter noção das dimensões dos assuntos, da sua exegese, da hermenêutica, das novas configurações, de como se apresentam àqueles assuntos em relação ao texto anterior. É necessário que veja as repetições, o uso inadequado de palavras e questionamentos repetitivos, palavras ou expressões corriqueiras, termos pobres, desajustada separação silábica, mal-formações de texto, título e diagramação, além de ter que sugerir o que deve ou não ser melhor para qualquer texto.<br /><br />Ações do revisor<br /><br />A primeira atitude de um revisor, ao iniciar o trabalho, é verificar ou conferir o original. Em seguida examinar se as páginas estão numeradas em ordem, se falta alguma página ou capítulo em relação as pré-textuais, textuais e pós-textuais. A partir desse momento deve-se voltar para o texto e exercitar toda a concentração. Do contrário ele iniciará mal a sua tarefa de rever as provas. O início da leitura é fundamental para que ele absorva de início o assunto que vai ser trabalhado. A partir daí, os seus questionamentos se tornarão fluentes, assim como a compreensão integral do conteúdo.<br /><br /><br /><br /><br />Como sinalizar <br /><br />Se você deseja ser revisor, conheça a simbologia gráfica dos sinais internacionais. Ao ler o texto identificamos as modificações. Marcamos dentro do texto, em cima do erro, ou na letra errada, ou entre palavras, ou o que faltar; seja que tipo de erro for, marcamos em cima do erro com uma pequena barrinha vertical, maior que a letra, identificando o próprio erro. Elegemos o sinal gráfico correspondente, e na altura da mesma linha do erro, na margem direita, distante um centímetro da margem, marcamos novamente primeiro sinal gráfico correspondente depois a barra de advertência que é uma barra maior, inclinada para a direita.<br /><br />Sinais gráficos utilizados<br /><br /> Usamos o sinal de suprimir, abrir espaço, transpor, unir, aproximar, descer, correr para dentro e para fora, abrir parágrafo, virar, finalizar texto, ligar período, cortar, retirar, negrito, separar. Grifar, alinhar, etc. para citar alguns mais utilizados.<br /><br />O revisor preocupa-se<br /><br />Com as características do texto. O vocabulário utilizado, os períodos, as maiúsculas e minúsculas, os nomes próprios, os numerais, a separação de sílabas, os substantivos, os realces, as remissivas, a pontuação, os padrões, a legibilidade, a organização, os tipos, os significados, os estrangeirismos, os neologismos, os nomes inadequados, além das construções gramaticais, o que se refere a fonética e a fonologia, à morfologia, à sintaxe, e estilística, formação das palavras e uma lista de outras verificações. Nos documetos monográficos deve-se examinar a introdução, material métodos, resultados, discussões e conclusões. É natural rever as regras de apresentação de cada trabalho, no que se refere a formato; margens, espacejamento, títulos, corpos, paginação, numeração progressiva, citações, siglas, equações e fórmulas, ilustrações, e tabelas, ficha catalográfica, ISSN, ISBN. É necessário verificar os elementos de capa, lombada, folha de rosto, erratas, folha de aprovação, dedicatória, agradecimentos, epígrafe, resumo, listas e sumário. Ver todos os elementos pré-textuais, textuais, e pós-textuais, referências, glossário, apêndices, anexos, índice etc. Ao término de suas tarefas o revisor deve assinar e datar a sua prova com a finalidade de futuras identificações.<br /><br /><br />* * * * *<br /><br /><br /><br /> <br /><br /><br /><br /> Bibliografia consultada<br /><br />OLIVEIRA DE, Fabíola. Jornalismo Científico, 2ª Ed. São Paulo: Ed. Contexto 2005.<br /> SF– SECRETARIA ESPECIAL DE EDITORAÇÃO. Manual de Padronização de Textos- 2007<br />ARAÚJO, Emanuel. A Construção do Livro, 1ª. Ed. Rio de Janeiro, Ed Nova Fronteira,2003<br />SOUZA E, Eliana da Silva, GUSMÃO, Heloisa Rios. Como Normalizar Trabalhos Científicos, Ed. EDFF.<br />FERREIRA, Gonzaga Rebouças. Redação Científica. Ed. UFC, 2005 – 4ª Ed. Revisada.<br /> <br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /> </strong></span></div>Tohama Editoraçãohttp://www.blogger.com/profile/01359905270529847464noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6525593032384920294.post-87495030097667433542010-07-03T14:41:00.000-07:002010-07-06T06:22:47.675-07:00PRIMEIRA PARTE DO LIVRO GRÃOS DE AREIA<div align="justify"><span style="font-family:verdana;"><strong>Grãos de Areia<br /></strong><br />PRIMEIRA PARTE<br /><br /></span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">Designer: Heron - 1982<br /></span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">“Eu dormia e sonhava que a vida não era mais que alegria...<br />Eu acordei e eu vi que a vida era servir.<br />Eu servi e vi que em servir estava a alegria”.<br /><br />(Rabindranath Tagore)<br /><br />PREFÁCIO<br /><br />O que se apresenta<br /><br /></span><span style="font-family:verdana;"> Grãos de Areia é um conjunto de expressões da vida do autor. Ao revisitar o escrínio da memória, em relação ao sentimento das coisas estabelecidas, revejo alguns distúrbios políticos da era Cardoso; uma espécie de manifesto sobre a falta de meio termo do “chefe do bando”, como foi chamado muitas vezes nas rádios e nos jornais. É um alerta. Em seguida, fagulhas do passado.<br /> É preciso, antes desta exposição, irreverência; e se me é facultado algum pedido, recorro para que aceitem, pois revelo-me nesta viagem um caçador neófito numa jangada em posição catatônica; tudo por força da inabilidade com as palavras. Ainda mais que sou dietista vernacular, mas não contenho a incontinência grafêmica. Dá nisto. Contudo, agradeço aos que me têm em razoável conta; aos que me cercam, principalmente aos que me fazem mestre na emoção, a ponto de me garantirem o privilégio de poder largar o porto e reviver parte da minha história com os meus próprios pés e mãos livres. Ái dos amigos, tão férteis como os sinto, pois eles são aqui intrínsecos. Onde estão as causas que até a mim chegaram? Que fiz por todas elas? Se impuseram por si próprias e acho que nem sequer dei conta de todas; ora, se nem tempo houve ainda para cultivá-las, ou sequer, agradecer aos amigos. Elas foram maiores em suas expressões. Alguém alertara que, na maior parte das vezes, lembrar não é reviver, é refazer, reconstruir e reestabelecer com imagens de agora experiências do que foi vivido. Ao recordar, ampliamos por reinterpretarmos à luz da vivência e experiência atuais.<br /><br />Para quem vai, em especial, estes escritos?<br /><br /> Aí está a lembrança. O somatório das histórias é que nos conduz a plataforma do memorial. O recurso mnemônico mantém aceso a chama da alegria, da esperança, do amor, da paz dentro de cada um de nós, sempre que nos inclinamos para o lado a ver os velhos tempos, velhas amizades, histórias, o desenrolar de nossas vidas, os amigos. É justamente para todos eles este livro. Amigos de tempos que não passaram, e se passaram não saíram da memória; estão vivos. Aqueles que distante acenaram pela última vez, os que prezo e próximo, penso que estão, os que desejaram “um grande abraço” pelo telefone e desapareceram, os que sem motivo sumiram, os que me ensinaram caminhos, os que conviveram o dia a dia comigo através dos anos, os que se arriscaram a aceitar minhas idéias, os que me ensinaram muito, os que me deram a mão, os que pensam que não fiquei devendo, os que vêem e fazem que não vê, os que já foram chamados, aqueles que sempre procuraram burlar a fé no que fiz, os que me fizeram louvores, aqueles que de tanto devê-los estão analisando ainda se aceitam ou não seus nomes gravados na placa do memorial, pois jamais poderei pagá-los, até aqueles que só falam à distância. Onde estão os céticos, os que também procurei ajudar, os que sempre confiaram na amizade, os que desistiram da velha amizade mas têem seus nomes no peito conservados. É justamente para todos esses que dedico este livro com dedicatória especial.<br /><br />Quem está aqui?<br /><br /> O aprendiz de revisor. Aquele que o mais das vezes tentou assumir o cargo de revisor de textos nas várias etapas da construção de um livro. Ao longo dos anos tive farto material a manusear e assim sentir mais o amor e a aproximação real da aura literária dos inumeráveis escritos. Foi justamente isto que me incentivou: o dia-a-dia. Imagine, depois de anos, só agora me dei conta do hiper-espaço das palavras. Sou um aprendiz.<br /><br />Como, quando e por quê?<br /><br /> Primeiro somei intenções, coragem e pré-disposição suficientes a fim de determinar o projeto de escrever. Ao longo dos anos juntei pedaços de papel escrito, depois fiz de tudo um calhamaço para poder trilhar e peregrinar os caminhos da editoração. Sempre pensei em não me distanciar das reservas, e não tenho nenhuma intenção de ser escritor; só o desejo, por indução, de conferir velha proposta pessoal e unilateral de grafar parcelas ou fragmentos da própria existência de modo inteiramente pessoal.<br /> Estes escritos têm a modesta intenção de mostrar pequenos grãos de areia recolhidos dos alfarrábios. O autor, primogênito da família Cunha Lima, prefere dedicar-se penhoramente às leituras e escritos que, viajar multihoras e nunca registrar acontecimentos. É no mínimo estimulante, permissivo e satisfatório grafar, quiçá viver; contar gotas de gestos, atitudes, modos, estilos, circunstâncias e vivências inteiras entrecortadas de fatos. Assim, ler e escrever é certamente algo que diz do estímulo grafêmico e das “formas de viver as muitas vidas que não vai viver na realidade”. “A leitura e o escrever são mais que ofício ou paixão, é a vida que escolhe viver”, como diz Mario Vargas Llosa, “lo primero no era viver sino escribir”. Lembro, então, Hamlet em carta a sua mãe, “finge uma virtude que tu não tens, esse monstro que devora todos os corações, uma vez que, às vezes, precisamos de uma vida inteira para adquirir uma só virtude”.<br /></span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">Dizia o professor Vicente Eduardo Souza e Silva em seu artigo numa revista de Letras da UFC, citando Horácio de dois mil anos: “Quem burila demasiado perde o nervo e o vigor; o que aspira ao sublime torna-se empolado; e quem se esforça em dar prodigiosa variedade a um assunto singelo, acaba pintando o golfinho nas selvas e o javali nos mares”.<br /><br /> Palavras de Lichtenberg, relembradas por Otto Maria Carpeaux, em Cinza do Purgatório: “Não há mercadoria mais esquisita do que os livros: são impressos por quem não os compreende; são vendidos por quem não os compreende também; são lidos e criticados por quem não os compreende melhor; talvez sejam escritos por quem não compreende nada”.<br /><br /></span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"> E se algum dia tiver de escrever um livro, e o vir publicado eu mesmo reconheceria:<br /><br /> “Qualquer palhaço de circo é mais aplaudido e nosso país que um escritor de talento”.<br /><br />Cartas literárias, p. 20. Adolfo Caminha<br /><br /><br /> Dizem que jornalista não tem amigos, e nem inimigos. Que servem para desconfortar os que têm vida fácil e confortar os que têm vida difícil. É bom pensar como profeta.<br /><br /> “Amai-vos uns aos outros, mas não façais do amor um grilhão. Enchei a taça um do outro, mas não bebais na mesma taça. Cantai e dançai juntos e sede alegres, mas deixai cada um de vós estar sozinho”.<br /><br />Khalil Gibran<br /><br />De Celso Pedro Luft:<br /><br /> “Cá entre nós – que os túmulos e as carpideiras não nos ouçam!: os clássicos não sabiam pontuar. E os mais antigos nem sabiam o que fosse pontuação.”<br /><br /> Continuarei tentando ser conferencista de provas, assim, futuramente poderei ser revisor de textos, mais tarde, vagalume. </span><span style="font-family:verdana;">Dos incunábulos aos escritos modernos é o revisor o intrínseco participante no complexo exercício de todos os sistemas gráficos. É aquele que permanece lado a lado dos autores, conhecendo e reconhecendo às suas idéias, pensamentos e lucubrações. É quem organiza a linguagem e a concatenação dos títulos, linhas, parágrafos, imagens e textos adequando-os ao impresso, fornecendo, assim, a necessária correção para a boa apresentação de todos os elementos gráficos e textuais.<br /><br /></span></div><div align="center"><span style="font-family:verdana;">Círculo Vicioso<br /><br /> Bailando no ar, gemia inquieto vagalume:<br />-“Quem me dera que fosse aquela loura estrela.<br />Que arde no eterno azul, como uma eterna vela!”<br />Mas a estrela, fitando a lua, com ciúme:<br />- “Pudesse eu copiar o transparente lume,<br />Que, da grega coluna à gótica janela,<br />Contemplou, suspirosa, a fonte amada e bela!”<br />Mas a lua, fitando o sol, com azedume:<br />- “Mísera! Tivesse eu aquela enorme, aquela claridade imortal, que toda a luz resume!”<br />Mas o sol, inclinando a rútila capela:<br /><br />- “Pesa-me esta brilhante auréola de nume...<br />enfara-me esta azul e desmedida umbela...<br />Por que não nasci eu simples vagalume?”<br /><br />Machado de Assis<br /><br /><br />Dedicatória<br /></div></span><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">A Ilza, minha mulher.<br />A meus filhos Flávia, Carlos Márcio e Eduardo Ravi.<br /><br />SUMÁRIO<br /><br /><br />Ao meu pai - Carlos Abdorilo - um dos Paladinos da Educação Física no Estado do Ceará<br />Ao Seachegue - Espécie de Guetsêmani<br />Ao José Linard Saraiva<br />Ao João Figueiredo<br />O simples Dono da Fazenda<br />Viagens a Baturité<br />A Casa da Fazenda<br />As Caminhadas<br />Andanças<br />Começar de Novo<br />A Fazenda Xapuri<br /><br />SONHOS<br />Santa Terezinha<br />Morreram Todos<br />Renascer?<br />Viagem Inesquecível<br />Boa Viagem<br />Não tem Preço<br /><br />PRIMEIROS CAMINHOS<br />Na Av. do Imperador<br />45 Anos de Av. 13 de Maio<br />Nas Matas do Dumma<br />Rumo a Capital<br />Cheguei no Goiás<br />Estudar na Capital<br />Bastante Trabalho<br />A Sorte do Meu Lado<br />A Sorte Bendita<br />Não é Possível Apagar<br />As Cirandas<br />Vale na Profissão<br />41 anos Depois - Brasília<br /><br />PUBLICADOS E NÃO<br />Oposição a FHC: Ilusionismo e Farsa<br />Expertos e Trouxas<br />Só Compra Quem Conhece<br />Muda Brasil<br />A Serviço da Paz<br />Livros Científicos que Fazer com Eles<br />Vamos nos Unir<br />O Papa no Brasil<br />Diretores Conformados<br />Ele é Premonitório<br />Sacerdos Alter Christus<br />A Luz é dos Desonestos?<br />Segredos da Modernidade<br />Fim de Semana no Sítio<br />Acabou-se </span></div><p><span style="font-family:verdana;"></span> </p><p><span style="font-family:verdana;">INTRODUÇÃO</p><div align="justify"><br /><br />CARLOS ABDORILO – Um dos paladinos da Educação Física no Ceará<br /><br /><br /> Ao falar no nome do professor Carlos Abdorilo Barros Lima, meu pai, devo dizer-lhes que o farei sem modéstia, pois os seus méritos, bons que o valham, mostram que ele permanece nos nossos corações, e por isso mesmo é mais lembrado a partir dos exemplos do conhecer, da concórdia e da disciplina. Centenas de alunos ouviram o ribombar de sua voz nas quadras de esportes dos anos de 1950 a 1988, nas aulas de Educação Física do Liceu do Ceará, Tiradentes, Unifor e outros colégios de Fortaleza.<br /> Foi junto aos internos do Santo Antônio do Pitaguary, na Serra de Aratanha, e depois no seu Gabinete Biomédico de Exames e Defeitos Físicos, que o professor Carlos Abdorilo iniciou suas primeiras experiências em Educação Física treinando, monitorando e aprimorando os seus conhecimentos nesta área, após regressar vitorioso do Rio de Janeiro, onde concluiu com méritos os seus estudos junto a Universidade do Brasil. Foi nessa época, 1950, pela primeira vez, no Ceará, quando a disciplina de Educação Física começou a ser mais valorizada, sendo estabelecida como questão disciplinar integrada ao currículo escolar na maioria dos colégios. Dedicou‑se profissionalmente a Secretaria de Educação do Estado, ao radiojornalismo, ao Liceu do Ceará, vários colégios e Unifor; e ao seu Gabinete Biomédico de Exames e Defeitos Físicos, pioneiro no Estado, localizado na Av. do Imperador. Foi o incentivador e fundador do Centro Esportivo do Liceu do Ceará e desenvolveu sua disciplina em vários colégios de Fortaleza, desempenhou diversas funções sempre ligadas à Secretaria de Educação do Estado, mediante concursos que lhe garantiram os primeiros lugares. Publicou vários manuais de Educação Física e ministrou aulas pelo rádio. Fez cursos de administração escolar, desempenhando esta atividade em colégios da cidade. Foi pioneiro na Unifor ministrando aulas por mais de dez anos, sempre com carinho e dedicação. Deixou entre nós, além do exemplo de sabedoria, os seus escritos, larga fonte, o seu legado, ingresso à modernidade na disciplina a qual dedicou por quase 40 anos – a Educação Física, no Estado do Ceará. Last but not Least.<br /><br /><br />SEACHEGUE - ESPÉCIE DE GUETSÊMANI<br /><br /><br /> Chegamos na praia do Presídio no Iguape. A primeira lembrança é o do Seachegue, uma das casas da rua dois. E é para lá que estamos indo. A viagem é ótima. A Ilza, a Flávia Lima, Márcio e Ravi adoram a praia do Presídio. Nada mais saudável e estimulante ser acolhido e envolvido em alegrias, conversas com as famílias e os amigos todos os sábados e domingos.<br /></div><div align="justify"> Estamos na casa do Ricardo e Flávia. A primeira providência são os cumprimentos, em seguida, nos abancamos nas brancas cadeiras do alpendre sertão/praia. Somos recebidos pelas inúmeras palmas verdes e plantas de toda espécie do jardim da casa, em seguida a saudável água de côco. A agasalhante sombra provocada pelas plantas, os jarros, toda casa, tudo é conforto.<br /></div><div align="justify"> Começa o churrasco na grande churrasqueira do segundo alpendre. E como estamos no “Seachegue”, logo estamos numa roda de velhos amigos. O Joviniano e família, Paulo e Vera são os amigos de grande estima que abrilhantam todas as reuniões. Aqui não se perde nenhum segundo. Logo recebemos as indicações dos quartos, o convite para a praia e certamente, iniciar os trabalhos, isto é, iniciar as longas conversas saboreando boa cerveja ou uísque com os amigos e ouvir boa música enquanto a noite não vem. Essa hora é reservada às andanças pela praia ou visitas em casas de outros amigos.<br /></div><div align="justify"> Tudo é apenas preparativo para a nova rodada nas areias da praia, num barzinho da estrada, ou mesmo na peixada do Zé Almir, na casa de conhecidos como - joviniano e Teresa, Paulo e Vera, Seu Edmar e D. Marta, no Barro Preto. “Sempre nos receberam faustosamente”. Assim são as reuniões no Presídio e Barro Preto, sempre cercadas e acompanhadas das boas histórias do Ronaldo e Silvia, da irmã Riane e Paulo Correa, D. Marta, Seu Edmar, o patriarca.<br /></div><div align="justify"> Hoje, é o inesperado dia seguinte. Aqui a gente pensa que o tempo não passa e ao passar não queremos que se vá. Hoje tem nova festa e os preparativos começam cedo. De tarde novos chamados para a longa caminhada pela praia até a barra, tomar aquele um banho frio. Enfim, domingo de tarde, a despedida. É por isso que eu digo sempre: “Esta foi a vez que mais gostei daqui”.<br /><br /><br />JOSÉ LINARD SARAIVA – velho amigo<br /><br /><br /> É José, não fizemos mais caminhadas! Tive de me acostumar com a jornada sozinho. Ouve‑se a sua palavra transformada quase numa missão. Eram serenas e poucas as suas manifestações, mas pareceram boas aulas para o sentimento e ouvido humanos. Falava às vezes espanhol, latim e a sua língua mater, o italiano, mesmo sem freqüência ou correção de palavras, mas não deixava de dar seus exemplos tirados de dezenas de livros lidos em sua vida. Citar Hoddellin, Gabriela Mistral, Abraão Lincoln, Gandhi, para ele era natural.<br /></div><div align="justify"> Quem sabe, este místico em algum tempo ou em outras vidas teria sido um monge educado a toque de sineta. Vê, num suposto pássaro que voa a mil metros de altura a graciosidade de um albatroz; no volitar de suas asas, a beleza da natureza, o sentimento dos anjos, a justiça divina. O José Linard Saraiva, italiano‑espartano por descendência, divide‑se entre os próprios deveres e sentimentos, traz na imagem a sensibilidade e sempre deixa que percebam, como dizia à sua mulher: "tu és tão sensível que és capaz de sentir o pousar de um pássaro num galho de árvore há dez metros de altura”, e fala dos calafrios de um escultor que "vibra, chora e sente a presença viva da própria imagem a ser talhada dentro da pedra, antes dela ser esculpida". Nos laços da sua intimidade, em sua casa ele dizia: “um esposo esperto sabe exatamente o que dizer à sua esposa durante um desentendimento familiar, um mais esperto ainda, não diz absolutamente nada”. “O vinho, nascido da cepa torta, a uns faz perder o tino, a outros errar a porta”. E lembra do sertão: “Cabocla do meu sertão, que traz no corpo o cheiro das madrugadas, tens os peitos rijos que passarinho não belisca”. E mais: “Madeira velha queima melhor, vinho velho tem mais sabor, velhos amigos são mais leais, velhos poetas são mais geniais”.<br /></div><div align="justify"> Há duas formas de dizer: “falar e estar calado” de Gustavo Corção. E Tufic, “O homem livre é aquele que ama a terra em que pisa e a casa em que mora”. Feliz permanentemente para consigo, não traz aflições no peito, e lembra de engrandecer os pensamentos, mesmo aqueles que trazem menos alegrias; ressalta, e olha para uma pequenina estátua de sua casa: “você não chegou aqui como uma grosseira ostra, chegou aqui como uma jóia (ou uma pérola), e só a vejo nas nuvens, nas estrelas, nas montanhas. Às vezes pensa, imitando os monges e admirando as florestas ao longe; isto para poder observar melhor qual das árvores é a mais frondosa e copada, pois nela haverá de pousar; diz: “não me faças mais chorar”, “pois os meus olhos, se reaprendessem a chorar, não trariam lágrimas, e sim um pequeno dilúvio”. Riu, quando lhe perguntaram sobre outras vidas. Traz conservando no semblante o peso de sua imaginação e com o olhar lancinante diz: "Não sabemos de nada, "sou um passarinho que voa no seu próprio quintal". Linard, o nosso velho amigo, o João Figueiredo, sumiu, acho que vive mais nos Estados Unidos. Apareceu uma vez encarnando Rasputin, cheio de histórias entrecortadas.<br /><br /><br /><br />JOÃO FIGUEIREDO<br /><br /><br /> O Colégio Estadual do Liceu do Ceará foi também o meu fornecedor de amizades durante um período da minha vida. Conquistei amigos que me acompanharam durante algum tempo. Daqueles todos, muitos são professores, empresários, doutores, deputados, coronéis, administradores. Mas nem todos igualmente tiveram longa caminhada junto a este homenageado, o João Figueiredo. 45 anos de amizade.<br /><br /><br />Baturité<br /><br /><br /> Tive o privilégio, em primeira instância, de ser garupeiro de sua vespa italiana em muitas investidas – a flor de liz – como a denominava. E assim, sempre tivemos sintonia com as namoradas. O que planejávamos dava certo. Fomos estar com sua mãe, em viagem de férias, na sede da Fazenda no Sítio Conceição, no alto da serra do Vicente, em Baturité, a oitocentos metros de altura. Tinha 18 anos e nunca havia empreendido semelhante aventura. Ele já teria passado por esta situação muitas vezes, na mesma estrada com os seus familiares, da sua residência na rua Senador Catunda no Benfica à serra do Vicente.<br /> Tomadas as providências de viagem com a antecedência, este neófito, viajou, conforme combinado, para Baturité. E já teria de estar nos esperando, na feira da cidade de Baturité, próximo da Igreja de Santa Luzia, dois cavalos bem selados, pois deveríamos subir a serra por este meio de transporte, o que seria mais pitoresco ainda. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"> Chegamos em Baturité, lugar abençoado. O velho amigo, treinado dentro de uma família tradicional, e com costumes ingleses, nunca poupava esforços para oferecer o melhor com naturalidade e descompromisso. Talvez soubesse mesmo que para mim tudo também era novidade e admiração. Era assim mesmo os seus irmãos, irmãs, parentes e toda a sua família.<br /><br />Dono da fazenda<br /><br /> Os seus dois maiores exemplos: respeito e tranqüilidade. Assim, agia também com os seus moradores, tantos os encontrassem. Ensinara o seu pai que amigos haveria de possuir em maior número possível. Nunca os teria em falta em todas as ocasiões. Para cada caso em que se deparava fora do seu entendimento, não discutia, não fazia cara feia. Sempre assistia tudo com aquele ar de humildade, em silêncio, como quedando todas as oportunidades de defesa ao infrator; ao final, ele apresentava mais um exemplo típico do seu pai, como dando-nos uma espécie de lição, a ponto das pessoas perceberem. Havia mais aula de bons costumes que repreensão. E também sempre aceitava os dizeres dos caboclos com plena familiarização para que assim ficassem melhor entendidas as questões. Um caso exemplar: Um caboclo com longas explicações relata fatos políticos insolúveis em diversas passagens e, depois de demoradas explicações ao patrão, disse a seu modo que tudo era muito difícil e complexo, que daquela maneira nada estava certo; e retrucou: “esse caso, seu João, chega a ser um ministério...”, ao invés de mistério. Ele baixava a cabeça. Tinha a capacidade de assumir o exemplo do pai, como no dia que percebeu que estava sendo roubado em porções de café. Numa reunião que provocara, todos reunidos achavam um absurdo o desaparecimento de certa quantidade de café. Neste dia, no final da tarefa, na hora de irem para suas casas, cada caboclo portava seu fardel; um com trouxa de roupas, outro com fecho de lenha, outro com um camburão pequeno na mão, uma camisa, uma calça e pequeno rodo, uma cabaça, outro com um chapéu e facão na mão etc., cada um com o que lhe pertencia e levava para casa no final do dia. O feitor explicara que as quantidades de café não estavam correspondendo, por isso necessitava saber o motivo. Parodiando seu pai, no final da reunião, quando já tinha pistas de quem pudesse estar lhe roubando, ele resolve encerrar a questão e efetuar o pagamento do dia, mas antes de tudo, matreiramente, no mesmo local, já desconfiando do homem da cabaça, se senta em um tamborete, puxa uma caderneta do bolso e pede algo que lhe dê apoio para a sua mão, invocando imediatamente o portador da cabaça. “Me empreste isto para que possa escrever”, e sentado no tamburete, virando-a de boca para baixo entre os pés, sutilmente, viu sair de dentro da mesma, por um pequeno furo, vagarosamente, quase três quilos de café puro, escolhido, de primeira qualidade, (o condilon) e, não acrescentando nada, efetuou o pagamento de todos igualmente. Levantou-se e foi embora. Era a cópia do pai. </span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"> Quantas viagens, tantos amigos, festas. Nunca divergimos. E o velho amigo estava sempre ali, com seus exemplos de mais velho, suas estórias aprendidas com o seu pai, a coragem dos Figueiredo, com a índole dos coronéis fazendeiros de Baturité.<br /><br /><br />A Casa da fazenda<br /><br /><br /> Em sua casa era recebido com alegrias. Tudo fazia parte do natural. Farta mesa, empregados, grande bananeiral, cafezal, fruteiras e árvores centenárias. A sede da fazenda com casa rústica cinematográfica, a casa do engenho, a cortesia dos caseiros, o açude em frente a casa, a pescaria, a voz do silêncio, o gado, clima sereno e agradável; parecia que tudo estava perto do céu. Tudo fazia para me comportar como visitante, pois se tivesse sido eu mesmo, naqueles dias, acho que seria ojerizado por todos, por manifestar tanta admiração.<br /> Depois do jantar, a noitinha, a reunião no patamar da casa. O farfalhar das bananeiras lá em baixo, o corte do frio que ia se instalando devagarzinho, o gorjear, lá no alto, dos últimos pássaros do dia, pequenas histórias de papangús do folclore regional, a visão de alguém que vira fantasmas, a afinidade entre todos, o cigarro acendido pelos projetos, a seriedade dos seus falares, os risos francos. Que coisa mais natural. Tudo ali era ao natural. Havia boa música, recitação, café com tapioca, refrescos, cachaça e vinho da velha reserva para quem desejasse.<br /> Numa boa cadeira de balanço sentava-se a D. Pury, a matriarca do sítio Conceição, mãe do Alberto, sempre bem agasalhada, rodeada de cadeiras próximas a ala dos bugaris, no grande jardim, acompanhada pelo suave canto dos grilos. Ela nos contava as histórias daquela serra, os exemplos do Seu Figueiredo, as viagens à Fortaleza, os bons tempos do sítio Conceição. Tudo acontecia dentro de um clima saudável, e ao cantarolar distante dos últimos bandos de capotes, patos e marrecos no açude fazendo o primeiro sinal de que a noite chegara.<br /> A sinceridade chega a ser percebida como um ser vivo. Ali a “competição” era algo que passava distante muitos quilômetros. Parece que todos reconheciam e entendiam que permanecer em uma só posição era um ato de honra. O comportamento de todos ali refletia a sinceridade, a honestidade, a fraternidade, a amizade, todos os dons naturais do ser humano.<br /><br />O passar do tempo<br /><br /> Depois de muitos anos retornei, a convite do Alberto e sua esposa dedicada, a Dadá. Desta vez levei a Ilza, minha mulher, (2004) Ficamos hospedados na mesma casa sede do sítio Conceição, reformada para durar mais cem anos. Tudo evoluíra e melhor estava. A casa fôra repintada, recebeu teto novo, com forro de gesso. A cozinha foi ampliada e tudo era em benefício do conforto. Passamos um longo feriado. Um pequeno céu com direito a risos, redes na varanda enorme e muitas amenidades. Nas refeições e nos passeios em volta da casa, nos jardins, os verdes das montanhas, o perfume, o silêncio, os signos e sinais da família dos Figueiredo, e como não podia deixar de ser, a extrema gentileza da D. Maria das Graças, fiel escudeira ao longo da vida do João Figueiredo.<br /><br /><br />Caminhadas<br /><br /><br /> Cedo do dia, após os tratos matinais, sob um frio de dezoito graus, fomos à mesa farta e as primeiras palavras de D. Pury, sempre recheada de cuidados. A presença dos caseiros e a prontidão de um personagem gratificante intitulado de chefe do cerimonial chamava atenção: Dom Gadelha, brincalhão e cheio de sinceridade. Era o homem que criara um ministério para os seus problemas. Dois cavalos nos levariam, mas preferimos caminhar. Certa vez o primeiro local a ser visitado, em cima de um pequeno morro, seria a casa de D. Raimundinha. Deitada em sua rede, já em idade avançada, uma das primeiras moradoras nos recebia. Com a voz rouca deu boas vindas e falou das benesses recebidas dos Figueiredo. Agradecida em todos os aspectos, colocou-se a disposição e o chamara de patrão. Figueiredo, já conhecendo todo o ambiente e procedimentos fez-lhe saudações, indagações e observações. A velha moradora já não respondia a todas as perguntas, mas refletia sobre sua vitalidade dizendo que sempre foi muito forte e saudável, mas agora está difícil. Mas se sua saúde já não estava boa, não era porque tinha feito extravagâncias. João, sabendo de tudo perguntara: D. Raimundinha, e a cachaça, o que a senhora acha? O que ela respondeu prontamente: “Meu filho, já bebi muito, mas hoje... da cachaça o diabo só quer uma coisa, o resultado”. De volta a sede da fazenda, por volta do meio dia, nada melhor que um bom banho de bica e sentar-se à mesa repleta de iguarias oferecidas pela sua mãe, que nos indicava; olha, tem isto, tem aquilo. E enquanto a gente se servia, ela conversava suas amenidades. Daí para diante as horas corriam, e mal se dava uns embalos naquela preguiçosa rede de tucum, espichada no grande alpendre. No calendário especial se via chegar os anunciantes da tardinha, os bandos de periquitos, onde parece tudo ficava mais belo; o perfume das rosas abençoadas do jardim bem cuidado de dona Pury, mãe do Alberto. Os últimos reflexos do sol escarlate, o escuro das copas das grandes árvores da íngreme serra ao lado da gente, a mansa chegada do frio juntamente com o silêncio e, a suave permanência da noite.<br /> Muitos anos se passaram e lá retornamos, ainda com o Linard e outros amigos. Pareceu-me algumas vezes retorno ao passado. Vimos as mesmas alegrias pelas mesmas imagens, dom Gadelha já tinha bastante experiência como chefe do cerimonial, os moradores foram substituídos por outros mais experientes, os assuntos já cintilavam pela promessa da chegada da energia elétrica, a matriarca já não se fazia presente, a mesa farta quase foi substituída pelo churrasco, todos ficamos mais apressados e a hora se fazia um raio.<br />Sempre tivemos o impulso deste amigo João Figueiredo para novas viagens, mas parece que cada um teve de cuidar mais de seus filhos e de suas casas, de suas famílias, de seus negócios. O tempo passa e nem se tem a conta, nem os motivos que nos levam a lembrança, pois sempre será assim, mas tudo está com a mesma paz neste memorial de boas lembranças.<br /><br /><br /><br /><br />FAZENDA XAPURI<br /><br /><br /> Foi outro bom acontecimento na minha vida, a velha amizade com dois grandes amigos, Rogério e Ricardo e irmãs. A família Coelho, em Fátima, morava na rua Napoleão Laureano. Suas irmãs se tornaram amigas interessantes; duas loiras e uma morena. E todos brincávamos desfrutando de saudável amizade entre as famílias. Naquele tempo se ouvia a todo instante músicas da época. “Um sapatinho eu vou... andar devagarinho....” “corre, corre, lambretinha, para ver meu bem...” Crescemos praticamente juntos, fomos as diversas reuniões de amigos, praias, piqueniques; mais tarde, festas nos clubes Náutico, Líbano e Maguary.<br /> Havia a oportunidade de ser incluído nos passeios espetaculares feitos pelos Coelho. Os fins de semana na Fazenda Xapuri, propriedade recém adquirida por D. Naíde e Seu Coelho. Todos me tratavam como um irmão, e era natural, pois a principal característica da família Coelho sempre foi a cordialidade.<br /> A Fazenda Xapuri, propriedade da família, ficava há vários quilômetros à esquerda da cidade do Croatá. Entrada para Paracuru. A viagem até lá, pode-se dizer, era cheia de expectativas e surpresas mas sempre terminava bem. O caminhão, transporte da família, além da família, levava resíduo para gado, madeira, sacos de mantimentos, telhas etc. para a fazenda.<br /> Antes da chegada à fazenda, uma parada na casa do Seu Melquíades, casa de morador, ou na fazenda do coronel Cruz e, enfim, a sede da Fazenda Xapuri. Logo na chegada íamos descarregar o caminhão, velho Chevrolet, ano 1946. Ainda dava tempo do banho de açude e o bom jantar. Mesa farta com tapioca, pão de sorgo, queijo e café, além daquele sanduíche feito pela D Naíde. A noitinha chegara e logo se pensava na rede e no frio da noite. Alguns moradores da fazenda ali estavam para longas conversas e tomar café. Vem o frio, o ouvido ficava ligado no chocalho ao longe, no latido do cachorro assustado, nas conversas de onça, no quachar dos sapos, nos grilos da noite, no último rangido da rede, no xiado perto, na aproximação do silêncio total, no sossego geral; os olhos, no saltitante relâmpago distante, na noite, na escuridão do sertão; o nariz ligava-se no perfume das matas da fazenda, no cheiro de gado. Esperava-se cedo da manhã, a promessa de andar de cavalo.<br /> O Ricardo ou Rogério, já com bastante experiência, não vacilavam em selar os animais. O Xapuri era também o nome do melhor cavalo da fazenda. O ciclone, o mais corredor. E todos faziam questão de que tudo estivesse “nos conformes” como se dizia. Quantas viagens de dia e de noite! E na vida ligeira, nunca tive tempo de agradecer verdadeiramente aos velhos amigos.<br /><br />Minutos Celestiais<br /><br />SUBMISSÃO<br /><br /><br /> Em uma idéia reparadora tive a oportunidade de vivenciar, em espírito, situação bastante inusitada que, passo a descrever. Encontrava-se vivendo dentro do mar em águas profundas, cheiro de sombras; ambiente silencioso e lúgubre, repleto de perigos iminentes, ataques perversos, armadilhas e segredos. Percebia que outras pessoas sentiam o mesmo. Conseguia respirar com dificuldade e me comunicava falando ou por gestos. Percebia, entretanto, que tudo que acontecia em baixo d’água tinha subterfúgios. A locomoção era lenta, mas me mexia permanentemente, e, com o peso da água tateava-se para todo lugar. Tudo que fazíamos enquadrava-se dentro da performance do dia-a-dia. Tinha o direito visível, entretanto, de subir ou descer lentamente, nunca afundando de vez nem subindo de repente. Constituía-se pequena vantagem. Tudo era conforme o meio em que estava, a água, onde vivi a experiência.<br />Desejo dizer que estou longe de entender as profundezas do mar ou qualquer tipo de doutrina submarina para poder chagar ao ponto de fazer projeções sobre essa ou aquela questão.<br /> A configuração do estranho exemplo, refere-se ao regime político em que vivemos e a crítica às supostas regras a leis desde País. Imagina-se que os políticos, grande parte, cuidam mais dos jogos de esconde-esconde, manipulam a todos sem enfrentamentos e só trabalham disfarçados com o interesse de modelar as mentes de menor vigor em beneficio próprio. Todo é negado por muitos ou é dito por enganação, é camuflado, como se seguíssemos ordens ou fôssemos dirigidos como robôs, onde tudo funciona lentamente entre o silêncio e a escuridão. Se apresentam uma hora com excessiva bondade, outra cheia de arrogância, como se todos convivessem no ambiente pueril de suas vagas origens. Tudo no governo tem uma franja de ambigüidade? As sociedades secretas preferem manter os negócios secretos embrulhados? Chega de demonstrações de agressividade e arroubos de generosidade mentirosa.<br /> Será possível que ninguém se toca e nada desejar fazer? Preferem mancomunar-se com o presidente da República? Quase todos estamos atônitos e bestializados porque conferimos e aceitamos ser subestimados? Depois dessa implantação do fervor maquiavélico, onde o seu humano quanto mais pisado perde a moral, só uns poucos esclarecidos chegam a outra margem; os que ficam do outro lado, parece, sofrem descompactação. Não movem mais nem um dedo e acabam achando acerto nos mandatários. É uma espécie de romanização.<br /> É como no Congresso Nacional. O que é sério parece ser resolvido a distância com o baixar do porrete. Longe do Brasil. Antes de ter esse crivo vem a discussão, a polêmica, o disse-me-disse nacional, só com amenidades, mas a resolução já vem de longe do “ambiente palaciano” e das vozes do Senado e Câmara. Tudo que vem é sempre com o aval e vigor preponderantes. Sem falar nas decisões dos mercados da Europa, Ásia, África e Estados Unidos e outras transações. Mercosul não se fala. Isso é a manipulação e submissão em cima de todos nós, porque o povo não percebe mais e nem se toca para o ambiente em que são tomadas as decisões nacionais ou as estranhas decisões governamentais que os beneficiam, mesmo sendo o bode expiatório da questão.<br /> Nunca haveremos de conhecer qual “sacerdote” representante das portas fechadas, que num rasgo de impetuosidade, de tempos em tempos deixa transparecer essa bendita humilde vanglória. Sob o manto da discrição explicita que sim: “continuamos com novas decisões para o bem das consecutivas ações... e, é claro, para alimentar...e... diz lá a sua frase rocambolesca”. Nem eles mesmos entendem. Conheceremos muito mais as suas palavras claras: “Tenham calma! Hoje haveremos de favorecer tudo que desejam, finalmente chegaram as soluções esperadas para todos nós. Somos contemplados com as resoluções almejadas. Agora poderemos viver em paz. A concretização dessa informação acontecerá hoje mesmo, mas poderá ser amanhã de manhã, de tarde ou até no final do ano”. Por quê tem essa forma as decisões brasileiras? misto da desordem e incompreensão/compreensão democrática para que o povo não alcance e nem entenda nada.<br /> Que tipo de reflexão fazem eles, os que cuidam de determinados setores do País, das centenas de armas de última geração para proteger os narcotraficantes, aviões de combate de uso exclusivo militar agregados e mísseis de última geração; naves possantes de decolagem vertical; compras vultosas de explosivos militares etc., isso pode ser a preocupação deles, mas vira ambiente próprio dos traficantes e cada vez mais se expandem, até com a aquisição de intricados aparelhos eletrônicos que emitem ondas destinadas ao controle da mente humana, assim, monitorando melhor o destino e os interesses junto aos promitentes empreendedores. Longe desses espiões sabotadores e concursados kamikases que ainda poderão imitar os talibãs no céu, nas terras e nos mares brasileiros.<br /> Os mandatários caramujeiros? Eles estarão sempre envolvidos nas principais questões dos aristocratas a bel-prazer, cada vez mais com pavor dos humildes e alimentando-se dos indefesos, controlando a mente dos revelados submissos.<br /> O simples fato de não podermos reconhecer o ambiente secreto em que são travadas essas decisões, aqueles que conspiram certezas absolutas debaixo dos panos permanecerão vivos e ativos. E o que é pior, não querem nem saber, transformam em fumaça, ainda que simbolicamente, qualquer um que se aproximo deles com essa intenção. E vejam só, um pequeno e simbólico rito só, basta, para fazer desaparecer quem não deseja ou quem não agrada aos donos da verdade deles.<br /><br /><br /><br />Viagem Inesquecível<br /><br /><br />Acho que é impossível para o ser humano realizar uma perfeita análise de tudo aquilo que se relaciona às imagens fabricadas pelo subconsciente. É, na verdade, um somatório de questões que merecem crédito pela realidade que se vive naquele momento. Quando a situação é envolta em fatos tristes ou que não merecem o seu crédito ou interesse, há que se pensar em defesa e se resguardar. Mas quando existem personagens íntimos e, toda configuração é repleta de fatos que lhe sensibiliza, fica a lembrança que eleva o espírito e o coloca em situações privilegiadas. Não posso negar. Em muitos sonhos vivi fatos inesperados que, alguns casos é provável advenha novas lembranças e uma espécie de saudade a compor um misterioso bem estar, fatos esses que não podem assemelharem-se a nenhuma outra situação. A sensação é indescritível e compõe todas as cenas, sendo quase que impossível descrever o envolvimento e a configuração. É muitas vezes, uma sensação sem possibilidades de narração. Cada cenário único refere-se ao embevecimento e a exuberância ligados ao emocional, aos sentimentos, ao próprio coração. Posso dizer que vivi situações até fora de comparações como é o caso de uma viagem que fiz, com a minha esposa, em um transatlântico na Espanha. Todos falávamos o espanhol com muita elegância. O comodoro fazia referências a minha pessoa como um industrial que participara da viagem acompanhado da esposa com intenções de relaxar nas férias. Na verdade todos nós estávamos ali para nos divertirmos. Havia cordialidade e os encontros pareciam insuperáveis. Imaginei até que o tempo pudesse esvair-se sem que me desse conta de tanta amabilidade, e que aquela festa terminasse antes do usufruto. O tempo corre e sabe-se que nele se vão todos os componentes de cada momento. Tudo era real e tudo era imaginação. Não pensei, em nenhum momento, que aquela viagem era apenas uma pequena célula carregada de conteúdos férteis que desprendia-se do subconsciente.<br /><br />Viagem fora do corpo<br /><br /><br />São cinco horas da manhã e já estou de volta ao planeta. Chego de um mundo distante e desconhecido. Atraído pelas naves gigantescas, encontrava-me certo dia próximo a um aeroporto e observei a descida de um estranho objeto na pista. Vi uma espécie de ônibus, um gigantesco ônibus, estranho, parado e com as portas abertas como para uma manutenção geral. Algumas pessoas em sua volta mexiam em alguma coisa. De longe observei tudo aquilo, mas com inusitada naturalidade percebi muita familiaridade. Fui de encontro a nave com muita facilidade e, com a minha aproximação, percebi que estava sozinho. A grandeza de tudo aquilo, aliado ao silêncio da noite, não me colocaram medo de nada. Tudo era calmo, e, diante da minha visão, só restava aliar-me às conjecturas. Parecia ali, aquela nave adormecida, um gigante parado. De repente, sentei-me na base de uma de suas peças. Era uma placa reta do tamanho do meu corpo. Parecia um grande caixão cobrindo alguma peça quase no chão. E logo resolvi deitar-me sobre placa. Cheguei a observar o céu e até me aproximei das estrelas lá de cima. Espaço livre de grandes manobras. Depois de alguns minutos quase tudo parecia natural. Não foi surpresa quando percebi um pequenino sinal de luz em alguma parte daquele objeto, um som estranho, uma espécie de trepidação, zumbido, cheiros fortes. Era a nave que despertava. Vi certamente que aquilo iria se mover e sair de onde estava, mas não despertei-me do engastaiado em que estava. Com muita rapidez tudo se passava. Logo estava no ar com uma velocidade considerada. Pendurado mas abraçado aos ferros, alguma coisa se abriu e me engoliu visivelmente, lacrando-me em um compartimento existente, era um grande retângulo com uma janela de vidro. Um empuxo veio em seguida e, com ele, todas as adequadas transformações ambientais. Sentia um grande bem estar nesta hora e sabia que estava a caminho de uma situação surpresa em pleno espaço. Até o momento tudo era invisível. Percebi que estava acontecendo uma viagem. Irei para um outro planeta? Era uma silenciosa viagem confortável.<br />Horas depois, a descida, e já podia observar pelo vidro o esplendor de uma grande praia repleta de ondas brancas com muita névoa. Tudo meio esfumaçado. Descemos e, após uma grande curva chegamos ao chão. O caixão se abriu e uma espécie de humano apareceu do meu lado. Segurou na minha mão e saiu puxando para dentro de um prédio. No percurso, senti que dezenas de figuras humanas estavam trabalhando. Não via rosto nem detalhes de roupa. Também percebi que minhas pernas poderiam dobrar como as deles estranhamente, mas que eu poderia andar como eu era. E caminhei com o chefe, andando na frente seguindo-o. Andamos por muitos departamentos repletos de trabalhadores sem rosto, ou com rostos invisíveis sempre acompanhados de muita névoa. Também, percebi a familiaridade e naturalidade das pessoas, elas também me viam. Passei até a encarar como um ambiente neutro de minha vida. Até fui solto da mão do cicerone e procurei ambientação entre aqueles que ali estavam. Foram solícitos comigo e conversei bastante também. Enfim, percebi que tudo que sabia eles conheciam e que havia uma grande identificação entre todos. Eu é que me considerava diferente deles, mas eles eram diferentes de mim também, mas todos nós tínhamos os mesmos pensamentos, as mesmas preocupações, os mesmos gestos. Terminado o reconhecimento, dirigi-me para a nave sozinho e fazendo todo o percurso a pé, como antes, passando por dezenas de grupos em trabalho sobre mesas, e todos em pé, aproximando-se da nave, ingressei pelo mesmo compartimento sem que ninguém me perguntasse algo, fechou-se a porta e o aparelho iniciou a longa viajem de volta me deixando com o explícito sentimento de gratidão. Aquela experiência privilegiada de quem acredita em viajem fora do corpo.<br /><br />Não tem Preço<br /><br /><br /> Vale na profissão, quando valoriza-se o conhecer, o fazer e o viver pelos limites concretos de atuação. Foi com muita honra que em 1971 fui convidado, através do Diretório do Centro Acadêmico da Faculdade de Ciências Sociais e Filosofia da Universidade Federal do Ceará, a oferecer uma palestra a professores, estudantes e representantes do Curso de Jornalismo no Ceará, uma das primeiras turmas de jornalismo do Ceará, sobre os modernos conhecimentos da indústria gráfica daquela época adquiridos na Capital Federal, no Curso de Ciência da Comunicação e no Correio Braziliense; primeiro órgão de imprensa do Brasil, pioneiro no uso do sistema gráfico de composição a frio no Brasil.<br /> A exposição versou sobre novas técnicas de confecção de jornais; os “Jornais laboratórios e sua importância no aprendizado do futuro jornalista”. Com base nas disciplinas do Curso de Jornalismo do CEUB, e no Clube de Imprensa, vivenciado com experientes mestres da capital da República como os professores. Esaú de Carvalho, Hélio Beltrão, Zita de Andrade, Germano Galler, Antônio Honaiss, Walter Poyares, e muitos outros, me senti enquadrado nos respectivos enunciados. Era uma época onde só existia a linotipo. Ainda não se pensava no Ceará, em modernizar os sistemas gráficos, e se manuseava exclusivamente a composição “a quente”. A revolução gráfica era algo distante nos parques gráficos do Estado.<br /> Depois desse momento, tive a honra de receber os agradecimentos e, das mãos do jornalista e publicitário Chico Teóphilo, na época representante estudantil, documento referendado também pelo diretor da Faculdade, professor Faria Guilherme. Tudo isto representou, na ocasião, mais que a força de um ideal, o efetivo estímulo e o engajamento definitivo desse jovem estudante de Comunicação Social nas áreas em que eu pretendia desenvolver.<br />Ao regressar a Brasília naquele tempo fui para a Gráfica do Senado Federal, onde desempenhei atividades nas seções de fotolitografia, me tornando professor da Escola Gráfica do Senado Federal, depois de muito trabalho, fui me estabilizar no local para qual estudei, me preparei e almejei no jornalismo gramatical – a revisão gráfica. Lá trabalhei junto aos mestres da Gráfica do Senado Federal, como Florian Madruga, Gilberto, Adriano, Roberto, Juracy, Nagette Brandão, Ubirajara Faria, Helho, Filadelfo Azevedo, Graça e tantos outros, até o ano de 1980, quando regressei ao Ceará. Algum tempo depois, em contato com o jornalista e professor Geraldo Jesuíno e o diretor Anselmo Frazão, da Imprensa Universitária da UFC, na Universidade Federal do Ceará, tive a chance de ingressar na Imprensa Universitária, onde fui conduzido para o setor de revisão da Imprensa Universitária e em seguida, ex-ofício do então diretor Geraldo Jesuíno, à Editora da UFC, setor onde colaborei como assessor da direção e, em seguida, quando fui indicado pelo novo diretor, Luiz Falcão, como jornalista, Coordenador Editorial da Imprensa Universitária.<br /><br />Primeiros Caminhos<br /><br />AVENIDA DO IMPERADOR<br /><br /><br /> Ao receber alguns tostões do meu pai, dirigia‑me, vez por outra, sob seu olhar vigilante, à mercearia do “Seu Domingos” na esquina da rua Guilherme Rocha com a Av. do Imperador. No ano de 1953, comprava “peixinhos dourados”, os quais me davam grata satisfação. Primeiramente, de tê‑los comigo, depois contá‑los e separá‑los pelas suas cores para, em seguida, saboreá‑los um a um, sentado à porta da casa 772 da Av. do Imperador. Quando permanecia na casa dos meus pais, as empregadas Joventina e Luzia eram as primeiras a responder pelo zelo e os cuidados da criança. Quando em casa, me divertia em uns balanços montados no grande quintal. Admirava o Tinoco, um Dog alemão, o farfalhar das altas bananeiras; a Jupira, uma cachorrinha da vizinha que era vista de cima do muro, a graúna, meus brinquedos.<br /> O dia começava no parque montado no quintal, como chamavam as recém chegadas de Soure. Diziam que era para subir na corda, correr, balançar etc., e administrar o vai‑e‑vem de uma gangorra. (olha, esse menino!.. dizia minha mãe.) Caia‑se no chão, levantava‑se, balançava‑se, subia-se em pequena escada, e até rolava‑se na areia. Todas as ações tinham a ajuda delas, as “amas”. E como ninguém é de ferro, surgia o cansaço, bebia-se água e deitávamos na própria areia limpa trazida da praia. Que areia aconchegante! Elas também, quando se cansavam e suavam, deitavam‑se na areia e se sentiam bem à vontade. Sentavam‑se no parapeito, na areia, se deitavam no chão, e, de forma bastante relaxante, na intenção talvez de descansar. Com essa explicitude, esqueciam tudo e dava para perceber, pelas primeiras vezes, em cores e ao vivo, as partes antes cobertas e descobertas das bondosas caucaienses. O minititan, em franco desenvolvimento, ainda metabolizando o mingau, acabara, desta forma, naqueles mesmos dias, registrando de forma explícita, várias vezes, para sempre, o episódio histórico da revelação dos segredos naturais. Quanto riso! Na casa dos avós também havia novidades e muito se brincava. Foi onde vi a primeira coca‑cola. Podia‑se ficar na porta da rua, na janela da calçada e, de tarde brincar no quintal com as pedras brancas de cemitério, como chamavam, e, depois, passear na calçada em frente a porta da rua. Morava lá, também, uma empregada sisuda, que, além das tarefas, tomava conta de menino. Não era afeita a trabalhos domésticos e nem tomava conta de ninguém. Alta, morena, não fazia nada a gosto, mas recebia os encargos para aprender a cuidar de casa, lavar louças e cozinhar, e, se tempo tivesse, “prestar atenção” ao Roberto... “Presta atenção, esse menino...”, diziam. Fazia que estava sempre ocupada. Era sua forma de gerenciar às suas atividades, mas “tomar de conta” de criança, raramente. Não falava, gostava mesmo era de correr da porta da rua ao do fundo do quintal. Era engraçado e estimulante aquela atitude. Criança que ver outra correndo, quer correr. Gostava, entretanto, de esconderijos. Raramente a encontrava, pois difícil eram os seus caminhos e ligeiros os seus passos. De repente um aviso: tô aqui...! e a peregrinação iniciava‑se. Terminada aquela jornada, terminava o tempo a brincar. E, antes do cansaço, quase missão cumprida, era a vez do pequeno se esconder. Mas, é chegada a hora de outros afazeres, e neste instante há um chamado. Geralmente depois das correrias. O que fazer? Ela, com esportividade ainda dizia: vai te esconder que eu vou procurar. Parece que a missão de tomar conta da criança indicava a lógica conservadora do lema: “não saia de perto dele”. E, começava a correr e dar as últimas voltas, rodava a ponto de levantar a saia próximo àquela criança e ia para a cozinha enquanto dizia: nesse esconderijo ninguém te acha?!, e eu corria também. Lá chegando, ela cobria minha cabeça com sua saia. Um dia, demorei a correr novamente para a sala e resolveram investigar o silêncio pras bandas do quintal. Flagraram‑me debaixo dos panos, em pé, junto da pia, cara a cara com o da criatura lavando a louça da casa. Investiram contra mim, puxaram‑me, tentaram‑me arrancar a orelha, a goela, os cabelos, e botaram‑me de castigo; deram‑me uns safanões e disseram o diabo com a empregada.<br /> Lembrei‑me do Seu Zé da lenha. Era importante achar o que fazer naquele tempo e sublime era ter uma missão. Talvez a minha segunda atribuição na vida tenha sido esta. Quando a carroça daquele vendedor apontava na esquina, já os via, e, contente levantava‑me do chão e me dirigia à porta da rua; enchia os pulmões e gritava: "Vó... o home da lenha!?..." desta maneira, cumpria a nobre missão de comunicador, estilo grego, e garantia, vez por outra, a permanência responsável na calçada. A sua carroça continha lenha de sabiá, cortada em quatro. Era lenha boa, seca e vermelha, para fazer funcionar os fogões daquela época, quase no centro da cidade. Talvez, a lenha viesse ali das matas de Mondubim ou Aracapé, ou mesmo Soure, naqueles tempos matas cerradas. Observava atento o transporte até a cozinha. Em seguida a carroça ia para a casa vizinha, e assim por diante. Na casa do Dr. Arthur Chagas, ao lado, dentista dos mais velhos e conceituados na capital. Ali a compra de lenha era em quantidade. Lá vinha ele todo pronto, camisa branca, gravata, de suspensório com o relógio de algibeira todo cheio de autoridade em plena manhã de sol para pagar a lenha. Depois desse episódio estafante o menino logo era chamado para dentro de casa.AS CIRANDAS<br /><br /><br /> As novidades da época eram as estórias infantis, fábulas, contos, parlendas, piadas, brinquedos diversos; na casa dos meus pais e dos meus avós as brincadeiras em grupos, os passeios, cantigas de roda incentivadas pela família, tudo era para a criançada. Os primos e primas tinham presença certa, bem como meu irmão Ricardo nos primeiros momentos da vida sob os olhares de todos.<br /> Primeiro na Av. Tristão Gonçalves, onde, com quatro anos, freqüentava a residência dos avós paternos.... Eram poucos minutos e representavam larga tarefa. Lá vem a Francisca, empregada da casa. Unidunitê, salamêminguê, um sorvete colorê, o escolhido foi você. Ela recebia logo as ordens de nos entreter na calçada. Vão brincar: dizia a minha avó Otília. Sentados no fio de pedra ou mesmo paralelepípedo, pois naquele tempo tudo era pelo caminho mais comum. A Francisca, moça franzina, dos lados de Quixeramobim, terra dos meus avós, bem conhecida das cirandas sertanejas e muitas canções divertidas. Ela sempre iniciava as cantorias e nos indicava para falar, cantar e bater palmas. E começava... Eu sou pobre, pobre, pobre, de marré, marré, marré, Eu sou pobre, pobre, pobre, de marré, descí. Que coisa mais fantástica... ouvíamos aquilo e em côro, produzido por nós mesmos. E ainda mais que ela cantava uma, duas, três, quatro vezes a mais. Era uma espécie de recital minúsculo, mas ficou para a vida inteira. De repente a nossa animadora nos oferecia ainda boa quantidade de risadas do sol (boca de riso a ver todos os dentes) e dizia que tirassemos a roupa que agora é hora do banho.<br /><br /><br />Lunch fortalezense<br /><br /> Palavra moderna que só existia no sul do Brasil: surgia uma faustosa laranja que era descascada e repartida em gomos. Algumas vezes caia do céu da cozinha uma obra de arte, vindo talvez das lembranças da família portuguesa. Constava de duas fatias de pão, bife, acebolado e atomatado, a base de vinagre, açúcar, sal e manteiga, modéstia parte, feito no fogão de lenha da casa, em plena dez horas da manhã. Faz mais de 50 anos que eu como esse manjar ensinado pela tia Marla, uma tia legítima, que hoje faz manjares no ceu, e até hoje lhe agradeço a ela. Era a representação máxima de um quitute palaciano para calar a boca do Roberto. Depois o sono reparador que era entrecortado às vezes pela passagem de um dos modernos ônibus, ano de 1951, da empresa Otoch, ou um jipe willys 1951, ou até um belo studebacker ou plymouth a buzinar, como o do Zé Pereira filho do tio Antônio, como diziam, rico fazendeiro que morava na av. do Imperador. Às vezes, ouvia‑se na rua a pancada do cassetete no tablado de madeira do homem que vendia panelada à tarde – pããã...n e l a d... e figô. Eram duas horas da tarde. Ou o vendedor de cuscuz paulista. Tudo era encantado e sonoro. Tudo eu via e ouvia como num sonho. Era hora de ir para a calçada, tomava‑se banho e aquele aprontamento para calçar as butinas, e quando a sombra chegasse a passar do paralelepípedo, aí sim, podia‑se andar na calçada, mas, só na dimensão da nossa casa. Botavam uma cadeira pequena ou um banco e lá ficava a admirar os andantes que vinham da praça da lagoinha e os da Av. Duque de Caxias. Mais tarde, surgia a bendita tia Marlene e suas amigas. A Daurinha e a Eliete, por quem eu tinha verdadeira admiração e paixão (não raras vezes a imagem da segunda me deixava em estado catatônico, por ser alta, cor de canela, linda!). Talvez tenha sido esta imagem, da mulher que primeiro me fascinou, em matéria de beleza e corpo, pela caracteristica exótica da Eliete (elegante e silenciosa) e, por que não dizer pela escultura magra, lembrava as gregas estátuas feitas exclusivamente para serem admiradas. Tinha de conter, entretanto, a minha imaginação muitas vezes cheia de mirabolantes fantasias de criança. Era, pois, inexplicável uma criança possuir esses dons, ou arrufos, a capacidade e o interesse de análise sobre uma mulher, quanto mais, daquele tamanho fazendo um papel desses de tarado. Os motivos eram vários. Não ficava bem uma criança se manifestar. Era motivo de risos desordenados e farta gozação, para usar uma palavra que só se usava, exclusivamente naquele tempo, no sul do País. Gozação aqui no Ceará era, legitimamente, ainda, outra coisa bem diferente, reconhecia o primogênito.<br /> Outro acontecimento registrado foi a inauguração do 1º edifício de nove andares de Fortaleza, do Pimentel do álcool, na esquina das ruas Pedro I e Teresa Cristina, onde ainda hoje existe. Foi um acontecimento importante. Só para a inauguração desse prédio as mulheres chegavam de chapéu e os homens de paletó e gravata. A festa foi em alto estilo e todos participaram com muita alegria do surgimento do primeiro edifício residencial da cidade de Fortaleza. O Pimentel. E eu estava lá, pois, ao lado, na Imperador. Há 58 anos.<br /><br />50 ANOS NA AV. 13 DE MAIO<br /><br /> Depois da inauguração da Paróquia de Fátima, na Av. 13 de Maio, no ano de 1955, o bairro veio a ser cobiçado como promissor, e, em grau de importância, chegou a ser dito por muitos que seria o bairro do futuro, tão importante quanto a </span><a name="OP5_4kiiiVfy"></a><a name="S108_41licate2E"></a><span style="font-family:verdana;">Aldeota. Achavam que a cidade não tinha mais para onde crescer e que a imensa faixa de terra plana cheia de matas, principalmente do lado do sertão, onde tinha sítios de cajueiros e mangueiras, seria explorado. Quase tudo era mata do </span><a name="OP5_mGAC2XZB"></a><a name="S109"></a><span style="font-family:verdana;">Dumma. Casas bonitas foram feitas por engenheiros e arquitetos importantes como </span><a name="OP5_rQMTuXpB"></a><a name="S110_Regeu"></a><span style="font-family:verdana;">Ageu Romero e dezenas de outros. Residências foram sendo ocupadas por importantes e ricas famílias, donos de indústrias e casas de comércio no centro da cidade onde quase tudo era verde e com árvores cheia de passarinhos. Em lotes pequenos, a maioria construiu suas casas que chamavam modernamente de os novos </span><a name="OP5_rXJ2e0aE"></a><a name="S111"></a><span style="font-family:verdana;">bangalôs.</span><a name="S112"></a><br /><span style="font-family:verdana;"> A Av. 13 de Maio era o grande negócio imobiliário naquele momento e todos tinham visão </span><a name="OP5_0zfyc2aG"></a><a name="S113"></a><span style="font-family:verdana;">midiatizada, digamos, </span><a name="OP5_KC1Gj2gG"></a><a name="S114"></a><span style="font-family:verdana;">globalizada. A estrada do sol, ou Av. 13 de Maio começa na Visconde do Rio Branco e termina no trilho do Parque </span><a name="OP5_Fqmon3jG"></a><a name="S115"></a><span style="font-family:verdana;">Araxá. Para o nascente, a precária Pontes </span><a name="OP5_3bG7642H"></a><a name="S116_46rieira2E_Macieira2E_Praieira2E"></a><span style="font-family:verdana;">Vieira. </span><a name="OP5_daoe836H"></a><a name="S117"></a><span style="font-family:verdana;">Pequeninas casas, muito barro, calçamento e coqueiral; era só o que mais se via ali. Do lado contrário, ou seja, para o nascente, o final da Av. 13 de Maio e o início da estreita rua do Parque Araxá, também cheia de casinhas. Fátima surgia, então, como bairro dos novos ricos, com calçamento, iluminação, </span><a name="S118"></a><span style="font-family:verdana;">casas de sobrado por todos os lados e, uma larga perspectiva de crescimento. Uma das primeiras residências deste lado do bairro, ou seja, o da Paróquia de Fátima, foi uma casa </span><a name="OP5_kZs6481M"></a><a name="S119"></a><span style="font-family:verdana;">bangalô </span><a name="OP5_W0NZ784M"></a><a name="S120_construFFas_43onstruFFas"></a><span style="font-family:verdana;">construída há mais de 60 anos, distante um quarteirão e meio da Av. 13 de Maio para o lado do riacho do </span><a name="OP5_hRsP996N"></a><a name="S121"></a><span style="font-family:verdana;">Jardim América, no meio das matas, sem sistema de água, esgoto, ônibus, e nenhum comércio ou qualquer </span><a name="OP5_WI1GeacO"></a><a name="S122"></a><span style="font-family:verdana;">infra‑estrutura, por perto. Era na rua Pe. Leopoldo Fernandes em frente a nossa casa n. 168. Casa onde morava o seu Albertino e D. Suzete e filhos.<br /> A Paróquia de Fátima, certamente não há que negar, em nome do seu primeiro vigário, o padre Gerardo, foi a grande responsável pela sustentação e </span><a name="OP5_pOWSmejS"></a><a name="S126"></a><span style="font-family:verdana;">performance do bairro. Muitas reuniões foram feitas com os moradores e, vagarosamente, cumprindo o seu papel, a Igreja conseguiu cercar‑se de muitas famílias, ao mesmo tempo em que abraçava a todos em </span><a name="OP5_Ew3psgnT"></a><a name="S127_tamanco_tamanho_tampamo_tampado"></a><span style="font-family:verdana;">torno dela. Daí veio a consolidação do bairro de Fátima, mais </span><a name="OP5_geSchhfU"></a><a name="S128_5BorFFamentos2C_5BOrFFamentos2C"></a><span style="font-family:verdana;">loteamentos, novas ruas e tudo começou a mudar.<br /> Os primeiros divertimentos do bairro era o futebol que se jogava em frente a Igreja, onde se via os treinos do Fortaleza x Ceará, aos domingos e, eventualmente, quando não havia jogo, acampamento de ciganos nesse mesmo </span><a name="OP5_CmWp4kZX"></a><a name="S129_legal2E_Legal2E"></a><span style="font-family:verdana;">local. Diga‑se rapidamente, este local era uma espécie de imensa praia de areia limpa, talvez proveniente das enormes enchentes em tempos remotos, do caudaloso rio que corria ao longo da Av. Aguanambi, (hoje, o canal) </span><a name="OP5_PZ1Y5l3Z"></a><a name="S130_transformando"></a><span style="font-family:verdana;">transformando tudo em grande praia nessas imediações da avenida 13 de maio.. Hoje, o estuário desse rio é um canal de esgotos que corta a Av. 13 de Maio e é encaminhado para o </span><a name="OP5_8YG0mmj0"></a><a name="S131"></a><span style="font-family:verdana;">Lagamar, que desemboca no rio </span><a name="OP5_6ynx2nY1"></a><a name="S132_43oce_43ocei_43oces_43ocem_43oche"></a><span style="font-family:verdana;">Cocó e em seguida no mar. De </span><a name="OP5_vNE1dn91"></a><a name="S133_anojem_anojam_anotem_anotam"></a><span style="font-family:verdana;">ano em ano, também tínhamos as festas da paróquia, os leilões, as novenas aos domingos, alguns arriscavam sair de suas casas a dar pequenos passeios a ver distante alguns aviões na Base Aérea de Fortaleza, pois tudo era descampado e, quem sabe, para conhecer novos </span><a name="S134_rFFs2E_rFFs2E"></a><span style="font-family:verdana;">moradores.<br /> Havia um riacho que cortava as matas mais baixas da Av. 13 de Maio, era o Jardim América (este que hoje é o canal ao longo </span><a name="OP6_ZCwE6K1o"></a><a name="S135_Os_Oca_Ora_41na_41ba"></a><span style="font-family:verdana;">da Av. Eduardo </span><a name="OP6_rC4ydK8o"></a><a name="S136_GrFFo"></a><span style="font-family:verdana;">Girão), naquela época com milhares de peixes (corta todo o Bairro de </span><a name="OP6_5n4l4L2o"></a><a name="S137"></a><span style="font-family:verdana;">Fátima). Tudo era </span><a name="OP6_GrztaL9o"></a><a name="S138"></a><span style="font-family:verdana;">pitoresco e envolto em clima agradável, típico das </span><a name="OP6_wtTvpLmo"></a><a name="S139"></a><span style="font-family:verdana;">promissoras fazendas e </span><a name="OP6_Mah92LYp"></a><a name="S140_sitias2C_sities2C_Sitias2C"></a><span style="font-family:verdana;">sítios, como as que </span><a name="OP6_Pel98M5p"></a><a name="S141_Unhamos_tinha_Unha_tFFnhamos"></a><span style="font-family:verdana;">tínhamos </span><a name="OP6_OnqhbM8p"></a><a name="S142_prFFximas2E_presumas2E_prismas2E"></a><span style="font-family:verdana;">próximas. A do doutor </span><a name="OP6_IexaiMfp"></a><a name="S143"></a><span style="font-family:verdana;">Almendra, que ficava em frente ao 10° GAC, na Av. Luciano Carneiro, com criação de cavalos e gado leiteiro; a do doutor </span><a name="OP6_06a8rMoq"></a><a name="S144"></a><span style="font-family:verdana;">Agenor, com frutas diversas, onde é o Centro Educacional e a do doutor </span><a name="OP6_bS8VbN9r"></a><a name="S145"></a><span style="font-family:verdana;">Pergentino </span><a name="S146_Mais2C_Mala2C_Meia2C_Mera2C_mais2C"></a><span style="font-family:verdana;">Ferreira que se localizava exatamente onde hoje é o conjunto de prédios </span><a name="OP6_sFGC8O5s"></a><a name="S147"></a><span style="font-family:verdana;">residenciais Segredo de Fátima, nas proximidades da rodoviária – A casa sede desse sítio era muito grande e </span><a name="OP6_GvMrbP6s"></a><a name="S148_tacada_tapada_tarada_tarda_taxada"></a><span style="font-family:verdana;">toda cercada de alpendres, cujas colunas lembravam as curvas em meia lua do Palácio da Alvorada, na Capital Federal. Tudo se via de longe: a lagoa, os currais, as plantações, toda a bela imagem da fazenda do doutor Pergentino</span><a name="OP6_b9v3jQfu"></a><a name="S149_Mais2E_Mala2E_Meia2E_Mera2E_mais2E"></a><span style="font-family:verdana;"> Ferreira. Quem olhasse para direita ao ingressar na estrada rumo a Messejana, via‑se a paisagem. Lá se criavam também gansos enormes, que, em conjunto, faziam um barulho infernal para afugentar estranhos quando se faziam </span><a name="OP6_czGz1TZx"></a><a name="S150"></a><span style="font-family:verdana;">presentes </span><a name="S151"></a><span style="font-family:verdana;">no local.<br /> A empresa de ônibus que servia o bairro ajudou muito também, uma vez que nem todos dispunham de carro próprio. A maioria, no início, não tinha carros e ia para o centro de ônibus. Muitos ainda não eram empresários importantes, mas com o tempo se tornaram pessoas muito conhecidas da sociedade como donos de lojas e casas comerciais famosas da Praça do </span><a name="OP6_sPIKsWoA"></a><a name="S152"></a><span style="font-family:verdana;">Ferreira. Os ônibus da empresa Pedreira eram poucos e estilo calhambeque; demoravam a passar porque tinham que andar devagar pelos buracos do calçamento da Av. 13 de Maio, paradas constantes e nenhuma empresa para competir. Dentro dos ônibus cheios, constantemente, era um </span><a name="OP6_ZdTcrZnC"></a><a name="S153"></a><span style="font-family:verdana;">sufoco, como diziam. Para descer numa parada de ônibus, alguém puxava a famosa </span><a name="OP6_63K0oZlD"></a><a name="S154"></a><span style="font-family:verdana;">“cordinha lateral” que acionava do lado do motorista; era nada mais e nada menos que um pequeno chocalho de cabra, naturalmente para fazer um barulho estranho ao ambiente, mais alto que a trepidação enorme que esse </span><a name="OP6_InEn32ZF"></a><a name="S155"></a><span style="font-family:verdana;">imenso veículo proporcionava.<br /> Era comum, para as pessoas que moravam para o lado da Igreja, andarem a pé, de suas casas, para apanharem o ônibus na Av. 13 de Maio. Este só passava de duas em duas horas, às vezes até mais de duas, por isso, sempre tinha alguém esperando numa esquina da avenida, e este, a todo instante olhava sempre para ver quando o veículo apontava distante. Quando longe ele surgia, inconfundível, aí se ouviam os gritos para </span><a name="OP6_Jxwth6dJ"></a><a name="S156"></a><span style="font-family:verdana;">alertar a quem </span><a name="OP6_lzytl6iJ"></a><a name="S157"></a><span style="font-family:verdana;">estivesse no meio do </span><a name="OP6_yyLCs6pK"></a><a name="S158"></a><span style="font-family:verdana;">quarteirão a caminho do ponto: corre...?! Lá vem um ônibus... A pessoa às vezes encontrava‑se distante um quarteirão e saía em disparada para não ficar esperando pelo outro veículo com destino a Praça do </span><a name="OP6_9XpR18YM"></a><a name="S159"></a><span style="font-family:verdana;">Ferreira. Muito tempo depois surgiram os </span><a name="OP6_tU7Uf8cM"></a><a name="S160"></a><span style="font-family:verdana;">microônibus da empresa São José de </span><a name="OP6_3ZkUo8lM"></a><a name="S161"></a><span style="font-family:verdana;">Ribamar com nome de Bairro de Fátima e circulava entre as ruas do bairro. A partir daí, ficou mais fácil chegar na Praça Coração de Jesus, local onde esses veículos deixavam todos os passageiros, de lá retornando para a Av. 13 de Maio.<br /> O primeiro bar com três ou quatro cadeiras na calçada foi um sucesso enorme. Muitos imaginaram logo que outros fariam o mesmo, transformando a avenida e implantando de vez o estilo americanizado no bairro. Chamava‑se Ponto Quente, na esquina da Av. 13 de Maio com a rua </span><a name="OP6_7BHE1eYS"></a><a name="S162"></a><span style="font-family:verdana;">Napoleão </span><a name="OP6_bEVy4e1S"></a><a name="S163"></a><span style="font-family:verdana;">Laureano, onde hoje é o </span><a name="OP6_0EfzceaS"></a><a name="S164"></a><span style="font-family:verdana;">Mercadinho </span><a name="OP6_IEHzgebS"></a><a name="S165_N41S2E_NOS2E_NUS2E_NFFS2E"></a><span style="font-family:verdana;">Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (fechado). Pela primeira vez, fora do centro da cidade, podíamos comer </span><a name="OP6_OrBndfaS"></a><a name="S166_sanduFFche_SanduFFche"></a><span style="font-family:verdana;">sanduíche </span><a name="OP6_5tvngfcS"></a><a name="S167_to"></a><span style="font-family:verdana;">mixto quente com coca-cola ou cachorro quente, únicas novidades extras existente em toda a extensão da avenida 13 de maio. O primeiro local </span><a name="S169_chie_chio_43hie_43hio_chFFo"></a><span style="font-family:verdana;">chic que serviu para encontros sociais no Bairro de Fátima foi lá, no Ponto Quente, muito tempo depois surgiu o clube </span><a name="OP6_lTQOghcV"></a><a name="S170"></a><span style="font-family:verdana;">S.B.F., típico da Av. 13 de Maio ou da Sociedade do Bairro de Fátima, onde o Sr. Eduardo e o Sr. </span><a name="OP6_XHNKeibW"></a><a name="S171"></a><span style="font-family:verdana;">Cajazeiras foram, com certeza, um dos cinco diretores mais empreendedores. Ali nasceu a felicidade de muitos casais do bairro, pois foi onde desfilou as deusas que as mães guardavam em casa. Todo fim de semana se podia dançar, jogar voleibol, futebol, e divertir‑se próximo de casa. Lá conhecemos as mais lindas mulheres da região. Era um centro social de muitas atividades, onde reunia em grandes eventos os mais conhecidos jovens não só da localidade, mas de outros bairros próximos, desde a av. Lauro Maia até a avenida Visconde do Rio Branco. Quem freqüentava a </span><a name="OP6_9WhRal6Z"></a><a name="S172"></a><span style="font-family:verdana;">S.B.F, incluía‑se no roteiro dos grandes </span><a name="S173"></a><span style="font-family:verdana;">eventos. Passaram por lá os mais importantes conjuntos e bandas do Nordeste, como </span><a name="OP6_OCLxtnp1"></a><a name="S176"></a><span style="font-family:verdana;">Alberto Mota e seu conjunto, Os Brasas, </span><a name="OP6_Un6jbo71"></a><a name="S177"></a><span style="font-family:verdana;">Ivonildo e seu conjunto, Canhoto e seu conjunto, Os </span><a name="OP6_Opcmrop1"></a><a name="S178_treme_tremem7E_tremenda_tremendas"></a><span style="font-family:verdana;">Tremendões e mais outros de destaque que eram conhecidos no Nordeste. Muitos rapazes e moças tinham como certa essa trajetória</span><a name="S181"></a><a name="S182"></a><span style="font-family:verdana;"> da Av. 13 de Maio, mas de toda Fortaleza. O clube </span><a name="OP7_eaLhmKko"></a><a name="S191"></a><span style="font-family:verdana;">Maguary oferecia eventos maiores e festas mais importantes; era comum sair do </span><a name="OP7_D6Yf4M1q"></a><a name="S192"></a><span style="font-family:verdana;">Maguary e terminar a festa na </span><a name="OP7_q51diMdq"></a><a name="S193"></a><span style="font-family:verdana;">S.B.F ou </span><a name="OP7_93p5lMkq"></a><a name="S194"></a><span style="font-family:verdana;">vice‑versa. Muitos rapazes e moças tinham como certa esta trajetória nos finais de semana. Naquele tempo, não existia os </span><a name="OP7_y2Y3eOas"></a><a name="S195"></a><span style="font-family:verdana;">Chicos do </span><a name="OP7_h18ciOis"></a><a name="S196_caranguejo2E_43aranguejo2E"></a><span style="font-family:verdana;">Caranguejo. E as músicas mais badaladas eram: “Há um alguém..., </span><a name="S197"></a><span style="font-family:verdana;">na multidão... </span><a name="S198"></a><span style="font-family:verdana;">que vai lhe adorar...</span><a name="OP7_ssv9iQct"></a><a name="S199"></a><span style="font-family:verdana;">, com devoção..., ou, “Moon </span><a name="OP7_AXTZ7Q3u"></a><a name="S200_RI_R_Ri_44ivergi_44iverge"></a><span style="font-family:verdana;">River”..., </span><a name="OP7_PXR8aQ7u"></a><a name="S201"></a><span style="font-family:verdana;">“Bobby </span><a name="OP7_jXfZdQdu"></a><a name="S202"></a><span style="font-family:verdana;">Sollo”, “Nico </span><a name="OP7_KY31jQgu"></a><a name="S203"></a><span style="font-family:verdana;">Fidenco”, </span><a name="OP7_uYbZnQmu"></a><a name="S204"></a><span style="font-family:verdana;">“Domenico”, “Tequila”, “Caramelito”, Mambo Cubano”, “Mambo Jambo”, “Sumer Holliday”, “Volare”, “Not for Sale”, “The Pop’s”, “The Platters” e por que não </span><a name="OP7_EXNY4R1v"></a><a name="S205"></a><span style="font-family:verdana;">Ivonildo e seu conjunto ou um dos maiores sucessos do mundo, “The Great: </span><a name="OP7_qVr57S5w"></a><a name="S206_preteria5E_Preteria5E_pretendente"></a><span style="font-family:verdana;">pretendet” ou mesmo “The Mamas </span><a name="OP7_9UsXmSiw"></a><a name="S207_anel"></a><span style="font-family:verdana;">and Papas”; assim, os mais </span><a name="OP7_DSLV4T2x"></a><a name="S208_alumiados"></a><span style="font-family:verdana;">alucinados jovens dançarinos, pode-se dizer, nunca deixavam de ver nos olhos das suas garotas que se transformavam em (verdadeiras compotas de lágrimas), quando tocava uma das músicas mais </span><a name="OP7_gQk1hVhz"></a><a name="S209"></a><span style="font-family:verdana;">contagiantes como “coruja”, imagine, </span><a name="OP7_BQo04W2A"></a><a name="S210"></a><span style="font-family:verdana;">“coruja... “você agindo assim só vai sofrer, pois chegará o dia em que ninguém vai perceber, existe uma coruja no lugar..</span><a name="OP7_LgOVpYjB"></a><a name="S211"></a><span style="font-family:verdana;">. coruja...”. E para os mais bregas, Paulo Sérgio, com a Última Canção... ou quem não se </span><a name="OP7_fKdMuYsC"></a><a name="S212"></a><span style="font-family:verdana;">deliciou ouvindo ou cantando... “Quero que você... me aqueça nesse inverno, e que tudo mais vá pró Inferno...<br /> A praia do futuro era o maior deserto que conhecíamos em Fortaleza. (Nossa turma da 13 vivia lá também). Havia as </span><a name="OP7_aGGHb29G"></a><a name="S213"></a><span style="font-family:verdana;">luaradas, para quem desejava um piquenique a noite na praia, com todo mundo “arrumado”, digamos assim. Eram feitos encontros na beira mar, ou outra praia qualquer, onde se levava um grupo de amigos com as namoradas para sentar na areia. Tomava‑se </span><a name="OP7_DzAB460K"></a><a name="S214_drena_drenam_drenar_drenas_drene"></a><span style="font-family:verdana;">drink </span><a name="OP7_8z0I662K"></a><a name="S215_a_FFrea2E2E_arca2E2E_ares2E2E"></a><span style="font-family:verdana;">drea.. trazidos de casa, gelado, (uma das mães teria de ser portadora desse ideal sonífero) e comia‑se um sanduíche caseiro, (pão de forma - com o tradicional corte das partes queimadas e recheio de presunto enlatado) geralmente preparado, trambém, por uma das mães das meninas, ou a mais prendada, digamos assim.<br /> As ruas mais agitadas naquele tempo da “bossa nova”, na Av. 13 de Maio eram a Saldanha Marinho, a Pe. Leopoldo Fernandes e Napoleão Nureano, Mário Mamede e outras, onde havia maior permanência de jovens festeiros. Todas bem próximas da Igreja de Fátima, nosso centro religioso e cultural ao mesmo tempo.<br />Um dia chegou o twist e os namorados da Vanessa e Vládia, filhas do Sr. Mancito, (moravam na rua Pe. Leopoldo Fernandes) foram os lançadores dessa música aqui no bairro. Foi qualquer coisa assustadora para todos, pois não se conhecia esse jeito descontraído de dançar. Um sucesso garantido durante noites e noites seguidas aqueles dançarinos modernos que mostravam um estilo americanizado de dançar. Os mais beneficiados com tudo isso foi a nossa turma festeira, composta pela Aíla e a Ângela, a Glória, Medina, a Ana Célia e a Célia Sá, além da Glória Pordeus, o Cláudio, o Gerardo e Glória, sua irmã e os meus irmãos. A proporção que outras ruas iam tomando conhecimento vinham se aproximando dessa casa. Era uma música de som alto e todos se arrepiavam estranhamente pelo desprendimento e desinibição daqueles que sabiam dançar música americana. Vinham pessoas de todos os lugares de Fortaleza. Todo bairro ficou cotaminado. Queriam ver como funcionava a nova moda. Muitos ficavam de olho durante a semana para saber onde era a “tertúlia” do sábado, com certeza, tinha que ter twist para dançar, e certa seria a presença das “turmas”, primeiramente na residência da festinha, depois o clube da S.B.F seguido do Maguary. Não se deixava por menos. Festa era o que não faltava mais. Muitas vezes íamos duas, três e até quatro tertúlias nos fins de semana, mesmo porque na própria festinha tomava-se conhecimento de outra nas redondezas. </span><span style="font-family:verdana;">Onde tivesse chance de dançar twist, todos queriam ir. Era comum nas casas de família, ser servido o famoso punch de maçã, alguma mistura próxima de maçã picadinha, cachaça, água, açúcar e vinho para dar cor. Esse líquido geralmente ficava em um grande depósito em cima da mesa da sala, junto com os copos para ser servido à vontade pelos participantes. Essa era a “bomba atômica” que todos tomavam como cortesia da chic residência para encorajar e alegrar os participantes. Era um grande depósito transparente cheio daquele tônico, com os pedaços de maçã flutuando. Naquele tempo, ainda existia a concepção da inibição e os casais gostavam de algo relaxante para “criar coragem”. Nem que no outro dia sua cabeça sentisse que ia estourar. Nas casas mais sofisticadas servia-se sanduíche em pão de forma, elegantemente, cortado nas laterais, com pasta apresuntada e cortado ao meio, mas, feliz aquele que tomasse um copo de coca-cola só oferecido aos íntimos.<br /> Assim era a Av. 13 de Maio. O comércio se restringia a pequenas mercearias. Não tinha nenhum comércio além das mercearias. As maiores foram a do Simeão e Pontista. Tudo era no centro da cidade. Lembro de um dia, reunidos no casarão do meu amigo poeta, o Dr. Mamede Cirino Jucá, um dos fundadores da Faculdade de Odontologia de Fortaleza, pessoa bem relacionada e cheia de valores, resolvemos comprar uma garrafa de uísque para uma comemoração. A angélica, nossa grande mediadora, facilitou a aquisição de uma garrafa de uisque. O Rogério teve de ir ao centro da cidade de bicicleta, para trazer aquela garrafa, pois era impossível alguém vender este produto aqui na Av. 13 de Maio.<br />Um acontecimento marcante foi quando inauguraram a Panificadora Central, local ocupado hoje pelo Habbib’s. Tempos depois, vieram umas poucas casas de comércio, sorveterias, depois outras melhores e hoje a Av. 13 de Maio ainda é aquela avenida que guarda além da esperança, os mesmos estilos, mas nunca deixou de pensar, certamente, o melhor bairro de Fortaleza.<br /><br />NAS MATAS DO DUMMA: PRIMEIROS TEMPOS<br /><br /><br />As manhãs eram convidativas a longas caminhadas. O sol radiante às primeiras horas do dia despontava sempre aos domingos em meio ao silêncio das ruas e dos campos verdes, com suas trilhas para todos os lados. As tarefas, entretanto, acompanhavam os minutos das horas como que existisse o túnel do tempo. Quanto mais distraído ficássemos dos afazeres, dos estudos, mais se percebia o silêncio do domingo. De repente, o canto sereno de um pássaro ao longe. Quase avisando a calmaria existente na região. Distante, um cachorro latia; lá em cima, vez por outra, um teco-teco corta os céus, sempre no mesmo sentido, talvez anunciando as reuniões matinais no aeroclube de Fortaleza. Se fosse inverno, a hora era sempre a mesma, parece que não mudava, e ficávamos como debaixo de um grande véu branco a cobrir os moradores de Fátima, e juntavam‑se a nós os trovões próximos e longínquos, em pancadas surdas, como se fossem das bandas de Maranguape. O clima era com ventos, cheiro de mato; à noite, suave brisa. Não havia prédios, asfalto. Havia densas matas, lagoas, açude e um longo riacho.<br /> Assim, a olhos vistos, a rotina do silêncio e a paz em que vivíamos. Um reboliço na rua, no portão; alguém em cima de um cavalo enxotando quatro vacas leiteiras que andam pastando na Pe. Leopoldo Fernandes. De quando em quando éramos surpreendidos com um bezerro berrando parado no portão de nossa casa ou patas e galinhas com suas crias no meio da rua.<br />Aos sábados era comum a arrumação da casa. Encerava-se os mosaicos com cera cachopa e passava-se enceradeira. Se estivesse faltando energia passava-se o escovão.<br /> Mais tarde, ou no domingo, vozes altas na sala. Não podia ser vizinho, pois ninguém se atrevia ir em outra casa; muito menos fazer visitas. Só familiares eram capazes disso. Palmas no portão, enfim, conhecidos, visita chegando... era o Seu Pedro de Lima Ferreira, pai do meu pai, de paletó branco e gravata em plena manhã. Outras vezes vinha a dona Otília, a avó, mãe do meu pai e a Aldanila, tia. Nos semblantes via‑se o prazer de estarem sendo recebidos na nova e promissora residência.<br /> Um dia resolveram fazer pequena reunião no meu aniversário. Recebi da minha avó um dos melhores presentes – um saco pesado, de pano, cheio de moedas variadas – não pude deixar de me sentir feito na vida. Achava que o valor contido naquele saco nunca mais me deixaria sem dinheiro. Muitas conversas, reconhecimento dos compartimentos da casa, admiração em tudo que se via, cheiro de bolo no ar e o anúncio para as crianças da melhor coisa melhor do mundo, pastéis com guaraná. Um fato serviu também para registrar aquele dia: ao ir no banheiro da casa, pela primeira vez, o Pedro de Lima teria ficado trancado na hora do almoço pelo emperramento da porta. Meu pai providenciara os recursos para a solução do ocorrido, como lembra o meu irmão Ricardo, que o ajudou nessa operação, pois tiveram que arrancar a porta para o homem poder sair. Falam todos ao mesmo tempo em mistura de cumprimentos, abraços e alegria. Meus avós desejavam logo tomar um copo com água para matar a sede e provar a água da cacimba; um tipo de costume que se transformava em um verdadeiro batizado; achavam‑na diferente, certamente, da água do açude Acarape, abastecedor do centro da cidade de Fortaleza naquela época. Nem pensar em garrafão de água Indaiá.<br /> Milho verde na panela, piqui descaroçado, cheiro de coentro no ar, galinha na panela; eram as primeiras iguarias a serem notadas na cozinha pelos visitantes. De repente, estavam no quintal para ver onde seria construído o futuro galinheiro e efetivada a plantação de caju, cajarana, goiaba, banana e manga, nas quais meu pai falava. Algum tempo, depois de plantadas, viraram mesmo árvores, e deram frutos que nos alimentaram durante anos.<br /> De outra vez chegara em nossa casa, vindos da rua do Imperador, cedo da manhã, o meu avô Raimundo Pontes, a minha avó Eva e uma tia, a Marlene. Aos domingos gostavam de ir conferir as novidades do bairro distante do centro, a Av. 13 de Maio, ainda cheio da alma sertaneja. Neste dia tínhamos, eu e meu irmão Ricardo, as caminhadas garantidas para a Fazenda Canadá, do Pergentino Ferreira. Ah... velhos mangueirais, estrada das charretes... cheiro de terra molhada... e o chaqualhar das águas nas grandes pedras escuras da barragem do velho açude do Pergentino Ferreira, exatamente onde hoje fica o conjunto residencial Recanto das Acácias. Em casa, a primeira providência da minha mãe era autorizar a empregada a dar continuidade aos preparativos do dia para o bom recebimento da importante comitiva. Providenciava‑se o abate de duas galinhas gordas, a confecção do almoço com verduras, macarrão, doce de goiaba e, certamente tapioca com café para às 15 horas. Meu pai desentocava uma garrafa de frisante e ouvia na sua velha pick-up. Para nós, refresco de limão à evitar gripes. Ordens à empregada a não esquecer de varrer o quintal e o cimento (área lateral e frente da nossa casa), e, “aguar” as plantas.<br /> Meu pai não podia deixar de armar no alpendre da casa uma alva rede de tear. Pesadas cadeiras de balanço do outro lado do alpendre servem para a animada conversação a esperar o almoço. Antes dessa ocasião, umas borrifadas de flit no ar e nos cantos da sala, para “espantar” as moscas. Naquele tempo, quase tudo eram matas e de lá vinham os insetos para as residências. Todos são indicados a lavar as mãos, e em seguida, atender as palmas que sinalizavam mesa posta. Meu pai sempre na cabeceira principal, num verdadeiro ritual. Ele era o primeiro a sentar‑se, seguido de minha mãe e os filhos. Os familiares se defrontavam com aquele momento formal, mas já conheciam o ritmo meio inglês do dono da casa que tudo fazia exemplarmente.<br /> Os pratos eram emborcados para não serem tocados por nenhuma mosca, os guardanapos brancos ficavam sempre do lado, junto com o copo e talheres. Alguém era convocado para antes das refeições, ficar bailando ou aerobicamente movimentando um guardanapo pra lá e pra cá dissipando o flit e um e outro inseto que porventura resistisse.<br /> Primeiro vinha um molho, com algumas pimentas de cheiro em caldo de feijão, depois o primeiro prato; salada de verduras, seguido de outros. Meu pai servia-se primeiro, servia a minha mãe e em seguida todos faziam o mesmo. O silêncio tomava conta aparentemente, pois nos indicavam, às crianças, que ao comer não se devia falar. Não podia‑se dispensar, no final das refeições, neste dia, bananas e compota especial de goiabas em calda ou doce de leite feito em casa, seguido de um bom copo com água gelada em nossa frigidaire. Água da cacimba (filtrada). No período da tarde, os visitantes ainda conversavam demoradamente, e em seguida, se preparavam para providenciar o retorno à Av. do Imperador.<br /> Fim de semana as tarefas da minha mãe aumentavam. Depois da semana de trabalho no Centro de Saúde é natural descansar, mas ela nos mostrava o contrário. Muito trabalho e envolvimento com as arrumações e preparativos também para a semana seguinte.<br /> Tudo voltava ao normal, e como àquelas manhãs e tardes nunca mais. À noitinha minha mãe nos chamava para tomar àquela deliciosa sopa, seguida de café com leite e pão. As cadeiras iam para a calçada pelas mãos das empregadas e todos ficavam a ver o pouco movimento na calçada. Era hora de colocar flit de novo, nos quartos, antes das muriçocas ingressarem nos quartos. Na calçada se pronunciava um cumprimento sonoro e uníssono, “boa noite”, para todos que passassem. Os raros passantes tinham o hábito de cumprimentar e, com certeza, à aproximação de alguém, todos ficávamos aguardando a sua passagem para responder, em coro, o cordial “boa noite”. Às 20 horas era a hora de recolher as cadeiras, botar o cadeado no portão, fechar as portas da frente e do quintal e, as janelas basculantes, soltar a cachorra “duquesa” e ir dormir ao som dos sapos e grilos lá de fora, como se fosse numa grande fazenda. Não existia o luxo da televisão, não havia movimento de carros, buzina.<br /> Enquanto minha mãe pacientemente embalava em rede a irmã mais velha cantava suavemente: “A Treze de Maio, na cova da Iria, no céu aparece a Virgem Maria...” Meu pai, na sala às vezes sentava com ela, sobre o seu peito esperando, após lhe dar a mamadeira, que ela desse o bom sinal de digestão, enquanto ouvia valsas vienenses, e acariciava as suas costas.<br /> Noutros tempos veio a televisão, mais adiante, a grande novidade: aquisição de um jipe wills 1957. Algo fantástico que iria transformar o comportamento de todos nós. Muitas pequenas viagens fizemos em forma de piquenique. Ao Acarape, Aquiraz, Messejana, Caucaia, Prainha, Maranguape, Guaiúba. Mas de tempos em tempos, íamos para a Villa Cazumba, na dona Laura, sítio próximo da Casa de José de Alencar. Era um paraíso de fruteiras e muito espaço para andar e pescar. Certa vez, quando íamos passando na estrada, lá em Mecejana, meu pai dizia, fazendo referência a uma bela residência no meio daquelas matas. Era uma casa onde estacionavam alguns carros do lado de fora e lá de dentro se via sair muita fumaça: Ele dizia como se o dono daquela casa fosse seu amigo: Epa! Hoje é Domingo, dia de assar carne no sítio Senador, pai do Tasso Jereissati, Carlos Jereissati. Naquele tempo em Fortaleza, fazer churrasco em grande estilo, em casa de campo, era prática exclusiva dos abastados.<br /> Veio o tempo das bicicletas e fui presenteado com uma importada Merckswiss equipada de apetrechos. A partir daí, conheci todos os recantos da Av. 13 de Maio, juntamente com colegas e irmãos a integrar grupos de ciclistas do bairro. Tive, por assim dizer, uma espécie de primeira maioridade com sucesso garantido, por ter conseguido cedo este fabuloso meio de emancipação. A minha vida foi acelerada em todos os sentidos e, a partir daí, adquiri experiência e sucesso em tudo que fazia. Foi para mim uma grande conquista, ir para o Liceu do Ceará, durante anos no meu próprio meio de transporte.<br /><br /><br />FÁTIMA - Bairro Abençoado<br /><br /><br />Ele nasceu, quem sabe, de um fio de estrada que existia antes da cidade de Fortaleza propriamente dita, ligando o nascente ao poente; nasceu dos ventos uivantes das matas, do cheiro de água doce dos riachos existentes; ela nasceu, talvez, do farfalhar das bananeirais, da fértil sombra tênue dos milhares de coqueiros da região. Nasceu certamente com o grito dos índios canoeiros e no silêncio deles caçando onça pintada, ou pescando, na época em que os curumins se misturavam e se abandoavam aos passarinhos.<br /> No verde da selva baixa das matas que seguiam para a foz distante do rio Cocó, eis que surge a esperança de uma estrada que daria o nome a um bairro chamado Fátima. Como predestinada a ser a florescente região abençoada pelas bênçãos de uma santa, na certa quando tudo indicava a transformação de todos os riachos, lagoas, açudes, alagados e matas, neste imenso cenário residencial e comercial, nasce uma longa estrada que em breve ganharia o nome de Av. 13 de Maio. Era uma longa artéria aberta no meio da mata sem fim. E tudo passou tão ligeiro... até que vieram os novos ocupantes cheios de documentos das terras prometidas; os posseiros, depois, os coronéis. Eram as matas do Dumma, rasgada que estava pela nesga gigante, futura estrada do sol, via de principal acesso aos futuros aglomerados civilizados. Com ela, veio as criações de gado, os grandes pastos; os arrozais dos alagados, (Aguananbi e contorno) as plantações de milho e mandioca. Eram os novos ocupantes, os fazendeiros que moravam na cidade e no campo, ao mesmo tempo em suas belas mansões ou casas de fazenda onde abrigavam as suas famílias. O acesso para suas fazendas então se dava por esta via que, por causa do ambiente promissor passara a se chamar Bom Futuro.<br /> E logo, vieram as denominações para esta estrada que também se chamara do Sol. Tudo o que transitava por ela vinha da estrada do gado ou estrada de Mecejana, estrada viscinal às três fazendas da localidade. Consolidava-se aquela que cortava os extremos da cidade de uma ponta a outra ligando o outro lado da cidade às ruas centrais da Cidade de Fortaleza. Tudo era o começo da Av. 13 de Maio, sob os olhares atentos de alguns moradores e ocupantes das terras do doutor Pergentino, doutor Almendra e doutor Aldenor, assistida que foi pela presença de muitas outras casas e algumas aglomerações. E quem passava por ela, depois chamada a Flor do Prado, podia ver de uma ponta a outra as muitas residências do bairro Prado, futuro Benfica, do outro, casas e chácaras – bairro Vermelho – futuro Atapu.<br /> A primeira fazenda, confrontando com o início da estrada do sol, localizava-se no alto onde hoje é o conjunto residencial Segredo de Fátima, de onde se tinha deslumbrante vista do açude da sede da fazenda e dos alagados que ficavam desde a proximidades da fazenda aos extremos da Aguanambi, e que bem se identificava como um imenso pântano. A segunda ficava nas imediações do Centro Educacional, onde hoje ainda existem várias mangueiras centenárias que ficaram, ainda, no final da rua Napoleão Laureano. E a terceira, mantinha a sua sede da fazenda em frente onde hoje é o 10° GAC, na Av. Luciano Carneiro. Casarão bem construído, cheio de áreas cobertas livres e quase toda alpendrada e edificada com as paredes cobertas de pedra lapidada, onde fica hoje a sede da Editora FTD, na Luciano Carneiro. As fazendas possuíam muitas criações e cultivo de frutas e verduras. Eram residências fartas, sempre festivas e concorridas, além de bastante visitadas pelos amigos dos que ali moravam. As festas eram animadas com muitos folguedos e nunca se deixava de perceber muita gente em São João, Natal e Ano Novo, feriados, carnaval e aniversários. Não posso esquecer que na sede da fazenda do doutor Pergentino existia um bando de quarenta, cinqüenta ou mais gansos pretos e brancos, que nunca se cansavam de andar para todos os lados como que mesmo vigiando os quatro cantos da casa dos lados de fora. Quando algum estranho aparecia, mesmo que fosse passante, eles corriam atrás ferozmente e atacavam com bicadas e quachás ensurdecedores. As charretes, os carros, cavalos e passantes teriam de andar sempre devagar para não chamar atenção dessas aves. Na fazenda-sítio do doutor Almendra havia criação de cavalos, charretes e muitas fruteiras; na outra, imperava a criação de gado leiteiro, e o leite sempre era vendido para muitas residências nessa Av. 13 de Maio até alguns anos atrás.<br /> Veio o calçamento da Av. 13 de Maio, feito com pedras toscas de rio e a doação do terreno para ser edificada a Paróquia de Fátima pelo doutor Pergentino Ferreira e esposa. O calçamento da Av. 13 de Maio era feito de pedras tão pontiagudas e mal distribuídas que, o carro que passasse por ela, tinha que desenvolver o mínimo de velocidade, pois se acelerasse, esse carro no mesmo dia estaria precisando de consertos. Longe da Av. 13 de Maio, em outros bairros, muitos diziam, quando avistavam um local cheio de buracos, "parece o calçamento da Av. 13 de Maio". Com a Igreja de Fátima, veio a venda de mais lotes de terra e a abertura de muitas ruas. A via de acesso se tornou importante e alguns começaram a comprar lotes ao longo da avenida e nas laterais extremas direita e esquerda, isto é, para o lado do sertão e para o lado do centro da cidade. No Início, poucos desejavam ter a sua residência em local tão distante do centro da cidade, pois Fortaleza tinha poucos bairros ainda, e tudo centralizava-se na Praça do Ferreira. Era preciso ser um visionário para almejar bom futuro para o bairro que ensaiava ser somente para os abastados e pessoas de alto nível.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"> Surgiu a idéia de centenas de pessoas que a data 13 de maio era importante e referia-se a Nossa Senhora de Fátima, pois que deveria ser construída uma Igreja, sem dúvidas em homenagem a Nossa Senhora de Fátima. Logo, passaram a examinar este projeto com carinho; contrataram arquitetos e, em 1955, fizeram a inauguração com a imagem da Virgem de Fátima, que veio direto de Portugal especialmente para a festa. Na inauguração da Igreja houve um fato inusitado: na ocasião das falas pela inauguração, o palanque estava cheio demais e proibiram qualquer pessoa subir. Só que os grandes benfeitores – Dr. Pergentino Ferreira e esposa ainda não tinham chegado para a festa – e ao chegarem não havia mais lugar, pois a multidão era grande. Resolveram ficar parados e assistiram tudo muito tristes a boa distância do palanque. Alguém os viu e certamente foram chamar o casal, pois eles deveriam estar no palanque. Logo perceberam a indelicadeza de não guardarem um lugar reservado e resolveram assistir de onde estavam mesmo. (Stélio, o neto do Dr. Pergentino é que conta essa história).<br /> Logo, os moradores de Fátima começaram, através da orientação paroquial, a se reunir e organizar diversos tipos de reuniões com a intenção de congregar mais fiéis. Com isto veio a consciência solidária e a distribuição de atividades em toda a comunidade fazendo nascer novos grupos pastorais, que tanto influenciaram os quatro cantos do bairro de Fátima e os próprios moradores da Av. 13 de Maio. O bairro sempre se caracterizou pela paz e tranqüilidade, o seu crescimento residencial e comercial tirou-lhe, enfim, o bucolismo e a imensa vontade de ser o bairro mais aprazível de Fortaleza.<br /> Sem exorbitâncias, como que por providência divina, suas casas são construídas em lotes médios, possui ruas bem definidas, asfaltadas; é composta de irrestrito comércio, e tem infra-estrutura compatível a elegantes bairros da cidade de Fortaleza. Tem significativo número de equipamentos de educação, saúde e transporte, segurança, e hoje conta com bancos, clínicas de saúde, edifícios residenciais, comerciais, restaurantes, boutiques de grife e postos de serviço. Hoje, o seu referencial econômico de casas e apartamentos é equivalente ao da Aldeota.<br /></span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">O NASCIMENTO DA AVENIDA 13 DE MAIO<br /><br /><br /> Nos anos de 1910, em um arrabalde de Fortaleza, São João do Tauape, no encontro das atuais avenidas Visconde do Rio Branco e Pontes Vieira, havia diariamente, dezenas de comboieiros vindos do interior que ali paravam, diariamente, para descanso e reorganização dos seus trabalhos a troca, venda e compra de todo tipo de mercadoria trazida do interior. A este ponto de encontro os nativos deram-lhe o nome de Tauape, significando tauá-barro, pé-caminho; caminho de barro. Por invocação a São João, foi erguida uma capela no local, daí surgindo o nome de São João do Tauape, (1948) segundo o historiador Márlio Falcão.<br /> Os mercadores já se encontravam próximo do seu objetivo, o centro de Fortaleza, mas não era justo seguir toda vida cidade adentro com bois, cargas em cavalos e jumentos pela avenida Visconde do Rio Branco, afinal, gerava tumulto e perigo entre os moradores das casas, atrapalhava os carros e o bonde da Visconde do Rio Branco, que percorria toda avenida até a "terceira" parada, isto é, o final da linha, próximo da esquina onde funcionou o Cine Atapu, da Cinemar, inaugurado em 11.03.1950, conforme relata o historiador Miguel Ângelo de Azevedo - Nirez.<br /> A cidade de Fortaleza crescia e necessitava de cuidados essenciais, não podia permitir mais o ingresso de animais a sujar a avenida e centro da cidade. Nasceu então a idéia do traço de união. Abrir novas ruas e avenidas, antes da cidade, para facilitar a vida de todos. Foi justamente aí que planejaram unir o São João do Tauape com o Benfica, por uma estrada calçamentada e iluminada, já que existia um precário caminho. Seria uma importante avenida que desse acesso aos mercados, outros bairros e dezenas de ruas facilitando as intercomunicações entre bairros. O meio mais fácil seria seguir pela mata rumo ao oeste (futura Av. 13 de Maio) descendo nas férteis terras de pousada e boa caça e pesca, onde havia o encontro de riachos e açude na Fazenda Canadá, do doutor Pergentino Ferreira. Todos os meios de transportes seriam beneficiados. Seguiriam com as suas mercadorias por toda avenida, sem impedimentos, até o bairro Benfica ou Prado, passando por diversas ruas atingindo os objetivos, relata Geraldo Nobre, do Instituto Histórico do Ceará.<br /> O então prefeito de Fortaleza, Acrísio Moreira da Rocha, providenciou, juntamente com sua comitiva, um encontro de amigos com o dono das terras. Teria sido discutida na Fazendo Canadá a criação (hoje no local da sede desta antiga fazenda Canadá, encontra-se construído o conjunto residencial Segredo de Fátima) de "uma grande rua que beneficiasse a todos da região, facilitando o acesso para vários bairros". A resposta do dono das terras ao prefeito foi de que ele teria ao seu dispor, não só uma rua, mas terras para uma avenida inteira, se assim o desejasse, reafirma Silvio Theorga, neto do doutor Pergentino Ferreira, então com 13 anos de Idade, quando assistiu toda reunião naquela tarde na sede do Fazenda Canadá.<br /> A grande obra da prefeitura ligaria o bairro São João do Tauape ao antigo Prado, hoje Gentilândia ou Benfica. Naquele tempo o mato alto descia dos dois lados da estrada até o riacho. Quem desejasse vir desse ponto da estrada, isto é, do São João do Tauape para o Prado, teria de seguir uma nesga de terra até a altura de um grande riacho (Aguanambi – no inverno, um grande alagado) atravessá-lo de canoa ou vir pela velha ponte e seguir pela estrada de terra vários quilômetros até próximo ao Prado (altura do CEFET) antigo local de corridas de cavalo. O prefeito Acrísio Moreira da Rocha, logo determinou que fossem iniciados os trabalhos de limpeza da área, cortada a mata, feitos os canais de seguimento do riacho e calçamentada a estrada onde seria a grande avenida. Nos primeiros momentos todos a chamavam de Flor do Prado, relata o memorialista Marciano Lopes, dizendo da constante ornamentação, beleza natural e ligação com o Prado.<br /> Paralelo a tudo, em 09.12.52 chega a Fortaleza, vindo da Europa, a imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima em visita a algumas Igrejas. O povo, muito devoto, ficou impressionado e o bispo auxiliar de Fortaleza, Dom Eliseu Simões Mendes lançou a idéia da criação de um templo. O doutor Pergentino Ferreira logo se prontificou a doar uma quadra na futura avenida. O que foi feito em 19 de outubro de 1952. O esforço incomum e a enorme motivação fizeram com que Paulo Cabral de Araújo, o novo prefeito de Fortaleza depois de 1952, juntamente com padres e políticos, apoiassem o projeto e fizesse brotar a idéia de um belo santuário para homenagear a santa. Foi formada uma comissão e passaram a visitar vários empresários, e, o engenheiro Luciano Pamplona logo se pôs a elaborar o projeto da Igreja. Veio a pedra fundamental em 28 de dezembro de 1952. Em pouco tempo a Igreja foi edificada, e no ano seguinte, com a nova vinda da imagem santa de Portugal, com a Igreja ainda por terminar, recebeu a imagem peregrina que aqui permaneceu de 14 a 16 de dezembro de 1953, onde foram realizadas várias missas, mas a inauguração somente foi possível em 13 de outubro de 1956. A inauguração da Igreja de Fátima foi ao ar livre, com a presença de dez mil pessoas. Nesta ocasião muitos convidados estiveram presentes e logo que chegaram subiram ao palanque que foi armado para as autoridades. Centenas de pessoas impediram que o Dr. Pergentino Ferreira e sua senhora, D. Argentina, subissem ao palanque para receber as homenagens. Foi terrível o tumulto também foi grande e quem tomava conta do palanque não deixou mais ninguém entrar depois da superlotação. Segundo palavras do Stélio, neto do Pergentino. No dia 12 de outubro de 1955 foi indicado o 1° vigário da paróquia, o padre Gerardo de Andrade Ponte, onde permaneceu por 19 anos. O seu atual vigário é o padre Manoel Lemos Amorim.<br />Este ano a Igreja de Fátima completa 54 anos de existência e o novenário de Fátima terá um calendário especial. Serão oferecidas a todos várias reuniões na Igreja, sobre o Ano Vocacional em, 13 de maio, serão rezadas várias missas, sendo a primeira às 5 horas da manha e a última às 20h30mim. Sendo encerrada com grande procissão.<br /> A grande surpresa foi quando a Igreja de Fátima foi vítima de tentativa de assalto pela primeira vez. Quanta admiração de todos os moradores ao ouvirem o sino tocar apressado altas horas da noite pelo primeiro e principal ajudante do padre Gerardo Pontes. O Antônio de Souza, providenciou logo fazer alarde quando notou a presença de estranhos. Esta ação de tocar o sino da Igreja várias vezes altas horas, convenhamos, ainda hoje significa acontecimento grave. Logo, dezenas de moradores surgiram silenciosos e espantados no meio da noite e todos com as suas armas em punho, a tomar conhecimento do ocorrido. Ele dormia no andar superior e ao pressintir que alguém entrara na igreja e estava na sacristia, acordou. Não foi à toa quando apanhou a pedra que estava na soleira da porta e a soltou escada abaixo quando pressentiu que o meliante estava subindo. Dizem que o pessoal que trabalhava na obra de construção do canal, para colocação das lages de cimento armado, pois trabalhavam até altas horas da noite, viram quando alguns homens transportavam uma pessoa nos braços e passaram por eles rumo ao cocorote, localidade das imediações da Base Aérea de Fortaleza. Não se soube mais nenhuma informação.<br /> O terreno da Igreja englobava o quarteirão inteiro, por isso pensou-se em ampliações e, foi-se construindo a casa paroquial, salão, Instituto Educacional, quadra de esportes, muros de proteção etc. Hoje nas dependências desta quadra funciona o orgulho da avenida 13 de Maio, o Colégio Santo Tomás de Aquino, que completou também 53 anos de fundação. Este colégio sempre contribuiu com a comunidade de Fátima e já formou, em nível de terceiro grau, muitas autoridades do Estado do Ceará. O seu atual diretor, Vicente Amorim declara: "Em toda nossa existência, nunca deixamos cair o nível de ensino e sempre mantivemos o respeito aos preceitos católicos".<br /> O bairro tomava corpo dia a dia e a Av. 13 de Maio virou atração turística até para quem visitava a cidade, pois todos queriam conhecer a Igreja e passar por esta grande avenida calçamentada e iluminada. Assim, nos seus primeiros momentos, sem deixar de ser bucólica e, mesmo em transformação, os moradores ainda assistiam, naquelas manhãs sertanejas, silenciosas e convidativas a passagem de poucos carros e passeios de pessoas nas matas, riachos, lagoas e trilhas de todos os lados, pois não havia centros comerciais ou movimento de carros, somente duas ou três mercearias. Logo a empresa de ônibus Severino Ribeiro passou a servir o bairro e, alguns ônibus circulavam pela Av. 13 de Maio de hora em hora até o centro da cidade. Um ônibus vinha pelo bairro José Bonifácio até atingir a Av. 13 de Maio e outro pela Visconde do Rio Branco até alcançar a Av. 13 de Maio. Os ônibus. verdadeiros calhambeques, eram todos de madeira recobertos por flandres, demoravam muito a passar e em determinados pontos de espera, surgiam sempre cinco ou seis pessoas, pois poucos tinham o luxo de possuir carro e trabalhavam no centro da cidade, até os que com o tempo se tornaram grandes empresários e donos de lojas famosas do centro da cidade. Para quem estava no ponto de ônibus, era esquisito, permanecia em vigilância olhando de um lado para outro; quando o ônibus despontava ao longe, pois eram poucos os carros que trafegavam na 13 de Maio, sempre alguém estava a gritar para quem vinha se chegando ao ponto: "corre... lá vem um ônibus", e quem não vinha em desabalada carreira. Ninguém podia perdê-lo, senão teria de ficar mais de uma hora a espera de outro. No ônibus, sempre lotado, havia o cobrador circulando apertadamente no meio dos passageiros, em pé, do começo ao fim do ônibus, com várias moedas na mão a cobrar a passagem, entregar a ficha correspondente e passar o troco de cada um. Para descer do coletivo como também era chamado, esticava-se a mão, como ainda hoje, para um dos lados extremos do teto e puxava-se a sinaleira; em alguns, este objeto constituía-se de um chocalho de cabra na extremidade a produzir barulho suficiente; ao puxar o barbante fazia tremer o dito objeto ao lado do motorista que entendia precisar parar. Era sempre uma longa e barulhenta viajem, pois os ônibus de madeira percorriam todo o calçamento da 13 de maio. Para servir as ruas internas do bairro, a Empresa São José do Ribamar comprou do "poierão" um ônibus e implantou, nos anos de 1960, precária linha de micro ônibus com relativo sucesso. Poeirão era o nome de um morador de um vilarejo ligado ao Bairro de Fátima.<br /> Em se tratando de comércio a Av. 13 de Maio passou muitos anos quase com o mesmo formato. Muito depois da inauguração da Igreja, surgiu a primeira sorveteria na esquina da rua Napoleão Laureano, logo transformada em bar com umas poucas cadeiras na calçada. Era uma atração inédita permanente a sorveteria e bar A Normalista, freqüentado por todos. Fora do centro da cidade, alguns se arriscaram a tomar cerveja, sorvete, ou comer no local um sanduíche de primeira linha chamado mixto quente. Duas mercearias maiores serviram muito tempo ao bairro, a Pontista e o Simeão. Logo depois, em 09.03.59, surgiu a Panificadora Central, que serviu ao bairro muitos anos. Na 13 teve também a presença de um restaurante, na esquina da rua padre Leopoldo Fernandes, o B'arbras.<br /> Em se tratando de diversão, antes da missa, nos finais de semana, assistiam-se jogos amistosos entre Fortaleza e Ceará no areal em frente a Igreja de Fátima, hoje praça Pio XII. O único clube próximo a Av. 13 de Maio chamava-se Maguary Esporte Clube, muito freqüentado também pelos que moravam na 13 de maio. Pelos anos de 1965 surgiu o único clube do bairro chamado S.B.F. – Sociedade Bairro de Fátima, ponto de encontro de todos os jovens que moravam na Av. 13 de Maio, bairro de Fátima e adjacências, capitaneado em primeira instância por Mauro Benevides, um dos moradores do bairro.<br /> Hoje o comércio da Av. 13 de Maio atingiu a maturidade, possui vida própria e não deixa a desejar; identifica-se com o dos grandes centros e tem seu equilibrado movimento em cada quarteirão. O comércio funde-se ao do bairro de Fátima e possui o eterno estigma de ser calmo, pois não existe aglomerado de pessoas, prédios ou de veículos. Ao longo da avenida encontram-se vários bancos importantes, lojas de renome e sempre com estacionamentos disponíveis. Suas casas comerciais são amplas e diversificadas servindo desde vestuário, boutiques de alimentos, sorveterias, panificadoras, pousadas, loja de delicatessens, cursos, restaurantes, supermercados, shopping center, farmácias, lojas de automóveis, hospitais etc., e é servida por inúmeras linhas de ônibus, além de, no seu final, encontar-se com a estação do Metrofor, localizada na esquina da Av. 13 de Maio com a Av. Carapinima. Outras importantes instituições da Av. 13 de Maio são o 23° Batalhão de Caçadores do Exército, instalado em 23 de novembro de 1944. O CEFET, antiga Escola Industrial de Fortaleza, Universidade Federal do Ceará, no campus do Benfica e IBGE; no bairro de Fátima, Instituto de Educação (antiga Escola Normal Pedro II) e Conselho Estadual de Educação, UECE – Universidade Estadual do Ceará e vários colégios e centros de estudos, além de centros comerciais diversificados etc.<br /> Quando falamos em moradia, na Av. 13 de Maio ou Bairro de Fátima, lembramos que muitos moradores optam atualmente por negociar sua residência para que sejam construídos modernos prédios residenciais, sendo visível a nova fase futurística que o bairro está vivendo com bastante sucesso, tendo em vista as dezenas de edificações novas no bairro com prédios de até mais de 20 andares, e com chances de vir a ser novamente o segmento mais procurado da cidade, tanto pelo lado mais acessível, promissor, quanto pelo lado mais cultural e próximo do centro tradicional da velha Fortaleza, dizem alguns corretores de imóveis.<br /><br />RUMO À CAPITAL<br /><br /><br /> Logo depois dos vinte anos fui residir em Brasília na residência de um parente. Recomendado pelas forças divinas, o Ari Cunha, a muitas preces e a poder das orações da minha mãe. Este tio, desmedido em obras, veio ao Ceará e, entre família aceitou que o acompanhasse à Brasília, onde residia. Sempre disciplinado ao extremo, resolveu, ainda, antes de viajar, indagar se gostaria de tentar a vida na Capital do País. Depois do depoimento que fiz, revelei estar contente e por certo era do meu interesse.<br /> Na noite anterior, nas últimas horas, meus pais me fizeram as recomendações na sala de nossa casa; a luz tênue e os móveis, compartilharam daquele momento; foram os únicos a presenciar aquelas recomendações que finalizavam com votos de sucesso. Minha mãe se manteve forte a duras forças, meu pai mantinha a coragem. Para selar aquele ambiente de pré-despedida do filho mais velho. Meu pai, sob o olhar de minha mãe, entrega-me um envelope contendo os recursos iniciais de minha estada em Brasília. No dia marcado, tudo certo. Ainda surpreso com o privilégio, e frente ao contêiner de surpresas, não imaginava como tudo iria acontecer, pois carregava o primogênito as esperanças de luta e estabilização, uma vez que, ativados estudos na família indicavam, que o exemplo seria referencial para os outros irmãos. Naquele tempo dizia-se, os mais velhos fornecem exemplos para outros. Esquecíamos que cada um nasce com vontades diferentes, interesses diferentes, projetos e virtudes diferentes.<br /><br />No Goiás<br /><br /><br /> Na Capital Federal fui bem assistido na residência dos tios Ari Cunha e Gerardo Oliveira. A tudo tive direito, pelas mãos da tia Lourdes e Evenita, e a partir daqueles dias, junto aos primos Ari Lopes, Eliana e Raimundo, Cristina, Márcia e Cláudio de Oliveira passamos a viver em busca dos mesmos interesses; estudar e trabalhar para encontrar, cada um, o seu caminho na vida; afinal, formamos um grupo onde havia diferenças de idade, mas todos tínhamos os mesmos ideais. E foi o que fizemos muito bem, graças aos trabalhos, a esperança, o apoio e incentivo dos familiares, e as bençãos, que sempre estiveram acompanhando as forças da natureza de cada um.<br /><br /><br />Estudante<br /><br /><br /> Passados os primeiros meses na Capital Federal, já familiarizado com a aproximação de novas amizades, e tendo feito o reconhecimento da cidade, descobri o vestibular da nova Faculdade de Ciência da Comunicação Social no Centro Universitário de Brasília. Inscrevi-me para o vestibular de jornalismo. Mais impulsos me jogavam para frente, Achei de lutar pelos meus interesses. Qual não foi a surpresa quando vi meu nome na lista de aprovados no vestibular do CEUB no ano de 1970. Daí para diante, fui me envolvendo com todos os segmentos da Universidade.<br /> Associei-me aos professores Alberto Peres, presidente e fundador do CEUB, ao doutor João Herculino, diretor financeiro, aos professores Clovis Stenzel, Máximo Villar, Ivo Krebs, Germano Galler, Zita de Andrade e aos colegas Marlene Kruger, Lúcio Menezes, Leda Rodrigues, Maria Helena, Elida Rappelo e muitos outros colegas para fundar o Jornal Laboratório, o Jornal do CEUB, que foi onde primeiramente desempenhei a função de minirepórter. Sempre auxiliado pelo Ari Cunha em todos os trâmites. O professor de jornalismo comparado, o cearense Esaú de Carvalho, velho jornalista, (irmão do maestro Eleasar de Carvalho), tudo fez, naqueles tempos, para sustentar e manter vivo todo o espírito do ensino superior de jornalismo com os professores, alunos e Reitor do CEUB, pois esta universidade não tinha sede própria, e durante os primeiros meses tivemos de nos mudar de prédio por três vezes; o Colégio Santa Rosa, D. Bosco e N. S. de Fátima, até ser construído o campus do CEUB na Asa Norte de Brasília. O Esaú de Carvalho também foi mediador ao associar os nossos trabalhos da Faculdade com os Diários Associados, Correio Braziliense, que em nome do grande benfeitor Ari Cunha, conseguiu bolsa de estudos, não só para o Roberto, mas vários outros colegas, juntamente com a franquia de ingresso e permanência em todos os setores do Correio Braziliense. Assim caminhei, com livre acesso a todos os departamentos e seções, aprendendo todos os caminhos da editoração e impressão de jornais nas primeiras máquinas offset chegadas à América Latina, justamente no Correio Braziliense.<br /><br /><br />Bastante Trabalho<br /><br /><br /> Estive sempre junto à reitoria do CEUB e direção do Correio Braziliense, colaborando com o que podia no âmbito da Faculdade de jornalismo. Criamos um jornal dentro da universidade e este nos dera oportunidade de escrever o que desejavamos, inclusive relatei com destaque o 1º Festival de Música do CEUB EM 1973, onde o nosso cantor Fagner apresentou-se com “Manera FruFru-Manera”. O meu primeiro artigo no Jornal Laboratório foi “Gregarismo e Comunicação”, juntamente com a coluna “painel”, que diziam das atividades dos colegas nas suas inusitadas atuações. Muitos destaques tivemos, pois os próprios colegas nos envolviam em reuniões espetaculares. Já trabalhando no Correio Braziliense, também sob a orientação do gerente industrial Gerardo Oliveira, diretor, (era irmão, parente e tio) tive a oportunidade de conhecer tudo que se relacionava a artes gráficas naquela época. Trabalhava no Correio os dois expedientes e a noite na Faculdade até conseguir conciliar, para que todas aquelas ações pudessem representar o início da minha vida profissional.<br /><br /><br />A sorte<br /><br /><br /> Sempre a meu favor, o Ari Cunha com seu incentivo fez com que, além de favorecer durante todo o curso da faculdade com uma bolsa de estudos, abrissem as portas o Senado Federal para este pequeno visionário. Fui recebido na Gráfica do Senado Federal na melhor condição: perguntaram-me qual o departamento queria desenvolver. Resolvido e determinado na atividade das artes gráficas, juntamente com o jornalismo naquela imensa escola gráfica, ingressei pela área industrial. Tive a oportunidade de reconhecer, como no Correio Braziliense, as mais modernas máquinas da indústria gráfica.<br /> Trabalhei em quase todos os setores da gráfica do Senado Federal, sempre me especializando e adquirindo novos conhecimentos, até que fui ser instrutor de artes gráficas na Escola de Artes Gráficas do Senado Federal, juntamente com o Marcelino Viana, José Hermann Monteiro e outros colegas servidores. Tive o privilégio de trabalhar com Carlos Juliano Torres Pastorino (o do livrinho Minutos de Sabedoria), o qual era diretor da nossa escola, (um convênio do MEC com outro órgão do governo para profissionalização de jovens) com quem pude conviver com ele, dia-a-dia, vendo todos os seus ensinamentos. Na Gráfica do Senado estive ao lado dos assessores e coordenadores analistas de Organização e Métodos do PRODASEN - Centro de Processamento de Dados do Senado Federal para que fosse providenciado o diagnóstico de necessidades de modernização da mesma. Assim foi possível iniciar os levantamentos de dados para futuros procedimentos de modernização e qualificação de pessoal. Depois de muitos trabalhos, a Gráfica do Senado Federal foi avaliada minuciosamente pelo PRODASEN, a fim de ser modernizada a atender o nível de solicitações dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário com o que existia de mais moderno no mundo gráfico computação.<br /><br />QUARENTA E UM ANOS DEPOIS – BRASÍLIA<br /><br /><br /> É estarrecedor vir e sentir a Capital Federal quarenta e um anos depois de inaugurada. Vi, em 1960, a grande festa de inauguração. Dez anos depois voltei ao DF – passei quase dez anos. Voltei ao Ceará, só vinte anos depois voltei à Brasília. Suntuosidade, patrimônio cultural da humanidade. Tudo feito e programado realmente para aquele dia. Foi o fiat luz à brasileira, no sentido da coragem e sabedoria pelo dimensionamento das artes. Que idéia! A partir dali todo mundo conheceu o novo e a nova face do belo no Brasil. Em nenhum lugar, quiçá do mundo, se experimentou mais, da noite para o dia, as saborosas dimensões do prazer de viver num ambiente perfeitamente preparado para os homens; tudo espetacularmente envolvido em prazer e bem estar, ambientes organizados para tudo que se imagina e se considera ser necessário. O povo aderiu atônito e ocorreu em massa. Surpreendeu-se, ficou extasiado, subiu aos céus e ficou instalado no berço esplêndido reacostumando-se a suntuosidade, a natureza, aos largos espaços, aos verdes agigantados, as casas simétricas e sem muros, as ruas largas, ao comércio próximo, as facilidades genéricas, a doce vida, ao ar puro das montanhas. Tudo ao sabor das projeções de Dom Bosco. E ele está lá, na sua igreja, eu vi, tantos anos depois, presenciando o dia-a-dia, sereno, brando, branco, suave e silencioso para a admiração e veneração de todos. Que beleza, a cidade modelo do Brasil, mesmo depois de quarenta e um anos. Vivas para sempre a jovem Brasília, e com ela, os idealizadores, os seus construtores, moradores, os seus sonhadores, os seus protetores e Juscelino Kubitscheck de Oliveira.<br /><br />PUBLICADOS E NÃO</span></div><div align="justify"> </div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">OPOSIÇÃO A FHC: ILUSIONISMO E FARSA<br /><br /><br /> O governo FHC, com a implantação do sistema capitalista neoliberal social‑democrata, vem resistindo e destruindo a nação brasileira sem que ninguém se toque realmente. Induzidos pelo misticismo nos transformaram em súcubos da nação. Os três Poderes, a grande força da nação, também estão subjugados aos seus ditames. E agora fazemos esta pergunta: Onde está a oposição?<br /> FHC quer emudecer a opinião pública, fornecendo dados fictícios ao Jornal do Brasil, quando diz que não há nenhuma oposição ao seu governo. Só isto já se constitui uma mentira que nos faz rir do estrião, antes mesmo da peça terminar. Não podemos esquecer que no primeiro ano do seu governo o badernaço, aliado a destruição, foi feito em cima da quebra de monopólios, e estremeceu a soberania nacional. Não tiveram consciência quando mexeram no petróleo, telecomunicações e cabotagem, para citar três casos.<br /> A luz apaga e acende, firma-se no palco dos brasileiros, apaga e brinca de invasão – é o contraditório, o falso prazer da bruxaria. Tudo do governo não passa de projeto com falso jeito. Só visa aniquilar os nossos direitos. Seja pelo Congresso Nacional, por decretos ou medidas provisórias. Ele está sempre debruçado em cima do mapa das universidades, a ver suas inconstitucionalidades; parece até que a procurar riscos até as últimas instâncias, ou mesmo vendo até onde a mente humana não pode mais pensar. Ele deseja ir mais longe e mas ainda, não percebeu que tantas paralelas só causam desorganização e inconformismo. Vejamos simplesmente a Lei das Diretrizes e Bases da Educação – foi aprovada – e encontra‑se em vigência, apesar de termos construído outra com todos os sacrifícios, assistida democraticamente, inclusive com a participação de parlamentares cearenses. A Autonomia Universitária é mínima, as Reformas Administrativa e Previdenciária são do conhecimento de todos. Agora anuncia‑se que não se sabe nada a respeito do dinheiro arrecadado com o imposto sobre cheques que era para salvar a Saúde.<br />Vejamos o caso dos Hospitais Universitários, sempre ameaçados de fechar. Atualmente funcionando com irregularidades técnicas inadmissíveis, bem como a Maternidades Escola, Centros de Maternidade, quase com os dias contados.<br />Precisamos reforçar urgentemente essa oposição “relaxada” a olhos vistos, formada por partidos como o PT, PC do B, PDT, PSB, PSTU, e outros que se colocam diante dos companheiros com uma enorme superioridade, mas nada fazem com seus projetos como os CUT, MST, CMP, UNE, etc. a favor do movimento sindical. Preferem não reagir contra as escorchantes propostas do governo, da mesma forma que os do PSDB, PFL, PMDB, PPB, PTB e outros. Chega de ver a covardia e desonestidade. Eles preferem a escuridão e a luz fictícia. Amam a mística da negação e negam, negam, negam. O PRAZER DELES E A HONRA SÃO PELO MAL.<br /> Exigimos que o PT e a CUT se retratem imediatamente, saiam do ocultismo em que vivem. Achamos que só incidir sobre situações pontualizadas é perda de tempo e nada se tira por lucro. Exige-se rompimento do silêncio e sua integral participação no movimento sindical de todos os trabalhadores brasileiros. Ser desonesto é um mal terrível.<br /><br />EXPERTOS OU TROUXAS<br /><br /><br /> Está na hora da pá de cal em cima de pretensiosos candidatos. Devia ter um vestibular para se admitir qualquer candidatura. Não têm vergonha e, muito menos caráter, aqueles que, sem a mínima condição se inscrevem e adquirem o aval para candidatar‑se. Se lhes perguntam o que o povo pode esperar, dizem: defendo e defenderei a todos. Pode ser, mas deviam, antes de tudo, passar pelo crivo da autoridade ministerial que perguntaria para cada um deles: Quer trabalhar? Então venha cá meu amigo(a), faça essa prova aqui e apresente aí o seu grau de instrução: títulos, experiência profissional etc. – Ah, eu estudei na minha terra. Estudou o quê? Quais os cursos? Não tem nenhum comprovante ou registro? Então, você pode comprar um carrinho de fazer pipoca para vender que é muito melhor. Você não tem condição de ser parlamentar, de ser um estrategista racional, um arquiteto da fala, um defensor público de escola. Só vai fazer confusão em plenário, arranjar inimigos e faturar alto. Não é justo, você está se candidatando para servir bem a seu povo, precisa ter lastro, desmembrar com suas próprias palavras o seu discurso, ter eloqüência, convencer pela linguagem sem atenuantes ou então você quer ser marxista esotérico ritualistico.<br />O que a mim me parece é que quem devia punir, faz que não vê e diz que não é vigia de ninguém. Quem ganhar, faz sucesso e ri da cara de quem o elegeu. Esses princípios não podem trabalhar em pé de igualdade com a verdade. A começar pela própria imagem do candidato: surgem nos meios de divulgação sem nenhuma postura lógica sem nenhuma orientação. Quando começam a falar, saem os disparates, parecem uma torrente num contra‑fluxo. Primeiro, vem a mentira recheada sem nenhuma tabulação. Falam errado, escrevem barbaridades, e, o que é pior, pensam errado. Não possuem nenhuma desenvoltura. E aí é que o grave: são perseverantes em projetos sem a necessária qualidade e estrutura e, desejam contaminar todos os aderentes, ávidos e esperançosos por uma fatia do bolo. Preparam planos infantis e o povo só perde tempo pelo despreparo, desqualificação e incapacidade dessa gente.<br /> É justamente nisso que o governo monta seu esquema, reacendendo constantemente a chama de uma “esperança falsa” para enganar “trouxas”. Sabendo que esses pobre de cultura atraem o povo desorientado, porque nada se exige deles. Nada se faz porque não é do interesse do governo explicitar muito, ensinar, dirigir, educar, orientar, pegar na mão, pois seu lema é deixar correr e passar, porque, enfim, tudo se resolve por si só, isto é, com a ajuda miraculosa, claro, de uns poucos coitados que cuidam as massas, desejam a responsabilidade delas, sofrem por elas e até dão a sua própria vida por elas.<br />A única coisa que eles conhecem mesmo e garantem, esses tais candidatos, é a sua própria fama que têm de entortadores de cabeça de bode no sertão nordestino. Você que se diz correto e é um cidadão(ã) esclarecido(a), tem a obrigação, portanto, de saber escolher o seu candidato, votar certo na hora de sufragar o voto, e, exigir de si mesmo o permanente contato com esse mesmo parlamentar, informe-se do seu endereço e cobre dele permanentemente.<br /><br /><br />VENDE QUEM ANUNCIA E COMPRA QUEM RECONHECE<br /><br /><br /> A melhor razão na atualidade para uma empresa reingressar na atmosfera progressista, certamente é a informação escrita. Faça primeiro com que todos conheçam o que você produz, porque só compra quem conhece.<br />Carecemos de conhecimentos em espécie e estamos em plena era ativa das comunicações. Muitos de nós, infelizmente, não reconhecemos o que chamamos de: a necessidade do direcionamento das nossas propensões de aquisição, e, menos ainda, a justificação da informação direcionada. “Verba volant, scripta manent”. As palavras voam e os escritos permanecem.<br />O mundo gira em torno da comunicabilidade dos fatos, das pessoas, negócios etc. Precisamos de algo que nos mova no sentido reflexivo, no momento exato de uma decisão de compra, até no pior instante, para que, sob análise e refazimento de ações, possamos melhor finalizar ou dirigir as nossas questões. Ao oferecer vendas, questiona‑se primeiro o que vender, quem vender, quando usá‑lo, adquiri‑lo ou comprá‑lo e, de que maneira, em que lugar, e por qual motivo investir no objeto ação. Precisamos de conhecimentos detalhados para poder nos deter e aproximar daquilo que está sendo exposto; é a lógica das indicações, dos sinais, caminhos, e, principalmente, da linguagem adequada à mostrar o que colocamos em mira. Seja quem for, ao desejar adquirir alguma coisa com sucesso, primeiro especula, indaga, compara, conjectura, analisa e até pergunta a outras pessoas se deve ou não fechar negócio, mesmo por que, às vezes, tudo é um relâmpago.<br /> Uma adequação poderosa a ser incrementada entre escritores e empreendedores, tendo em vista que grandes conhecimentos científicos podem ser direcionados para a indústria, em forma de livro, revista, folheto, folder, catálogo, mapa etc. Os custos de produção e editoração são pormenorizados e raramente pode-se arcar com todas as responsabilidades. Também carecemos de patrocinadores para custear parte das despesas de confecção de livros de toda espécie. Porque então não associar a lógica com a intenção de unir o útil e o necessário? Se sabemos que existem cientistas que escrevem livros os mais diversificados possíveis em todas as áreas e deixam transparecer amplos conhecimentos de causas e efeitos em todos os ramos da ciência e do conhecimento humano, por que não direcionar este turbilhão de informações à grande massa? Devemos e podemos ampliar este quadro associando cada assunto às empresas correlatas, interessadas, e que aceitem investir, em parte, convenientemente, nessas edições. Assim, se uma empresa domina a área dos recursos hídricos, por exemplo, vendendo os mais diferentes utensílios e equipamentos de irrigação, implementos agrícolas, sementes, tudo o que se destina ao campo, ou uma empresa que cuide de análises químicas e equivalentes, poderão criar, antecipadamente, todo um ambiente propício, fora da empresa, explicitando em livros, os pormenores e influência dos custos da água no mundo atual, efeitos, mananciais existentes explorados e inexplorados, plantações e irrigação (tudo em custos mínimos), dimensões de reservatórios, atualidades, transposições e costumes etc., bem como qualidade, cuidados, análises, usos em reservatórios, sujeições, etc., tudo amplamente ilustrado, e por conseqüência, mais atraente e estimulante para o interessado.<br /> Como exemplo, temos o seguinte: Quem escreve livros com estudos sobre a flora nordestina e efeitos diversos dos remédios caseiros? O micro e macromarketing? Que coisa mais natural, a poder de palavras, um cardiologista explicitar fatos comuns e corriqueiros? Seria o extrato da soma de seus conhecimentos, mesmo que fossem generalidades a sua comunidade, oferecendo‑lhes dicas como de um novo vademecum (indicados provavelmente para Centros de Pesquisas Cardiológicas, Hospitais, Universidades, Laboratórios etc.). Quantas facilidades em escrever minuciosamente têm aqueles professores investigadores, que doam e somam às suas vidas, o saber científico da sua própria disciplina ao seu trabalho na economia de negócios, na arquitetura, estatística, computação, biblioteconomia, educação física etc. Temos mestres escritores em todas as áreas, bem com empreendedores em todos os campos. Assim, o agribusiness, por exemplo, gerenciaria livros ou revistas sobre a fruticultura, poupa de frutas, enlatados, valor nutritivo das mesmas, a sua importância na alimentação etc. A distribuir conjuntamente nas feiras nacionais. O que significa tudo isto? A associação ampla do saber e conhecer, em todo o espectro de conjugações à maleabilidade de vender aquilo que a indústria entende e faz verdadeiramente. Desta feita, livros, livretos, folders, encartes, mapas, catálogos, podem levar permanentemente às principais indicações nas comunidades (dicas bem planejadas) com naturalidade e perfeição, através da informação registrada, análise de documentos e a organização e seleção de tudo que desejamos, just in time, juntamente com a implementação e associação da área editorialista terceirizada. Por que não aproximar o ovo de consumo à galinha de produção através da informação científica? É justo e necessário que, antes de lançar o seu produto, se crie todo um processo de registro escrito, ambientalmente, nos mais diferentes lugares para seus clientes. Deixe que se diga tudo sobre o seu produto, de forma criteriosa, diversificada e ampla nos padrões internacionais da ISO‑ABNT.<br /> As empresas poderiam colaborar no patrocínio da confecção dos mais diferentes tipos de livros, revistas, folhetos etc., em sua área de especialidade, criando passo a passo ambientes de informação, preparando o consumidor e ensinando‑o a conhecer as mais diferentes nuances do produto de sua indústria. Se eu fabrico e distribuo, por exemplo, refeições diárias, é bom que se crie fora da empresa todo um meio próprio com a explicitude da comunicação. Assim mesmo com roupas, móveis, carros (bens móveis) qualquer produto; o importante é dar ciência a todos, de uma maneira inteligente, ética e científica, do vasto programa da empresa, juntamente com todos os parâmetros de fabricação dos seus produtos, a performance adquirida, qualidade e, os níveis de fabricação e quantidade, desde o princípio de suas ações dentro da empresa, o melhor e menor significado registrado nos mais diferentes e distantes lugares onde o produto poderá se estabelecer, até as indicações ou adequação ao seu negócio.<br />Esta forma de incremento da produção, aliada ao conhecimento científico, traduzido em linhas direcionais, dará um aceno, certamente com imediatas indicações a quem quer que seja, pela visualização ampla, garantia e registro antecipado, de todas as facilidades que são ofertadas na hora da compra de qualquer produto.<br /><br />A SERVIÇO DA PAZ (Última Visita do Papa)<br /><br /><br /> É bem vista sim, a presença de um dos maiores estadistas do mundo em nosso país, brevemente. Assim, pelo menos com o que há de vir, assistiremos, queiramos ou não, pela primeira vez, o processo de frenagem da impetuosidade, da desobediência e da insensatez do presidente monstro, (como é chamado o FHC) cujos predicados não combinam nem de perto com os do Papa João Paulo II. O freio da luz verdadeira o fará repensar e, porque não dizer, resolver muitos encaminhamentos desordenados que são vistos pela grande maioria dos brasileiros.<br /> É justamente nesse momento, que as autoridades da Igreja Católica podem mostrar a decisão lógica e racional, direcionando, em conformidade com os estamentos o que virá acontecer proximamente. Só para citar um exemplo: Há cinqüenta anos a Igreja discute a reforma agrária legalmente – é preciso mais coragem – e menos desassossêgo.<br /> Falta a moldura, o ajuste, o burilamento. O encaixe das arbitrariedades – benditas decisões equilibradas – para amenizar, senão, dar encaminhamento na vida de todos nós. Falta acabar com a duplicidade e o paralelismo, a inventividade macabra, sorrateira, que soçobra depois da meia noite com o tremular dos panos. É por isso, que já enveredamos pelo ilusio da servidão voluntária, onde encontramos o pânico e o estupor, até cairmos em posição catatônica. Quase envergonhados com tantas providências, confundidos, aceitamos como nossa mesma a verdadeira culpa por atos cometidos cheios de arbitrariedades, já que tecnicamente é quase impossível provar de quem é a culpa desse emaranhado turbulento badernaço.<br />Há quem possa dominar todos esses estranhos acontecimentos e também diminuir essas técnicas horríveis de manipulação do ser humano, que hoje são implantadas largamente por alguns setores. É aí onde entra a missão de milhões e milhões de brasileiros católicos.<br /> Chega de excessos de bondade e concomitantes arroubos explosivos. Não precisa mostrar mais a falida Instituição. O papa já sabe.<br /><br /><br />LIVROS CIENTÍFICOS: QUE FAZER COM ELES?<br /><br /><br /> Vem o professor universitário com o seu devir que o consolida e tudo o mais pelo qual lutou a vida inteira. Se escritor, manifesta‑se. É o cientista que guarda os seus alfarrábios e agora, ao revivê‑los e adequá‑los, por editar o seu livro, espera habitar realmente e constituir com verdadeira família de argumentos e exemplificações convincentes, tudo aquilo que viveu e aprendeu durante a sua vida. Vale às suas exemplificações pela sua vivência científica, o estudo, centenas de aulas e contatos os mais diferenciados. Quantas solicitações, retratações, reconhecimentos de alunos e professores.<br /> Antes de tudo, a peregrinação e a dispensa aos outros. Ele deseja editar o seu livro. Vai, contudo, ainda, recordar muitos trechos, sofrer gélidos passos e reconhecer estâncias nocivas e, até, ver e ouvir o indesculpável, bem como acordar com o último desejo do seu editor, pois este, que será o responsável pela sua obra de agora em diante, o carregará nas suas mãos, oferecerá lucubrações e, também, de resto o puxará sobre pedras, na tentativa de fazer o melhor. Que bom, é uma pena ou nem uma coisa e outra. Como expressar‑se sobre a confecção de um livro cheio de detalhes técnicos se dizemos o que traz os escritos de Lichtemberg, relembrados por Oto Maria Carpeaux, em Cinza do Purgatório: “Não há mercadoria mais esquisita do que os livros: são impressos por quem não os compreende; são vendidos por quem não os compreende também; são lidos e criticados por quem não os compreende melhor; talvez sejam escritos por quem não compreende nada”.<br /> Citações relevadas e dificuldades vencidas, vincula‑se a fala submissa de cada escritor científico às razões pelas quais ele está ali, mostrando, exemplificando, contando cientificamente os caminhos pelos quais trilhou e desenvolveu os seus artefatos didáticos. Só ele é capaz de fazer isso tão bem, e ainda doar‑se de corpo e alma para ver concretizada a realização de sua vida. É preciso ser compreendido, entretanto, basicamente, pelo valor maior de cada obra científica. Associado o fato à questão, ele está ali debruçado, pronto a dizer e anunciar as suas descobertas, pronto para transformar tudo em benefícios à toda gente. Nada mais fácil e lógico ouvir, sentir, para depois inquirir o próprio conteúdo da mensagem de cada obra com as seguintes perguntas: A quem se destina e a quantos ajudará? A muitos, certamente.<br /> Trata da questão do urbanismo? Nada mais sensato ouvir aqueles escritores científicos que escrevem sobre estrutura das cidades, paisagismo, arquitetura etc. Se discutida a questão social, vamos contatar aqueles que falam sobre a mesma; remédios caseiros? Os que defendem estudos das plantas medicinais etc. Se o assunto é a linguagem vernacular, estrutura poética, vamos nos associar a esse especialista e indagar de que maneira vamos atingir as comunidades para ver o despertar do que elas mais precisam. Será que existe um escritor que fale sobre doenças de plantas? Como tratá‑las? Existe. Então vamos entrevistar esse autor, muito mais conversar com ele para que seja dito. Ele, o autor, é que deverá ser ouvido, analisado e auscultado, uma vez que o próprio é quem pode responder o quê é a sua obra, como pode colher dados de sua obra, onde, quando, por quê e para quê; quais os caminhos mais fáceis a serem seguidos, os objetivos outros a serem encontrados, e, quais os maiores beneficiários. Ele, juntamente com o orientador é quem deve demarcar caminhos de ajuda às comunidades que necessitam de orientações, indicações e delineamentos para uma progressão permanente.<br /> Essa a oxigenação possível e necessária, de forma simples, para a integração dos menos favorecidos. Vamos publicar mais livros. Só é preciso ir buscar dentro das comunidades e ver o que mais desejam, para que seja refletido e discutido com as Universidades, único local com a garantia absoluta da informação científica; manancial permanente de valores ao inteiro dispor e, certamente, com o potencial de ser a única fonte científica abrangente de todos os ramos da ciência, e, ainda, detentora de dezenas de títulos práticos, imediata e infinitamente úteis para milhões e milhões de criaturas. Vamos viver mais o Universal pelo Regional. Esse o dístico Martins Filho, o fundador e maior empreendedor de todos os tempos na UFC – falta segui-lo à risca.<br /><br />PRECISAMOS DO PAPA NO BRASIL<br /><br /><br /> A tribulação por que passamos deve ser ainda mais reconhecida pela Igreja Católica. Falta severidade e explicitude, além do associativismo junto da meditação, do empenho, da oficina do trabalho e do fazer dedicados. Há cinqüenta anos a igreja exerce atividades críticas contra o Governo Federal, mas eles ainda continuam vesgos com os projetos de reforma. Longe do poder, meio desvitalizada, a igreja concentra seus esforços só no pobre e no menos aquinhoado, quando todos devem ser englobados nessa trajetória humana e fraterna. Precisamos sim, exercitar as técnicas ergológicas e dar mais valor a participação do ser hu­mano a formar parcerias de alto nível, que é o que interessa, por beneficiá‑lo indistintamente. Não precisamos complexizar a aldeia, precisamos da união de todos da aldeia, mas sem segredos e ocultismos, diria aí, um desses estudiosos fascinados pela paz no mundo.<br /> Enquanto nos organizamos, os que tentam emplacar suas grandezas adivinhatórias e místicas sobre nós, os a­dormecidos, quiçá, embalsamados, auscultam o medievalismo pleno e no auge dessa liberalidade miasmática organizada só projetam o fantástico o germe da contradição – os enganos.<br /> Que terão de fazer os doutores e os mestres proximamente? Os sociólogos, os jornalistas, os médicos, os padres? etc. Estes, mais ligados ao social, permanecerão no estilo essedário com medo da morte? Apoucados, não podem adorar um rei fictício ou transformarem-no em tótem, só por burrice ou ingenuidade. Ou será melhor sorrir, já que não é mister sorrir antes da peça terminar, como o Rei Ubu, estrião imaginário da literatura france­sa – citado em artigo de jornal pelos sociólogos – enquanto isto, no sul do País um cacique de uma tribo indígena vira assunto nacional traduzindo mais uma comédia de costumes; candidata‑se a prefeito e ganha a eleição, em seguida manda prender o seu adversário sob pretexto de que, acorrentando‑o a um poste, deixa de existir adversário na cidade. Falta educação e religião.<br /><br />SACERDOS ALTER CHRISTUS<br /><br /><br /> Hoje, lembrei-me do antigo professor que não vejo há anos e guardo na lembrança toda a composição dos seus gestos, sua personalidade, seu caráter. Dos meus amigos, posso dizer com segurança, é quem mais se parece fica com o Mestre.<br /> Foram-se os anos em que ouvia seus conselhos; frases significativas. Valeu os elementos primordiais que contribuíram para a minha formação. Ficaram suas explicações simples e curtas, ditas em suas reuniões com nossos colegas e, alguns riscos das aulas de linguagem vernacular no velho Liceu do Ceará. As suas frases bem formadas, quem as percebeu a interpretou nas estrelinhas, pode consumir bens infinitos que, para mim, durarão a vida inteira. Às vezes nos ensinava fatos paralelos a pequena distância do que falava, só para ilustrar e melhor dizer o que estava dissertando. E voltava ao assunto explicando o por que da língua portuguesa; as suas causas.<br /> Um dia, fiquei surpreso quando, para ilustrar uma de suas explicações, em certo assunto me perguntou, referindo-se a valorização da vida e a intensidade com que devíamos enfrentar os obstáculos: Qual o maior presente que ganhamos em nossas vidas? Com os anos pouco passados ainda refleti e, na mesma ocasião, vendo que dificilmente responderia corretamente, logo falou de Deus e mostrou-me que o maior presente só poderia ser a nossa existência; o nascer e explicava, é a maior obra de Deus, e estar com Deus é o maior de todos os privilégios. Deus do dia-a-dia, da conversão, da dedicação, da humildade, da simplicidade. Esse é o verdadeiro Deus, sem pactos e sem segredos. Ele ainda completava sorrindo: “entenda quem puder e se quiser”; “longe da corrida do deusdinheiro dos campeonatos, das competições e falsas impressões”, só para poder mostrar ironicamente a sua sorte.<br /><br />Luz dos Desonestos ou Golpe?<br /><br /><br /> A partir de agora não podemos mais fazer nenhuma previsão do que irá acontecer na política do País. Que coisa mais desumana, para dizer melhor sobre a ação de pessoas desonestas, os políticos juramentados, dizerem que trabalham pelo povo quando amealham para si à vista de todos. Eles hipnotizam a todos com promessas um pouco superior a que se tem direito e conseguem, através dessa colocação inteligente, prender a atenção de todos. O ouvinte, em razão da sensação de ganho, subjuga-se e flexiona-se sem nenhuma conotação de indagação ou de espanto. No instante em que nos envolvemos, assistindo e ouvindo os crápulas, estamos surpresamente, ainda, na esperança de ouvir algo melhor que nos conduza a um caminho promissor. Isso nos leva quase inconscientemente a aceitar e continuar ouvindo, entendendo o que se diz e gravar no subconsciente tudo o que está sendo dito pelo político. Nesse momento, abrimos um canal de intercomunicação e permitimos que o interlocutor nos transmita, à nossa mente, imediatamente o que bem deseja, e, seguramente tudo que ele está dizendo ou transmitindo é algo contra o que estamos ouvindo.<br />Assim se processa a hipnotização e o começo do domínio sobre os outros, que, até com ar de riso, por incrível que pareça, favorece tudo o que eles desejam. Daí pra diante não se tem mais nenhum controle sobre o que irá acontecer ou poderá vir acontecer. Assim, é o caos em que vivemos entre os desonestos que juram ser os mais sinceros, e só trabalham em benefício do povo.<br /><br /><br />SEGREDOS DA MODERNIDADE<br /><br /><br /> Não é mais transgressão disciplinar grave? Indagariam algumas pessoas diante do novo projeto brasileiro. Parece até que eles, os conselheiros da Casa Grande também percebem, isto é, que não é a educação o melhor caminho para o povo. Essa é a base, o trampolim para o conhecimento e consolidação dos projetos humanos. Dizem eles que é, mostram que não é e faz-se dois caminhos aparentes mas contraditórios. É uma espécie de orgia de liberalização e um dos fatores que regulam a espera de tudo aquilo que jamais virá.<br /> “É do conjunto de áreas específicas de ensino superior que se fornecem o diagnóstico e a ação necessária ao reerguer nacional”. Somente essa afirmação é suficiente para conjecturar com apreensão a questão da educação brasileira, mas os ouvidos gregos não recebem o clamor. É o ritual da insensatez, poder da discórdia, prazer do nada, a permanente briga do poder. Acorda, povo brasileiro, porque é preciso! É de manhã, éticos “caipiras vagabundos”! Como diria o ex-presidente. Até nós, também, bem que deveríamos gritar. Assim, muitos iriam acordar rindo com o marketing político para a realidade que se aproxima. Rasguem a mordaça.<br /> Na verdade, o caos eleito tem a sua dignidade personalizada e possui a mão fechada, mas cuidado, não dá garantias para nada, nem com mão espalmada. Jamais eles pedem para nos irmanar nestas causas; mas, construído esse muro de meias, nunca deixam de tocar com prazer os ganzás, e todos os pandeiros, até virem nesse amálgama o resultado de todas as suas ações. É uma estranha satisfação pelo simbolismo. Querem sempre nos considerar e nos acenam com tantas propostas. Em seguida, nos tratam com enxurro humano em troca de pregos e dentes nas eleições; propostas surpresas, ofertas bombásticas; às vezes tudo, às vezes nada. É a concepção niilista. Uma vocação para a dor ou para às indisponibilidades; é a busca incessante da devitrificação. Precisamos reconhecer pessoas maleáveis que falem à luz do sol, explicitamente; que conduzam e orientem sem místicas estratégias e segredos inconfessáveis. Mais parecem eles, os adivinhos, afinados com os seus abantesmas paradigmáticos.<br /> Dispensar a sistemática diplomática nacional e o gregarismo técnico pode ser ilegal e denota despreparo dos conselheiros mistificados. Que prumo desalinhado! Só serve para desnortear o povo e isso é péssimo. Eles, os comandos, acham que está ótimo, que o povo de tudo gosta; por isso pedem todo dia que essa gente compreenda, que ajude mais e mais. Desde daqueles dias do “apertem os cintos”, ou “quem não tiver gostando que dê um tiro no coco”. Hoje estamos quase mortos, mas cremos; eles não, continuam agnósticos. É um mal que jamais eles compreenderão. Não desejam nada com as falas formadoras de opinião. Pelo contrário, detestam o gregarismo, o ensino e a distribuição.<br /> Só lhes interessa a expansão das artes, a exuberância, o êxtase, o gozo, as protuberâncias, a mística da satisfação pessoal. É possível isso? Sim, com todos os direitos reservados para eles, muito embora vivam distantes da verdadeira realidade e da sabedoria universal. Eles são assurbanipalescos, visionários e imprevidentes. Detestam a simplicidade, a concórdia, o entendimento. Vale o constante jogo duplo deles, tudo bem; sempre com interesse em especulações fantásticas, abusando da ocultação-revelação, permanentemente envolvendo a secretude, mostrando a posteriori tudo aquilo que pode dar certo. É quase como um conjunto de exercícios de sacrifício de um iogue que, em situações quase impraticáveis, conserva todas as suas prováveis boas reações em seu próprio benefício e ainda invoca pretensos resultados. É o parapragmatismo que o Governo doa à Nação. Eles fazem muito mais de seus desejos para nos subjulgar cada vez mais, e, a malgrado das lendas, nomeiam-se candidatos da semi-servidão para a servidão plena. Não desejam para as pessoas o conhecimento, o estudo e a educação. E, por isso mesmo, temos de acordar imediatamente, regenerar as nossas forças, nos revitalizarmos, para dar uma resposta contundente na próxima contagem de votos.<br /> Assim tem sido a política da permissividade, um ritual com ocultação e disfarce de autoria que vê e diz que não vê, faz e diz como não se deve fazer para poder fazer depois o que disse que não se devia fazer. É justamente isso o que estamos vendo, o contrário da educação nas escolas. A implantação da lei do badernaço, o rocambolesco conjunto de segredos da modernidade. E, pelo jeito, ainda vem aí, “o que a mente humana não é capaz de imaginar”.<br /><br /><br />FIM DE SEMANA NO SÍTIO (RECANTO CUNHA LIMA)<br /><br /><br /> Abro os olhos, fico atento e, vagarosamente pressinto a presença de tudo que está em minha volta. É o final da madrugada! Lembro a gratidão, a respiração, o aroma da manhã, o vento ausente, o frio, o chão, o tilintar do grilo. Vejo e sinto as portas e janelas, a pequena abertura nas telhas (meu relógio de estimação), a coragem de levantar. Agradeço a Deus porque estive dormindo no céu, a noite inteira, e agora, por ter acordado no Recanto Cunha Lima.<br /> Um impulso e fico em pé, calçada a chinela vou abrir a porta. O silêncio é como a calmaria de um rio. Olho distante e vejo o céu recebendo as bênçãos dos primeiros raios do sol, o adeus ao ambiente gris; entretempo de despedida dos tilintares, dos pios das matas e quachares noturnos. Quantas mensagens são oferecidas pela natureza; nós não a compreendemos mais porque não lhes damos ouvidos. O pequenino cachorro ainda late distante, um burro passa ligeiro no portão do sítio; (vi-o pela fresta do portão e pressinto‑o pela batida das tábuas da cangalha mal arrumada). Segue atrás o dono (seu Manoel) preocupado com à longa distância sem saber se hoje é dia bom para vender ovos, batatas e macaxeira; sua única produção da meia de onde mora. Tudo ainda é silêncio e calmaria. Aqui ainda percebo o soprar dos últimos perfumes da noite e o burburinho das vozes madrugadoras; pode ser mais gente na estrada; os últimos carregos de rapadura no engenho do Seu Geraldo, as nativas contando as suas vitórias e peripéssias da noite dançante, a romaria para a igreja nova do culto do evangélicos da Tapera, o ronco de um velho e lento chevrolet carregando tijolos.<br />A nossa casa está bem ocupada. Todos ainda aproveitam o sono e só se levantam quando sentirem o cheiro do café e da tapioca. Meu pai e minha mãe estão em seu quarto dormindo. A irmã e sobrinhos no outro. É frio. Os filhos, a filha e a mulher ainda estão também em sono profundo. Melhor dizendo, só irão levantar quando, no bater dos pires, as xícaras estiverem em uso. O vento leve ainda sopra e com ele vem o filho da empregada anunciando: “a mãe mandou dizê que vem já”, e ao passar das seis horas da manhã, tudo vira “começar de novo” e a ventania aumenta tomando conta das copas das mangueiras e cajueiros, num farfalhar inigualável, diferente do rés do chão, onde as galinhas correm cacarejando no terreiro.<br /> É o meu caminhar até a cacimba para ligar o motor, no fim do alpendre da casa. Vê‑se as cadeiras, os bancos, as redes de tucum armadas, um chicote pendurado, a moenda, arreios não sei de quem, o veludo com as mãos sob o queixo, (cachorro da casa deitado debaixo do cajueiro) duas latas de querosene e o pau do ombro, (objeto de carregar água); o fogão de lenha e a churrasqueira ainda fumaçando das cinzas, a lenha seca de sabiá para acender o fogo de hoje. O mais sofisticado daqui é que tudo é in natura. Não há nada para apressar, nenhuma idéia inusitada. Tudo já foi criado, tudo está aqui no nosso paraíso. Estamos no paraíso, o Recanto Cunha Lima, nosso sítio, um cantinho do céu.<br /> Olho de novo para os coqueiros plantados no limite da cerca, os cajueiros, as mangueiras, o limoeiro, a areia branca, a praçinha “bidório’ entre três cajueiros e uma mangueira, (tudo aqui foi feito com a força de um pai, o nosso pai), o banco de madeira, a mesa baixa e comprida de cimento e azulejos (um dia estava ao lado do meu pai e ele olhou para esta mesa pela última vez dizendo: este foi o último trabalho que fiz; e bateu forte com sua bengala naquela mesa de cimento e ferro), o anexo bem ao lado, a base mística da pirâmide. Vejo a terra branca, as pedras e os grãos de areia, veio tudo e gravo cada vez mais, como se fosse, conferindo cada pedaço daquele chão. A mangueira tomy atkins, os boa noites, o limoeiro, tudo em pleno florir.<br /> Tudo está como antes e ainda é silêncio, apenas com prenúncios de um novíssimo dia. Aqui é assim, e assim é o sítio cheio de todas as cores. A paz como nunca se viu, a serenidade, o verde e amarelo, o azul e o branco. Este é o nosso quintal, aqui é o nosso Brasil, o nosso querido Recanto Cunha Lima.<br /> É hora do café e quase todos estão tomando o lanche matinal. Os menores já brincam na alva areia, trazem seus objetos, escolhem o sol, a sombra, a copa das árvores. Os adultos se sentam nas brancas cadeiras, no parapeito vermelho, e passam a falar coisas que fizeram, e as que ainda podem ser feitas. Sentem‑se à vontade, riem‑se, só se lembram que estão felizes e que ainda há mais que um dia inteiro para relaxar, pensar, sorrir, se balançarem nas redes. Não pensam quase no que dizem. Os assuntos são os que vão surgindo. Tudo chama atenção: a formiga no chão, a borboleta amarela, uma rajada de vento, um caju que despencou da árvore, o cheiro de mato, o mamão maduro no pé, a piscina está quase cheia. E como se não bastasse, acaba de chegar ao recinto o seu Gonzaga, o caseiro irreverente que sempre esteve presente. E mais tarde vem mais visitante. Todos querem estar aqui fim de semana.<br /> O peso da responsabilidade daqueles que vivem na cidade é sempre o mesmo para aqueles que vão curtir o sertão. Por isso de repente, sempre salta um pro lado de lá, com uma vassoura na mão e um voluntário(a) do lado, outro com a idéia do almoço e alguém puxando as cadeiras. A empregada, que é da região, pensa e cogita: “nunca vi algo mais estranho; num lampejar, sem que ninguém deixe transparecer, vontadosas criaturas aparecem saltitantes para reduzir as minhas tarefas, que família ideal!” bem que ela podia pensar assim.<br /> O sol já a pino diz que hoje vai brilhar; cerveja gelada toma conta de gelo. Vem aí o tira-gosto e um bom churrasco. Preparar a churrasqueira faz muito bem e visitante que vem. Cuidar não faz mal a ninguém. E vamos aos preparativos para uma doce jornada. Chegam os amigos e a festa tem início. Surge um caldinho, coentro e pimenta de cheiro. Muita conversa, boa música, aqui todo mundo é de festa. E grita um lá da sala, churrasqueiro?! Nesta altura o almoço até já vai ser servido; tem sempre um que já está pensando em pegar uma rede no alpendre.<br /> O movimento é constante – Aqui não se vê hora passar – o banho de ducha ou piscina é uma constante – e a estas alturas do dia com tanta animação familiar, não se percebe o passar das horas. Como aquelas tardes nunca mais. A tarde traz o silêncio da noite – a brisa é leve, os assuntos amenos. O café com tapioca vai sair. A televisão chama a todos para os seus pés. A mesa e os sanduíches, os bolos, as tapiocas e os caldos são do agrado geral. Começam também os preparativos para a noite (podemos ir ao restaurante do Zé Almir, uma festinha num sítio próximo ou visitar algum amigo), uns vão na frente, outros depois, outros mais tarde ainda. Assim, quem vai ficar pra dormir cedo fecha fechando os olhos vagarosamente. Você está no Recanto Cunha Lima.<br /><br /><br />RISO E ADIVINHAÇÃO – germes da Contradição<br /><br /><br /> O vírus da intolerância, da indolência, do marasmo e da rotina, aqueles que se estabeleceram durante anos em nosso meio, contaminando gerações, quase não encontram mais os rumos da sobrevivência. É a face sombria e nefasta da escuridão. E o que é escuridão? É o campo fértil da lascidão, paraíso dos desafortunados.<br /> Não se pode pensar no novo e no moderno desse jeito porque as conseqüências dessas mudanças alteram o ritmo das pessoas. Se são preferíveis as adivinhações, as indicações pictóricas das conjecturas, ao planejamento – reconheçamos – não sei o que será da metodização e científico.<br /> Assim, neste Brasil em que vivemos, basta isso para nos deixar ser preteridos humildemente. Sem métodos e sem lutas, sem tradições e sempre envolvidos com o acaso. Somos capazes de querer desviar o curso dos rios, mas não sabemos como evitar a quase destruição da maior preciosidade que tem o ser humano; a moral e a dignidade – bens inestimáveis – que são destruídos, massacrados.<br /> O governo FHC alimenta de qualquer maneira essa doençaria – pouca saúde – que contaminou o País durante anos seguidos mas os seus diagnósticos traduzem alucinações ao invés de lucidez. Somos pacientes e aceitamos a nossa doença, mas não nos convencemos daquilo que nos aflige; que fazer diante dessas tentativas difíceis para combater o mal se a doença instalada não dá sinais de regressão? Vamos para o Congresso ouvir os pares. Mais catástrofes; cada um tem compromissos com os amigos de viagem e cuida só dos seus interesses. O povo que morra de vez – deixem-me em paz – quase dizem os deputados, bem alto, para todo mundo ouvir. É por isso que ganharam o presente grego dentro do próprio congresso; aquelas faixas ridículas: Congresso de picaretas. e não se tocam.<br /> Na escalada do sucesso não é o dinheiro ou pelo dinheiro porque brilham os olhos do presidente. Há introspecção e digressão em sua sabedoria que consiste na antítese de vê a ascendência insatisfatória, quase em detrimento dos outros. Penso que a modernização o ajudou a dar o salto; maior que a necessidade, insuficiente a ver os semelhantes a lutarem entre o céu e a terra. Sem se importar em virar estátua de sal, a cada aparição sua o riso melhor se faz. A moral do brasileiro é tocada e o silêncio é uma ousadia depreciativa. Até quando haveremos de interrogar? Será que o nosso presidente virou bicho de sangue frio, como a rã, quem canta no fundo de um poço e não vê a quantidade de água salgada que existe no mar? Os seus métodos administrativos não coincidem e os seus conselheiros? Será que ele considera “que o soldado é bom não saber porque ele não revela nem sob tortura?” É quase certo que ele sabe dessas luzes e que esse lúmem pertence aos aconselhamentos ocultos.<br /> Nada pára de crescer e tudo permanece nesse conjunto de atitudes complexas com gosto horrível, que viram linguagens rebuscadas. Não há condicionamentos, não há interesse pela metodização, pela sistemática ergológica. Não era essa a intenção verdadeira do presidente, com certeza e, se insistem eles nos aconselhamentos dessa direção, é porque não desejam que o povo reflita para descansar e continuar à sua jornada. O lado lírico da comunicação vê isso todo dia, reconhece as honras e méritos, mas essa base vê primeiro a trajetória da distribuição eqüitativa, se é que isso ainda pode acontecer. O que estamos vendo é que a respiração do povo brasileiro precisa voltar ao normal, juntamente com seus espíritos que já se apegam com o último esforço de estâmina. Que pensem mais os cordos conselheiros ocultos, não só o presidente. Diria o Appeles em sua máxima ao presidente da República: Ne sutor ultra crepidam. E Catão sensor se divertiria hoje dizendo: Os àlgures, deixem de se olhar, se querem parar de rir.<br /><br /><br />CRISTIANISMO, VIVO<br /><br /><br /> Há paciência, sim, vamos esperar pelo menos alguns meses para ver se o presidente FHC e seus encarnados esclarecem as dúvidas do povo brasileiro. Antes que o mínimo indispensável social à ordem pública – entre em luta aguerrida. Ele mentiu, (negar é a sua prática) mas vamos continuar delineando nossos caminhos, mesmo que tenhamos de refazer as trilhas. Os adeptos do futurismo, cheios de razão e convictos da desorganização nacional não fornecem respostas, trabalham pelo Brasil moderno, lutam pelo estabelecimento das prédicas assurbanipalescas, amam os segredos, o senso anticonciliatório, correm da cruz com sentimento gregário.<br /> O que eles pensam? Entre o cristianismo e a ciência há uma intervenção cirúrgica anticristã que tem a finalidade de esvurmar o mecanismo e o contraditório – antítese? – sempre com a intenção de dissipar o uno e o indivisível, da qual faz parte a tradição brasileira. Esse abstencionismo, longe da brasilidade, foge ao nosso alcance e só causa dissemelhanças.<br /> Precisamos tomar conhecimento urgente desses projetos de risco que são ocultados sob o manto da descrição. O que não se admite ainda é deixar que sejamos taxados de ignorantes. Isso é abuso, é desrespeito, é uma destruição, aniquilação da mente humana. É uma espécie de morte. E como diria o General Castello Branco: só uma criança é que não tem medo da morte.<br /><br />PSICOLOGIA E GOVERNO<br /><br /><br /> As ruas estão repletas de pessoas problemáticas com sinais de doença psicológica de todas as espécies. São inúmeras as situações e se diz que é o transtorno comportamental (experiência dos últimos tempos), ocasionando pelos mecanismos sócio-políticos (destruidores que são), do modelo de todas as categorias profissionais. A situação é comum e pertence às diversas classes. O cotidiano da vida, juntamente com o turbilhão de informações e notícias do dia-a-dia, e contraditório, muitas vezes sem corresponder, ou, correspondendo a realidade, trazem o conflito, o autocontraste, o desespero, o caos. Passa por isto mesmo a pertencer às pessoas todo o glossário de psicopatologias.<br /> Sem que ninguém perceba, a indisposição é estabelecida em todos os lugares. Nas repartições, nas ruas, em todos os recantos há um sem número de pessoas desestruturadas desempenhando aquilo que lhes coube fazer ou que melhor convinha fazer para alguém. Sem habilitação ou com instrumentos técnicos, conhecimento, esperança, ou sem ninguém para se contrapor, nasce o insucesso, a falta de compensação, o prejuízo, o nada, o desespero e o início de uma série de perturbações mentais, a começar pelo transtorno obsessivo compulsivo; a desorganização apática; a hipobulia, a agripinia; a egomania; a tangencialidade; a tricotilomania; o pânico; o estupor; a apofonia que significa a forte sensação de estar fora de si; os tiques que são os movimentos involuntários; o parapragmatismo quando se diz frases incompreensivas e, dezenas de outras doenças que fazem parte do cotidiano brasileiro, causando por isso mesmo o próprio desastre econômico e moral da pessoa com perdas irreparáveis.<br /> É obrigação do governo criar centros de orientação dessa natureza, para todos os tipos de situações com a devida indicação psicológica inicial às pessoas a evitar o descompasso na vida, o fracasso e, por fim, a desorientação mental e a marginalização. E o que fazer com esse contingente existente? O brasileiro está doente física e psicologicamente, também, pela incapacidade do próprio governo em permitir esse estado de anormalidade. De que nos servimos, atualmente? Do salve-se quem puder; deixai correr, deixai passar, que tudo se resolve por si só. Seria mais lógico compreender a política pelo gregarismo – força titânica a vencer outros países pela capacidade do associativismo. Estamos precisando de “luzes” verdadeiras, longe dessa carroça democrática e desse regime de semi-servidão. É chegada a hora do governo investir no equilíbrio das pessoas, na inteligência e na sintonia de decisões; em segurança, em discernimento. Assim não serão permitidas tantas aventuras traumáticas no perigoso contrafluxo da vida.<br /> São os poderes da mente humana, o grande alvo nas empresas estrangeiras onde investem milhões; certamente, com a intenção não de manipular ou controlar, mas sugestionar o indivíduo para lhe dar a perfeita sensação de que o seu trabalho parece ter quase o mesmo valor do prolongamento do seu próprio bem estar. Não sou especialista no caso, nem tampouco defendo tese, mas, vê-se novas estruturas no panorama mundial e a inserção da mídia governamental para o povão; algo que o ajuste às transformações à coisa já existente e na correta direção.<br /> O povo precisa de meios mecanismos para compreender as novas estruturas. Não é justo que muitos se sintam atônitos ou loucos sem querer, por não saberem mais o rumo que tomar. Não há quem queira assumir esse caminho ou resgatar a unidade e os direitos do ser humano? Há, com certeza, e esses profissionais estão bem próximos de todos nós. É preciso que se deixe de lado a compreensão de metas e se encare os mais frágeis. Todos nós estamos precisando de um regenerador, quem sabe, muito mais que isso dentro de um conceito científico de psicologia. Assim, constituiríamos mais cedo, quem sabe, o amálgama desejado, mesmo sabendo que o pior ainda está para chegar, mau grado das lendas.<br /><br />NÃO É SEGREDO<br /><br /><br /> Somos embargados da fúria salomônica. É invisível, ou inadmissível para quem ama, ver Deus e sua família sendo carregado dessa forma. Está claro para todos a curva descendente do modus‑vivendi do brasileiro pelo descompromisso, dissociação e desagregação dos principais dirigentes da nação. Querem a permanência contínua dessa mapiação – fútil disse‑me-disse – dos noticiários da Capital Federal. O que acontece ali está longe de se chamar pelo menos de tentativa de conserto do regime em que vivemos. Eles não são loucos de tentar alguma coisa acertada, mesmo sabendo que a vida é feita mais de tentativas do que de realizações. Senão acaba‑se tudo de uma só vez. Podiam ser mais amenos, pelo menos. Dizem o contrário com falas imponentes e posturas espetaculares, mas prevalece a soberba das obras e só aspiram grandezas no estilo das grandezas, sempre com objetos pontudos dimensionados, como as obras faraônicas. É estranho... Que desorientação consigo mesmo! Nos enganam, nos enganaram e continuam exigindo de todos nós o último esforço, até que fiquemos perdidos completamente, ou desnorteados como falam os “especialistas”, já que nos encontramos em estágio de estupefatez. Não desejam o compromisso com o social, a união com humildade, o saber com serenidade e a certeza com segurança. Pelo contrário, daqui em diante tudo poderá ficar sem solução ou possibilidades de ajustes se não souberem organizar. Daqui pra frente o que foi tecido estará desarrumado.<br /> Nos tratam como ingênuos, nos dão às costas, mas dizem que estão do nosso lado, cuidam de nossos interesses, protegem nossas vidas, trabalham pelo País, e em “segredo” tramam a farsa do dia‑a-dia sem nenhuma base de sustentabilidade. Nos prendem numa redoma e ficam do outro lado a rir e chorar adivinhando o que pode ser bom ou ruim. Taí a destruição de milhares de lares e famílias que em pânico não têm mais referencial político, econômico e moral, únicas bases seguras de qualquer instituição. Eles sabem que há esperança, necessita‑se de consciência e honestidade comprovadamente. Estamos em estado de letargia ou posição catatônica, ou seríamos vítimas por extensão dos abutres malditos que preferem a guerra e, de espada na mão querem sujá‑la de qualquer maneira, nem que seja como seu próprio sangue disposto a perder a própria alma? O que é isso minha gente! Chega de demônios ferozes que “entram no juízo do povo” e deixam‑nos “de mente parada”. É mesmo esperar de Deus a sua vontade.<br /><br />O REI A VELOCÍPEDE<br /><br /><br /> Ele parece um ex‑Xá, ou o próprio Ide Amim Feheca. Assim o imaginamos a partir de agora, rei talvez da pantomima, com esse objetivismo extremado e suas frases louvaminheiras (com paciência e ataque frontal, desfere no inimigo golpes mortais). Esse rei às vezes incorpora uma criança sem prevenções ou cuidados antecedentes. Tem memória, mas não possui autonomia. Impressiona pelas vaidades, muda sempre de idéia e conserva o seu estilo. Afinal está na idade de deixar parecer-se complacente e moderado. Às vezes parece um velho rei. Nem velho nem novo. Nem tão novo que não possa dar um pulinho de dois metros a saltar do barco, e nem tão velho que deva dar pulos de cinco metros de altura para encostar sua cabeça no teto do planalto. É o incorrigível da pós-­modernidade, mas cordato; sabe tratar coisas leves com a maior gravidade, e as coisas graves com a maior leveza...<br /> Rah! Reca! Viva o supimba Amim Feheca, por que não gritam para Fernando Cardoso, o presidente da fama? Não, não há mais tempo de pensar nisso! O importante agora é aliar-se com as frentes gigantescas como muitos políticos estão querendo aí; para impedir o pisoteamento sem controle do chorume humano. Pelas suas frases com ressonâncias antropo­fágicas apavorantes, quase nada mais temos daquele Brasil, daquela gente, senão as velhas torres de marfim. É se cuidar, minha gente! Falsificador de sensações, parece que acaba de embarcar num vôo charter para o local onde vamos ver breve o arreben­tão do badernaço, ali nas fornalhas do Palácio da Alvoroçada. Até isso é lento, mas é bom prepararem os baldes, tocar as trombetas e deixar os caminhões de tomates passar, por que tudo indica que vai começar a correr pelo asfalto já aquele grosso líquido vermelho. Não será sangue, mas causará a impressão. Será como um filme “sem vergonhas” com des­dobramentos minuto a minuto, e, gritando dirão viva os cabeças de tomate.<br /> Tome o seu punch junto a todos os canais de televisão do dia‑a‑dia e veja a violência inoportuna sem os caprichos da imaginação. Viva a Big Apple! Mas estamos no Brasil das luzes, do dinheiro e cassinos, dos campeonatos e imediatismos, muita transação ilícita de bancos e soerguimentos mil, das rajadas de metralhadoras, dos assassinatos, seqüestros, pressões. Que modernidade... lendária modernidade pré-­paradigmática de sócios.<br /> Vejamos as vozes e vídeos sem‑gracice que mandam para o ar: F.M.I. exige mais esforço de quem trabalha dez horas por dia. Seu salário será acrescido de novidades. Não tem nada, só ficção. O vale transporte dos paupérrimos virá no próximo mês uma tonelada a mais. Nunca mais. Seu contra‑cheque trará escrito: Promovido. Seu salário será o equivalente ao da classe. É apenas para fazer você de besta, aguarde... dia trinta vem aí com os novos aumentos. Você que não tem diploma de burro, sabe que é uma tremenda defibrilação. É provável brevemente ver o seu contra‑cheque ser reduzido pela metade. Afinal, estão programando para você, só receber cinqüenta por cento do seu salário. Desbussolado o nosso rei chega a ser um dois‑em‑um, mas quase não tem a oferecer, pois quase tudo se foi. Os frutos amadureceram demais e não há o que oferecer para os súditos. Até mesmo a linguagem abacadabrante e os ensaios mágicos estão findando. O povo capiongo já sabe que a confiança e voto foram parar dentro da estufa do artificialismo. Afinal, os projetos do rei só tiveram arquitetura. Formaram imensas teias de aranha, isto é, testemunham muita arte mas para quase nada serve.<br /><br />DIALÉTICA À BRASILEIRA<br /><br /><br /> No Direito Romano, exacerbar era o natural no espectro dos acontecimentos jurídicos. Mas o cerceamento da liberdade era visível. Valia o direito de ir-e-vir, mas a vigilância tinha suas regras. Hoje é igual. O Estado domina, mata e esfola. Fica o dito pelo não dito e a exploração do ser humano continua a prevalecer como numa competição de campeonato; muitos apostam a ver o fiasco das investidas dos mais fracos. É a exploração do ser humano que prevalece. Não basta ser cobaia para eles, os mandatários e corifeus, embevecidos e indolentes não só utilizam o olfato para perceberem o pesado clima que está em sua própria volta. Muda-se os fatos da noite para o dia, cuida-se primeiro de causas próprias e mais, trabalham para cobrir o Sol com peneira. Esquecem de exercitar o próprio direito a marcas e projetos interessantes.<br /> Sabe-se que é impraticável a contemporização, pelo ligeirismo com que se fabricam as decisões nacionais; é mentira, diz um ministro, dane-se, afirma um presidente. Esse imediatismo é próprio de quem não quer largar o osso e não passa de uma fábrica de conselhos mal-articulados, esguichando sobre todos nós longínquas e fatídicas esperanças no dia-a-dia.<br /> Estamos próximo do ridículo e ainda estão sugam de todos nós os suportes já estabelecidos; os direitos constitucionais. Esses conselheiros de retaguarda não fazem encenação, são desonestos juramentados. Há que se estabelecer parâmetros aceitáveis; pelo menos antes que se instale o irascível, o cabisbaixo.<br /> Longe estamos da nova transição democrática e, até o momento os rocambolescos congressistas preferem a cartilha ilusionista que dita o fechamento de todas as passagens comuns, provocando desorganização social e desestruturação familiar; únicas bases sólidas para a própria política sócio-econômica do País.<br /> Vende-se a palavra, troca-se os assuntos das reuniões, encaminha-se o que não foi resolvido, despacha-se o que não é autorizado, inverte-se o dizer do que está certo e também do que é inacabado; anuncia-se o que não é verdade, e, não se tem mãos limpas. Segue o vírus; lá está ele nos corredores dos Palácios, Senado e Câmara, como uma espécie de chiste especulativo, ou mesmo, explicativo para tantos desencontros de decisões.<br /> Assim é traduzido o badernaço camuflado que prejudica a todos e caminha sempre do mesmo jeito com cara e roupagem de Primeiro Mundo, a troco de consertos, ajustes e acertos nacionais. O gregarismo de consertos, ajustes e acertos nacionais. O gregarismo sólido, o pacto e a dignidade ficam para depois.<br />E continuamos sem eqüidade, sem salários e sem poder vir a tona respirar, andando no corretor polonês das universidades. Não basta subjugar os jornalistas, médicos, advogados, agrônomos e tantas outras profissões de valor pétreo para o País, que cuidam do escudo crítico dos princípios, hipóteses e resultados das ciências já constituídas, e que visam a determinar os fundamentos lógicos, o valor e o alcance objetivo delas; teoria e ciência.<br />Essa, a indolência política, a intolerância, a indecisão, a desonra parlamentar.<br /><br />BIBLIOTECÁRIO: FONTE CIENTÍFICA DA INDÚSTRIA<br /><br /><br /> O ser associativo é aquele capaz de assimilar todas as determinantes da intercomunicação. Quem se propuser a viver longe dessa regra, em pouco tempo poderá assistir as suas concepções dentro de um contexto infundado, ou, no mínimo, distorcido. No âmbito das empresas modernas do mundo empresarial, há alguns anos, nascia a descoberta da produção múltipla, em que o trabalhador ficava condicionado a produzir em série – concepções de Ford e Fayol – veio até os nossos dias o Homo Loquens. Ao exercitar‑se, a si e aos seus descendentes, nas técnicas que aprendera, aperfeiçoando‑as, transforma‑se ele no Homo-Ludens, de que nos fala Huizinga.<br /> Dentro deste argumento, as indústrias são as primeiras a reconhecerem a permanente vigilância daquilo que produzem, associando o seu conhecimento à dinâmica do saber científico das diferentes fontes, à flexibilidade da necessidade de fazer consultas aos variados tipos de fontes. Esse jogo requer a necessária e permanente aproximação de profissionais especializados, certamente os bibliotecários, que, com a sua riqueza de métodos de investigação literária e científica, alcançam, com facilidade os mais diferentes campos de referenciação registrada de qualquer assunto. As indústrias trabalham just in time e necessitam constantemente, no próprio momento do desdobramento de seus projetos, da justificação de detalhes pela literatura com o assessoramento de profissionais especializados na referenciação das fontes variadas em seus apanhados de documentos diversos para, em conformidade com as próprias necessidades, poder comparar e associar à concretude de uma produção. Nada mais sensato que a garantia do nível de produção pelo assessoramento da pesquisa de um bibliotecário dentro da empresa, associando e comparando todas as referências possíveis daquilo que está sendo pesquisado para ser levado ao mercado. A nova informação favorece a troca de idéias e a conjugação para próximos e futuros assentamentos. Assim, poderemos elevar a comunicabilidade, a boa administração, e dizer, por sua vez, que este aceno é a garantia do sucesso de qualquer produção de uma empresa ou indústria.<br /> O alvo maior de todas as organizações bem constituídas é atingir ganhos significativos de qualidade e de produtividade, a fim de não serem suplantadas por seus concorrentes. Não é diferente com a indústria. Cabe a quem empreende e sabe adequar e implementar o que se chama de qualidade total, através da comunicação da informação descentralizada, regida e baseada no conjunto de fatores disciplinadores, como por exemplo as normas da ISO (International Organization for Standardization), a mais conhecida organização de padronização do mundo. O seu objetivo é fazer com que as empresas adotem as suas normas como modelo de seus sistemas, pois essa organização tem publicado mais de 10 mil normas e é constituída por representantes de mais de 100 países, inclusive o Brasil, aqui resguardada com vigor pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ‑ ABNT.<br /> É através da permanente busca e aperfeiçoamento das consultas e técnicas de pesquisas dentro da empresa e a intercomunicação entre os usuários de uma biblioteca, tendo em vista a busca de qualidade e modernização dentro da indústria, que ela, a própria empresa, se comprometerá verdadeiramente com todos os seus próprios requisitos e o seu sistema de produção. Os empreendimentos que se conscientizarem e se concentrarem no “investir” de seus potenciais, terão de se adequar, possivelmente, ao novo modelo, uma vez que o controle de seus sistemas de produção e qualidade de seus produtos, só deverão trabalhar com custos menores, controle de gestão, maior aproveitamento de recursos, qualificação de matérias‑primas, aperfeiçoamento de mão‑de‑obra etc., certamente a garantia de mais empenho, maior produção e larga competitividade no mercado.<br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /></span><span style="font-family:verdana;"></div></span>Tohama Editoraçãohttp://www.blogger.com/profile/01359905270529847464noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6525593032384920294.post-37700022164322655582010-07-03T14:23:00.000-07:002010-07-03T14:24:34.009-07:00<div align="justify">Título original: As radiações que nos cercam. Quais são, como se distinguem, quais são benéficas e quais são as prejudiciais a nós.<br /><br /><br /><br /><br /><span style="font-family:verdana;"><strong>AS RADIAÇÕES QUE NOS CERCAM<br /></strong></span> benefícios e malefícios<br /><br />Roberto Cunha Lima<br /><br /><br /><br /><br />Na era do conhecimento fatores importantes nos alertam<br />sobre a incidência das radiações a que<br />estamos sujeitos. Os riscos ocultos das<br />radiações estão presentes a todo instante em nossas<br />vidas. São várias as ocasiões em<br />que nos arriscamos sem<br />necessidade. Assim, devemos<br />ficar atentos quanto aquelas situações<br />que podem trazer malefícios<br />sobre o nosso organismo.<br />É necessário conhecer<br />O uso das radiações e suas<br />funções científicas<br />a evitar problemas<br />de saúde e até a<br />morte prematura.<br /><br /><br /> Este é um tema relevante na Física, mas também importante na medicina desde o século XV. O assunto é ligado a todos. Radiação é uma forma de energia emitida por uma fonte, e que se propaga de um ponto a outro sob a forma de partículas com ou sem carga elétrica, ou ainda sob a forma de ondas eletromagnéticas. Cientificamente é vista por novo ângulo: Quando a radiação possui energia suficiente para arrancar um dos elétrons orbitais de átomos neutrons, transformando-os em par de íons, diz-se que ela é ionizante. A ionização é a eliminação direta ou indireta de um elétron de um átomo, que se transforma em íon positivo. As partículas carregadas produzem ionização diretamente enquanto que as neutras e as ondas eletromagnéticas, na sua interação com os átomos de um meio, produzem ionização apenas diretamente, criando partículas carregadas, que por sua vez podem ionizar. O termo radiação ionizante é usado para designar tanto um feixe de partículas com ou sem carga elétrica, quanto as ondas eletromagnéticas. Ainda podemos dizer que é a emissão e propagação de energia através da matéria ou do espaço, por meio de perturbações eletromagnéticas que apresentam duplo comportamento.<br /> A história inicial das radiações registra que alguns mineiros alemães foram acometidos de grave enfermidade no pulmão (1494), causando-lhes uma doença chamada bergsucht, indicando óbito em pouco tempo. Logo estudos posteriores viram a incidência de radiação – é o caso do cobalto-60, o césio-137, o sódio-22 etc. e também uma infinidade de outros elementos. Os elétrons também emitem radiação, depende de sua excitação dentro do núcleo. É o caso das lâmpadas de vapor de mercúrio ou sódio, e lâmpadas de gases halogênio.<br /> Radiação, para ser melhor compreendida na origem, significa radiar, vem do Latim, radiare, emitir raios de luz ou calor. Daí, a palavra radiação; radiar + ação, que diz do ato, ação ou efeito de radiar, transmitir energia através do espaço em linha reta à velocidade da luz, isto é, a 300 mil km/s, desde que não encontre obstáculo. É a multiplicação da energia por meio de partículas ou ondas. A legislação sobre uso, manuseio ou sujeição da radiação hoje é explícita.<br /> Mas qual a utilização da radiação? O que fazer com a radiação? Precisamos conhecê-la cientificamente, além de nos cercar das valiosas indicações nos seus amplos aspectos. Todos fazemos uso das radiações. Como exemplo citamos as radiografias e os radiodianósticos; quando examina-se a possibilidade de fraturas, tumores e o campo da anatomia.<br /> Um exemplo objetivo do uso das radiações vem do sol, fonte de radiação comum. O sol atinge a Terra em todos os cumprimentos de onda ou freqüência. Sobre o efeito estufa sabemos que a radiação solar atravessa a atmosfera. A maior parte da radiação é absorvida pela superfície terrestre aquecendo-a. Alguma parte da radiação solar é refletida pela Terra e atmosfera e volta ao espaço. Parte da radiação infravermelha (calor) é refletida pela superfície da Terra, mas não regressa ao espaço, pois é refletida de novo e absorvida pela camada de gases de estufa que envolve o planeta. E o que significa isso? O efeito é o aquecimento da superfície terrestre e da atmosfera.<br /> É necessário saber utilizar as radiações solares quando se trata de benefício, e quem não souber manuseá-la, poderá ser afetado drasticamente. Ficar exposto por exemplo ao sol, só nas primeiras horas do dia, caso contrário, sujeita-se a incidência de raios prejudiciais. A radiação ultra-violeta emanada do sol é maléfica e causa vários tipos de câncer. Em termos práticos dizemos que quem está próximo à linha do Equador sofre mais porque os níveis ultra-violetas emitidos são maiores. É uma luz com cumprimento de onda menor que a da luz visível e maior que a dos Raios x, de 380 nm a 1 nm. A causa mais latente do uso inadequado dessa luz, uma vez que é registrado o surgimento de doenças como o câncer, raquitismo, psoríase, esclerodermia, eczema, icterícia, queimaduras, para citar doenças que surgem após insistente exposição ao sol.<br /> Em se tratando da incidência das radiações diretas sobre o ser humano, é necessário lembrar que o nosso organismo é composto de trilhões de células que necessitam permanentemente de um ambiente estabilizado e saudável para que possam viver e se reproduzir constantemente. E são elas, as células, as unidades estruturais e funcionais dos organismos vivos que são as mais afetadas. Quando há a incidência de modificadores ambientais dentro das células, elas reagem com significativa expressão correspondente, a fim de identificar as possibilidades de defesa, pois a cada situação de incidência de raios ionizantes sobre as células, providências são tomadas na tentativa de proporcionar novo equilíbrio de suas funções, se houver possibilidades. Quando são expostas à radiação, tendem a modificar a estrutura física do corpo humano, iniciando uma série de ações novas pela desorganização química e biológica. A radiação que incide sobre as células causa ionização dos átomos e afeta imediatamente as moléculas de cada célula por inteiro, afetando os tecidos e proporcionando generalizada alteração nas funções do corpo humano, modificando inclusive o DNA. (Ácido desoxirribonucléico – o ácido que contém todas as informações genéticas). <br /> Existem dois tipos de radiação, a ionizante e a não ionizante. As não ionizantes são as de baixa energia, ou sejam, ondas eletromagnéticas geradas pelo rádio, TV, forno de microondas, etc. são comuns em toda terra. As mais preocupantes são as ionizantes, pois elas afetam o ser humano.<br /> E o que é ionização? Ou ondas ionizantes? São aquelas que produzem altos níveis de energia, essas é que são perigosas, são originadas do núcleo de átomos que podem ser alterados liberando elétrons e tornando-os eletricamente carregados. (elétron – partícula sub-atômica que circunda o núcleo – responsável pela criação de campos elétricos). Um átomo pode se tornar ionizado quando a radiação colide com um dos seus elétrons. Se houver violência na colisão, o elétron pode ser desprezado pelo átomo e essa perda do elétron faz o átomo deixar de ser neutro, pois com um elétron a menos o número de prótons é maior e o átomo torna-se íon positivo. O que significa essa ação? É que a quantidade de energia depositada em um só lugar (chama-se dose absorvida), desorganiza as funções normais da célula. É por isso que nas situações em que os Raios X são utilizados, (sob controle por exemplo), (são ondas ionizantes), não nos afeta integralmente, pois ficamos expostos necessariamente a uma “fração de segundos”, mas o operador do equipamento utilizado, aquele que desempenha a sua função no horário de trabalho várias vezes ao dia, necessita monitorar a sua permanência trabalhando atrás de uma parede especial usando protetor sobre o próprio corpo para que as partículas ionizantes não lhes afete. O uso de algumas fontes de energia fortelemente radioativas exigem blindagens e rigorosa manipulação para que a radiação não provoque danos irreversíveis no ser humano. Falta de atenção pode levar a danos graves em pouco tempo, como o caso Césio-137 de Goiânia, no ano de 1987, quando este elmento foi manuseado, sendo retirado de um local abandonado sem as devidas proteções, prejudicando quarteirões inteiros e causando inúmeras mortes em pouco espaço de tempo. Em todos os níveis é necessário cuidados especias. Em outros exemplos vemos o uso da esterilização de alimentos por radiação gama; a utilização de bombardeamentos com feixe de elétrons; geradores de energia elétrica baseados em calor produzido por substâncias radioativas usados em satélites artificiais, etc.<br /> Enfim, as radiações tiveram outro grande salto quando ingressamos na era nuclear. Foi com todas essas experiências que em 1934, o físico italiano Enrico Fermi indicou ao mundo o início da era nuclear. Mostrou que utilizando o bombardeio de átomos de urânio por nêutrons provocava a fissão de átomos – os núcleos eram partidos, gerando novos núcleos e liberando energia. (Este fenômeno também pode ocorrer com o plutônio 239). A fissão dos átomos de urânio, em especial do isótopo 235, deu origem aos reatores nucleares.<br /> Para melhor conhecimento devemos saber que as radiações ionizantes incidem sobre a Terra há milhões de anos. Houve, com o tempo, modificação de moléculas com a evolução dos seres vivos. Ao longo da história foram verificadas novas descobertas sobre a utilização das ondas ionizantes para ajudar a medicina e evitar acidentes naturais. São classificadas três tipos de radiação: radiação alfa com baixo poder de penetração, radiação beta com médio poder de penetração e radiação gama com alto poder de penetração. (As duas últimas necessitam de protetores para o corpo humano). A radiação gama é uma onda eletromagnética que emite ondas contínuas de calor e tem a capacidade de ionizar o ar tornando-o condutor de corrente elétrica. São penetrantes e ao atravessarem as substâncias chocam-se com as moléculas fazendo com que tenham alto poder de penetração. Existem também as radiações eletromagnéticas chamadas de infra-vermelho, que são aquelas emitidas por corpos aquecidos e são muito utilizadas na medicina. Desde o aquecimento de interiores até o tratamento de doenças de pele e dos músculos. Para produzir o infra-vermelho, em geral empregam-se lâmpadas de vapor de mercúrio. É usada também para obter fotos de objetos distantes encobertos pela atmosfera. Também é utilizada com sucesso por astrônomos com a finalidade de observar nebulosas e estrelas distantes. São conhecidos também os raios ultravioleta, que é produzido por descargas elétricas em tubos de gás. A radiação UV faz parte da “luz solar” que atinge a Terra. Ao atingir a nossa pele os raios UV penetram profundamente (o que é ignorado por milhares de pessoas todos os dias), e desencadeiam reações imediatas, não só na pele, mas em todo o complexo orgânico.<br /> É sabido que pequena quantidade de raios que emanam do sol consiste nessa radiação, mas grande parte é filtrada quando ingressa na atmosfera. É utilizada também em tubos fluorescentes, em aplicações médicas, etc. esse tipo de radiação existe nos níveis A – B - e C para as suas respectivas finalidades conforme a sua intensidade.<br /> Conhecemos também as radiações de fundo, e são chamadas de radiação cósmica. É a radiação que é emanada dos elementos naturais radioativos que existem na terra como potássio, césio, etc. a intensidade dessa radiação ao longo dos anos tem permanecido constante. Vem do cosmos. Na terra também temos alguns materiais radioativos – são o potássio-40, o carbono -14, urânio, tório, que estão presentes até em alguns dos nossos alimentos. Conhecemos também os raios catódios, que são feixes de partículas produzidos por um eletrodo negativo (cátodo), de um tubo contendo gás comprimido. São o resultado da ionização do gás – provocam luminosidade. São aqueles utilizados nos tubos de televisão comum. Os Raios – X, são os raios que têm a propriedade de atravessar o corpo humano provocando a iluminação de certos sais minerais.<br /><br />Plantas geneticamente modificadas<br /><br /> As radiações têm sido usadas também com a intenção de melhorar a produção de trigo, arroz, feijão, amendoim e outras sementes; é a indução de mutações por agentes mutagênicos químicos. Em plantas a transgenia não é novidade.<br /> O uso das radiações ionizantes, tais como Raios –X, raios gama e neutrons é utilizado como a mutação induzida. As experiências indicam não poder ainda direcionar gens específicos, uma vez que ainda não se tem controle integral. Os cruzamentos que são efetivados neste sentido referem-se a transferência de grandes blocos de gens da planta doadora para a receptora, mesmo após várias gerações de seleção. Esse método tem sido utilizado em tomates, batatas, milho, trigo, etc, que consumimos diariamente.<br /> A adoção desse método refere-se as questões comerciais, fazendo parte da moderna tecnologia de produção agrícola. Por isso mesmo o número de países que cultivam plantas transgênicas triplicou, aumentando comprovadamente a produção de graõs no mundo. Os registros mais importantes referem-se ao milho, soja e canola.<br /><br />Danos ao organismo<br /><br /> Os raios ionizantes são muito fortes e por esta razão, quando incidem sobre o nosso organismo danificam sistematicamente todas as estruturas celulares e causam o câncer, ou seja uma multiplicação celular desordenada. Provoca defeitos genéticos até em futuras gerações. É o que se chama de mutação. A incidência dessas raios em uma gestante pode afetar o cérebro da criança e causar situações irreversíveis. No ser humano pode causar anomalias em questão de horas. Existem fatos comprovados desde a Segunda Guerra Mundial até o caso do Césio 137 de Goiânia. Por esta razão, de estarmos expostos a vários tipos de radiação é necessário a vigilância permanente. Qualquer atividade que explore, manuseie, produza e use radioatividade e fabricação de energia nuclear só deve ser feito seguindo com rigor todas as normas de prevenção. O próprio Ministério da Saúde adverte que quem manuseia com radiações ionizantes deve precaver-se no sentido de proteger a sua saúde. Há uma legislação pertinente a ser cumprida e faz parte das Normas Reguladoras – NR 32 – D.O.U. de 16.05.2005 – Seção I. (Portaria MTE nº485 -11 de novembro de 2005).<br /><br /><br />Contaminação radioativa<br /><br /> A preocupação principal na Europa é com o maior acidente da história onde pereceram milhares de pessoas. Foi o caso de Chernobyl a 28 de abril de 1986, detectado primeiramente pelo laboratório de Pesquisas Energéticas de Sudsvik, a 75 km ao sul de Estocolmo, durante as medidas rotineiras de ambiente. Os níveis altos de radiação ultrapassaram muitas vezes mais do que o normal. Foram liberados na atmosfera 40 milhões de Ci de iodo-131 e tres milhões de Ci de césio-137. Ainda hoje a Europa sofre as consequências.<br /><br />Quanto a proteção<br /><br /> Em relação aos cuidados referentes a P.R.O. – Proteção Radiológica Ocupacional (Princípio alara), revela que as exposições necessitam permanecer “em baixa” com a finalidade de não ultrapassar os limites estabelecidos – (NE 3.01 Diretrizes Básicas da Radioproteção), referentes a Comissão Nacional de Energia Nuclear. O trabalhador deve receber rigoroso treinamento para manuseios em quaisquer espécies de equipamentos, aventais apropriados e máscaras de proteção de glândulas, além de dosímetros para encetar permanentes verificações no ambiente. Esse direito é assegurado em convenções internacionais e pela legislação brasileira, além de se inserirem na classificação de aposentadorias especiais. A leucopenia (baixa de glóbulos brancos), anemia, e/ou baixa de plaquetas, além de várias outras situações diferenciadas referente ao comportamento celular do indivíduo é um dos fatores de risco. Por esta razão a saúde dos trabalhadores deve ser analisada de seis em seis meses, nas empresas, e necessariamente estabelecer os parâmetros atualizados de um hemograma completo.<br /><br />Energia Nuclear de Angra III – O exemplo<br /><br /> O Brasil necessita urgentemente refazer os seus recursos energéticos para acompanhar o crescimento mas sabemos que a Usina Nuclear III só vai entrar em funcionamento com todos os equipamentos necessários. Ainda estão na fase de implantação dos cuidados básicos. Esta exigência tem de ser tomada a evitar desastres terríveis. Por esta razão é reconhecida a demora da sua implantação, muito embora os custos de finalização serão assustadores, pois a manutenção a cada dia é dispendiosa e ainda mais que os equipamentos ficam obsoletos com o tempo. Mas a demora em sua inauguração é por uma causa justa, afinal, com esta ação de extremos cuidados estaremos a reconhecer menos acidentes radioativos e menos morte de milhares de seres como em Chernobyl.<br /><br /><br /><br />* * *<br /><br /><br /><br />Bibliografia consultada<br /><br />Portela, F; Lichtenthaler Filho, R. Energia Nuclear. Acessado em 10.12.03, disponível em <a href="http://nuclear/">http://nuclear</a> 2000.hpg.com.br<br />Cardoso, Eliezer de Moura. Radioatividade – Apostila educativa, Comissão Nacional de Energia Nuclear, 1999. SINDIPERTO<br />Doenças Relacionadas ao Trabalho – Manual de Procedimentos para Serviços de Saúde – 2001 – Brasilia DF – Organização Pan-Americana de Saúde.Santin Filho, O. Breve histórico dos Cem anos da Descoberta dos Raios X: 1895-1995. Quimica Nova, v. 18 n. 6, p.574-583, Nov. dez. 1995.<br />Ciência Hoje. Autos de Goiânia. v. 7. N. 40, Març. 1988, Suplemento.<br />Guyton, .A.C. – Tratado de Fisiologia Médica. 5, ed.Rio de Jnneiro. Ed. Interamericana LTDA.1977.<br />Genética e Genética II – organizadores: Draiton G. de Souza e Bernardo e Erdtmann – Coleção Filosofia 165–Ed.PURGS. ISBN-85-7430-393-3.<br /><br /><br /><br /> </div>Tohama Editoraçãohttp://www.blogger.com/profile/01359905270529847464noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6525593032384920294.post-73464666076847613672010-07-03T14:13:00.000-07:002010-07-03T14:20:45.465-07:00<span style="font-family:verdana;">Para </span><br /><span style="font-family:verdana;"></span><br /><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:180%;">O GRANDE SHOW DAS DANÇARINAS<br /></span><br />(expressão plástico-musical)<br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />O que é o show<br /><br /><br />Apresentação de casais jovens com extrema boa vontade para dançar mediante orientação e apresentação coreográfica, com a finalidade de fazerem evoluções rítimicas ao som de músicas instrumentais, ao tempo de três ou quatro minutos. Não é necessário ser bailarino(a) ou profissional de dança, é necessário que tenha interesse em executar (passos lentos mas ritimados em palco), sob as indicações e orientações do produtor Roberto Cunha Lima e dos orientadores.<br /> <br /><br />Objetivos e público alvo<br /><br /><br />A intenção principal do show é atingir e agradar ao público de nove a 90 anos. Os “dançarinos” vivenciarão no palco, através de expressões plásticas e musicais, ritimos de músicas instrumentais de grandes orquestras dos anos de 1950/60 através das músicas da Outback Australian Orchestra e outras correlatas do chá chá chá.<br /><br />Fundamentos<br /><br /><br />Na grande explosão de festas dos anos de 1950 a 1980, os clubes mais badalados da cidade de Fortaleza, fizeram nascer os famosos e apaixonados dançarinos dos clubes Maguary Esporte Clube, Náutico Atlético Cearense, Líbano Brasileiro, Iate Clube, Ideal e outros. Esses clubes contratavam as grandes orquestras para todos os eventos. Todos desejavam dançavam ao som das orquestras do Alberto Mota; Canhoto e seu conjunto; Os tremendões; Ivonildo e seu conjunto; Os Brasas; e orquestras da Espanha como Casino de Sevilha que não pararam durante anos – todas tocavam músicas caribenhas – instrumental – e Chá Chá Chá, além de Fox, boleros diversos, salsa, mambo, etc. músicas muito instrumentalizadas e ritimadas, que serviram e ainda servem de base para todos os músicos e dançarinos do mundo inteiro até hoje, inclusive, na época, a Tropicália e a Bossa Nova. Nesses eventos havia a oportunidade do homem e da mulher se divertirem dançando e conversando juntinhos. Foi através das conversas ao pé de ouvido, dançando agarradinho, que muitos casais apaixonados tiveram a chance inacreditável de se unirem. Hoje, em plena era do forró, esqueceram a nostalgia, a delicadeza, os pequenos gestos, etc. com isso, deseja-se alcançar, como um forte contraste musical, os saudosistas que freqüentavam semanalmente os grandes bailes da cidade de Fortaleza e que hoje já se encontram em idade de ter grandes lembranças. Desejamos, com esses ritimos, estilizar a dança do chá, chá, de forma suave, “andando no palco, com ritimo, no passo e no compasso da música, de forma que a coreografia se encaixe dentro de cada acorde musical, oferecendo a impressão COMO SE FOSSE UMA DANÇA.<br /><br /><br />Apresentação<br /><br /><br />O início da apresentação se dará com a abertura de cada música escolhida e treinada. Os casais ingressarão de imediato no palco executando a coreografia estabelecida para “cada momento” da música. Sem pressa e sem retardo, todas as evoluções rítimicas deverão ser cumpridas utilizando toda a extensão do palco, entrelaçando-se como programado, SEMPRE CIRCULANDO E VAZANDO O PALCO para imprimir outras dimensões.<br /><br /><br />Composição<br /><br /><br />As apresentações e evoluções serão constituídas de 20 pares. Todos deverão ter igual idade. O primeiro grupo de 10 pares deverá ser constituído de jovens com peso físico além do normal. Esses(as) mais fortes deverão dançar encenando, “em conformidade” com a sua estrutura física; esses terão de “vivenciar” mais os acordes graves. Todos deverão ter boas noções dos passos que irão executar. O outro grupo, composto também de 10 pares, deverá ser composto de pares mais esguios, para as evoluções dimensionadas, provavelmente mais rápidas, dentro dos acordes agudos e mais exigentes. Entretanto, todos deverão ter a mesma participação, compondo, em conformidade com os acordes musicais o mis en céne adequado para cada grupo – A cena composta pelos casais de maior peso deverá acompanhar com rigor todos os sons, mas, os sons graves e suaves pertencerão ao próprio estilo deles (mais lentos), em evoluções correspondentes. Todos deverão vestirem-se do mesmo modo com roupa leve, como as roupas estilo frevo, folgadas, cor azul claro, bem coloridas, com sapatos adequados. A todos é obrigatório o gregarismo, a consciência e a interatividade nas apresentações. É importante ousar com rigor fazendo as evoluções coreográficas com vontade, igualdade, leveza e determinação. Também deverá compor o SHOW, cinco casais de idosos, vestidos de paletó e camisa, (peletó azul céu e calça branca cheio de adereços). Eles ingressarão juntos, em dado momento, compondo uma parte adequada da música, provavelmente finalizando a apresentação, uma vez que o show tem a função de “mexer” não só os jovens, mas também de “balançar” o pessoal da terceira idade.<br /><br /><br /><br /><br />Duração<br /><br />Cada apresentação terá a duração de até três a quatro minutos – o tempo exato de cada faixa musical do CD. O estilo apresentado aos casais será o Chá Chá Chá; dança de salão – Exclusivamente instrumental, em produção de um CD gravado pela Videolar Multimídia Ltda, Manaus - Don Pablo de Havana – music. E outras orquestras internacionais bastante ritimadas.<br /><br /><br /> Músicas<br /><br />Para citar algumas músicas vejamos as seguintes: Alguém me disse; El choclo; Andalucia; Na baixa do sapateiro; Together wherever we go; adios; Mustapha; Aquarela do Brasil; La cumparsita; Climb every mountain; Quero beijar-te as mãos; Delicado; Ou o CD – Dança de salão... Cada apresentação terá a sua coreografia específica sob a orientação do professor do coreógrafo e do jornalista Roberto Cunha Lima, sendo este o responsável pelas apresentações.<br /><br />Final da apresentação<br /><br />Todos os casais deverão estar preparados para o começo, meio e o fim de cada espetáculo, conforme o programado para a música, sob a orientação do coreógrafo e do produtor. Os casais dançarinos deverão ingressar e deixar o palco dançando, porque a cena deverá sempre estar aberta e em movimento. O encerramento se dará sempre através de uma ou duas fontes, (aqueles com maior desenvoltura) ou puxadoras dos cordões (Aqueles que ficarão como primeiro da fila). Eles sempre estarão direcionando os outros em todas as evoluções até o final da música, inclusive na ocasião de fechar o espetáculo e encerrar a apresentação (como se todos estivessem ligados nas mãos e nos pés por um mesmo fio). As fontes deverão ter em mente, no final do espetáculo, que deverão sair do palco dançando sozinho ou com o par, do mesmo jeito que iniciaram, até ingressar por uma das portas de saída do palco, nas laterais do palco, por onde todos deverão seguir na mesma ordem, até o esvaziamento total do show. É necessário acompanhar com atenção o encerramento da faixa musical, onde se dará o fechamento da cena e do show simultaneamente.<br /><br /><br /><br />Reinício do espetáculo<br /><br /><br />O casal ou casais puxadores do cordão, ou cordões, ingressarão no palco pela mesma porta e reiniciarão no palco novas evoluções rítimicas conforme os diversos compassos musicais dentro da coreografia estabelecida para cada música. Cada música é uma “cena nova” do espetáculo a ser trabalhado conforme a interatividade programada para tal atividade.<br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />15 de setembro de 2008<br /><br /><br /><br /><br />Responsável: Roberto Cunha Lima<br />jornalista - UFC – FENAJ 239 CE-DF<br />Residência – Rua João Cordeiro, n. 949 – Ed. Grand Vernissage – Ap. 1501 - Aldeota<br />Contatos: res. 32266518 – cel. 96522214<br />Imprensa universitária - 33667487<br /> </span>Tohama Editoraçãohttp://www.blogger.com/profile/01359905270529847464noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6525593032384920294.post-11651618369143233522010-07-03T14:02:00.000-07:002010-07-03T14:03:42.261-07:00<div align="justify"><br /><br /><span style="font-family:verdana;">A CHAVE PARA O ÊXITO<br /><br /><br /> O homem trabalha para viver desde o começo do mundo. Do seu modo ou do seu jeito, cada um faz como pode ou deseja. Além disso é preciso muita fé.<br /> Todos precisamos sobreviver, afinal de contas temos de nos esforçar e utilizar o máximo dos nossos recursos para enfrentar o dia a dia. Muitos vivem de qualquer jeito, uns olhando de lado, de viés, outros não se preocupam com quase nada ou só em descobrir o que o vizinho vai executar ou o que está planejando. Esses são os álgures ou advinhos, aqueles que assumem essa postura para melhor passar, são completamente inconsistentes e não se olham sem rir um para o outro.<br /> O mundo moderno trabalha diferente, todos precisamos de um legítimo diagrama correspondente para estabelecer a formatação daquilo que planejamos. É mais consistente e organizado, e isso ajuda a muitos, não a adivinhar, porque isso é coisa dos desafortunados. Mas a preencher e garantir as ações de um projeto, a arquitetura do esboço do que você vai executar; todos necessitamos de uma matriz correspondente, um referencial.<br /> Você é uma pessoa centrada, vista como expert e no seu trabalho, é destaque profissional, luta permanentemente por caminhos melhores, pode até ser um deputado ou senador da República, sabe e conhece bem os meios científicos em que vivemos, as diversidades das informações e as notícias rápidas sobre o mundo. Veja bem: Hoje, o ser humano abalizado é capaz de discorrer sobre quase todos os assuntos paupáveis. Mas o sucesso do seu empreendimento necessita que você se oriente por um diagrama ou programa, nada pode ser feito sem alicerce. Todo cuidado é necessário a evitar que seus projetos saiam errado, e para que você não seja uma vítima cadastrada ou percebida pelos advinhos que vivem ao seu lado jurando honestidade, programe-se desde cedo. Eles, os advinhos, são exigentes e estão em paralelo lhe instigando; são exigentes, parecem cumprir grandes tarefas, nas reuniões são cordatos, dizem que estão trabalhando baseado em leis para lhe defender e que lhe ajudam todos os dias, em todas as horas da semana, o ano inteiro. Como esses farçantes mentem... não estão lhe ajudando em nada. A maioria prefere enganar. São inconsistentes e hipócritas, se parecem mais com os “fariseus das primeiras cadeiras”, estão sempre prontos a lhe defender e ajudar, mas se afastam nos primeiros momentos de dificuldade. <br /> Ficará mais fácil compreender, acatar, emitir opinião, trabalhar, executar qualquer assunto se, primeiro, ao iniciarmos qualquer projeto, nos munirmos das armas investigatórias sobre tudo o que vamos fazer ou dizer, e encaixarmos nosso projeto em um diagrama correspondente. É preciso, inicialmente, para cada ação que vamos executar, induzir o nosso sensor mental de reconhecimento sobre o que vamos proceder e justificar todos os elementos. Quer dizer: É preciso saber investigar primeiramente qual a linha de ação a que pertence o assunto que vamos trabalhar; ver em qual padrão vamos encaixá-lo; qual modelo ou filosofia a que pertence; onde se enquadra a questão; ser equilibrado na explicação do assunto; saber manusear e descrever o conteúdo; apresentar resultados, os comentários e finalização; só depois, aplicar o esboço do que vamos fazer sobre aquele diagrama escolhido e reconhecido. Em seguida, após conhecermos o encaixe da ação sobre a linha de pensamento ou filosofia de ação que elegemos é que, a partir daí, poderemos desenvolver com garantia o assunto que planejamos. O que envolve as pessoas é ter de mostrar o seu programa para o outro, e poucos fazem isso, pois quem estabelece ou oferece uma idéia, deve ser detentor de um “programa matriz” sobre aquela idéia, e este programa, se mostrado, leva aos outros informações de poder, satisfação e garantia.<br /> Tudo isto significa dizer que a cada ação que vamos executar precisamos de um programa matriz pré-estabelecido para desenvolvê-lo e exemplificar de forma a atender todos os parâmetros de exigência. Vejamos: Quando vamos ao computador, é estabelecido que só podemos começar a operá-lo se, obrigatoriamente, cumprirmos todos os passos de acesso a tela de operações do computador, somente depois é que você pode iniciar os trabalhos. Claro. Em seguida, conforme o tipo de trabalho a ser executado, escolhemos o programa matriz em que vamos encaixar o que planejamos fazer, para, só depois, começamos a executar a ação. Essa é a linha de raciocínio lógica, pois não devemos “escrever um texto”, por exemplo, providenciando a tela do programa Excel. Assim como não é justo “desenhar” em um programa que não seja naquele preparado para tal finalidade, uma vez que você, além de perder tempo providenciando um ambiente especial, colocará em risco todas as estruturas do que planejou, ou, no mínimo, terá de dispor muitas horas a mais, ou dias, além do necessário, para a finalização, pois dificilmente conseguirá apresentar resultados corretos e em tempo, daquilo que você está se candidatando a executar. O correto é trabalhar pouco e produzir muito.<br /> A cada projeto, um programa. Esse princípio é válido para todos os empreendimentos, uma vez que levará você, caro amigo(a), a facilidade e a garantia de finalização de modo correto e fácil ao mesmo tempo, tão necessários a qualquer plano. <br /> Quando você vir um político prometendo mais do que deve, tentando conquistar os seus eleitores, fique certo que ele, para ganhar a confiança e o interesse, apresentará todos os aspectos imagináveis e inimagináveis da sua cadidatura, e tudo o que você deseja que ele faça necessariamente. Pelo menos a maioria age dessa forma. A boa intenção, a eloquência e a persuasão fortalecem decisivamente a sua aparição, embelezam e enriquecem os seus conteúdos, e na verdade não há quem duvide de seus encaminhamentos e suas projeções, não há nem o que contestar na ocasião de seus discursos, pois a sua manifestação é tão direta e carinhosa que traz para dentro de cada um a força e a decisão embutidas verdadeiramente nas palavras fortes daquele homem dedicado e interessado. Você credita no seu candidato toda a confiança mas, se não conhece o seu verdadeiro programa, ou, no mínimo os limites reais de sua investidura, certamente você pode ser enganado. O discurso é uma coisa, a prática é bem diferente. É melhor dizer e mostrar o seu programa correspondente sem subterfúgios. O que vale é ter um plano autêntico.<br /> Cuidado com as religiões e organizações extraordinárias. Elas abrigam os estranhos advinhos e algures. Os seus poderes mirabolantes imprimem projetos desarranjados e instalam mentiras sobre a cabeça das pessoas. Os importantes poderes das empresas ou organizações, normalmente recompensam aqueles que mais sabem dissimular, tudo em benefício de novos rituais, só declináveis por força de sussurros, de tão horripilantes que são, onde a fumaça é o conteúdo mais palpável. Investigue tudo que for convidado a fazer ou exercer, os fundamentos, as negociações, os interesses, as necessidades, e principalmente o diagrama matriz usado para você, principalmente de quem convida. Veja e reveja o programa em que se estabelece e a continuidade dos acontecimentos relacionados ao seu convite. <br /> Portanto, faz bem examinar, cuidar, meditar e agir com a fé cristianizada, inquebrantável sobre qualquer projeto. A liberdade de investigação e a ordem ainda são tão preciosas democraticamente quanto os campos livres, o mar aberto ou o céu de brigadeiro. É muito mais fácil conhecer, enxergar, estabelecer o encaixe e largar qualquer porto, que empreender viagem sem a mínima condição ou garantia. Assim, quem desejar, por exemplo, conquistar o seu semelhante com veridicidades e o prestígio, é suficiente identificar e reconhecer no outro primeiramente o programa em que ele trabalha. <br /> Façamos como o próprio Cristo fez há dois mil e sete anos: estabeleceu como legítimas as regras do bom viver, apresentou-as, mostrou o seu programa e desejou que todos os seguisse com a mais absoluta garantia.<br /><br /><br />Roberto Cunha Lima - Jornalista UFC – FENAJ 239<br /><br />Novembro de 2007 <br />Rua João Cordeiro, 949 – Praia de Iracema <br />CEP 60.110300 <br />Fone - 32266518<br /><br /> </span></div>Tohama Editoraçãohttp://www.blogger.com/profile/01359905270529847464noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6525593032384920294.post-81738405340426790252010-07-03T10:39:00.000-07:002010-07-03T10:59:33.243-07:00ANO INTERNACIONAL DA ASTRONOMIA<div align="justify"><span style="font-family:verdana;"><strong>ANO INTERNACIONAL DA ASTRONOMIA<br /></strong></span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"><em>A TERRA SE MOVE – </em></span><span style="font-family:verdana;"><em>PORQUE A IGREJA FICOU INJURIADA<br /></em></div></span><br /><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">O mundo do homem europeu sofreu profundas transformações no período da Renascença entre os séculos XIV e XVI. Criou-se um consenso novo em relação aos múltiplos significados da vida.<br />O homem deixa de lado ser o centro das atenções. O egoísmo. Houve o rompimento de toda a consciência medieval em relação aos novos conceitos. Antes não se fazia muito sem consultar os advinhos e os ceus. O homem colocou em questão o mito dos “áugures” (Sacerdotes romanos que tiravam presságios através do canto e do vôo dos pássaros), (ou dos “arúspices”, que profetizavam o destino e o futuro), baseado nas misticas manifestações, nos fatos e nas evidências apresentadas. A veneração às divindades pagãs era mais forte que as estratégias da Igreja Católica.<br />Mas o conjunto de ocorrências fabulosas e os deuses fantásticos oferecidos ao homem, pela perfeita integração com os próprios fundamentos ideológicos da época, já não eram mais tão possíveis. E o mesmo acontecia em todas as civilizações, enfim, as conjecturas da época serviram definitivamente como exercícios e interesses dos estudiosos, no sentido de explorar as mais diferentes correntes da humanidade. A Terra deixara de ser plana com as viagens de Cristovão Colombo.<br />Os horizontes geográficos dimensionaram-se com o desenvolvimento da arte, da navegação e conseqüentes descobertas do caminho marítimo para as Indias, do continente americano e do circuito para dar uma volta ao mundo. As classes mais abastadas e o comércio cresceram até ultrapassar as fronteiras, deixando para trás as intrincadas concepções medievalescas das comunidades. O homem, enfim, começou a ser orientado por uma visão de mundo novo, onde houve a valorização das ciências matemáticas e físicas, a ciência mecânica, a astronômica, a geologia, a botânica, a anatomia, a fisiologia, a psicologia, a lógica, etc., onde esses conhecimentos apresentavam-se de forma mais clara e evidente.<br />Aristóteles foi o primeiro filósofo a identificar, separar e classificar as ciências, reconhecendo que cada uma delas tinha as suas peculiaridades. Ao filósofo de Estagira, se deve a linguagem técnica das ciências e o princípio da sua sistematização e organização. O universo aristotélico era hierarquizado, havia completa separação entre teoria e técnica. Não havia metodologia, “experimentação” ou seja, o mecanismo necessário entre a teoria e a prática. Aristóteles era amante da lógica, interessava-se mais pelos planos físicos, era detalhista, opondo-se ao seu contemporâneo, Platão, que agia no palco das idéias usando a razão. Dizia: “A Terra é imóvel e está localizada no centro do Universo”.”Nos céus, os movimentos que percebemos repetem-se de modo sempre regular como se nunca mudassem”. É bem provável que, sendo as teorias e as técnicas atividades complexas e distantes do interesse social, tenham criado um senso comum, facilitando que esse pensamento se solidificasse historicamente a ponto da própria Igreja Católica absorver esta concepção. Todas as concepções de mundo já estavam agregadas neste sentido, e assim elas faziam parte dos modos, custumes, entendimento e folclore de cada um. Admitia o pensamento grego que conquistava a transcendêcia de Deus, mas permanecia dualista. Para a Igreja não era boa investida aprofundar-se nas razões de uma evolução exacerbada; mudar o pensamento já assegurado do povo era demasiado irritante pois se distanciava dos preceitos já existentes de fé. A humanidade pensava até ter atingido a idade adulta, e quem sabe, a grandeza de novas informações, e isto poderia até dispensar até a “tutela de Deus”.<br />Diante dessas atitudes os eclesiásticos viram a flagrante impiedade e até os arroubos de ateísmo. E o que disse a Igreja? Reagia fortemente diante da nova ciência. Preferiam deixar que o povo acreditasse na idéia de que a terra é o centro do cosmos e de que ela é imóvel. Passaram-se 2000 anos até o surgimento, no século XVII, até a chamada revolução científica de Galileu, no curso dos anos 1589 a 1592.O mensageiro das Estrelas<br />Galileu foi mais ousado. Rompeu com a filosofia do grego Aristóteles, (384-332 a.C.). Interessou-se-se pela física e matemática, aperfeiçoou a luneta e usou-a de modo extraordinário a ponto de tentar conseguir tirar a importância do homem como centro do universo maculando a perfeição dos ceus.<br />A Igreja tudo fazia na tentativa de reconhecimento do geocentrismo, a chave da Escolástica e da doutrina cristã da época.<br />O medo de ir para o inferno<br />Se os fieis da Igreja não colaborassem era assustador. Ainda mais com a presença de Galileu afrontando com a idéia de que a Terra estava no centro do mundo e que Deus os tinha escolhido para mudar o Mundo. Só que a Igreja tinha poderes e logo providenciou silenciar as idéias de Galileu. Era preciso condenar Galileu à fogueira, diziam. Assim está na Bíblia:”Então Josué falou ao Senhor, na frente dos israelitas: Sol, detém-te em Gibeom, e tu lua, no vale de Ajalon. E o sol se deteve e a lua parou, até que o povo se vingou de seus inimigos. O sol se deteve no meio do céu e não se apressou em se pôr durante quase um dia inteiro”. O texto é claro. Se o sol parou é porque ele é que dava uma volta em torno da Terra em cada 24 horas. Se o dia fosse produzido pela rotação da Terra, Josué teria mandado a Terra parar. Para não desmentir a Josué, a Igreja preferiu condenar Galileu. Somente 350 anos depois a Igreja pediu desculpas dizendo que o heliocentrismo estava cientificamente comprovado. (Toda observação científica incontestável foi condenada porque Josué (Josué 10: 12-15) precisou que o sol parasse. Galileu disse que o sol era o centro do Universo e que os demais planetas giravam em torno dele, só que na Bíblia estava escrito o contrário; daí a condenação de Galileu e todos que acreditavam no heliocentrismo.<br />A religião sofreu abalos profundos quando cada vez mais questionava a possibilidade de fundamentá-la racionalmente através da estrutura conceitual pretendente, isto é, aristotélica, tal como a escolástica havia estabelecido, ou seja, com os padrões naturais do geocentrismo.Galileu questiona a física aristotélica e o sistema geocêntrico, lhe valendo sérias dificuldades com a Igreja, de quem até recebeu advertência formal no período da Inquisição, uma vez que as suas teorias sobre o heliocentrismo estavam sendo apresentadas. Isto é, os estudos sobre o movimento da Terra e o sistema heliocêntrico iniciado por Copérnico em tempos anteriores a Aristóteles. Galileu, ao publicar as primeiras partes do livro “Diálogo sobre os dois maiores sistemas do Mundo”, o qual gerou forte polêmica, recebe uma ordem para se apresentar em Roma. No colégio dos Cardeais a congregação tinha poderes excepcionais para extirpar qualquer “perversidade herética”; nenhum título poderia proteger culpado.<br />Galileu foi acusado pelo Santo Ofício, mas livrou-se da pena maior renegando a sua certeza de que a Terra não estava imóvel no espaço. No tribunal teve de pronunciar a frase “abjuro, maldigo e detesto os citados erros e heresias”, valendo-lhe apenas, por causa disso, a prisão domiciliar perpétua. Velho e quase cego foi recolhido onde revalidou como pôde as suas pesquisas.<br />Nesta mesma época, com a intenção de conservar a pureza da fé e garantir o rigor da doutrina, a Igreja católica perseguiu, torturou e matou, sem recurso de defesa, divergentes de suas opiniões, judeus, prostitutas e homossexuais ou simples acusados de heresia, naquele que foi o maior dos desvios do espírito cristão, a Santa Inquisição.<br />Inimigo de Galileu: a irreverência. Foi preso e condenado mas recebeu pena leve para os padrões da época.<br />A emergente reforma da Igreja Protestante x Católica (A evitar protestos mútuos), acolhe neste momento a inusitada questão de Galileu e os seus ensinamentos, contrariando o ensino de séculos envolvendo situações místicas. A revalorização do humano e da vida natural e presente inclui o interesse pela natureza: o que era visto antes como mero local de tentações para uma alma que aspirasse a recompensas noutro mundo, torna-se objeto de conhecimento científico.<br />As transformações só ocorreram após a inclinação da ordem espiritual, social e econômica estruturada há séculos na vida européia. Os setores tradicionais reagiram veementemente, por isso mesmo foram levadas à morte milhares de pessoas. A Santa Inquisição, também conhecida como Santo Ofício, foi um tribunal eclesiástico criado com a finalidade “oficial” de investigar e punir os crimes contra a fé Católica. E foi exatamente o que aconteceu, também, com uma figura italiana bastante representativa e irreverente em todo esse contexto; um amigo de Galileu, chamado de Giordano Bruno, (1548 – 1600). Em seu julgamento blasfemou contra a Igreja e contra todos, cuspiu no crucifixo e ao ouvir a sua sentença teria dito ao seu contestador: “Tem mais a força em pronunciar a sentença do que eu em escutá-la”. Giordano Bruno sustentou conceitos exorbitantes sobre religião e ciência. Era padre dominicano, mas foi expulso de sua ordem e excomungado in absentia; foi caçado pela Igreja, capturado em Veneza em 1592, executado em Roma no ano de 1600. Escreveu A Ceia das Cinzas, mas foi queimado pela Igreja católica. Era também irreverente e duvidava de importantes passagens da bíblia. Era herético legítimo (ser herege era mais que tudo um desafio a ordem, do Estado e da Igreja), e seguidor de movimentos místicos como o “hermetismo” ou conjunto de seitas secretas, e ainda queria convencer a Igreja de que suas idéias é que eram corretas. Foi torturado e queimado vivo em praça pública.<br />Houve quem indicasse distância entre a realidade geocêntrica de Aristóteles e o heliocentrismo. Julgada com base inconsistente, uma vez que mostrava fatos mas não havia como comprová-los. O próprio Leonardo da Vinci, cientista da mesma época, manifestava-se dizendo que julgar sem comprovar era como viajar em um navio sem leme ou bússola. Enfim, aproximados da nova era, pressentiam que tudo tinha que ser comprovado através do uso dos cálculos matemáticos, principalmente quando se referia a posição a Terra em relação aos planetas no espaço celeste.<br />Enfim, o processo de condenação de Galileu permaneceu arquivado por 350 anos. Somente no ano de 1983 o Papa João Paulo II admitiu o erro de sua condenação e o absolveu.<br />Galileu – Reconhecimento científico<br />Essa, a semente das novas formas de conhecimento do mundo novo. Mas a grande fase Galileana era a época dos experimentos científicos que justificavam e atestavam as descobertas celestes. Quando Galileu fez sensíveis modificações em seus telescópios refratores e viu as manchas solares, as possíveis montanhas da Lua, as fases de Vénus, quatro satélites de Júpiter, os Anéis de Saturno, as estrelas da Via Láctea, tudo comprovado, aí veio real contribuição ao heliocentrismo. “Do ponto de vista histórico, a condenação de Galileu ocorre, de fato, por força da destruição dessa visão de mundo”. Conscientizados da investigação, Galileu tornou-se um dos principais criadores do moderno método científico de pesquisas. Foi justamente isto que abalou os alicerces que fundamentava a concepção medieval do mundo. Destruiu a idéia de que o mundo possui uma estrutura finita, hierarquicamente ordenada e substituiu-a pela visão de um universo aberto, indefinido e até mesmo infinito. Ao que tudo indica Galileu desejava o quê? Seu plano era apresentar uma prova irrefutável do movimento da Terra, baseada inclusive na explicação das marés. Pôs de lado a concepção aristotélica e escolástica, baseada em que aquilo que ocorre com a natureza, ocorre para cumprir designios distantes da fundamentação mecânica e da explicação matemática. Enfim, Galileu evidenciou que fora de bases matemáticas os homens não poderão compreender o legítimo e verdadeiro.<br />O primeiro princípio do método galileano foi a observação contundente dos fenômenos, tais como eles mesmos ocorrem, sem que o cientista se deixe perturbar por preconceitos extra-científicos, seja de natureza filosófica ou religiosa.<br />A resistência da Igreja<br />Galileu procurou mostrar a Igreja inquisitora que havia distância entre as coisas do ceu e as da Terra. E que cada um continha particularidades peculiares. As coisas do céu pertenciam aos céus, e as coisas da terra pertenciam a Terra. O que o “pai da ciência experimental” afirmava ter descoberto dizia ter “visto com os próprios olhos”. Nos dizeres concretos sobre Galileu sabe-se que relatos evidenciam entre outros exemplos formidáveis “os experimentos de Pisa” e o “isocronismo do pêndulo” (igual duração); as “estrelas móveis” – as luas de Galileu; “as manchas solares”, “a mancha leitosa que corta o céu composta de quantidade infinita de estrelas, etc.<br />Descoberta de Galileu<br />O primeiro aspecto a ser enfocado foi a comprovação da experimentação e da razão. Quando Galileu destacou a descoberta da utilização das lentes côncavas e convexas e a sua utilização na luneta, o possibilitou a verificação aproximada e original dos astros. Galileu descobriu até que existiam corpos celestes girando em torno do planeta Jupiter. Essa visão contestou também a questão do geocentrismo de Aristóteles e afirmava que todos os corpos giravam em torno da Terra, e que a Lua tinha crateras e relevos iguais à Terra. (Heliocentrismo é uma teoria que afirma ser o Sol o centro do sistema solar – Geocentrismo refere-se à teoria que a Terra está parada no cento do Universo com os corpos celestes girando em seu redor). Tendo em vista essas legítimas observações foi possível afirmar, então, que as núvens, os pássaros, e os corpos estão acima da superfície da Terra, e que ao movimentarem-se acompanhavam seu movimento porque tendiam a manter o seu estado de movimento.<br />O mundo de Galileu viu, a partir daí, novas bases estabelecidas nos seus amplos aspectos. Dessa forma podemos dizer que surgiu a Física Clássica, em substituição as concepções aristotélicas, e a comunicação das notícias e informação, além dos conteúdos científicas que não cessaram. Por isso os movimentos se aqueceram repentinamente, o cosmos era motivo de estratégias de novas descobertas e quase tudo geometrizava-se.<br />Esses novos formatos e visão globalizada fez contato com todas as lides existentes. A principal organização naquela época era a instituição do credo religioso, a Igreja Católica, absolutamente pactuada com os rigores de uma nova ordem. As concepções de Galileu foram contestadas de imediato porque não seria de bom alvitre mudar o pensamento do povo.<br />Foi justamente aí que iniciou-se a grande luta de Galileu para reafirmar as suas pesquisas verificadas com os seus próprios olhos, a sua própria experiência e conhecimento. Publicamente defendia o heliocentrismo escrevendo para todos conhecerem suas descobertas. Escrevia até na língua mais importante que era o Latim, pois esta era do conhecimento e entendimento de todos. Escrevia também em italiano a fim de atingir aos menos letrados, e divulgava tudo que desejava.<br />A sua linguagem muito serviu para a popularização de suas idéias, que, enfim, chegara até o Papa, onde encontrou nas suas descobertas efeito contrário ao que a própria Igreja já tinha sido concebido. Isto lhe custou longa perseguição até ser apontado como herege. Entretanto abjurou suas convições diante da Igreja, e até negou que tivesse acreditado no modelo de que o sol é o centro do sistema solar, ou seja o heliocentrismo.<br />O que é evidente é a certeza e a precisão dos seus olhares permanentes com um conjunto de anotações, descrições e conclusões legítimas. Entre elas o fato de não só a lua ser irregular, de um ponto de vista “topográfico, como suas montanhas serem mais elevadas que as terrestres”, e ainda, quando examina que “a fonte de luminosidade lunar, descartando hipóteses, teria a possibilidade de vir de uma fonte de Venus.<br />A interpretação da Igreja<br />Acrescenta-se a tudo isso, por parte da Igreja católica, o temor da crítica demolidora, que teve tão grave manifestação no livre exame protestante – temor confirmado pela veleidade de interpretação da Sagrada Escritura, por parte de Galileu, para ajustá-la a nova astronomia. Assim se compreenderá melhor, historicamente, o processo e a condenação de Galileu. A ciência, portanto, não pode vir a estar em contraste com a filosofia e a teologia, cujo objeto é metafísico. Pode e deve compor a filosofia tradicional com a ciência nova.<br />Reflexos da Igreja<br />O eco pelas descobertas astronômicas foi imediato. Em 1616 a Inquisição, referendada como Tribunal do Santo Ofício pronunciou-se. Declarou que a afirmação de que o sol é o centro do Universo era herética e que a de que a Terra se move estava “teologicamente“ errada, entretanto não se referia em nível científico. Galileu foi proibido de falar do heliocentrismo como realidade física, mas era permitido refererir-se a este como hipótese matemática. Foi-lhe dado, então, a oportunidade de defesa perante o Tribunal do Santo Ofício. O dirigente do Tribunal do Santo Ofício, Roberto Bellarmino, entre tantas manifestações e incidências acabou decidindo defender somente parte dos conteúdos em defesa da concepção heliocêntrica. (Belarmino foi um jesuíta inquisitor e defesor da Igreja). Neste fabuloso mecanismo de contestação da Igreja, ficou decidido suspender um trecho das impugnações, o que provocou abandono temporário e proibição de Galileu em avançar nas suas divulgações e ensinamentos sobre o assunto. Diante de tudo, as pesquisas continuaram e Galileu sistematicamente apresentava novos estudos científicos. Por todas essas intransigências Galileu acabou sendo condenado por desobediência e por proferir conteúdos nada conformes com a Doutrina e por ter desprezado esses temas. Ao mesmo tempo muitos clérigos apoiaram o geocentrismo, outros o heliocentrismo, mas tudo continuou latente em vastas discursões no âmbito das universidades.<br />Em 23 de setembro de 1632 é notificado pelo inquisidor de Florença a comparecer diante do Comissário Geral do Santo Ofício em Roma. A partir deste momento iniciaram-se as buscas pela defesa intransigente de Galileu.<br />Galileu era sábio em suas manifestações, um apaixonado pelas suas idéias. Ao fim de sua vida deixa transparecer a sua real condição de saúde referindo-se a si, em relação aos olhos, tendo em vista a cegueira explícita, por não ter se protegido o suficiente em relação o uso do seu objeto de trabalho, o seu “óculo”, ou “perspicillum”, ou como chamamos, luneta. Galileu ao comunicar a sua cegueira, no fim da vida escreveu: “…Aquele céu, aquele mundo, e aquele universo que eu, com minhas maravilhosas observações e claras demonstrações ampliei por 100 mil vezes mais que o comumente visto pelos sábios de todos os séculos passados, agora diminuiu para mim e se restringiu de modo que não é maior que aquele que ocupa a minha pessoa…”<br />Trecho da Carta do Jesuíta Belarmino sobre a obra de Galileu Galilei:<br />“Afirmar que o sol está no centro do mundo e gira apenas sobre si mesmo sem correr do oriente ao ocidente, e que a Terra está no 3º. Ceu e gira com suma velocidade em volta do sol, é coisa muito perigosa não só de irritar todos os filósofos e teólogos escolásticos, mas também de prejudicar a Santa Fé ao tornar falsas as Sagradas Escrituras.<br />Galileu foi julgado pela inquisição. Os seus últimos anos foram com dificuldades na visão, morreu em casa, em prisão domiciliar, na vila do Gioielo, em Arcetri, nas imediações de Florença, onde trabalhou até a sua morte aos 78 anos como católico e intransigente. No final do seu julgamento teria pronunciado: “EPPUR SI MUEVE !” (Contudo ela se move).<br />Bibliografia consultada<br />Edição Nacional das Obras de Galileu preparada por Antonio Favoro Le Opere di Galileo Glailei, 20 volumes, reimpressão, G. Barbèra Editora, Firenze, 1968. Tomo XIX, p. 272-421. (também de Sérgio Pagano: I documenti del processo de Galileo Galilei, Pontifícia Academia Scientiarum, Cidade do Vaticano. 1984.Galileu Galilei – O Ensaiador – Texto de Galileu: II Saggiatore – Nova Cultural – 1996 – Circulo do Livro.INTERNET – Quem foi o Cardeal Roberto Belarmino – Belarmino.htm – 16.6.2009INTERNET – Galileu Galilei – Galilei.htm – 16.6.2009-06-19.Duas novas Ciências – Galileu Galilei – Tradução e notas de Letizio Mariconda e Pablo R. Mariconda – Ed. 1985 – 1988 Nova Stella Editorial –Timeu – Sócrates, Timeu, Hermócrates, Crítias.Os pensadores – Editor Victor Civita – 1978 – Editora AbrilGiordano Bruno – Sobre o Infinito, O Universo e os MundosO segredo – O Segredo por trás de o Segredo – GalileuINTERNET – The Private Life of Galileo – The Internet Archive. Compiled primarily from his correspondence an that of his eldest daugter, Sister Maria Celeste, 1980, Boston: Nichols and Noyes.Documentos Originais do Processo de Galileu.A Dança do Universo – Marcelo Gleister – Professor de Física do Dartmouth College – Hanover (EUA).Folha de São Paulo – 3.06.2001.Revista Scientific American – O mensageiro das Estrelas – ano 7 –2005.Revista História Viva – Ano 1 – nº. 10 – Agosto de 2004.Revista Galileu – nº 116 – Ano 10 – Março de 2001.<br />Datas e fatos de Galileu<br />1564 – nasce em Pisa.1609 – controi o perspicillum – a luneta.1606 – Constroi o termômetro.1610 – envia à publicação do Sidereus Nuncius – anúncio das descobertas.1611 – é recebido na instituição dos jesuítas com elogios.1615 – denunciado ao Santo ofício pela posição contrária ao movimento da Terra.1616 – Recebe advertência formal do Santo ofício.1618 – Inicia-se a polêmica (comêtas) entre discípulos de Galileu.1632 – Galileu é intimado a comparecer até Roma.1638 – Galileu fica cego.1642 – morre Galileu.<br />“Mostra Internacional deInstrumentos Medievais de Tortura”Nomes dos modos de tortura na Inquisição.(cada um tem a sua própria sugestão).Dr. Franco Gentil. </span><a href="mailto:Francogentili@ymail.com"><span style="font-family:verdana;">Francogentili@ymail.com</span></a><span style="font-family:verdana;">- Roda de despedaçamento.- Açoite de ferro.- Cadeira das bruxas.- Cadeira da Inquisição.- Cavalete.- Esmaga cabeça.- Forquilha do herege.Fonte: Internet.<br /></span><a class="url" href="http://........................................./" rel="external nofollow"><span style="font-family:verdana;">ROBERTO CUNHALIMA</span></a><span style="font-family:verdana;"> Disse: </span><a title="" href="http://tohamageneralidades.wordpress.com/2009/09/14/noticias-e-informacoes-generalidades/#comment-28"><span style="font-family:verdana;">setembro 30, 2009 às 7:33 pm</span></a><span style="font-family:verdana;"> </span><a class="comment-reply-link" onclick="'return" href="http://tohamageneralidades.wordpress.com/2009/09/14/noticias-e-informacoes-generalidades/?replytocom=28#respond" rel="nofollow"><span style="font-family:verdana;">Responder</span></a><span style="font-family:verdana;"><br /></span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"><strong></strong></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"><strong></strong></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"><strong>COMO ENTENDER MAIS DEPOLÍTICAS PÚBLICAS<br /></div></strong></span><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">No início da sociedade humana, as relações econômicas eram feitas a base de troca de produtos, gêneros e bens. A negociação de uma mercadoria por outra constituía o sistema de referência. Era a fase do escambo. Houve época em que em países da Europa um carneiro valia dez galos. Diante disso, o carneiro torna-se valor de base como unidade monetária. No mundo romano, o boi, assume esse papel. Daí o nome pecúnia. A moeda metálica só aparece no Ocidente por volta de 650 a. C., utilizada pelos gregos, onde a numismática defende, ao longo do tempo, a importância da moeda e suas características estruturais e de confecção da própria moeda, pelo sentido de peso social, religioso e econômico nas negociações entre as nações.A partir daí, com a formação e o estabelecimento legítimo daquilo que simbolicamente representava a moeda fiduciária, isto é, moeda de confiança dos bancos, foi que surgiu a necessidade real de garantia dos grandes empreendimentos e as negociações de grande vulto. Para se enfrentar os grandes negociantes cara a cara, corajosamente, era preciso ter condições efetivas de aceitá-los ou combatê-los, e para isso nada melhor do que a garantia instrumental da moeda, às suas vistas, com pouca ou nenhuma possibilidade de perda. Assim surgiu a certeza e necessidade de intercâmbios com outras cidades e até países distantes que, através da intercomunicação entre eles formavam os grandes conglomerados. Surge daí a necessidade fundamental da agilização dos negócios, a simultaneidade de ações ou a presumível globalização – tudo por dinheiro. Os processos históricos se encarregaram de solidificar este esquema de trabalho.Após essa introdução sucinta, com a valorização dos recursos mnemônicos, volto-me imediatamente para a economia brasileira de hoje para dizer que foi nos tempos dos governos militares, onde a máquina administrativa absolutamente desestruturada, formada pelos tecnocratas, começou a tentar a flexibilização; tudo em plena desorganização administrativa naquela época. Foi somente com o governo do presidente José Sarney que ensaiou-se uma nova tentativa de modernização da Administração Pública. Tudo em função também da organização monetária, distribuição de renda, o trabalhador e as questões trabalhistas, os intercâmbios brasileiros etc.A vivência dos sindicatos no Brasil inteiro assistiu a isso muito bem em todos os sentidos. E foi nesse instante que colocou-se a discussão da necessidade de unificação dos regimes jurídicos dos servidores públicos, do fortalecimento da Administração direta e do restabelecimento integral do instituto da estabilidade. E foi com a Constituinte de 1987/1988 que houve o fortalecimento dos controles sob a Administração Pública. Houve, a partir daí, a necessidade urgente de reconhecimento da modificação de todos os padrões administrativos. Os governos começam a buscar formas de diminuição do tamanho da máquina administrativa com privatizações, enxugamentos, extinção de órgãos e entidades, dispensa de servidores não estáveis. Somente em 1995, com a estabilização da economia brasileira, iniciou-se o mais legítimo processo de revigoramento das políticas públicas em nosso país. É o chamado início da “administração gerencial” dos negócios públicos. Tudo em função dos controles econômicos.As políticas públicas são justamente as questões tratadas dos negócios públicos, e esses mesmos negócios públicos estão envolvidos com a globalização; essa máxima significa dizer do conjunto de novas ações políticas e econômicas do Estado, fato condicionante dos rumos do Brasil ao neoliberalismo.Foi aí que assistimos os reflexos da modificação de mais um quadro crítico mundial. Em tudo, o dinheiro, o capitalismo, e este já está em crise, depois do modelo fordista. É estabelecida crise geral, estrutural; e a crise é crônica, dentro das políticas públicas, afetando todas as áreas do conhecimento na administração governamental. Mas tudo funciona assim, é a lei dos contrários, da estimulação capitalista, das contradições. Por isso mesmo é que temos que trabalhar os sentimentos contrários constantemente.A partir deste momento vimos o aumento da concentração de renda, da dívida externa e interna, do desemprego e da inflação; e com um agravante, a diminuição da atividade econômica mundial. No Brasil, as sexagenárias normas trabalhistas brasileiras já não são tão eficazes como antes. Não existe mais a junção colaborativa dos componentes do grupo social. Elas não imprimem justiça e criam um grupo privilegiado, além da massa de trabalhadores na informalidade. A partir daí surge a real flexibilidade de direitos, ou padrão flexível de produção. O que significa isto? Em termos do Direito ? É a descentralização e a negociação com a sociedade, e o que é inusitado, com base na Lei maior. Chamamos de modelo toyotista, essa avassaladora forma de viver dos mercados, que é baseado na velocidade de produção. Chamam de “modelo de competência”, o tipo do trabalhador com essas características. Isto é, aquele trabalhador que sabe tomar iniciativas e assumir responsabilidades.O importante são os fatos históricos, e a história valoriza tudo isso, custe o que custar, por isso precisamos compreender que agora vale o viver social. Agora é o cerimonial do povo, a vez dos diálogos, a vez da sociedade, a lei é também feita com base naquilo que a sociedade transmite e indica para o bem estar de todos. (BORSOI, 2007).A propósito, o grande jurista Miguel Reale acrescenta que “ uma regra jurídica elaborada tecnicamente pelo órgão do Estado não é regra jurídica no sentido pleno da palavra, quando não encontra correspondência no viver social nem se transforma em momento da vida de um povo” (Apud Vasconcelos. 1968, p.318). A legitimidade da norma jurídica, explica o jurista Arnaldo Vasconcelos, é preciso que a norma seja não só justa, mas legítima. E ela vem do povo. Tudo isso parece gerar situação impar. Se o direito positivo do trabalho imposto pelo Estado, não consegue mais regular todas as relações de trabalho, por qual motivo temer o Direito negociado, se as partes o têm como legítimo e justo? Assim devemos compreender a flexibilização do trabalho em benefício da superação da crise instalada, pois seria mais verdadeira, e porque não dizer autêntica, a aplicação do diálogo social com a participação de toda a sociedade. É o chamado direito social, o viver social que devemos ter em mira. Ele é que regula todos os seguros sociais. Os “direitos sociais constituem os fenômenos jurídicos modernos, decorrentes das próprias questões sociais ou da luta incessante, longa e duradoura, das classes dos patrões e empregados”.(REV. INF. LEGISLATIVA – SENADO – 2008)Com essa colocação explicito sobre o estilo atual das políticas públicas, segundo a nova realidade manifesta dos textos jurídicos mais atualizados.O exemplo paradigmático do toyotismo aceito pelos governos não significa, entretanto, bem estar social. As inovações tecnológicas hoje fazem parte das fábricas, indústrias e serviços públicos e em alguns casos substituem o homem. Os gerenciamentos são em cima de variedades de produção conforme a demanda, com ênfase na1º. Sustentação de estoque mínimo; 2º. Aproveitamento máximo do tempo; 3º. Controle de qualidade; 4º. Polivalência e qualificação do trabalhador. A impressão que se tem é que o próprio trabalhador é capaz de controlar o outro, sendo uma ilusão, uma vez que, continua sendo escasso o seu nível de autonomia gerencial sobre o que produz e as circunstâncias em que produz. O trabalhador é manipulado de tal forma que ele se sente cooptado, isto é, agregado integralmente. Enquanto o “toyotismo busca o envolvimento cooptado, o paradigma taylorista-fordista articula coerção e persuasão para chegar ao consenso operário. Para Gramsci (1978 p. 316) a racionalização da produção e do trabalho, no fordismo, foi possível graças a combinação hábil da “(…) força (destruição do sindicalismo operário de base territorial) com a persuasão (altos salários, benefícios sociais diversos, propaganda ideológica e política habilidosissima).” (BORSOI, 2005).O Estado como agente de promoção, gerenciando a saúde social, a política e a economia junto com os sindicatos e empresas deve fornecer condições garantias, mas as nossas forças são incompatíveis com a globalização, os nossos recursos políticos ainda são inferiores, e por isso mesmo ainda não atingimos as nossas necessidades, apenas minoramos os bolsões de pobreza. Sendo assim, a nossa crise econômica, e dos direitos constitucionais adquiridos passam a ser a partir 1990, um conflito grave para o Estado brasileiro. Mas almejamos constantemente melhoras, por isso o dizemos que futuro da política moderna, do Estado tecnológico, depende enormemente do presente, dos caminhos trilhados agora, porque somos produtos e produtores da sociedade constantemente. Vale o conhecimento, a dedicação a fazer cursos e conhecer mais e mais os fundamentos históricos em que vivemos.Há de se compreender a grande chave progressista que chama-se descentralização. O Estado emerge em busca de melhores confrontos para ser clarividente a todo custo. Considerando as suas diferentes estratégias em busca da concretização vimos e reconhecemos os seus diferentes programas. Na área da educação, por exemplo, vemos as parcerias de iniciativa federal o Programa de Alfabetização Solidária, O programa de Educação na Reforma Agrária, e o Plano Nacional de Formação e Qualificação Profissional. Todas essas tendências de multiplicação de programas sociais e de educação conduzem a indicadores de modernização do Estado, que tem a tendência de vislumbrar novas soluções e alcançar patamares satisfatórios para todos os trabalhadores. Essa, a nova tendência e a nova organização de proficientes gestores de todas as áreas do Estado. (NETO, 2004).Haveremos de aprender, um dia, muito mais sobre a financeirização das riquezas uma vez que o governo não tem como patrociná-la. O objeto em questão é justamente esse, o momento relacionado a falta de políticas públicas. O Estado transformador inevitavelmente, terá de surgir revigorado, uma vez que é preciso dar exemplos de novas experiências de modelos de políticas públicas democráticas e inovadoras. É necessário discutir todos os limites no nosso País para podermos chegar aos fundamentos desses próprios limites, estabelecendo novas regras, novos assentamentos. E o que é mais interessante: tudo em cima do contraditório. O grande paradigma é este. Trabalhar os contrários em cima dos interesses.O conceito de cidadania está intimamente ligado aos princípios democráticos. “O novo conceito de cidadania vem solicitando reformulação do próprio conceito de democracia, buscando-se nova situação que classifique o termo entre democracia representativa e a democracia direta, que vem a ser a democracia participativa ou semi-direta” (BARBOSA, 2008). A cidadania está intimamente ligada as discussões sobre as garantias dos direitos fundamentais, ou seja, às condições dignas de vida para o pleno exercício daquela (BARBOSA, 2008).A mundialização é sempre vista de forma inusitada, pois não deixa de ser “uma fase específica da internacionalização do capital e de sua valorização, estando sempre restrita a um conjunto de regiões onde há recursos ou mercados” (CHESNAIS, 1966).Os novos operários do mundo do trabalho agora são possuidores da nova forma de relações no trabalho. É o novo momento histórico; o trabalho temporário, parcial e informal e que implica no cumprimento de determinadas obrigações sociais que garantem estabilidade mínima ao trabalhador; tudo isso vem, gradativamente, substituindo contratos que resguardavam direitos e férias, descanso semanal e 13º salário. O empobrecimento econômico tem sido registrado. Por esta razão os sindicatos têm sofrido transformações diversas no sentido de se adequar e defender os trabalhadores com os novos parâmetros e até assumir uma posição cada vez mais defensiva, cada vez mais de imediatidade, pela contingência, tudo em busca da preservação dos direitos do trabalhador, os chamados direitos sociais. Esses os sujeitos intencionais do neoliberalismo dentro da globalização do Estado, em relação a cidadania nas políticas públicas.<br />ROBERTO CUNHA LIMAData – 4.3.2008<br />BIBLIOGRAFIA CONSULTDA<br />IZABEL CRISTINA FERREIRA BORSOI – O MODO DE VIDA DOS NOVOS OPERÁRIOS – quando o purgatório se torna paraíso. Editora UFC – 2007.REVISTA DE INFORMAÇÃO LEGISLATIVA – Senado Federal – Edições Técnicas – 2007 – revista n. 174REVISTA DE INFORMAÇÃO LEGISLATIVA – Senado Federal – Edições Técnicas – 2008 – revista n. 175.ENÉAS ARRAES NETO – ELENICE G. DE OLIVEIRA – JOSÉ VASCONCELOS –MUNDO DO TRABALHO– Debates contemporâneos. 2004 – Edições UFC.EDMILSON BARBOSA – DEMOCRACIA E CONSTITUIÇÃO – Edições UFC – 2008SITES INTERNET – POLÍTICAS PÚBLICAS – 2008.SITES INTERNET – NEOLIBERALISMO NO BRASIL – 2008.JULIUS MEILI – O MEIO CIRCULANTE NO BRASIL – 1839/1907 -PARTE III – Edição do Banco Central do Brasil. SENADO FEDERAL.<br />***********<br /></span><a class="url" href="http://........................................./" rel="external nofollow"><span style="font-family:verdana;">ROBERTO CUNHALIMA</span></a><span style="font-family:verdana;"> Disse: </span><a title="" href="http://tohamageneralidades.wordpress.com/2009/09/14/noticias-e-informacoes-generalidades/#comment-29"><span style="font-family:verdana;">setembro 30, 2009 às 7:39 pm</span></a><span style="font-family:verdana;"> </span><a class="comment-reply-link" onclick="'return" href="http://tohamageneralidades.wordpress.com/2009/09/14/noticias-e-informacoes-generalidades/?replytocom=29#respond" rel="nofollow"><span style="font-family:verdana;">Responder</span></a><span style="font-family:verdana;"><br /></span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"><strong>O TRABALHO COMO VALOR SOCIAL<br /></strong><br /></span><span style="font-family:verdana;">O gregarismo e a comunicação são as bases fundamentais para a conscientização do conhecimento que viabiliza e potencializa instrumentos capazes de alcançar as estratégias sociais. É através de estudos adequados que se criam ações à realidade para obter o perfil do bem estar de cada comunidade. Discernir e enfatizar essas políticas é lançar mão dos recursos necessários ao combate a violência embutido em nosso modelo econômico e social. Precisa-se reduzir a desigualdade que agrega a multidão de excluídos. Cultiva-se a idéia de coisa simples e que nunca haverá de mudar. É justamente neste momento em que se estabelece a necessidade de parceiros para identificar oportunidades para todos.<br />A criança em primeiro plano<br />Vamos tentar nos aproximar primeiramente da criança. Mais precisamente do cérebro de um recém nascido. Avivando a nossa memória, sabemos hoje que a tecnologia tem nos fornecido avanços impressionantes. Um deles é a certeza da rapidez de comunicação entre os neurônios, mesmo em tenro período de gestação de uma criança. A proporção que ela cresce os neurônios se organizam de tal forma que são capazes até de identificar situações especializadas. Um bebê pode formar milhares de coneções em seu “cérebro emocional” a cada momento de sua vida. A partir desse instante toda e qualquer emoção terá identificação e registro em qualquer nível de vida. Conforme o modelo de estresse positivo e negativo o mesmo será regulado ou modificado para equilíbrio das coneções. O cerceamento ou liberdade dessas coneções será motivo, inclusive, para reprogramação dos mecanismos naturais do cérebro, que mais tarde se apresentarão visivelmente como modificados. Portanto, sabemos que tudo que se faz por uma criança repercute inevitavelmente em seu modo de agir, ver e sentir. É explicável cada passo dos primeiros anos de vida porque eles nos conduzem à realidade. Se é assim, justo será também não podermos neglicenciar a educação infantil em nenhuma hipótese. É preciso exergar a grandeza da escola de forma integral. Tudo que aprendemos com pouca idade repercute mais adiante de forma ampliada e clara a ponto de influir severamente em nosso interior.<br />Relacionamentos se firmam<br />Aos três anos de idade o cérebro está quase completo, mas a sua arquitetura está preparada para detectar qualquer nível de estresse. A partir daí todo o sistema regula as emoções para a vida. As pesquisas mostram que a criança quando bem estimulada no início potencializa todas as qualidades naturais com indicadores de bom rendimento escolar e progresso, no discernimento de suas futuras qualidades profissionais. Comprovam as pesquisas, no mundo inteiro, a veracidade e repercussões na infância. No Estado de Michigan, em Ypsilanti, (High/Scopy Perry), por exemplo, o futuro de centenas de crianças sem recursos comprovaram completo desenvolvimento em todos os ramos necessários à vida adulta quando tratadas com dignidade. Somente a partir desse prisma reconhece-se que a questão da criança é uma prioridade de fundamental importância. As políticas públicas precisam oferecer mais sustentabilidade nas escolas para se ter início de vida mais saudável e enriquecedor para as populações de baixa renda. Compreender essa necessidade é garantir vida melhor em todos os momentos de uma existência.<br />A Carta Magna auxilia<br />Os principais desafios na nova gestão pública brasileira estão centrados em planejamentos de diferentes níveis para exemplicifar, permanentemente, métodos novos de esclarecimento pela necessidade de mudar e acompanhar a globalização. A Reforma Constitucional brasileira se deu a partir de 1988 – A própria Constituição criou a Reforma Gerencial. Assim, foi criado o princípio da eficiência como ponto básico. A partir daí os direitos fundamentais do trabalhador garantiram sobremaneira todos os direitos sociais. Com os planejamentos surgiram a gestão participativa, a valorizaççao do trabalhador, a gestão pró-ativa e a clareza de ações.<br />Qualquer paradigma sobre o enfrentamento do jovem trabalhador brasileiro hoje, remete à Constituição Brasileira que teve a feliz idéia de contemplar sob todos os aspectos o trabalhador. A Carta Magna assegura ao trabalhador todos os direitos fundamentais, a profissionalização e a CLT. Ainda está em estudos as complementações dos novos direitos do trabalhador jovem baseados e fundamentados nos aspectos novos das necessidades da atualidade. Aos dezesseis anos o trabalhador brasileiro pode iniciar a sua vida no mundo do trabalho, conforme a Constituição Brasileira com todos os direitos garantidos.<br />Se o jovem é capaz de dominar os conhecimentos básicos através da orientação correta, da disciplina e do saber gregário, certamente ele discernirá o seu futuro social e saberá exigir de si coragem suficiente para adquirir experiência e compreender como e por que ingressar no futuro. É por isso que a formação inicial de um jovem na escola pública deve ser efetivada em escolas com gestores em niveis sustentáveis e com a capacitação necessária para este desempenho.<br />Trabalho do jovem<br />É preciso compreender em primeiro plano que as pessoas precisam ser informadas, preparadas, orientadas antes de ingressar no mundo do trabalho. No trabalho o pretendente deve valorizar as suas intenções permanentemente, ter bons propósitos nas tarefas, ser responsável. Primeiro é preciso habilitar-se para a função a desempenhar, em seguida estar alerta. Principalmente os jovens, eles não conhecem e nem percebem, o que é natural, que para iniciar qualquer atividade é preciso cuidar de mecanismos de gerenciamento integral daquilo que vai fazer. É necessário que se estabeleça uma grade de acontecimentos item por item para serem cumpridos. Onde? No início do seu trabalho. Está provado que é mais fácil e menos dispendioso para o Governo manter escolas dignas, que manter o trabalhador numa alienação constante para o resto da vida. As escolas e todos os alunos devem ser bem cuidados a fim de que os que estudam e compreendem possam chegar a idade adulta com saúde social e capaz de bem desenvolver-se no emprego.<br />Ações permanentes<br />Tudo no mundo do trabalho faz parte de uma ação organizada sistematicamente. É preciso ativar os orientadores iniciais para que todos os recursos humanos sejam praticados e alcançados. Todos precisamos saber que o seu valor social é de fundamental importância nesta hora. Valor social é olhar para cima, com dignidade, com responsabilidade; mas só exerce esta ação quem tem boa orientação, quem tem as ferramentas na mão. Aquilo que se refere a disciplina e comportamento em relação ao ambiente que vai enfrentar. Não só em gestão pública, mas em todas as organizações é preciso ter valor social alto, olhar as pessoas nos olhos, conduzir-se em todos os ambientes com uma postura sociável, agradável, educado, em consonância com aquilo que você deseja. Todos devem perceber que você sabe o que quer. Se você fica perdido e desorganizado, além de solitário, seu valor social esfria. Trabalhe com interatividade. Aprenda a comunicar-se com todos pelo nome, saiba cumprimentar na hora certa, circule confiante entre todos, saiba fazer indagações corretas, garanta que todos ao seu redor fiquem satisfeitos, crie relacionamentos. Faça tudo que puder para ter uma vida de trabalho feliz entre todos. Ame o seu trabalho.<br />Organize-se de forma consciente<br />Ao seguir o seu caminho dentro de uma instituição, após completar a sua análise investigativa sobre o desenvolvimento do seu trabalho, programe-se e crie um rumo a seguir e persigua-o obstinadamente. Determine valores em termos de missão, objetivos, estrátégias a abraçar, metas e ações a cumprir sem esquecer de planejar também os recursos a serem utilizados e o domínios de atuação. Seja ágil, comunicativo, faça tudo para agreguar a consciência coletiva, planeje cada dia de atuação. Todas essas estratégias certamente o levarão a concluir qual a sua missão no trabalho e enfim, qual a sua razão de estar presente na empresa.<br />Dia-a-dia na Empresa<br />O homem de vidro, o homem transparente, gestão transparente, inteligência emocional. Todas essas expressões fazem parte hoje como valor social de uma empresa. A corporação moderna deixa de lado as evidências de Fayol e Ford, que dignificavam a fabricação em série, as quantidades. Quanto mais fabrica-se, mais lucro se tem, diziam. Hoje, é claro, corre-se atrás do lucro mas de forma completamente diferente. Hoje é preciso racionalizar e pontencializar o consumo da força de trabalho, reorganizando todos os elementos subjetivos e flexibilizando os componentes a exigir do trabalhador, convenhamos, maior nível de qualificação. Assim sendo, é possível novos postos de trabalho, tudo em razão da farta introdução das novas tecnologias integrantes do processo produtivo e logicamente, com a participação dos valores sociais o trabalhador pôde abraçar delineamentos de trabalho totalmente favoráveis ao seu bem estar e, por conseqüência, a visivel melhora da performance da produção. A valorização do trabalhador hoje é ponto fundamental na administração central. E certamente o objetivo de maior alcance não poderia ser outro senão os elementos que favorecem a saúde do trabalhador. O trabalhador saudável, intelectualmente e fisicamente, progride mais junto com os seus valores, avança e cresce associado com todas as tecnologias ao seu alcance.<br />Está assentado aí, a importância da valorização da educação infantil e os seus apoiamentos integrantes e participativos à vida inteira. Se todas as tecnologias do mundo estão ao alcance do homem para que ele possa usufruir de forma mais produtiva, o homem tem que está preparado para recebê-la através dos seus conhecimentos e todos os recursos que importam. Esse o grande valor que o homem adquire com as ações de responsabilidade social, da ética e da transparência. Assim é que deve ser construído o bem estar do trabalhador com sua imagem repleta de valores sociais.<br />Qualidade de vida<br />Alcançar a qualidade de vida nas corporações é o grande anseio do ser humano. Busca-se tudo que pode para proporcionar maior bem estar e o equilíbrio físico, psíquico e social, ou até uma regra para se obter uma vida mais satisfatória. Qualidade de vida, segundo a Organização Mundial de Saúde, é um “conjunto de percepções individuais de vida no contexto dos sistemas de cultura e de valores em que vivem, e em relação a suas metas, expectativas, padrões e preocupações”. E o que significa tudo isto? Significa que o estabelecimento e implantação de “programas de saúde seguem a ciência e a arte de ajudar cientificamente as pessoas a modificar o seu estilo de vida em direção a um ótimo estado de saúde, sendo esta compreendida como o balanço entre saúde física, emocional, mental, social e espiritual”, segundo do American Journal, 1989. O trabalho como valor social só é possível associado aos propósitos dos programas de qualidade de vida ou promoção de saúde nas organizações, uma vez que utiliza-se esse método “para encorajar e apoiar hábitos e estilos de vida que promovam saúde e bem estar entre todos os funcionários e famílias durante a sua vida profissional”. Esses, os grandes paradigmas a serem desmembrados na intenção da necessidade de se agregar a si, o máximo possível de valores sociais para se ter desenvolvimento integral no trabalho.<br />Planejamento, arquivo e obras consultadas:<br />a. Direitos Humanos – Senado Fedral – SSETEC – Descrição de conteúdo: Abordagem dos direitos do homem nos tempos modernos incluindo a Declaração Universal dos Direitos do Homem, normas e legislação brasileira, bem como artigos vinculados.b. Constituição brasileira – Senado Federal SSETEC – Descrição de conteúdo: Constituição e alterações – Emendas introduzidas.c. Monografias da UFMG E UFC. – Descrição de conteúdo- Progamas de incentivo do ser humanod. Progamas de Gestão Pública de cursos da UFC.e. Trabalhos publicados sobre caracteristicas do Valor Social na empresa.<br /></span><a class="url" href="http://........................................./" rel="external nofollow"><span style="font-family:verdana;">ROBERTO CUNHALIMA</span></a><span style="font-family:verdana;"> Disse: </span><a title="" href="http://tohamageneralidades.wordpress.com/2009/09/14/noticias-e-informacoes-generalidades/#comment-30"><span style="font-family:verdana;">setembro 30, 2009 às 7:44 pm</span></a><span style="font-family:verdana;"> </span><a class="comment-reply-link" onclick="'return" href="http://tohamageneralidades.wordpress.com/2009/09/14/noticias-e-informacoes-generalidades/?replytocom=30#respond" rel="nofollow"><span style="font-family:verdana;">Responder</span></a><span style="font-family:verdana;"><br />PALAVRA EM DEFESA DO JORNALISTA NOAUDITÓRIO CASTELLO BRANCO DA UFC<br />MEU RECADO É CURTO E GROSSO. NÃO POSSO ACEITAR QUE UM MÉDICO, EM UM HOSPITAL, EM PLENA CIRURGIA, PELA FALTA DO ANESTESISTA, DESEMPENHE ESSA FUNÇÃO. NÃO POSSO CONCORDAR QUE UM AVENTUREIRO CURIOSO DAS COISAS DO SIDÉRIO DÊ AULAS DE ASTRONOMIA. NÃO CONCORDO COM UM RÁBULA INGRESSAR LEGALMENTE EM UM TRIBUNAL PARA FAZER A DEFESA DE QUEM QUER QUE SEJA. NÃO ACEITO QUE UM PRÁTICO DESEMPENHE A FUNÇÃO DE UM CIRURGIÃO DENTISTA. NINGUÉM APROVA UM MOTORISTA DIRIGIR SEM CARTEIRA DE HABILITAÇÃO. NÃO É POSSÍVEL QUE EM PLENA ERA DA NECESSIDADE DA CONSOLIDAÇÃO DOS SABERES DO JORNALISMO CIENTÍFICO, DA EPISTEMOLOGIA DAS CIÊNCIAS, DA ANÁLISE DO DISCURSO, QUALQUER UM POSSA SE CANDIDATAR DESAVERGONHADAMENTE AO CARGO DE JORNALISTA E SEM O DEVIDO REGISTRO E HABILITAÇÃO. MEU VOTO, NA ATUALIDADE, É PELO CONHECIMENTO CIENTÍFICO.<br />Roberto Cunha Lima<br />Tohama Generalidades Disse: </span><a title="" href="http://tohamageneralidades.wordpress.com/2009/09/14/noticias-e-informacoes-generalidades/#comment-31"><span style="font-family:verdana;">outubro 3, 2009 às 12:08 am</span></a><span style="font-family:verdana;"> </span><a class="comment-reply-link" onclick="'return" href="http://tohamageneralidades.wordpress.com/2009/09/14/noticias-e-informacoes-generalidades/?replytocom=31#respond" rel="nofollow"><span style="font-family:verdana;">Responder</span></a><span style="font-family:verdana;"><br />17.07.2009<br /><strong></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"><strong></strong></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"><strong>DO “OUVIR DIZER” A “IMAGEM REAL”<br /></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">Por Roberto Cunha Lima<br /></span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;"></span> </div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">Não podemos mais nos enganar. E nem tão pouco fazer ouvido de mercador. A realidade profissional não é feita de imagens fictícias. Quem assim procede pode cair a cada passo dentro do seu próprio contexto na alei da sucumbência.<br />Antigamente quase tudo na vida podia ser resolvido com criatividade e invenção. Todos conhecem as façanhas dos “práticos”, dos “rábulas” e “barbeiros” nas mais diversas profissões como na medicina, na engenharia civil, na advocacia, etc. Na área da saúde, que atinge a todos, digamos assim, alguns casos tinham soluções conhecidas pelos remédios caseiros que se colocavam na frente de todos com experiência garantida de quem indicava um remédio legítimo, “como ainda hoje”. Para tratar dos dentes por exemplo, dores diversas, torções e várias outras questões, era comum associar os conhecimentos caseiros, meizinhas, presságios e invenções do folclore de cada cidade e a solução era encontrada, pelo menos aparentemente, valendo para todo o corpo humano. Muitos anos se passaram até reconhecerem os princípios ativos das plantas e as moléculas de síntese. Logo veio a indústria farmacêutica com os conhecimentos da biologia celular, os antibióticos, a biologia molecular e os grandes desafios éticos e científicos.<br />Transparência e novos tempos<br />Hoje os dias são outros muito diferentes. Vale o conhecimento científico, a academia, as oficinas de treinamentos, onde encontramos todas as fundamentações aliadas aos longos estudos e conhecimentos das mesas dos laboratórios. Na medicina por exemplo, só para citar o caso mais comum, hoje em dia não se inicia mais uma obra sem os comprovantes técnicos e de engenharia, ou uma simples operação cirúrgia com a ausência do anestesista. É, como todos sabem, proibido por lei. A falta desse profissional não permite que um médico inicie a operação ocupando o seu lugar. Tudo isso quer dizer que hoje prevalece o espírito profissional, o rigor científico, os argumentos e experiências científicas, aliando regras e normas vigentes. Longe estamos do empirismo. Em se tratando de projetos de construções, revivendo o início da matéria, o responsável por uma obra arquitetônica jamais conceberá um projeto sem as devidas assinaturas dos engenheiros, calculistas e projetistas. Nos fóruns, é impossível alguém assumir a função de um magistrado se não for reconhecidamente um magistrado, e assim por diante. Em todas as áreas do conhecimento humano existe policiamento severo. Ninguém se atreve hoje a exercer uma profissão sem os embasamentos comprobatórios da sua especialidade.<br />O pior de tudo é que algumas pessoas ainda hoje confiavam e acreditavam neles, “os práticos”, os “rábulas” e os “barbeiros”, embora os levem, em muitos casos, à complicadas situações cada vez que um desses “vontadosos” diz o que vai executar alguma coisa de forma legal e proveitosa. Como são vulnerávies, nunca podem garantir nenhuma de suas ações, muito menos apresentar resultados satisfatórios. Antigamente eles eram muitos, e ainda existiam os embusteiros, aqueles que aconselhavam para que ninguém deixasse de exercer o seu ofício. Não se deseja condenar essas pessoas mas, lastimar a falta de condições delas de não assimilar a cultura suficiente e necessária para compreender que somente com o conhecimento científico qualquer ação pode se considerar sustentável. Não adianta a pessoa se passar por médico, por exemplo, se ele não tem os comprovantes de que cursou medicina. Há recursos para identificá-lo mais cedo ou mais tarde como aventureiro e responder processo. Se há contratações de engenheiros para uma obra, não vai ser a minha experiência como construtor que vai garantir a minha admissão na construção daquele prédio como engenheiro. Pode até apresentar resultados, mas, quem garante? A construção é segura? Eu sei que se alguém for defender o seu cliente em um júri, através dos recursos competentes, deverá primeiro ingressar no tribunal como advogado legalmente constituído. Essa é que é a verdade.<br />Valorização do conhecimento<br />O ser humano é detentor exclusivo das duas maiores faculdades que tem, falar e escrever. Por isso mesmo há que ter vigilância permanente sobre elas. Ao falar, as palavras vôam mas são identificadas, ao escrever elas são identificadas e ainda ficam grafadas por centenas de anos. Para as duas coisas é preciso ainda saber interpretar. Se não desejar enfrentar dificuldades. Uma das técnicas do jornalismo é não adjetivar as frases. Não é preciso, pois quem escreve deve ser imparcial. Para quê? Para evitar signos, sinais e simbolos interpretativos em uma gama enorme de variedades, o que podem causar ênfase ou leveza na compreensão em qualquer situação, fazendo com que alguém fique mais a favor ou a menos favor de alguém.No Supremo Tribunal Federal, (2009) juízes, em sua maioria, pronunciaram-se sobre o diploma de jornalista ofertando indignação de recurso a todo e qualquer profissional de radio, jornal e televisão que passou pelo crivo da Universidade. Essa tentativa de desnaturalizar o que há de mais sagrado no jornalismo de academia que foi a sua praxis naquele dia nefasto. A doutrina, o catecismo e até o vade mécum do jornalista foi ferido e em todos os princípios de aprendizagem de um comunicador. Todas as tônicas informativas ao estudante referem-se à dignidade e à verdade interpretativa, análise técnica e análise do discurso. Não há como fugir desse parâmetro. O que há é que os regimes administrativos, eximidos desta faculdade, esquecem de exigir cumprimento da doutrina, incluindo esses critérios às normas fundamentais de comportamento na empresa. É preciso compreender que há liberdade de expressão e do pensamento, longe de qualquer cerceamento de liberdade, mas até as regras só subsistem porque estão dentro de parâmetros pré-estabelecidos. É justamente por esse fato que exemplifica-se e justifica-se que a profissão de jornalista depende de conhecimento técnico específico. Não se deve correr riscos escrevendo ou falando sem os fundamentos doutrinários e sem as fantásticas lições exemplificadoras e cheias de experiências a evitar efeitos devastadores pela má notícia ou má informação.<br />No nosso País, somente depois da década de 1920, com início da vulgarização do saber e com os incentivos de vários cientistas, como Miguel Ozório de Almeida (Fisiologista – 1890/1953) e o impulso da iniciação da disseminação científica, surgiu a clarividente possibilidade de se criar um estado de espírito tal mais compreensivo sobre os fatos. A clareza das informações veio com a divulgação da ciência em larga escala. Não poderíamos deixar de citar neste exato momento o cientista Oswaldo Cruz que exemplificou seus conhecimentos através das ciências exatas e mostrou que sem o profundo interesse de todos e estudos constantes sobre as fundamentações, não seria possível extinguir, por exemplo, a febre amarela.<br />A disseminação científica em nosso meio preparou a mentalidade coletiva de certa forma fazendo com que a antiga idéia de conhecimentos isolados tivesse maior progressão. Assim, cada vez mais tivemos necessidade de avançar em conhecimentos. A partir daí, as comunidades científicas afloraram a ponto de iniciar movimentos organizados e até efetivar a reconstrução e criação de novas instituições científicas. Foi bem aceita a divulgação da expressão divulgação científica em nosso meio a partir dos anos de 1970/1980.<br />Hoje todas as comunidades estruturadas vivem sob alerta permanente a defender não só o presente como o futuro. É bom lembrar que a fundamentação dos fatos em relação ao conhecimento é obrigatória. Quem “não conhece o passado não entende o presente e não saberá planejar o futuro”.<br />A fundamentação da notícia<br />No mundo inteiro em todos os quadrantes da terra, nas áreas do conhecimento humano sabe-se que o único método de menor custo, mais fácil e promissor de informar ao grande público é lançando mão dos ingredientes do conhecimento e da compreensão. No rádio, na Internet, na televisão e nos jornais deve-se adicionar ainda a dose de inteligência e de gregarismo. Ao escrever é necessário associar interesse e experiência, fundamentação, transparência e legitimidade. Esses predicados da comunicação, hoje tão necessários nos conteúdos das notícias e informações, evitam incompreensãoes e digladiações no entendimento de quem quer que seja. Este, o jornalismo científico, onde a notícia e a informação concebem as substâncias ideais de seus conteúdos. As legítimas comunicações assentadas com esses parâmetros têm garantrias no direito e na razão do jornalismo científico.<br />É preciso conceber que esta função de escrever textos para livros, rádio, jornal, televisão, Internet, etc. com a intenção de estabelecer notícias, informações ou qualquer tipo de conteúdo, serve a multidões e é capaz de formar opinião entre todas as comunidades. Esse, o cuidado impressindível pela formação acadêmica do jornalista. O jornalista é voltado para os direitos e as necesidades da sociedade, pois é entendendo profundamente os fundamentos e as aplicações dos feitos sociais que ele atinge a síntese de todas as ações que devem ser praticadas em busca de uma sociedade justa e inteiramente democrática.<br />Hoje em jornalismo reconhecemos ser a palavra escrita, ainda, o meio mais eficaz para transmitir informações, notícias e todo e qualquer conteúdo. Mas com transparência, sem ineditismo, sem conteúdos mirabolantes, com regras doutrinárias. Só a exatidão de conteúdos, aliada a explicação, revela o fato em si, como aquisição para todas as s</span></div>Tohama Editoraçãohttp://www.blogger.com/profile/01359905270529847464noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6525593032384920294.post-17346007461473844902010-05-23T03:40:00.000-07:002010-06-09T15:48:40.791-07:00O LIVRO: COMO ELE FOI FEITO?<span style="color:#3333ff;"><blockquote><div align="center"><span style="color:#3333ff;"><blockquote><div align="justify"><span style="color:#3333ff;"><blockquote><div align="justify"><span style="color:#3333ff;"><blockquote><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:78%;color:#ff0000;"><em>PRECISAMOS INCENTIVAR A PESQUISA<br />NOS LIVROS. MANTER A LEITURA CONSTANTE É CONHECER A INFORMAÇÃO DIÁRIA. </em></span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:78%;color:#ff0000;"><em>O CONHECIMENTO,<br />EM TERRA, ABRE CAMINHOS,</em></span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:78%;color:#ff0000;"><em>NOS ARES, TRANSFORMA-SE EM CÉU DE<br />BRIGADEIRO, </em></span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:78%;color:#ff0000;"><em>NAS ÁGUAS, NOS SENTIMOS EM MAR ABERTO. </em></span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:78%;color:#ff0000;"><em>MAS, PRIMEIRO,<br />DEVEMOS SABER COMO SE<br />FAZEM OS ESCRITOS E<br />OS LIVROS. É PRECISO SABER MANUSEÁ-LOS, E QUANDO </em></span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:78%;color:#ff0000;"><em>CONHECEMOS ISSO,</em></span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:78%;color:#ff0000;"><em>O VALORIZAMOS MUITO MAIS. SÓ PODEMOS ELOGIAR OU CRITICAR ALGUM LIVRO</em></span></div><div align="justify"><em><span style="font-family:verdana;font-size:78%;color:#ff0000;">QUANDO SABEMOS COMO ELE FOI FEITO.</span></em></div></blockquote></span></div></blockquote></span></div></blockquote></span></div></blockquote></span>Tohama Editoraçãohttp://www.blogger.com/profile/01359905270529847464noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6525593032384920294.post-68289293971115303452010-04-29T05:05:00.000-07:002010-06-09T15:46:27.598-07:00LIVROS SÃO IMPORTANTES DESDE A SUA PREPARAÇÃO E CONFECÇÃOPRECISAMOS CONHECER OS LIVROS DESDE A SUA PREPARAÇÃO ATÉ A EDITORAÇÃO E CONFECÇÃO FINAL. NO MUNDO INTEIRO AINDA É O MELHOR, MAIS COMUM E MAIS FÁCIL MEIO DE GUARDAR INFORMAÇÕES E NOTÍCIAS. DESDE OS PRIMEIROS ESCRITOS DA ÉPOCA DE GUTEMBERG - TIPOS MÓVEIS - A INVENÇÃO TECNOLÓGICA MAIS CONHECIDA DE TODOS OS TEMPOS, OS LIVROS, AINDA PERMANECEM COMO GRANDE ATRAÇÃO PARA MILHARES EM TODAS AS FEIRAS DE LIVROS.Tohama Editoraçãohttp://www.blogger.com/profile/01359905270529847464noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6525593032384920294.post-2934239555917202792010-02-28T04:37:00.000-08:002010-02-28T07:50:59.940-08:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjK0rPqpo3xoXABIA5ESt84Zc2J1LSvjeQNg_9vQq4ujErOnBqUhZmTWofu4tkpm6nxYD10wgE1Yx4RKUfN-T6eUQzeAF8JXHOV040uFhE4VpWO5HJQBfi8jY5JhahHtEXiZn64L5V-vf4/s1600-h/DSC00870a%5B1%5D+cortada.JPG"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 195px; CURSOR: pointer" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5443273064310986802" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjK0rPqpo3xoXABIA5ESt84Zc2J1LSvjeQNg_9vQq4ujErOnBqUhZmTWofu4tkpm6nxYD10wgE1Yx4RKUfN-T6eUQzeAF8JXHOV040uFhE4VpWO5HJQBfi8jY5JhahHtEXiZn64L5V-vf4/s400/DSC00870a%5B1%5D+cortada.JPG" /></a><br /><div style="TEXT-ALIGN: justify"><span style="font-family:verdana;">Essa é 1 ª turma de Jornalismo Científico da UFC. A formatura será este ano de 2010. Visite a página de Jornalismo Científico da UFC e você terá os nomes dos alunos. É o Estado do Ceará, Juntamente com um FUNCAP, em benefício da notícia e da informação científica. Ao fundo o professor Odorico de Moraes. Autor da foto. (Por favor: clique em "postagens mais antigas" ou, siga os links.)</span></div><div style="TEXT-ALIGN: justify"><span style="font-family:Verdana;"></span></div>Tohama Editoraçãohttp://www.blogger.com/profile/01359905270529847464noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6525593032384920294.post-86413977835860555552010-02-28T04:25:00.001-08:002010-02-28T07:53:08.402-08:00<div align="justify"><strong><span style="font-size:180%;">Se você deseja conhecer os </span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:180%;">objetivos do "tohamaeditor",</span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:180%;">clique nos links, ou veja as</span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:180%;">postagens mais antigas. </span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:180%;">Aguarde mais informações. </span></strong></div>Tohama Editoraçãohttp://www.blogger.com/profile/01359905270529847464noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6525593032384920294.post-52075602849223780512010-02-23T05:39:00.000-08:002010-03-02T09:35:24.918-08:00<span style="font-size:180%;"><span style="font-family:trebuchet ms;">CIÊNCIA E JORNALISMO CIENTÍFICO - QUANDO ANDAM JUNTAS, LIVRAM A HUMANIDADE DE ENGANOS TERRÍVEIS E IRREVOGÁVEIS. FAÇA SEU LIVRO OU MONOGRAFIA E APRENDA AS PROFISSÕES DA EDITORAÇÃO: EDITOR, DIGITADOR, COPIDESQUE, REVISOR, NORMALIZADOR BIBLIOGRÁFICO, FORMATADOR.</span></span>Tohama Editoraçãohttp://www.blogger.com/profile/01359905270529847464noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6525593032384920294.post-40009983897551413182010-02-22T10:37:00.000-08:002010-02-22T05:43:05.700-08:00TODOS NÓS PRECISAMOS DE INFORMAÇÕES CIENTÍFICAS<div align="justify"><span style="font-family:verdana;">VOCÊ É UM LEITOR INTELIGENTE E SABE QUE ATRAVÉS DOS LIVROS PODEMOS MELHOR ENVEREDAR NOS CAMINHOS DO CONHECIMENTO E DO PRAZER DAS LEITURAS. PODEMOS PESQUISAR, COMPARAR INFORMAÇÕES, SONHAR, ESTUDAR COM PROFUNDIDADE TODOS OS RAMOS DO CONHECIMENTO HUMANO. VAMOS SABER ENTÃO COMO SÃO FEITOS OS LIVROS? (Clique subsequentemente em "postagem mais antiga").<br /><br />E o que é informação ou notícia científica? De onde vem isto? É simplesmente uma informação oficial de um fato, uma informação garantida pelo seu significado real, sem duplos sentidos. É uma informação ou notícia fundamentada com uma característica Legítima do seu formato para não causar nenhuma dúvida. Aqui começamos uma incentiva-lo a conhecer o blog tohamaeditor - Vamos trabalhar ou editorar o seu livro para que todos conheçam você ea sua originalidade. Tire da gaveta os seus Alfarrábios - contate-nos. "Você não paga nada".</span></div>Tohama Editoraçãohttp://www.blogger.com/profile/01359905270529847464noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6525593032384920294.post-87516563403764615922010-02-22T05:29:00.000-08:002010-02-28T07:56:37.568-08:00Liberdade de Expressão<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9NgGJ6CjhEbeIXT1SmPyEdop33KhqkpdHN8CzTtzthol11b69SFUtwqw_C1zGdcUS-ch7aHiFO_MKVC2Yk0vhHgUHhRFB0phjeufAlQFCOTxuKkTOPT2RkUgCx4KkKyVr9IfMoK3hH8s/s1600-h/libertadni5.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 221px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5441061395812619026" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9NgGJ6CjhEbeIXT1SmPyEdop33KhqkpdHN8CzTtzthol11b69SFUtwqw_C1zGdcUS-ch7aHiFO_MKVC2Yk0vhHgUHhRFB0phjeufAlQFCOTxuKkTOPT2RkUgCx4KkKyVr9IfMoK3hH8s/s320/libertadni5.jpg" /></a><br /><span style="font-family:verdana;">A liberdade de expressão no Brasil está garantida? Verdade ou mentira? É requisito essencial de qualquer estado democrático de direito a existência de uma imprensa livre e independente, mas acima de tudo, de uma imprensa responsável, de absoluta verdade das informações para a sociedade. A crise é dos jornais e não do jornalismo, a mentira e o sensacionalismo ajuda a mídia a vender. Este país ganha muito quando retira o debate político e põe sobre bases científicas a liberdade da verdade. Mas o melhor está por vir: a revolução tecnológica, baseada na informação, espera o mundo colocar gradativamente no profissionalismo o contexto da ética e o direito de manifestação do pensamento. Assim, a nova geração será acreditada pela sociedade, mais crédula, menos ingênua, mais preparada, mais compromissada com a sociedade entrando no clima patriótico e debatendo sempre a verdade.<br /><br />ECONOMISTA E EMPRESÁRIO, Dr. Ronaldo Cunha Lima</span>Tohama Editoraçãohttp://www.blogger.com/profile/01359905270529847464noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6525593032384920294.post-4557764736424690822010-02-13T00:35:00.001-08:002010-03-02T09:20:09.715-08:00<div align="right">NAO VACILE, SIGA O TOHAMAEDITOR, CLIQUE NOS LINKS E<br />FAÇA A EXPLORAÇÃO DO QUE É NECESSÁRIO.<br />VISITE E PERGUNTE O QUE DESEJAR. NÃO DEIXE<br />DE IMPRIMIR O SEU LIVRO POR CUSTOS BAIXOS.<br />SE VOCÊ MANTÉM OS SEUS ALFARRÁBIOS GUARDADOS,<br />NÃO VACILE, CHEGOU A SUA HORA. CONSULTE-NOS.</div>Tohama Editoraçãohttp://www.blogger.com/profile/01359905270529847464noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6525593032384920294.post-80908659240030988422010-02-11T04:22:00.000-08:002010-03-02T17:37:05.630-08:00Evite livros "piratas". Só profissionais podem editorar.<div align="right"><span style="font-family:verdana;font-size:180%;"><strong>SE VOCÊ VAI ESCREVER LIVROS PROCURE ESPECIALISTAS DA ÁREA. SIGA AS</strong></span></div><div align="right"><span style="font-family:verdana;font-size:180%;"><strong>ORIENTAÇÕES OBRIGATÓRIAS PARA MINIMIZAR PROBLEMAS. </strong></span></div><div align="right"><strong><span style="font-size:180%;"><span style="font-family:verdana;">DIRIJA-SE AOS </span><span style="font-family:verdana;">PROFISSIONAIS MAIS COMPETENTES QUE VOCÊ CONHECE. </span></span></strong></div><div align="right"><strong><span style="font-size:180%;"><span style="font-family:verdana;">ESSA ATITUDE EVITA </span><span style="font-family:verdana;">O LIVRO PIRATA, </span></span></strong></div><div align="right"><span style="font-family:verdana;font-size:180%;"><strong>CUSTOS ALTOS, MENOS CRÉDITO E LHE OCUPA MUITO MENOS,</strong></span></div><div align="right"><span style="font-family:verdana;font-size:180%;"><strong>ALÉM DE UMA PEREGRINAÇÃO DESNECESSÁRIA. </strong></span></div><div align="right"><span style="font-family:verdana;font-size:180%;"><strong>CONFIE OS SEUS SERVIÇOS AO</strong></span></div><div align="right"><span style="font-family:verdana;"><strong><span style="font-size:180%;">TOHAMAEDITOR</span></strong>.</span></div>Tohama Editoraçãohttp://www.blogger.com/profile/01359905270529847464noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6525593032384920294.post-40897580706713046832010-02-06T09:47:00.001-08:002010-07-07T06:32:03.788-07:00Roberto Cunha Lima<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0eLZmyZlWXUyG1m9O7NK1sHxwVLfqLKqjqwhFfNGKTubZAKXRc_4fQzBOuUlg8qLpcjC9XxhZfdDqCFeC04B-yrDmAYHKFt_63DAzyt4MR4GsvPxH0lEOga3Ek4DVZnpXgj6aAW8b2-w/s1600-h/RobertoCunhaLima.JPG"><img style="MARGIN: 0pt 0pt 10px 10px; WIDTH: 114px; FLOAT: right; HEIGHT: 200px; CURSOR: pointer" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5435188764790280930" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0eLZmyZlWXUyG1m9O7NK1sHxwVLfqLKqjqwhFfNGKTubZAKXRc_4fQzBOuUlg8qLpcjC9XxhZfdDqCFeC04B-yrDmAYHKFt_63DAzyt4MR4GsvPxH0lEOga3Ek4DVZnpXgj6aAW8b2-w/s200/RobertoCunhaLima.JPG" /></a><span style="font-family:verdana;">Cearense, de naturalidade e de domicílio, jornalista-revisor, trabalha na Universidade Federal do Ceará.</span><br /><br /><span style="font-family:verdana;">CONFECCIONAMOS O SEU LIVRO e divulgamos o ensino, em rede, de todo o processo da confecção de livros a um custo econômico mais rápido e prático. Esta ação favorece ao surgimento das profissões de digitador/formatador, normalizador bibliográfico e revisor vernacular. Consulte-nos agora mesmo.</span><br /><span style="font-family:verdana;"></span><br /><span style="font-family:verdana;">Contato: <a href="mailto:tohamaeditor@gmail.com">tohamaeditor@gmail.com</a> ou <a href="mailto:tohama17@hotmail.com">tohama17@hotmail.com</a></span>Tohama Editoraçãohttp://www.blogger.com/profile/01359905270529847464noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6525593032384920294.post-38178140984242440302009-11-17T11:16:00.000-08:002010-02-10T21:05:00.582-08:00O Trabalho como Valor Social<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_zfKTfjI8kCx6wCsxpkP2wpa1xlRQbYzIw1zaUHxDJIfpSSB1zaFjVgNdU6EmL88EBRNXAcqDV9seIocUrfywgmpXQAwvz2d7qM05A-s4xu2GrD2x2cIOrtgIF_Wc_JNsSAWXjFs9GDE/s1600/figuratrabalho.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 200px; DISPLAY: block; HEIGHT: 160px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5405154195361167170" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_zfKTfjI8kCx6wCsxpkP2wpa1xlRQbYzIw1zaUHxDJIfpSSB1zaFjVgNdU6EmL88EBRNXAcqDV9seIocUrfywgmpXQAwvz2d7qM05A-s4xu2GrD2x2cIOrtgIF_Wc_JNsSAWXjFs9GDE/s200/figuratrabalho.jpg" /></a><br /><br /><span style="font-family:verdana;">O gregarismo e a comunicação são as bases fundamentais para a conscientização do conhecimento que viabiliza e potencializa instrumentos capazes de alcançar as estratégias sociais. É através de estudos adequados que se criam ações à realidade para obter o perfil do bem estar de cada comunidade. Discernir e enfatizar essas políticas é lançar mão dos recursos necessários ao combate a violência embutido em nosso modelo econômico e social. Precisa-se reduzir a desigualdade que agrega a multidão de excluídos. Cultiva-se a idéia de coisa simples e que nunca haverá de mudar. É justamente neste momento em que se estabelece a necessidade de parceiros para identificar oportunidades para todos.<br /><br /><strong>A criança em primeiro plano</strong><br /></span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">Vamos tentar nos aproximar primeiramente da criança. Mais precisamente do cérebro de um recém nascido. Avivando a nossa memória, sabemos hoje que a tecnologia tem nos fornecido avanços impressionantes. Um deles é a certeza da rapidez de comunicação entre os neurônios, mesmo em tenro período de gestação de uma criança. A proporção que ela cresce os neurônios se organizam de tal forma que são capazes até de identificar situações especializadas. Um bebê pode formar milhares de coneções em seu “cérebro emocional” a cada momento de sua vida. A partir desse instante toda e qualquer emoção terá identificação e registro em qualquer nível de vida. Conforme o modelo de estresse positivo e negativo o mesmo será regulado ou modificado para equilíbrio das coneções. O cerceamento ou liberdade dessas coneções será motivo, inclusive, para reprogramação dos mecanismos naturais do cérebro, que mais tarde se apresentarão visivelmente como modificados. Portanto, sabemos que tudo que se faz por uma criança repercute inevitavelmente em seu modo de agir, ver e sentir. É explicável cada passo dos primeiros anos de vida porque eles nos conduzem à realidade. Se é assim, justo será também não podermos neglicenciar a educação infantil em nenhuma hipótese. É preciso exergar a grandeza da escola de forma integral. Tudo que aprendemos com pouca idade repercute mais adiante de forma ampliada e clara a ponto de influir severamente em nosso interior.<br /><br /><strong>Relacionamentos se firmam</strong><br /></span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">Aos três anos de idade o cérebro está quase completo, mas a sua arquitetura está preparada para detectar qualquer nível de estresse. A partir daí todo o sistema regula as emoções para a vida. As pesquisas mostram que a criança quando bem estimulada no início potencializa todas as qualidades naturais com indicadores de bom rendimento escolar e progresso, no discernimento de suas futuras qualidades profissionais. Comprovam as pesquisas, no mundo inteiro, a veracidade e repercussões na infância. No Estado de Michigan, em Ypsilanti, (High/Scopy Perry), por exemplo, o futuro de centenas de crianças sem recursos comprovaram completo desenvolvimento em todos os ramos necessários à vida adulta quando tratadas com dignidade. Somente a partir desse prisma reconhece-se que a questão da criança é uma prioridade de fundamental importância. As políticas públicas precisam oferecer mais sustentabilidade nas escolas para se ter início de vida mais saudável e enriquecedor para as populações de baixa renda. Compreender essa necessidade é garantir vida melhor em todos os momentos de uma existência.<br /><br /><strong>A Carta Magna auxilia</strong><br /></span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">Os principais desafios na nova gestão pública brasileira estão centrados em planejamentos de diferentes níveis para exemplicifar, permanentemente, métodos novos de esclarecimento pela necessidade de mudar e acompanhar a globalização. A Reforma Constitucional brasileira se deu a partir de 1988 – A própria Constituição criou a Reforma Gerencial. Assim, foi criado o princípio da eficiência como ponto básico. A partir daí os direitos fundamentais do trabalhador garantiram sobremaneira todos os direitos sociais. Com os planejamentos surgiram a gestão participativa, a valorizaççao do trabalhador, a gestão pró-ativa e a clareza de ações.<br /><br />Qualquer paradigma sobre o enfrentamento do jovem trabalhador brasileiro hoje, remete à Constituição Brasileira que teve a feliz idéia de contemplar sob todos os aspectos o trabalhador. A Carta Magna assegura ao trabalhador todos os direitos fundamentais, a profissionalização e a CLT. Ainda está em estudos as complementações dos novos direitos do trabalhador jovem baseados e fundamentados nos aspectos novos das necessidades da atualidade. Aos dezesseis anos o trabalhador brasileiro pode iniciar a sua vida no mundo do trabalho, conforme a Constituição Brasileira com todos os direitos garantidos.<br /><br />Se o jovem é capaz de dominar os conhecimentos básicos através da orientação correta, da disciplina e do saber gregário, certamente ele discernirá o seu futuro social e saberá exigir de si coragem suficiente para adquirir experiência e compreender como e por que ingressar no futuro. É por isso que a formação inicial de um jovem na escola pública deve ser efetivada em escolas com gestores em niveis sustentáveis e com a capacitação necessária para este desempenho.<br /><br /><strong>Trabalho do jovem</strong><br /></span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">É preciso compreender em primeiro plano que as pessoas precisam ser informadas, preparadas, orientadas antes de ingressar no mundo do trabalho. No trabalho o pretendente deve valorizar as suas intenções permanentemente, ter bons propósitos nas tarefas, ser responsável. Primeiro é preciso habilitar-se para a função a desempenhar, em seguida estar alerta. Principalmente os jovens, eles não conhecem e nem percebem, o que é natural, que para iniciar qualquer atividade é preciso cuidar de mecanismos de gerenciamento integral daquilo que vai fazer. É necessário que se estabeleça uma grade de acontecimentos item por item para serem cumpridos. Onde? No início do seu trabalho. Está provado que é mais fácil e menos dispendioso para o Governo manter escolas dignas, que manter o trabalhador numa alienação constante para o resto da vida. As escolas e todos os alunos devem ser bem cuidados a fim de que os que estudam e compreendem possam chegar a idade adulta com saúde social e capaz de bem desenvolver-se no emprego.<br /><br /><strong>Ações permanentes</strong><br /></span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">Tudo no mundo do trabalho faz parte de uma ação organizada sistematicamente. É preciso ativar os orientadores iniciais para que todos os recursos humanos sejam praticados e alcançados. Todos precisamos saber que o seu valor social é de fundamental importância nesta hora. Valor social é olhar para cima, com dignidade, com responsabilidade; mas só exerce esta ação quem tem boa orientação, quem tem as ferramentas na mão. Aquilo que se refere a disciplina e comportamento em relação ao ambiente que vai enfrentar. Não só em gestão pública, mas em todas as organizações é preciso ter valor social alto, olhar as pessoas nos olhos, conduzir-se em todos os ambientes com uma postura sociável, agradável, educado, em consonância com aquilo que você deseja. Todos devem perceber que você sabe o que quer. Se você fica perdido e desorganizado, além de solitário, seu valor social esfria. Trabalhe com interatividade. Aprenda a comunicar-se com todos pelo nome, saiba cumprimentar na hora certa, circule confiante entre todos, saiba fazer indagações corretas, garanta que todos ao seu redor fiquem satisfeitos, crie relacionamentos. Faça tudo que puder para ter uma vida de trabalho feliz entre todos. Ame o seu trabalho.<br /><br /><strong>Organize-se de forma consciente</strong><br /></span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">Ao seguir o seu caminho dentro de uma instituição, após completar a sua análise investigativa sobre o desenvolvimento do seu trabalho, programe-se e crie um rumo a seguir e persigua-o obstinadamente. Determine valores em termos de missão, objetivos, estrátégias a abraçar, metas e ações a cumprir sem esquecer de planejar também os recursos a serem utilizados e o domínios de atuação. Seja ágil, comunicativo, faça tudo para agreguar a consciência coletiva, planeje cada dia de atuação. Todas essas estratégias certamente o levarão a concluir qual a sua missão no trabalho e enfim, qual a sua razão de estar presente na empresa.<br /><br /><strong>Dia-a-dia na Empresa</strong><br /></span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">O homem de vidro, o homem transparente, gestão transparente, inteligência emocional. Todas essas expressões fazem parte hoje como valor social de uma empresa. A corporação moderna deixa de lado as evidências de Fayol e Ford, que dignificavam a fabricação em série, as quantidades. Quanto mais fabrica-se, mais lucro se tem, diziam. Hoje, é claro, corre-se atrás do lucro mas de forma completamente diferente. Hoje é preciso racionalizar e pontencializar o consumo da força de trabalho, reorganizando todos os elementos subjetivos e flexibilizando os componentes a exigir do trabalhador, convenhamos, maior nível de qualificação. Assim sendo, é possível novos postos de trabalho, tudo em razão da farta introdução das novas tecnologias integrantes do processo produtivo e logicamente, com a participação dos valores sociais o trabalhador pôde abraçar delineamentos de trabalho totalmente favoráveis ao seu bem estar e, por conseqüência, a visivel melhora da performance da produção. A valorização do trabalhador hoje é ponto fundamental na administração central. E certamente o objetivo de maior alcance não poderia ser outro senão os elementos que favorecem a saúde do trabalhador. O trabalhador saudável, intelectualmente e fisicamente, progride mais junto com os seus valores, avança e cresce associado com todas as tecnologias ao seu alcance.<br /><br />Está assentado aí, a importância da valorização da educação infantil e os seus apoiamentos integrantes e participativos à vida inteira. Se todas as tecnologias do mundo estão ao alcance do homem para que ele possa usufruir de forma mais produtiva, o homem tem que está preparado para recebê-la através dos seus conhecimentos e todos os recursos que importam. Esse o grande valor que o homem adquire com as ações de responsabilidade social, da ética e da transparência. Assim é que deve ser construído o bem estar do trabalhador com sua imagem repleta de valores sociais.<br /><br /><strong>Qualidade de vida<br /></strong></span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">Alcançar a qualidade de vida nas corporações é o grande anseio do ser humano. Busca-se tudo que pode para proporcionar maior bem estar e o equilíbrio físico, psíquico e social, ou até uma regra para se obter uma vida mais satisfatória. Qualidade de vida, segundo a Organização Mundial de Saúde, é um “conjunto de percepções individuais de vida no contexto dos sistemas de cultura e de valores em que vivem, e em relação a suas metas, expectativas, padrões e preocupações”. E o que significa tudo isto? Significa que o estabelecimento e implantação de “programas de saúde seguem a ciência e a arte de ajudar cientificamente as pessoas a modificar o seu estilo de vida em direção a um ótimo estado de saúde, sendo esta compreendida como o balanço entre saúde física, emocional, mental, social e espiritual”, segundo do American Journal, 1989. O trabalho como valor social só é possível associado aos propósitos dos programas de qualidade de vida ou promoção de saúde nas organizações, uma vez que utiliza-se esse método “para encorajar e apoiar hábitos e estilos de vida que promovam saúde e bem estar entre todos os funcionários e famílias durante a sua vida profissional”. Esses, os grandes paradigmas a serem desmembrados na intenção da necessidade de se agregar a si, o máximo possível de valores sociais para se ter desenvolvimento integral no trabalho.<br /><br /><strong>Planejamento, arquivo e obras consultadas:</strong><br /></span></div><div align="justify"><span style="font-family:verdana;">a. Direitos Humanos – Senado Fedral – SSETEC – Descrição de conteúdo: Abordagem dos direitos do homem nos tempos modernos incluindo a Declaração Universal dos Direitos do Homem, normas e legislação brasileira, bem como artigos vinculados.<br /><br />b. Constituição brasileira – Senado Federal SSETEC – Descrição de conteúdo: Constituição e alterações – Emendas introduzidas.<br /><br />c. Monografias da UFMG E UFC. – Descrição de conteúdo- Progamas de incentivo do ser humano<br /><br />d. Progamas de Gestão Pública de cursos da UFC.<br /><br />e. Trabalhos publicados sobre caracteristicas do Valor Social na empresa.<br /><br />Autor: Roberto Cunha Lima<br /><br />Fonte da foto: </span><a href="http://cafufpr.wordpress.com/2009/06/29/3%c2%ba-pre-enef-0207-15h-30min-no-caf/" target="_blank"><span style="font-family:verdana;">Farmácia, Comunicação e Saúde na Luta</span></a></div>Tohama Editoraçãohttp://www.blogger.com/profile/01359905270529847464noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6525593032384920294.post-2426748501601279152009-11-15T03:08:00.000-08:002010-02-22T05:07:26.175-08:00Editoração<span style="font-family:lucida grande;color:#333333;"><blockquote><span style="font-family:verdana;font-size:130%;color:#333333;"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:verdana;"><span style="color:#993300;"><p align="right"></p><span style="font-family:verdana;"><blockquote><span style="font-family:verdana;color:#333333;"><span style="font-family:verdana;"><span style="color:#993300;"><p align="left"><span style="font-family:verdana;font-size:130%;">"NO MUNDO INTEIRO SÓ EXISTE </span></span></span></span><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:verdana;"><span style="color:#993300;">UMA FÓRMULA </span><span style="color:#993300;">PARA </span><span style="color:#993300;">IMPRIMIR MELHOR </span></span><span style="font-family:verdana;color:#993300;">COM CUSTOS BAIXOS. TODO IMPRESSO </span></span><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:130%;"><span style="color:#993300;">EXIGE </span><span style="color:#993300;">RIGOR, </span></span><span style="font-size:130%;color:#993300;">PRINCIPALMENTE O<br />CIENTÍFICO."</span></span></p></blockquote><p align="left"></span></span></span></span></span><span style="font-family:verdana;font-size:130%;color:#993300;">VAMOS PLANEJAR E EDITORAR: </span></p><div align="left"><span style="font-family:verdana;font-size:130%;color:#993300;">1º. EXAMINAR A CONFERÊNCIA DA LEITURA CRÍTICA; </span></div><div align="left"><span style="font-family:verdana;font-size:130%;color:#993300;"></span></div><div align="left"><span style="font-family:verdana;font-size:130%;color:#993300;"></span></div><div align="left"><span style="font-family:verdana;font-size:130%;color:#993300;">2º. O ESTABELECIMENTO DEFINITIVO DO TEXTO; </span></div><div align="left"><span style="font-family:verdana;font-size:130%;color:#993300;"></span></div><div align="left"><span style="font-family:verdana;font-size:130%;color:#993300;"></span></div><div align="left"><span style="font-family:verdana;font-size:130%;color:#993300;">3º. A ORGANIZAÇÃO DAS PÁGINAS; </span></div><div align="left"><span style="font-family:verdana;font-size:130%;color:#993300;"></span></div><div align="left"><span style="font-family:verdana;font-size:130%;color:#993300;"></span></div><div align="left"><span style="font-family:verdana;font-size:130%;color:#993300;">4º. OS PROCESSAMENTOS DA EDITORAÇÃO: </span></div><div align="left"><span style="font-family:verdana;font-size:130%;color:#993300;"></span></div><div align="left"><span style="font-family:verdana;font-size:130%;color:#993300;"></span></div><div align="left"><span style="font-family:verdana;font-size:130%;color:#993300;">COMPOSIÇÃO, REVISÃO VERNACULAR, </span></div><div align="left"><span style="font-family:verdana;font-size:130%;color:#993300;"></span></div><div align="left"><span style="font-family:verdana;font-size:130%;color:#993300;"></span></div><div align="left"><span style="font-family:verdana;font-size:130%;color:#993300;">NORMALIZAÇÃO BIBLIOGRÁFICA,</span></div><div align="left"><span style="font-family:verdana;font-size:130%;color:#993300;"></span></div><div align="left"><span style="font-family:verdana;font-size:130%;color:#993300;"></span></div><div align="left"><span style="font-family:verdana;font-size:130%;color:#993300;">REFORMATAÇÃO E PRINTER.</span></div></blockquote></span>Tohama Editoraçãohttp://www.blogger.com/profile/01359905270529847464noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6525593032384920294.post-25820848857610747502009-11-14T03:35:00.000-08:002010-02-22T05:08:04.491-08:00Comunicação ao alcance de todos<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrp6dMu-tmHybCUd6URfUXx9vn64j8wekSu4otcCMo9bSl7IoXuOVzox0GjyibjWC1och04uzcI7YkYCuk91ei9iowKSgPzh67UvkIvLCvdQnFQcBPtcIhHRxL8VleLytiTEP9LEwSahQ/s1600-h/jornais.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5403921533429501378" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 214px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrp6dMu-tmHybCUd6URfUXx9vn64j8wekSu4otcCMo9bSl7IoXuOVzox0GjyibjWC1och04uzcI7YkYCuk91ei9iowKSgPzh67UvkIvLCvdQnFQcBPtcIhHRxL8VleLytiTEP9LEwSahQ/s320/jornais.jpg" border="0" /></a><br /><div>SUMÁRIO </div><div><br />1. INTRODUÇÃO<br /><br />2. O ESCRITO JORNALÍSTICO SEM FUNDAMENTAÇÃO<br /><br />3. QUANDO UM TEXTO É CONFECCIONADO FORA DOS PADRÕES DO JORNALISMO CIENTÍFICO<br /><br /></div><div></div><div>Da Utilização de Dados sem Fundamentação Científica Quando a Comunicação não está ao Alcance de Todos</div><div>A Escrita Jornalística sem Fundamentação Técnica Quando os Conteúdos são forjados para uma notícia ou Informação Quando o Texto traz Ilegibilidade </div><div><br /><br />4. JUSTIFICATIVAComo reconhecer o texto jornalístico não científico?<br />5. METODOLOGIA – ANÁLISE DE CONTEÚDO<br />6. REFERÊNCIAL TEÓRICO<br />7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br /></div><div></div><div><br /><br />1. INTRODUÇÃO<br /><br /></div><div></div><div>“A palavra é uma espécie de ponte lançada entre mim e os outros. Se ela se apóia sobre mim numa extremidade, na outra apóia-se sobre o meu interlocutor. A palavra é um território comum do locutor e do interlocutor”. (BAKTIN) </div><div><br />Considera-se que este projeto de pesquisa traga algo de novo e seja representativo, dentro dos padrões da escrita com vantagem competitiva, indicando a necessidade de fontes adequadas para que se possa escrever qualquer notícia ou informação, artigo, reportagem, etc., a qualidade de uma produção escrita para rádio, jornal ou televisão deve conter absoluta transparência e idoneidade, mas para isso é necessário real profissionalismo em todos os aspectos. </div><div><br /><br />2. O ESCRITO JORNALÍSTICO SEM FUNDAMENTAÇÃO</div><div></div><div>É interessante que se diga que a pesquisa científica em comunicação no nosso país tem intrínseco fundamento e influência francesa a partir dos anos de 1970. Nesse ano iniciaram-se os processamentos de valorização dos cursos de Comunicação Social e com isso veio a exigência da pós-graduação, juntamente com os seus programas nas principais universidades brasileiras. É necessário que se diga que influentes personalidades do jornalismo mundial, pesquisadores de referência, influenciaram na formação de novos conceitos – Dominique Wolton, Pierre Bourdieu, Ferdinand Sausure, Michel Maffesoli, Roland Bartes, Dominique Maingueneau, Jacques Derrida, Edgard Morin, Pierre Levy e outras gerações de nomes que contribuem com a evolução da comunicação social. Todos os conceitos novos são fundamentados experimentalmente experiências e desenvolvimento de trabalhos que dimencionam hoje os conceitos de jornalismo científico. </div><div><br />A principal condição para atender a essas exigências da construção da notícia ou informação jornalística de forma científica, é compreender que filtrar um enunciado complexo refere-se muitas vezes, alguns profissionais acreditam que o uso da linguagem rebuscada é sinônimo de erudição e conhecimento acadêmico, o que nem sempre reflete a realidade, uma vez que, atualmente, tem-se como preciso que os profissionais mais competentes são aqueles que conseguem fazer entender, inclusive pelos leigos. Afinal, o bom jornalista deve ter o poder de usar a linguagem transferindo conhecimento. Deve ser relacionado em suas técnicas, logicamente, a compreensão, a transparência a legitimidade e investigação, objetos fundamentais de uma boa análise do discurso e de uma boa análise de conteúdo. Outro ponto importante é o processo investigativo. Somente com o legítimo levantamento de dados correto ou o conhecimento do assunto investigado podemos produzir fatos correspondentes a verdade da notícia ou informação. Se uma investigação começar de forma errada e o seu desenvolvimento for sem nexo causal, todo o processo histório de construção do fato será também sem sentido. </div><div><br /><br />3. QUANDO UM TEXTO É CONFECCIONADO FORA DOS PADRÕES DO JORNALISMO CIENTÍFICO</div><div></div><div>O texto confeccionado fora dos padrões do jornalismo científico traduz uma linguagem complexa, repleta de signos, sinais e simbolos incompreensivos para a maior parte das pessoas. É justamente para combater a proliferação desses escritos que divulga-se o jornalismo científico, ou seja, aquela forma de escrever com a finalidade de se fazer em entender na sua dimensão ou na extensão de todas as palavras. </div><div><br />3.1 Da Utilização de Dados sem Fundamentação Científica</div><div></div><div>O princípio da captação da notícia ou informação científica revela de imediato, cuidados especiais em ouvir, mensurar, interpretar. Portanto, não é possível fugir dos padrões. É necessário usar a capacidade de filtrar todos os dados vindos de uma fonte e interpretá-lo de forma compreensiva para o leitor. É preciso haver a divinização da investigação, e mais, é necessário usar profundos conhecimentos sobre fundamentações universais para a captação da essência da verdade e transformar em dados compreensivos. Há que se conceber a continuidade no aprendizado da língua, a compreensão, os exercícios e as atividades metalinguísticas sobre a expressão escrita e oral em diferentes formas. É necessário treinar a compreensão e verificar a complexidade das coisas. A partir desses elementos predicativos é que devemos fazer comparações. Todo esse referencial histório habilita de forma exponencial o jornalista a definir e clarear os fundamentos de uma notícia ou informação, etc., com uma precisão tal que a torna de fácil assimilação e definição em toda a sua extensão pelo leitor. </div><div><br /><br />3.2 Quando a Comunicação não está ao Alcance de Todos</div><div></div><div>O primordial evento social do ser humano, a comunicação, foi evidenciado nos primeiros momentos da História com múltiplos desdobramentos a partir do surgimento maquínico do desejo de comunicar-se. Este fato abriu para o homem amplas possibilidades gregárias e permitiu nova realidade social, política e econômica entre todos. Nasce a intercomunicação que, de algum modo, fez surgir a diversificação de ações e consequente estabelecimento de regras e métodos de operacionalização. A partir desse momento veio a necessidade de registrar, transcrever (Para promover todas as situações gráficas e de verbalização), e estabelecer uma identidade física, (concretização) através dos gestos, gritos, modos, custumes, folclore, encenações ou estados de espírito etc. – volta-se a dizer – com a finalidade de guardar todos os acontecimentos. Citam-se achados de 5.000 mil anos, mas foram os Sumérios a 3.300 a.C. os precursores das primeiras formas de assentar tudo que viam, ouviam e desejavam. Nascia assim, a primeira forma de grafar signos, códigos, sinais e símbolos, representando a ampla visão do cotidiano, sendo impossível, para se conhecer esse assunto, forjar dados distantes da realidade. Com essa revolução progressiva o homem avançou no tempo e no espaço reconhecendo a sua fixação no papiro, pergaminho, cerâmica, papel, memória do computador, agora envolvendo a telemática, ou seja “o conjunto de técnicas e serviços que associam telecomunicações e a informática. É nesse palco que se apresenta a Internet como uma rede mundial de telecomunicações (o ciberespaço) que possui vigência de 24 horas no ar, possibilitando o cruzamento de informações de todo espectro da mídia, inclusive a jornalística, simultaneamente, em todas as partes do mundo. Portanto, há de se compreender que todo esse contexto é suficiente para registrar quando a notícia ou informação no jornalismo científico não tem dados capazes para a sua compreensão.</div><div><br />A comunicação está ao alcance de todos quando há, finalmente a compreensão daquilo que se vê, ouve ou lê. Somente com essa transparência é possível perceber que o jornalista está escrevendo algo compreensivo em todos os sentidos e fazendo a defesa real de uma sociedade, isto é, cumprindo o seu papel fundamental.</div><div><br /><br />3.3 A Escrita Jornalística sem Fundamentação Técnica</div><div></div><div>Nas paredes das cavernas o homem começou a identificar, encontrar e registrar acontecimentos os mais diferenciados possíveis. Nasceu a curiosidade gráfica entre povos. Veio a necessidade de indagação daquela concepção e seu formato, constituição, forma, identificação e utilização. Mal sabiam que o barro era a ferramenta adequada e mais utilizada para os registros. As ações foram incessantes. Representavam tudo que podiam e até nas artes uma simbólica forma de palavras chamada escrita cuneiforme, que tem forma de cunha, depois vieram os pictogramas, onde elegiam ícones representativos. Até a identificação do que mais desejavam Fazer: uma espécie de escrita. E assim o fizeram, identificando duas formas: a demótica, (a mais simplificada), e a hieróglifa, a mais politizada e adaptada a registros que consideravam permanentes. O esforço humano era enorme. </div><div><br />Há vários motivos que não contribuem para uma boa notícia ou informação, ou mesmo um artigo ou uma reportagem científica. Primeiro deve-se admitir que cada caso tem infinitas possiblidades de trazer dados informativos que se ocultam pormenorizadamente e não os conhecemos. A superficialidade acaba imprimindo uma imagem efêmera da situação. A falta de interesse pela busca de fontes também prejudica a complexização do fato em si, levando o jornalista a produzir reduzido conteúdo. Enfim, são as filigranas da notícia que devem estar em mãos. Somente dessa forma pode-se produzir um texto com autenticidade jornalística. </div><div><br /><br />3.4 Quando os Conteúdos são Forjados para uma Notícia ou Informação</div><div></div><div>A constituição de uma notícia ou informação não se exprime de modo lato sensu. Todas as buscas se tornam evidentes na preparação de uma notícia. É necessário que se examine todos os conteúdos informativos, inclusive a característica superficial chamada de constitutivo empírico. Há de se ter o cuidado de não enveredar por caminhos fictícios ou conjecturas, sob pena de incorrer em graves incompreensões. A propósito dessa característica de confeção não se deve julgar pela aparência dos fatos ou muito menos usar a tentativa de consumar o fato em questão. </div><div></div><div>3.5 Quando o Texto traz Ilegibilidade</div><div></div><div>O caráter científico da transmissão de informações deve ser exemplificado com a clareza normal dos acontecimentos usando a correta linguagem. Evitar o máximo possível o dogmatismo e, consequentemente, as verdades inquestionáveis dos axiomas, impõe-se questionar a adjetivação científica. Devemos compreender que a linguagem é o instrumento para a comunicação entre os homens em seu cotidiano – A necessidade de reproduzir a linguagem científica se torna evidente no momento em que precisamos entender que nada é definitivo no campo científico. Convenhamos que as experiências da física de Newton cedeu lugar as de Einstein. O que se deve compreender é a transposição dos obstáculos científicos para merecer a devida compreensão integral da notícia ou da informação. No campo empírico há que ser trabalhado com rigor, pois nenhum leitor estará suficientemente informado para discutir ou comentar qualquer situação que a ele se apresente. </div><div><br /><br />4. JUSTIFICATIVA</div><div></div><div>Nenhuma sociedade sobreviverá sem informações ou notícias legítimas e estabelecidas. O bom-senso exige objetividade e realidade. A notícia ou informação de caráter científico exige sistematização pela lógica, verificação por exigir comprovações, exatidão. Somente a partir desses conceitos é que o leitor irá compreender em profundidade todos os fatos. Para a compreensão do problema é preciso entender o por que do jornalismo científico e qual o objetivo.</div><div></div><div>É necessário que se diga também em que interfere, quais as vantagens de uma informação com base no jornalismo científico. O mundo globalizado exige que se viva cercado de conhecimento, nós temos a possibilidade de saber distinguir o certo do duvidoso em todas as situações na vida, e para isso precisamos distinguir cada situação. Há que se ver as indústrias por exemplo, elas buscam cada vez mais recursos econômicos e para manter a sua performance e para isso existem os seus gestores especializados. Mas nem todos os gestores possuem essa característica de especialização complexa que vai desde fundamentos filosóficos a intrincados esquemas de administração tecnológica.</div><div></div><div>Algumas vezes são pessoas desprovidas de ética e com pouco nivel de conhecimento se transformaram em poderosos negociantes e são capazes de agir como verdadeiros piratas bulando leis e documentos para ganhar mais recursos necessários para poder competir com outras empresas. É o caso da fabricação dos produtos químicos para a confecção de remédios, (não só de remédios) onde as patentes são a tônica principal. Distanciam-se completamente das normas e regras gerenciais e das caracteristicas morais, criando fórmulas fictícias e informando que a utilização do seu produto é extremamente necessária para combater a doença x e y, quando na verdade aqueles produtos são fabricados com elementos químicos elementares misturados com outras substâncias apenas para formar volume. Não possuem rigor científico. Portanto, no jornalismo, justifica saber e exigir que uma notícia seja produzida por pessoas idôneas e capacitadas, que tenham mantido contato com fontes rigorosamente fidedignas.</div><div>O grande combate é ter a capacidade de combater o bom combate para evitar que as populações não sejam enganadas, pois o jornalista também tem a função de traduzir legalmente a verdade para o público. Essa é a função do “watchdog”. Há que se conhecer a fonte para produzir bom escrito. Desconfiar sempre e investigar com os cientistas ou os poderosos, (empresários) ou quem quer que seja, para evitar que seja transferido ao público situações totalmente enganosas e prejudiciais. Justifica sem dúvidas a capacitação de interesses em defender tal situação porque somente com essa performance de zelo na investigação, interesse, paixão integral, atingiremos o limiar da transparência, objeto fundamental em todas as notícias e informações. </div><div><br />4.1 Como reconhecer o texto jornalístico não científico?</div><div></div><div>É de boa índole, sempre quando se fala em texto não científico do jornalista, diferenciar os conceitos de conhecimento científico e conhecimento não científico. Tudo que se sabe é que cada assunto pode vir de duas fontes para reconhecimento: Aquela que se tem garantia absoluta por ser a mais legítima verdade, pelo fato daquele assunto ser comprovado com rigor; e aquilo que vem de fonte que não se pode confirmar, que ouviu dizer, que o povo fala. Então existem dois conceitos: o científico e o empírico. O científico lida com fatos e ocorrências testadas?</div><div>A partir de esperiências e pesquisa?, o popular com a superficialidade e o subjetivismo. </div><div>Trujillo (1974:8) considera a sistematização de conhecimentos como garantia de uma notícia ou informação contida, diz que, “a ciência é todo um conjunto de atitudes e atividades racionais, dirigidas ao sistemático conhecimento com objetivo limitado, capaz de ser submetido à verificação”. (do texto metodologia científica – livro Ciência e Conhecimento Científico.) p. 22.As maiores armas do jornalista são a linguagem e o feeling, portanto há que se reconhecer que deve-se fazer uso de boas gramáticas e uma especial verificação na dimensão de cada fato. O texto não jornalístico é logo identificado, pois é capaz de se envolver do começo ao fim com a mesma performance de não fundamentação. </div><div><br /><br />5. METODOLOGIA – ANÁLISE DE CONTEÚDO</div><div></div><div>Os recursos que nós temos para exemplificar ou relatar qualquer coisa na vida, de forma mais adequada, são tudo aquilo que foi registrado e anotado, lançar mão de todas as mídias guardadas – os recursos mnemônicos – tudo que devemos fazer para relatar o que passou é recorrer aos arquivos ou discursos que foram arquivados. A análise de conteúdo revela-se como um método de grande utilidade na pesquisa jornalística. Com esses recursos e métodos as nossas inferências atingirão amplos espectros de conhecimento daquilo que estamos tratando, pois podem avaliar grande volume de informações, descrevendo com mais objetividade, segundo Lasswell (1937;1936). Bernard Berelson dizia ser este método: “Uma técnica para a descrição objetiva, sistemática e quantitativa de conteúdo manifesto da comunicação.” Só a análise de conteúdo pode e deve ser bem empregada em estudos exploratórios, descritivos ou explanatórios, pois quem as utiliza se transforma em verdadeiros detetives em buscas de resultados que desvendam com legitimidade cada fator investigado. Este método foi escolhido porque é o adequado e se revela melhor para os fins a que me proponho. </div><div><br /><br />6. REFERÊNCIAL TEÓRICO</div><div></div><div>Nos conceitos da dissertação analisada verifica-se que vulgarização científica, divulgação científica, popularização da ciência e comunicação publica em ciência significam a mesma situação. Entretanto decidiu-se usar o termo “divulgação científica, mais comum. O termo difusão e disseminação têm sentido diferente de divulgação. Pasqualli diz que há distinção. Difusão é o envio de mensagens elaboradas em códigos ou linguagens conhecidas no mundo todo. Disseminação é o envio de mensagens elaboradas em linguagens especializadas. Divulgação é o encaminhamento de mensagens por transcodificação de linguagens transformando em algo mais acessível. </div><div><br />Dentro dos nossos propósitos nesta dissertação, consideraremos que vulgarização científica, divulgação científica, popularização da ciência e comunicação pública em ciência têm o mesmo significado. Decidimos usar o termo “divulgação científica” por ser o mais empregado no Brasil. Já difusão e disseminação têm um sentido um pouco diverso de divulgação. Pasquali preocupa-se em fazer a distinção: Difusão é o envio de mensagens elaboradas em códigos ou linguagens universalmente compreensíveis para a totalidade das pessoas. Disseminação é o envio de mensagens elaboradas em linguagens especializadas, ou seja, transcritas em códigos especializados a receptores selecionados e restritos, formado por especialistas. Pode ser feita intrapares (especialistas da mesma área) ou extrapares (especialistas de áreas diferentes). Divulgação é o envio de mensagens elaboradas mediante a transcodificação de linguagens, transformando-as em linguagens acessíveis para a totalidade do universo receptor. (MASSARANI, 127 p.). </div><div><br />O estudo das formas de reportagens especiais e documentários televisivos se consolidam de duas formas: rotinas verticais e rotinas horizontais. A primeira vem com definição pela macroestrutura, são as empresas que produzem reportagnes especiais; a segunda é difinida pela microestrutura pela maneira de ver e sentir de cada profissional. Há de se compreender a relevância de três tipos de fatores: a função do jornalista documentarista; caráter autoral; temário. A análise confirma a hipótese de que os documentários, em relação as materiais jornalísticos, apresentam forte caráter autoral. </div><div><br />“Para estudar as formas reportagens especiais e documentários televisivos se efetivam, estabelecemos duas categorias distintas: as rotinas verticais, definidas pela macroestrutura, isto é, a partir das orientações das empresas que produzem reportagens especiais e documentários; e as rotinas horizontais, definidas pela microestrutura, ou seja, pelas idiossincrasias que cada profissional (jornalista ou documentarista) imprime no seu respectivo produto.<br />Com base nisso, verificamos que três fatores têm relevância no condicionamento das rotinas que regem a organização e estruturação de reportagens especiais e documentários: Com base nisso, verificamos que três fatores têm relevância no condicionamento das rotinas que regem a organização e estruturação de reportagens especiais e documentários: 1) função do jornalista ou documentarista, 2) caráter autoral, 3) temário. </div><div><br />Nossas análises confirmam a hipótese de que os documentários, em relação aos materiais jornalísticos, apresentam forte caráter autoral. (BEZERRA).</div><div><br /><br />7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</div><div></div><div>BEZERRA, Ana Carla de Lemos. As rotinas de produção e suas interferências nos documentários e reportagens especiais televisivos. Disponível em: http://www.fnpj.org.br/artigo/grupos_travalho/ pesquisa_graduação/nata/wilma_morais.htm).<br />COSTA, Eduardo Silva. Comunicação social: Significado e limites. Revista de Informação Legislativa, Senado Federal, ano 2008, v. 176, p. 267.<br />COSTELLA, Antonio F. Comunicação do grito ao Satélite. Campos do Jordão: Editora Mantiqueira, 2001.<br />FERNANDES, Francisco de Assis Martins. Resenha – as formas de comunicação através dos tempos.<br />LASSWELL (1937;1936). Bernard Berelson REFERÊNCIA<br />MASSARANI, Luisa. A divulgação científica no Rio de Janeiro: algumas reflexões sobre a década de 20. Dissertação Rio de Janeiro, UFRJ/ECO, [s.d.], 127 fls.<br />TRUJILLO (1974, p. 8)É A MESMA COISA DISSO: (do texto metodologia científica – livro CIÊNCIA E CONHECIMENTO CIENTÍFICO) P. 22. </div><div><br />Roberto Cunha Lima</div>Tohama Editoraçãohttp://www.blogger.com/profile/01359905270529847464noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6525593032384920294.post-80069460629755135262009-11-05T05:26:00.000-08:002010-02-22T05:08:37.341-08:00Passos da Editoração<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoD99pd5joBhT5v9Njzh2AOAXvBoMhJoHG2XwFTT45zG0aa3RyDL3C897XLeusAVmgzPF8hohIvwJ7yS1jMGOjxGQKj2QADwFmheyIXOOdV5ToC_rFPHHObGZUx-tNzW2fOd8YwGf0H31S/s1600-h/press.jpg"><span style="font-family:verdana;font-size:130%;"><strong><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5400612202008327890" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 171px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoD99pd5joBhT5v9Njzh2AOAXvBoMhJoHG2XwFTT45zG0aa3RyDL3C897XLeusAVmgzPF8hohIvwJ7yS1jMGOjxGQKj2QADwFmheyIXOOdV5ToC_rFPHHObGZUx-tNzW2fOd8YwGf0H31S/s200/press.jpg" border="0" /></strong></span></a><span style="font-family:verdana;"><strong><span style="font-size:130%;">Se você escreveu e deseja organizar os escritos com a intenção de imprimi-los, apanhe os seus alfarrábios ou os arquivos digitalizados. Você digitou os textos e deseja transformá-lo em livro, vamos conferir e organizar as páginas para classificá-las, copidescá-las, e colocá-las numa ordem compreensiva. Vamos estabelecer a ordem de assuntos numerando as páginas e nomear o que falta.<br /><br /></span></strong>“Quem quer que tenha algo verdadeiro a dizer se expressa de modo simples. A simplicidade é o selo da verdade”.<br />Shopenhauer (1851)<br /><br />Este ensaio tem por finalidade levar uma visão motivadora para quem deseja escrever textos com finalidades e objetivos editoriais. Vamos seguir o caminho mais fácil, por isso necessita-se de empenho para atingir este objetivo que é a confecção de textos. Indica-se de início duas questões: 1º. Que o autor escreva de forma estabelecida o que quer dizer, para que os textos possam trafegar pelas seções da editoração sem atropelos e logo atingirem ao setor de impressão. Uma explicação: teremos de nos resignar à “peregrinação” (autor/editor), mesmo que você tenha executado o texto com o rigor, objetivo e finalidade editorial. O autor deve sempre ter em mente que este é o caminho para custos menores com ganho de tempo.Imagine primeiramente que seu texto deverá conter três partes fundamentais: introdução, capítulos e conclusão. É preferível usar estes indicadores e procurar escrever correto de uma só vez, ao invés de, o mais das vezes, ter de refazer o escrito na hora da leitura principal, concebendo um “ninho de foguetes” (do revisor), em um texto com infindáveis sinais para consertos. Devemos aliviar sobremodo a tarefa dos implantadores (digitadores), para que não fiquem a soletrar e investigar ou interpretar o que significa essa ou aquela emenda na frase, no setor de composição ou revisão, (emenda – implante). As marcações devem ser explícitas para não prejudicar o significado dessa e daquela frase corrigida pelo copidesque ou revisor, proporcionando a famosa e inacreditável “demora excessiva”. Em outras palavras: Tudo a evitar três passagens: 1º. que o autor, ao escrever, dê “motivos” para retardo na passagem em cada setor de editoração, (copidesque) como por exemplo a frase: “O PASsARO passARO vo Omuit AUTO” do 2º. O implantador fique “cogitando” na hora das emendas, como por exemplo em uma palavra só conter dois ou tres sinais confusos, e 3º. Que o revisor fique “indagando” essa e aquela questão. Esses impedimentos fazem a matéria estacionar muito tempo num setor. O somatório desnecessário de ações foge ao plajenamento estratégico inicial e corresponde em muitos casos horas e até dias. Por isso é prudente construir o texto de forma equilibrada, o mais que puder, certamente a diminuir essa larga demora. É necessário, antes de tudo, verificar cautelosamente 1º. O que vamos escrever. 2º. quem vai ler (público alvo), e por que estamos escrevendo (atingir quais objetivos). Cada texto só deve ser iniciado com todos os ingredientes à mão.<br /><br /><span style="font-size:180%;">Construir palavras e frases</span><br /></span><br /><span style="font-family:verdana;">É possível traduzir graficamente o pensamento. A maior parte das idéias começa a ser concretizada quando conseguimos colocá-la no papel. Se imaginamos quaisquer pensamentos, ações, gestos, modos, usos, costumes, e desejamos transferir essas idéias graficamente, usamos os caracteres alfanuméricos ou desenhos. Escrever envolve tempo, por isso quanto mais dedicação ao texto e a revisão, melhor qualidade ele terá. Além idsso é preciso reconhecer a necessidade da aplicação da convenção ortográfica das palavras. Qualquer palavra ou frase errada não tem volta. Errou, está errado. Na TV, na voz de um locutor, num jornal impresso é assim, fica registrado para sempre. A palavra é lida integralmente, não podemos ler a letra isoladamente. Dessa associação de palavras é que surgem as palavras e os símbolos construídos com o auxílio das sílabas, dos signos, sinais e códigos, pelas quais estabelecemos, enfim, a escrita. Portanto, cada palavra pode oferecer amplos significados. É preciso cautela. Para escrever precisamos conceber 1º. o assunto, 2º. o título e 3º. o esquema do que vamos escrever. Todo cuidado é pouco, é preciso que as frases e parágrafos fiquem ordenadas.<br />Textos comuns e complexos<br /><br />Escrevemos com a mão ou por meio eletrônico. Com a mão é comum, às vezes, fazermos pequenos bilhetes de qualquer jeito. Esses são os textos considerados simples, convenhamos. Os considerados complexos, graficamente falando, por questão de agilização e ordem são feitos por meio de máquinas. Chamamos redigir, ou seja, escrever ordenadamente os caracteres alfabéticos e numéricos. No sistema eletrônico, dizemos: “Ela vai digitar o texto”. Significa que o escrito deve ser produzido dentro das regras da linguagem e da digitação. Deve-se ter cuidado ao usar os termos da língua e verificar o encaixe, pelas normas gramaticais, do que se escreve. Todo trabalho digitado deve seguir esses critérios. Desse modo pressupõe-se, em edição de texto, que esses mesmos conteúdos, dessa forma, oferecerão bom resultados nas tarefas subseqüentes da editoração. Ao final, por conta dessa correta edição integral de texto, este escrito oferecerá menos trabalho ao copidesque, e terá bom adiantamento no compto das tarefas da editoração. O texto que contiver consistência estrutural, irá colaborar com todas as fases da própria editoração. Os textos não compensados deverão ser refeitos.<br /><br />Por todas essas razões nunca se deve esquecer o sentido correto das frases, interligações, interdependências de cada citação, indicações etc., e o necessário “encadeamento” das construções em cada parágrafo. Cuide dos parágrafos, eles é que darão a harmonia sobre a idéia do que vai ser dito. Cada parágrafo tem começo, meio e fim. Vai mudar de assunto, vá para o parágrafo seguinte. Use pronomes ou sinônimos para evitar repetição de palavras, desde que não prejudique a compreensão, use dicionários para ajudar, faça períodos curtos e seja objetivo na pontuação. Depois de tudo releia em voz alta para você mesmo. Nas frases não esqueça a ordem: sujeito, verbo e predicado. É necessário acrescentar que essa expressão “redigir” é parte da linguagem utilizada em ambientes profissionais. Quando fala-se redigir, significa construir textos para torná-los com formatos oficiais. É comum numa empresa alguém comentar: ”Este documento vai para o Estado de Goiás”, “Esse texto é para o diretor assinar”. Diz-se que aquele documento deve ser construído dentro de parâmetros editoriais, e por questão de ordem e estética, digitado em equipamento eletrônico. Lê-se, na linguagem das editoras: “O artigo já foi redigido”, “Esta digitação é deste capítulo”. Quem está ouvindo perceberá que algum texto foi confeccionado e editorado dentro dos parâmetros gráficos. Foi estabelecido um planejamento gráfico, ou seja, o formato com suas características (elementos gráficos e textuais). A utilização de corpo e família adequados, medidas estipuladas de altura e largura, espaço necessário a serem utilizados, indicação de recuos de texto, entrada de foto ou não. Tudo é preparado antecipadamente.<br /><br /><span style="font-size:180%;">Textos complexos<br /></span></span><br /><span style="font-family:verdana;">Os textos complexos exigem mais conteúdos e são organizados, também, antes de sua construção. São os trabalhos que representam aquilo que foi aprendido cientificamente, e são decorrentes de questões interdisciplinares. É o resultado do que você estudou em nível científico e portanto, esses textos estão sob a orientação de um coordenador ou orientador. São os “trabalhos monográficos”, isto é, aqueles de temas específicos ou particulares indicados com rigorosa metodologia, e acima de tudo, originalidade. O trabalho é dividido em três etapas, são elas: pré-textuais – tudo que se refere as primeiras páginas; textuais – o que se refere aos conteúdos, (partindo do primeiro capítulo), e pós-textuais – o que se diz ao final do trabalho. Esses trabalhos devem traduzir a visão global com atividades de campo, análise e interpretação, relatório de pesquisa, etc, seguindo o esquema do que será feito, como e onde será realizada a pesquisa e quando será efetivada, sempre com precisão de respostas. Primeiro de tudo se fala do objeto, ou objetivos – o que será feito deve ser dito com precisão. Em seguida fala-se da “justificativa”, que é dizer o porque, em termos de contribuição e experiência, os fatos principais, a própria pesquisa, as hipóteses e sua justificativa – por quê? – os objetivos para quê e para quem? Tratar do problema em si, é falar do desejo de provar e explicar com limites bem definidos em relação ao referencial já estabelecido ou que se conhece. A área do conhecimento da ciência em que acontecerá o estudo deve ser manifestada. Deve ser apresentado um momento de uma indagação, é uma pergunta intrínseca e relaciona-se a uma dificuldade a qual se tende a resolver pelas questões apresentadas por você, mas sempre de uma forma interrogativa. Neste desenvolvimento abre-se a questão das hipóteses, que é uma tentativa de explicar o que você está explicitando. Vem em seguida a “justificativa” – o por quê? – que é uma explicação simples do que você acaba de realizar. É preciso que se fale das contribuições que o seu trabalho pode oferecer pela importância do tema, novas descobertas de soluções. Os fins teóricos e práticos, (para quê e para quem) – é o próprio trabalho, a própria razão do seu trabalho. (deve-se usar sempre os verbos no infinitivo para tirar a pessoalidade (avaliar, conhecer, identificar). Em seguida descreve-se a “revisão bibliográfica” ou “revisão de literatura” – que é isto? – é um capítulo com várias partes onde devemos fundamentar o trabalho de todas as formas. Este embasamento é o proponente enriquecedor das suas palavras. Pelas suas fontes é que se verificará o valor das suas colocações. Pela ordem, passa-se a descrever a “metodologia”, ou “material e métodos” utilizados, -– é o que se refere ao como e onde – São os elementos norteadores para a abordagem empírica – ou seja, de rotina – refere-se aos procedimentos e técnicas adotados. De forma explícita deve-se citar: métodos e procedimentos; técnicas de coleta de informações e sua análise; descrições de dados com detalhe como população, etc. tipos de amostragem e aspectos éticos da pesquisa. Passemos para os “resultados” que é uma panorâmica dos dados levantados. É o que se refere a complementações de dados para ajudar a compreender o que foi dito. São gráficos, tabelas, quadros, mapas, fotos, etc. – e “Discussão dos resultados” que é a coleta de dados e comparação do que foi alcançado. É a demonstração do que você acaba de defender como legítimo. E finalmente a “conclusão” – é a sua impressão verdadeira e a reafirmação do que foi dito. “Referências bibliográficas” é o penúltimo assunto, se você for colocar apêndices ou anexos. As referências dizem da listagem alfabética das publicações pesquisadas.<br /><br /><span style="font-size:180%;">A pressa é inimiga</span><br /></span><br /><span style="font-family:verdana;">Grande parte dos textos são feitos com rapidez, por esta razão a possibilidade de erros aumenta e os deslizes vão acontecendo. Nas gráficas ágeis, ninguém pára, e as matérias necessitam de encadeamentos em várias seções. Por isso mesmo cada operação tem que apresentar as terefas correspondentes ao texto, todas de forma correta, pois a seção seguinte necessita daquele resultado para dar andamento à edição. É justamente aí o nó difícil da questão. Todo escrito necessita ser reorganizado, antes de tudo, por amplos motivos. Se a própria pessoa for reler ou reavaliar, depois de digitado, certamente irá modificá-lo. Assim, ao redigir o texto, encaminhe-o para um copidesque (alterações e refazimento). Na editoração de livros, se não utilizamos esse processamento – copidesque – como irá ficar este livro sem as clarividentes opiniões desses profissionais? Certamente que a grande maioria dos livros são corretos porque passam pelo crivo desse profissional abnegado. Eles “limpam” e “refazem” o texto de forma a equalizar a linguagem até aproximar, o mais que podem, do texto ideal, isto é, aquele texto que vai ser de domínio público. (O autor pode exercer essa função desde que ele seja experiente editor e conhecedor de revisão gráfica). Mas é necessário que se faça tudo há seu tempo. O autor escreve, o copidesque refaz, a composição redige (se for o caso), a revisão lê e relê, a composição implanta, a revisão corrige de novo e encaminha para a confecção do vegetal, se for em gráfica simples. Se em jornal, segue direto para a impressão. Não pode faltar nada na página; se faltar uma legenda no fechamento de uma página, mesmo que seja por motivo de dúvidas em sua formação, isto pode impedir o andamento de uma edição. Desde que alguém detecte o problema. É importante dizer que sem a legenda correta, qualquer página pode não ser “fechada”, ou “liberada”, e consequentemente este fato vai romper a programação do fechamento da edição, ou daquele caderno a qual pertence o assunto. Que fazer? Todos estão em dúvida quanto a redação daquela legenda. A melhor, mais garantida e menos dispendiosa fórmula de resolver a questão, é solicitar a participação do revisor gráfico – profissional exclusivo desse assunto – Ele deve estar ali do lado, acompanhando todo e qualquer processo de editoração. É o responsável direto pela linguagem do texto, afinal, nenhum texto pode sair errado. Essa é uma tarefa exclusiva desse profissional, o revisor. Ele vai investigar, através das suas fontes, para, em seguida, liberar corretamente para a tarefa seguinte aquilo que está sendo posto em questão. Do pergaminho ao i-mail, o revisor é fundamental.<br /><br /><span style="font-size:180%;">Revisar é preciso</span><br /></span><br /><span style="font-family:verdana;">Quem não desejar passar por atropelos ou vexames, no decorrer da confecção das páginas, seja de revista, livro ou jornal, ou outro tipo de impresso, não pode esquecer de convocar o revisor. Deve-se reexaminar o texto antes de copidescá-lo e também depois de digitado. A primeira prova só deve ser composta quando não houver mais nenhuma incidência do autor. Ele terá a oportunidade de reexaminar o texto e mediar com o copidesque (se for o caso) a fim de decidir a finalização do mesmo, uma vez que as digressões são passíveis de soluções, mas, só neste momento.<br /><br /><span style="font-size:180%;">Aproxima-se a impressão<br /></span></span><br /><span style="font-family:verdana;">Até o momento da impressão já vimos que são várias as operações de verificação no texto. Somente depois de analisadas as provas por um revisor, e feitas as revisões na 1º prova, 2º ou 3º , ou mais, se for o caso, as páginas poderão seguir o seu caminho. Em seguida o texto segue para a diagramação e formatação, seguindo o planejamento. Para evitar deslizes deve-se revisar e retornar para a composição. Da composição seguem as páginas formatadas para uma última análise na revisão, somente depois de todo esse processamento é que os textos são encaminhados para a confecção do vegetal para depois seguirem para a montagem nas chapas na impressão e os processos de acabamento.<br /><br /><span style="font-size:180%;">Há séculos do mesmo modo - A HISTÓRIA<br /></span></span><br /><span style="font-family:verdana;">Nos mosteiros da Idade Média, onde eram produzidos numerosos escritos, havia verdadeira competição entre os produtores de texto. Os escribas, copistas, revisores e ornamentadores, sabiam que quanto mais aprimorado o produto, mais valor ele tinha. Ao iniciarem as tarefas diárias, primeiro conferiam com austeridade tudo que havia dentro do ambiente de trabalho, ou seja, o que estava à mão dentro do escriptorium. Os primeiros passos eram: garantir ânimo para o estafante trabalho intelectual e, a própria organização do objeto, pois sabiam que o meticuloso serviço lhes consumiria longas horas, até dias, mas nada deveria tirar-lhes a atenção. Para exercitar a caligrafia, não cometer falhas ou enfrentar lapsos de memória, evitavam a todo custo conversas frívolas e qualquer tipo de distração. Conferiam também o conforto do ambiente de trabalho, o silêncio, a luminosidade, os cartuchos de tinta, as penas, as raspadeiras, os pergaminhos e a ventilação. Assim se faziam os manuscritos que valiam “peso de ouro”, pois eram bem copiados, corrigidos e encadernados para exposições nas grandes bibliotecas.<br /><br /><span style="font-size:180%;">Escrever com base<br /></span></span><br /><span style="font-family:verdana;">Sabemos que nas práticas editoriais, a obediência dos princípios éticos e científicos, quando bem definidas, determinam a qualidade da editoração de um trabalho.É necessário que se tenha comportamento adequado diante da produção de conhecimento. Daí para frente é preciso raciocinar corretamente, sabendo ser cuidadoso em afirmar ou negar. É necessário saber fundamentar com referenciais teóricos ou empíricos, conforme os fundamentos das próprias pesquisas. Ao encerrar os textos devem-se rever as questões morfológicas (formação das palavras e de suas flexões), a sintática (leis da linguagem), com o apóio das gramáticas, manuais e dicionários a observar as concordâncias dentro das construções, além de ficar atento ao seguir as regras da pirâmide invertida e o esquema (o que, quem, quando, como, onde, por quê), além de manter os auxiliares de consulta à mão. É preciso saber se comunicar corretamente. O vernáculo é a principal ferramenta para transmitir os conhecimentos, é o instrumento através do qual se lapida a notícia ou a informação. É preciso dominar a matéria escolhendo palavras adequadas, pois elas adquirem fortes poderes, quando escritas, de forma a não permitir interpretações divergentes ou decisões contraditórias em volta do assunto. A erudição muitas vezes só compromete e afasta o leitor a quem o seu serviço é destinado.<br /><br /><span style="font-size:180%;">Nos textos evite usar<br /></span></span><br /><span style="font-family:verdana;">• Esquemas de desdobramentos do texto<br />• Situações ilógicas<br />• Uso abusivo de abreviaturas<br />• Exibicionismos com a linguagem<br />• Aliterações e parênteses<br />• Uso de lugares comuns<br />• Maiúscula por minúscula<br />• Minúscula por maiúscula<br />• Estrangeirismos e gírias<br />• Generalizações e repetições de palavras<br />• Abusos de citações e frases incompletas<br />• Uso específico da voz passiva<br />• Pontuação incorreta e regionalismos<br />• Gerúndio e frases longas<br />• Paralelismo imoderado em sua conclusão<br />• Uso inadequado de símbolos e sinais<br />• Melhorar o texto<br />Dedicar-se a revisão<br /><br />Escrever e revisar demanda tempo, esforço e trabalho. É preciso prática de leitura de muitos livros. É humanamente impossível escrever sem que, depois de pronto, alguma inserção não seja necessária. Mesmo com conhecimento das regras gramaticais, estratégias de favorecimento do texto, citações clarividentes, domínio do assunto, recursos de enriquecimento ou possuindo experiência redacional. Ainda assim, é possível fazer adequações e substituições formais para melhorar o texto. Por isso mesmo, é necessário, nas editoras e jornais, o profissional copidesque com experiência para ocupar tal atividade. Este profissional tem autonomia para ajustar o seu texto em primeira instância e melhorá-lo em todos os aspectos. Torná-lo de forma imparcial é uma das suas tarefas. É um procedimento inadequado e improducente solicitar ao setor de confecção de textos uma primeira prova de composição, sem que antes o texto tenha sido definido previamente pelo autor e copidesque. É necessária essa ação da qual não se deve abrir mão. Esse procedimento inicial facilita sobremodo o desempenho e o fluxo das ações seguintes. Após a definição do texto a publicar, o trabalho deverá ser rigorosamente revisto na seção de composição. As marcações de destaque são encaminhadas à digitação, isto é, ao profissional especializado que trabalha com finalidades e objetivos editoriais na composição eletrônica (implantador). Este profissional é preparado para a sua tarefa, tem senso crítico suficiente para adequar todos os elementos gráficos e textuais ao padrão organizado de cada página e eliminar os que, porventura, tenham sido acrescentados como ornamentais desnecessários que só distraem o leitor. Ao final, a nova prova digitada e formatada e, quando impressa será chamada de primeira prova, paginada ou não. Nela serão identificadas e marcadas pelo revisor as primeiras incorreções da digitação e todos aqueles erros que ainda permanecem<br /><br /><span style="font-size:180%;">Revisão gráfica</span><br /></span><br /><span style="font-family:verdana;">Revisão gráfica quer dizer ”ver de novo”. É a acurada análise dos elementos gráficos e textuais, juntamente com a aplicação das regras gramaticais embutidas na formação de cada linha. Pode ser revista, jornal, livro, manual, carta, folder, apostila, tese, dissertação, monografia, todo e qualquer trabalho escrito. Em primeiro lugar, quando se vai revisar, elementarmente deve-se receber a prova e o original correspondente. As marcações serão fundamentadas no papel (para que depois possamos identificar o que foi feito). Somente depois dessa ação é que, através dessa matriz, passamos para a composição que irá implantar os consertos. Essa ação se repete tantas vezes quantas sejam necessárias, até que o texto seja liberado integralmente pelo revisor. Revisar no computador, no pent drive ou CD, não é recomendado. Revisa-se no papel e implanta-se depois. Caso você venha receber o texto no CD ou pent drive, ou por transferência de imagem, a revisão pode ser efetivada, (mas você fica sem a matriz do que o revisor fez), No computador o revisor deve verificar o texto, através do corretor ortográfico, pois a sua tarefa será minimizada a partir dessa operação. Em seguida logo dará início ao processamento artesanal de leitura, que deverá ser minuciosa, para poder detectar filigranas e digressões ainda existentes. É o trabalho artesanal do revisor, afinal, revisar é o lado lírico da comunicação. É natural digitar e cometer erros de transposição de letras, de omissão, de inserção, de substituição, separação e repetição de palavras, de parágrafos, uso indevido de maiúsculas, itálicos etc. mas o revisor deve detectar esses elementos extras, ele é treinado para garimpar erros, deverá estar atento para captar todas as incorreções existentes e adequar os escritos à ABNT.<br /><br /><span style="font-size:180%;">Quem é o revisor</span><br /></span><br /><span style="font-family:verdana;">Revisor, em termos gráficos, é todo aquele profissional formado em Letras Vernáculas ou Comunicação Social. Esta composição foi efetivada há alguns anos pelo Ex-Ministro do Trabalho Almir Pazzianotto com a intenção de integrar os conhecimentos da Comunicação social com as Letras. É necessário que a familiaridade do revisor seja com o texto a revisar, para isso ele tem que ser detentor das regras gramaticais além de como fazer o equilíbrio de todos os elementos gráficos, (além da diagramação, fotos, formatação, tipologias; e se predispor a ler e reler textos com a intenção de adequá-los às exigências da editoração. Todos podem ser, a princípio, revisor de texto, desde que tenha habilitação e habilidades para a profissão, de fato e de direito. A intenção é garantir a fidelidade dos textos que irão a público e abominar a pirataria.<br />Tipos de revisão<br />Revisão acompanhada – Este modelo de revisão refere-se ao revisor que lê a prova e o outro acompanha, no original, conferindo o que é correto e observando se há erros. (acompanhante de revisão é aquele lê com o revisor – um acompanha a leitura, o outro lê em voz alta). Deve-se discernir bem o que está a ouvir e o que está escrito para manifestar-se quanto ao que ouviu, se há ou não divergências no original, uma vez que este deve ser seguido com rigor.<br /><br />Revisão a dedo – corre-se o dedo nas palavras e examina-se a prova ao mesmo tempo.<br /><br />Revisão cotejada – Quando a prova é vista de forma geral. Examina-se o começo e o final de cada linha.<br /><br />Revisão batida – quando a primeira prova cai sobre a segunda, para examinar se as linhas correspondem. Não importa que uma prova esteja em um corpo e a outra no corpo seguinte.<br /><br />Revisão técnica – Exige bastante experiência. Além de conferir a linguagem vernacular é preciso reconhecer os conteúdos.<br /><br />Revisão vernacular – deve ser feita na última prova. É aquela em que você vê integralmente o texto diagramado e formatado, juntamente com todos os elementos gráficos e textuais. É a última revisão de prova paginada antes da impressão, quando você analisa o texto em definitivo.<br /><br /><span style="font-size:180%;">O valor da revisão</span><br /></span><br /><span style="font-family:verdana;">Não existe impresso sem revisão. O impresso que não contiver a assinatura de um revisor, corre o risco de ser impresso novamente. Imprimiu sem revisão, se tiver alguma palavra errada, deve imprimir de novo, mas para isso tem que ter novo papel. A função do revisor não é só consertar palavras, é necessário que ele saiba dialogar sobre os assuntos questionados, suas nuances e adversidades, ter noção das dimensões dos assuntos, da sua exegese, da hermenêutica, das novas configurações, de como se apresentam àqueles assuntos em relação ao texto anterior. É necessário que veja as repetições, o uso inadequado de palavras e questionamentos repetitivos, palavras ou expressões corriqueiras, termos pobres, desajustada separação silábica, mal-formações de texto, título e diagramação, além de ter que sugerir o que deve ou não ser melhor para qualquer texto.<br /><br /><span style="font-size:180%;">Ações do revisor<br /></span></span><br /><span style="font-family:verdana;">A primeira atitude de um revisor, ao iniciar o trabalho, é verificar ou conferir o original. Em seguida examinar se as páginas estão numeradas em ordem, se falta alguma página ou capítulo em relação as pré-textuais, textuais e pós-textuais. A partir desse momento deve-se voltar para o texto e exercitar toda a concentração. Do contrário ele iniciará mal a sua tarefa de rever as provas. O início da leitura é fundamental para que ele absorva de início o assunto que vai ser trabalhado. A partir daí, os seus questionamentos se tornarão fluentes, assim como a compreensão integral do conteúdo.<br /><br /><span style="font-size:180%;">Como sinalizar<br /></span></span><br /><span style="font-family:verdana;">e você deseja ser revisor, conheça a simbologia gráfica dos sinais internacionais. Ao ler o texto identificamos as modificações. Marcamos dentro do texto, em cima do erro, ou na letra errada, ou entre palavras, ou o que faltar; seja que tipo de erro for, marcamos em cima do erro com uma pequena barrinha vertical, maior que a letra, identificando o próprio erro. Elegemos o sinal gráfico correspondente, e na altura da mesma linha do erro, na margem direita, distante um centímetro da margem, marcamos novamente primeiro sinal gráfico correspondente depois a barra de advertência que é uma barra maior, inclinada para a direita.<br /><br /><span style="font-size:180%;">Sinais gráficos utilizados</span><br /></span><br /><span style="font-family:verdana;">Usamos o sinal de suprimir, abrir espaço, transpor, unir, aproximar, descer, correr para dentro e para fora, abrir parágrafo, virar, finalizar texto, ligar período, cortar, retirar, negrito, separar. Grifar, alinhar, etc. para citar alguns mais utilizados.<br /><br /><span style="font-size:180%;">O revisor preocupa-se<br /></span></span><br /><span style="font-family:verdana;">Com as características do texto. O vocabulário utilizado, os períodos, as maiúsculas e minúsculas, os nomes próprios, os numerais, a separação de sílabas, os substantivos, os realces, as remissivas, a pontuação, os padrões, a legibilidade, a organização, os tipos, os significados, os estrangeirismos, os neologismos, os nomes inadequados, além das construções gramaticais, o que se refere a fonética e a fonologia, à morfologia, à sintaxe, e estilística, formação das palavras e uma lista de outras verificações. Nos documetos monográficos deve-se examinar a introdução, material métodos, resultados, discussões e conclusões. É natural rever as regras de apresentação de cada trabalho, no que se refere a formato; margens, espacejamento, títulos, corpos, paginação, numeração progressiva, citações, siglas, equações e fórmulas, ilustrações, e tabelas, ficha catalográfica, ISSN, ISBN. É necessário verificar os elementos de capa, lombada, folha de rosto, erratas, folha de aprovação, dedicatória, agradecimentos, epígrafe, resumo, listas e sumário. Ver todos os elentos pré-textuais, textuais, e pós-textuais, referências, glossário, apêndices, anexos, índice etc. Ao término de suas tarefas o revisor deve assinar e datar a sua prova com a finalidade de futuras identificações.</span><br /><br /><div align="left"><br /></div><div align="right"><span style="font-family:verdana;">Roberto Cunha Lima</span></div><br /><br /><div align="right"><span style="font-family:verdana;"></span></div><div align="right"><span style="font-family:verdana;"></span></div><div align="right"><span style="font-family:verdana;"></span></div><span style="font-family:verdana;"></span>Unknownnoreply@blogger.com0